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Distúrbios Gástricos 1. Mecanismos de proteção do Estômago: mucina que é secretada pelas célula foveulares, que vai formar uma camada de muco, que evita o contato do alimento diretamente no epitélio, e também forma uma camada que tem um pH neutro, protegendo contra a acidez · Atrás da camada de mucina tem as células epiteliais que formam uma barreira para impedir que o ácido chegue na mucosa · Para manter a camada epitelial intacta o organismo renova todo o epitélio a cada 1 semana, para manter a camada epitelial integra e manter a secreção de muco e bicarbonato · Quandos as células secretam HCl elas secretam bicarbonato no vaso, criando um onda alcalina que vai impedir que uma retrodifusão danifique a mucosa, e por ser muito vascularizada faz com que o ácido vá para circulação. 2. Causas de Distúrbios Gástricos: a) AINE: inibem a COX 1 que é essencial para a produção dos mecanismos de proteção do estômago b) Helycobacter: c) Quimioterapia: geralmente o paciente cursa com distúrbio gástrico devido a inibição da síntese de DNA, impedindo ou diminuindo a renovação epitelial. d) Estresse Fisiológico: são queimaduras, cirurgias, internações... 3. Gastropatia:não tem células inflamatórias, pode de ser causada por AINE, bile, álcool e estresse fisiológico · Pode ser assintomática, quando tem sintomas é dor epigástrica, náuseas e vômito 4. Gastrite aguda: a) Morfologia:Na microscopia, há graus variáveis de necrose e hemorragia da mucosa, em geral acompanhadas por inflamação aguda (neutrofílica). b) Manifestações Clínicas:Pode ser assintomática, quando sintomática aparece dor epigástrica, náuseas e vômito 5. Gastrite Crônica: a) Gastrite por H. pylori: bacilo curvo, com transmissão fecal-oral, é normal de ocorrer reinfecção · Essa bactéria geralmente vence as barreiras gástricas, sua patogenicidade depende das barreiras, fatores de virulência e reação do organismo em relação a esse microrganismo. · Mais comum · Há uma produção de ácido gástrico maior ou normal, mas sem hipergastrenemia. · Possui um risco de desenvolver neoplasias e de virar neoplasia atrófica, se tem um envolvimento de corpo e fundo começa a promover áreas de atrofia nessa mucosa, que vai diminuir a quantidade de células parietais, gerando uma metaplasia gástrica multifocal, aumentando a chance de evoluir para adenocarcinoma. De forma geral não é fator de risco para neoplasia · Morfologia: · Macroscopia: mucosa gástrica eritematosa, de aparência grosseira e nodular · Microscopia: antro, presença de neutrófilos intraepitelias, plasmócito subepiteliais e podendo ter ou não agregado germinativo com células linfóides reacionais. Com H. pylori no muco. · Manifestações Clínicas: quadro clínico mais persistente, com náuseas, dor abdominal e vômito, o sangramento não é comum · Com urease positva · Tratamento: com antibiótico e inibidor da bomba de prótons b) Gastrite Autoimune: pode estar associadas ou não com outras doenças autoimunes, os anticorpos combatem as células parietais que produzem fator intrínseco, tendo uma diminuição ou ausência da produção. · Morfologia: atinge mais o corpo e fundo, pois os anticorpos combatem a mucosa oxíntica. Infiltrado inflamatório de linfócitos e atrofia glandular. · Com hiperplasia de células endócrinas (por estimulação da gastrina) · Manifestações Clínicas: anemia megaloblástica (perniciosa), hipergastrenemia · Se controla essa reação, a mucosa pode se regenerar, pois não atinge as células-tronco da mucosa gástrica. · Mais comum em mulheres e idosos, devido ao diagnóstico tardio por ser assintomáticos no início · Detecção sérica de anticorpos para células parietais, acloridria, com diminuição do pepsinogênio 6. Úlceras Gástricas: são relacionadas ao estresse fisiológico. a) Mecanismo: o principal mecanismo é a isquemia, devido a vasoconstrição esplâncnica induzida pelo estresse, liberação de endotelina I. b) Histologia: úlceras múltiplas, pequenas (menos de 1 cm), bem delimitadas com mucosa adjacente normal, podem ter uma reação inflamatória associada, redondas, com base escura(devido a sangramento que foi digerido) · Se diferem das úlceras pépticas por não deflagrarem resposta de cicatrização e nao tem espessamento de vasos sanguíneos 7. Doença Ulcerosa Péptica: se desenvolve no contexto de gastrite crônica · Pode ocorrer perfuração peritoneal a) Morfologia: no antro, em região de pequena curvatura, com base limpa, única, arredondada ou oval. Quando são muito pequenas geralmente são muito superficiais, bordas nivelada com a mucosa ao redo. b) Manifestação Clínica: dor epigástrica forte e azia que melhoram com a ingestão de alimentos 8. Pólipos Gástricos: o risco de malignização é pequeno, no entanto quando grande devem ser removidos · Geralmente múltiplos · Causados pelo uso de inibidores da bomba de prótons, que diminuem a secreção de HCl aumentando a secreção de gastrina causando dilatação das glândulas · São de corpo e fundo gástrico · Sem inflamação, com glândulas irregulares e dilatadas · Pólipos maiores que 2 cm possuem um maior risco para adenomas gástricos a) Tipos: · Inflamatório: com presença de inflamação na lâmina própria · Hiperplásico: por hiperplasia resultando em um pólipo, que tem relação com inflamação · De glândula fúndica: pode ser esporádicos ou não, múltiplos ou único. Maior parte das vezes são assintomáticos: b) Sintomas: náusea, vômito e dor epigástrica 9. Adenoma Gástrico: ocorre em pessoas com gastrite crônica, metaplasia e atrofia · São lesões polipóides neoplásica benignas que podem evoluir para neoplasias, principalmente lesões maiores que 2 cm · Geralmente são lesões única e tem displasia que pode ser de alto ou baixo grau 10. Adenocarcinoma: os genes são os BRCA2 e TP53. comuns na pequena curvatura a) Difuso: endurecimento da parede, comum tanto em homens quanto mulheres · Não se desenvolve a partir de lesão · Crescem e podem causar obstrução por estenose, devido ao crescimento da parede · Sem formação de glândulas, com célula individuais ou pequenos agrupamentos de célula neoplásicas, chamadas de células em anel de sinete, por possuírem citoplasma com mucina deslocando o núcleo para a periferia · Linite Plástica é o espessamento da parede · Manifestação Clínica: plenitude pós prandial b) Intestinal: formação de grandes massas, comuns mais em homens · Predomina em áreas de alto risco · Geralmente se desenvolve a partir de uma lesão precursora 11. Linfoma MALT: é mais comum no estômago, indolente, de células B · Associados a quadros de gastrite crônica · Pode se tornar uma forma mais agressiva, mas não é comum a) Morfologia: infiltrado linfóide acentuado na lâmina própria, com infiltração das glândulas gástrica, com lesões linfoepiteliais · S 12. Tumor Carcinóide: neoplasia endócrina bem diferenciado, curso indolente, depende do hormônio que vão produzir · Não geram metástases · Podem estar ou não associados a gastrite atrófica 13. GIST: tumor estromal do gastrointestinal, neoplasia mesênquimal · Geralmente é por volta dos 60 anos · Quase todos têm mutação no CQUIT · Podem tanto crescer da camada muscular para baixo, ou expandir para luz causando uma obstrução da luz
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