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Contraceptivos Orais - Existem dois tipos principais de contraceptivos orais: Combinações de um estrógeno com uma progesterona (pílula combinada) Somente progesterona A pílula combinada - extremamente eficaz (pelo menos na ausência de doença intercorrente e de tratamento com fármacos com os quais, possa interagir) - O estrógeno que, na maioria das vezes, é combinado nessas preparações (pílulas de segunda geração) é o etinilestradiol, apesar de algumas poucas preparações conterem o mestranol. A progesterona pode ser noretisterona, levonorgestrel, etinodiol ou – em pílulas de “terceira geração” – desogestrel ou gestodeno, que são mais potentes, possuem menos ação androgênica e causam poucas mudanças no metabolismo de lipoproteínas, mas que, provavelmente, possuem risco maior de tromboembolia que as preparações de segunda geração. - Essa pílula combinada é tomada por 21 dias consecutivos, seguidos de 7 dias sem pílula, o que causa sangramento. Os ciclos normais de menstruação começam logo após a descontinuação do tratamento, e a perda permanente da fertilidade (que pode ser resultado demenopausa precoce, e não consequência do uso por longo tempo da pílula contraceptiva) é rara - mecanismo de ação: O estrógeno inibe a secreção de FSH, via retroalimentação negativa na adeno-hipófise, e, assim, suprime o desenvolvimento do ciclo ovariano. A progesterona inibe a secreção de LH e, assim, previne a ovulação; ela também estimula a produção de muco cervical menos suscetível à passagem do esperma. Estrógeno e progesterona agem combinadamente para alterar o endométrio de tal forma a evitar a implantação. - efeitos adversos comuns: Ganho de peso Retenção de fluido ou efeito anabólico Mudanças na pele Amenorreia de duração variável - também existe risco aumentado de doença cardiovascular (doença tromboembólica venosa, infarto do miocárdio e AVC) - o risco é muito maior em subgrupos com fatores adicionais, tais como fumantes e o uso continuado da pílula, especialmente em mulheres acima de 35 anos de idade. - a pressão sanguínea pode aumentar logo após o início do tratamento com pílula contraceptiva - efeitos benéficos: Diminuição dos sintomas menstruais (períodos irregulares e sangramento intermenstrual) A anemia por def. de ferro e a tensão pré- menstrual são reduzidas, como também as doenças benignas da mama, a fibrose uterina e os cistos funcionais dos ovários Pilula só com progesterona - Os fármacos usados nas pílulas só com progesterona incluem noretisterona, levonorgestrel ou etinodiol. - a pílula é tomada sem interrupção - o mecanismo de ação ocorre primariamente sobre o muco cervical, que se torna inviável para o esperma. Além de impedir a implantação através de seu efeito sobre o endométrio e sobre a motilidade e as secreções das tubas uterinas - é uma alternativa viável para as mulheres nas quais o estrógeno é contraindicado ou para aquelas cuja pressão sanguínea aumenta de forma exagerada durante o tratamento com estrógeno - mas seus efeitos contraceptivos são menos confiáveis que aqueles da pílula combinada - alterações da menstruação (principalmente sangramento irregular) são comuns Farmacocinética dos anticoncepcionais orais: interações farmacológicas - Os contraceptivos orais só com progesterona e combinados são metabolizados pelas enzimas citocromo P450 hepáticas. Dado que a dose efetiva mínima de estrógeno é usada (de certa forma para evitar o risco excessivo de tromboembolia), qualquer aumento de sua depuração pode resultar em falha do contraceptivo; - de fato, fármacos que induzem enzimas podem ter esse efeito não apenas com a pílula combinada, mas também com as pílulas só com progesterona. Tais fármacos incluem a rifampicina e a rifabutina, assim como a carbamazepina, a fenitoína e outros.
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