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Mandado de injunção - Apresentação

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MANDADO DE INJUNÇÃO
Turma 1 B - Noturno
Bruno, Charlene, Ricardo, Tadea e Tatiane
I - Conceito:
Art. 5° – Parágrafo único (inciso LXXI) – Conceder-se-á mandado de
injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
Para entendermos melhor o Mandado de Injunção, precisamos aceitar que
estamos falando de um remédio constitucional intimamente relacionado a normas
que apresentam inconstitucionalidade por omissão. Dessa forma, podemos dizer
que depende de uma legislação infraconstitucional para a produção de seu pleno
efeito, chamado também de dispositivos constitucionais de eficácia limitada.
Na inconstitucionalidade por omissão, é necessário adotar um procedimento
para se pleitear do Poder Judiciário a regulamentação de uma norma constitucional,
que ainda não foi feita pelos órgãos competentes. Além da ação direta (ADIN),
temos o Mandado de Injunção, propriamente dito, considerando a aplicabilidade
imediata e a efetividade dos direitos e garantias fundamentais, que presta a
provocar o Poder Judiciário para que, diante da omissão legislativa, supra a lacuna
técnica que impede o exercício do direito. Essa lacuna normativa, pode ter seu
remédio constitucional através do efeito de duas correntes:
Não concretistas: Onde a corte responsável apenas reconhece e notifica o
poder e notifica o poder competente a ineficácia.
Concretistas: Além de reconhecer determina como serão reguladas as
relações jurídicas enquanto não sobrevier as normas regulamentadoras,
aplicando-se por analogia de costumes, princípios gerais do direito e equidade,
decidida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
II - Fundamentação Legal:
Art. 5°, inciso LXXI, CF/1988.
Lei 13.300/2016.
Estes são os dispositivos legais que fundamentam o mandado de injunção. O
artigo quinto traz a informação de que na falta de Norma regulamentadora o
mandado de injunção pode ser feito para garantir os direitos e as liberdades a
nacionalidade e cidadania da população.
A lei 13.300/2016 é importante para regulamentar esse remédio
constitucional. Segundo essa lei o mandado de injunção deve ser feito quando o
legislativo não produziu uma Norma que regulamente a questão levantada. No caso
em que não tem lei tratando sobre o assunto é necessário que seja tomada alguma
decisão com base no que já se conhece, nesse contexto o poder judiciário tem
autoridade para efetuar um mandado de injunção, que tem força de lei enquanto
não for criada uma Norma pelo legislativo para regulamentar a questão.
O mandado de injunção pode ser requerido por pessoas físicas ou pessoas
jurídicas, e essa solicitação é feita por meio de uma petição inicial que de início
deve ser deferida ou indeferida; se for indeferida o órgão colegiado julgará
indeferimento, mas se for deferida será criado um prazo para criar uma norma
regulamentadora (uma questão de responsabilidade do legislativo) e em seguida
será criado as condições para o exercício desse direito regulamentado no mandado
de injunção. O mandado de injunção tem efeito para as partes do processo, mas
dependendo da sentença escolhida pelo juiz ela pode adquirir características ultra
partes (que vão além das partes envolvidas) ou Erga Omnes (que serve para todos).
Nos casos semelhantes ao de um processo transitado em julgado e deferido de
mandado de injunção pode o impetrante sentenciar a mesma decisão por conta da
situação análoga. Se por falta de provas ocorrer o indeferimento de um mandado de
injunção, a pessoa pode no futuro solicitar novamente o mesmo pedido que foi
negado caso ela entenda que adquirir provas suficientes para o deferimento de tal
ato. Uma das principais características do mandado de injunção, é o ex nunc.
III - Objeto:
O objeto do mandado de injunção é garantir o pleno exercício dos direitos
fundamentais sempre que houver a falta de norma regulamentadora de eficácia
limitada que inviabilize o exercício destes direitos. Em outras palavras, mandado de
injunção é o remédio constitucional usado para combater a síndrome da
inefetividade das normas constitucionais, que é quando o texto constitucional
condiciona os direitos e garantias fundamentais à normas inexistentes ou
incompletas;
“O mandado de injunção há de ter por objeto o não-cumprimento de
dever constitucional de legislar, que, de alguma forma, afeta direitos
constitucionalmente assegurados (falta de norma regulamentadora que torne
inviável o exercício de direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à soberania e à cidadania).
Tal como tem sido frequentemente apontado, essa omissão tanto
pode ter caráter absoluto ou total como pode materializar-se de forma parcial
12.
Na primeira hipótese, que se revela cada vez mais rara, tendo em
vista o implemento gradual da ordem constitucional, tem-se a inércia do
legislador, que pode impedir totalmente a implementação da norma
constitucional.
A omissão parcial envolve, por sua vez, a execução parcial ou
incompleta de um dever constitucional de legislar, que se manifesta seja em
razão do atendimento incompleto do estabelecido na norma constitucional,
seja em razão do processo de mudança nas circunstâncias fático-jurídicas
que venha a afetar a legitimidade da norma (inconstitucionalidade
superveniente), seja, ainda, em razão de concessão de benefício de forma
incompatível com o princípio da igualdade (exclusão de benefício
incompatível com o princípio da igualdade).” (p.130) Mandado de Injunção.
Gilmar Mendes
IV - Legitimidade Ativa (Impetrante):
Sujeito Ativo é aquele que pode propor o mandado de injunção, pode ser
tanto pessoa física ou jurídica. Pode ser impetrado pela via individual (mandado de
injunção individual) ou pela via coletiva (mandado de injunção coletiva). Para o
mandado de injunção individual a pessoa busca e atua em benefício próprio; já o
mandado de injunção coletivo os interessados atuam em seu nome, porém
defendem os interesses coletivos.
“Nesse sentido, conforme Nery Junior (2009, p. 244) o STF-Pleno,
em julgamento do Agravo Regimental no MI 595-MA entendeu que:
“Mandado de Injunção. Legitimidade ativa. Somente tem legitimidade ativa
para a ação o titular do direito ou liberdade constitucional, ou de
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania cujo
exercício esteja obstaculizado pela ausência da norma infraconstitucional
regulamentadora (STF Pleno, AgRgMI 595-MA, Rel Min. Carlos Veloso, j.
17.3.1999, v.u. DJU 24.3.1999”.
V - Legitimidade Passiva (Impetrado):
Sujeito Passivo: Só poderá ser formado por entidades estatais (autoridade ou
entidade pública), pois são responsáveis por viabilizar e garantir o exercício dos
direitos, liberdades e prerrogativas constitucionais, conforme descrito na Lei
13.300/16, artigo 2°.
“Ressalta-se que há precedentes na Suprema Corte no sentido de
que a “União não tem legitimidade para figurar no polo passivo do mandado
de injunção. A omissão no dever de legislar deve ser imputada ao órgão
público inerte, e não à pessoa jurídica de direito público a que pertence.
Assim, a legitimidade ad causam, no mandado de injunção, será do
Congresso Nacional e não da União. (STF, Pleno, Agravo Regimental em
Mandado de Injunção no. 284/DF, Rel. Min. Marco Aurélio Mello, DJU
26.06.1992, p. 10.103)”. Assim como, a mesma corte decidiu que no caso
específico de lei de competência exclusiva do Presidente da República, o
sujeito passivo do mandado de injunção será o responsável pelo Executivo e
não o Poder Legislativo. (Nery Junior, 2009, p. 244).”
VI - Características:
Não possui custas judiciais; não necessita de defesa técnica profissional;
natureza mandamental: refere-se esta ação à pretensão por atos de que o juiz ou
autoridade deva mandar que se pratiquem; Prazo para que o poder legislativo
regularize.
O mandado de injunção serve para requerer a regulamentação de um direito
já garantidoquando a falta de uma norma regulamentar impossibilita a prática desse
direito. Pode ser utilizado por qualquer pessoa que seja titular de um direito que
precisa de uma norma regulamentadora para que seja acessado.
Além disso, faz parte da lista das garantias constitucionais (ou remédios
constitucionais), isto é, foi determinado na Constituição Federal como garantia de
direito.
Também serve para pedir a regulamentação de um direito prejudicado pela
falta de regulamentação, que pode ser total ou parcial. A falta é total quando não foi
publicada nenhuma norma que regulamente o direito. É parcial quando a norma já
existe, mas ainda não é suficiente para garantir o exercício do direito.
O mandado de injunção pode ser usado para algumas situações descritas na
lei:
Direito de cidadania
Direito de nacionalidade
Questões de soberania
A lei do mandado de injunção (lei 13.300/2016) explica sua função e
aplicação:
Artigo 2º Conceder-se à mandado de injunção sempre que a falta
total ou parcial de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos
direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade soberania e à cidadania.

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