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1 RAQUEL PATRIOTA ALVES RELATÓRIO – I: AGREGADO MIÚDO - DETERMINAÇÃO DA COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA. Apresentação O presente relatório tem como objetivo realizar uma simulação da determinação da composição granulométrica para agregados miúdos, utilizando-se de métodos normatizados. Os ensaios foram realizados por alunos do período letivo 2019.2 do curso de Engenharia Civil, UFCG – Campus Pombal, no laboratório de materiais de construção, sob supervisão do Monitor Djailton Gonçalves. 2 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Balança de precisão ........................................................................................................ 05 Figura 2: Conjunto de peneiras. ..................................................................................................... 05 Figura 3: Escova macia.......................................................................................................................05 Figura 4: Pesagem...............................................................................................................................05 Figura 5: Fundo da peneira..................................................................................................................05 3 1.0 – Introdução A relevância do setor de agregados para a sociedade é destacada por estar diretamente ligada à qualidade de vida da população, tais como: a construção de moradias, saneamento básico, pavimentação e construção de rodovias, vias públicas, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos, pontes, viadutos, etc. (FERREIRA e OLIVEIRA, 2009). Portanto, faz-se necessário o estudo dos insumos utilizados nessa área, a fim de verificar sua qualidade. Segundo Mehta e Monteiro (2008) o estudo dos agregados deve ser considerado imprescindível em pesquisas acerca da tecnologia do concreto, tendo em vista que de 70% a 80% do volume do concreto é constituído pelos agregados, bem como é o material menos homogêneo com o qual se lida na fabricação do concreto e das argamassas. As propriedades dos agregados são as características que eles trazem consigo, provenientes de sua própria constituição e origem que permitem indicá-los para serviços adequados. A elas associamos os valores numéricos, ou seja, parâmetros que os indicarão para as mais variadas aplicações nas obras de engenharia. (MESQUITA, 2013). Dessa forma, nesse trabalho, serão realizados ensaios para determinação da granulometria do agregado miúdo, de forma a fazer uma simulação do que está prescrito na norma técnica estabelecida pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Normativa NBR NM 248. 2.0 – Procedimentos metodológicos para realização dos ensaios 2.1 – Determinação da granulometria da areia 2.1.1 – Materiais utilizados Peneiras 8, 16, 30, 60, 100 e fundo; Balança de precisão; Cronômetro 300g de amostra; Recipiente para pesagem; 4 Escova de cerdas macias.; Estufa. Figura 1: Balança de precisão. Fonte: Autor Figura 2: Conjunto de peneiras. Fonte: Autor Figura 3: Escova macia. Fonte: google imagens Figura 4: Pesagem. Fonte: Autor 5 5: Fundo da peneira. Fonte: google imagens 2.1.2 – Execução do ensaio Em concordância com a NBR NM 248, inicialmente, foi pesado o recipiente onde foram depositadas as massas retidas para realizar a pesagem de cada peneira. Após isso, foi adicionado ao recipiente 300g de amostra de agregado miúdo (areia) retirado da estufa. A soma da massa recipiente-amostra foi obtida e anotada. Em relação às peneiras, foram devidamente limpas e preparadas de acordo a serie normal, formando apenas um conjunto, composto pelas peneiras 8 (2,36mm), 16 (1,18mm), 30 (600mm), 60 (300), 100 (150mm) e o fundo. O conjunto de peneiras foi agitado manualmente por cerca de 5 minutos, a fim de permitir a separação e classificação dos diferentes tamanhos de grão da amostra utilizada. Posteriormente, foi destacada e agitada de forma manual a peneira superior (com o fundo e a tampa encaixados) durante 60 segundos. A agitação da peneira foi realizada com movimentos laterais e circulares, no plano horizontal e vertical. Após isso, notou-se que a massa passante pela peneira foi inferior a 1% da massa do material retido. O material retido na peneira foi retirado e levado para um recipiente identificado. A tela foi escovada bem, para que a massa pesada fosse mais precisa. Depois, o processo foi repetido para as demais peneiras, até que todas do conjunto tenham sido analisadas. Por fim, foi determinada a massa total de material retido em todas as peneiras e no fundo do conjunto. 2.0 – Resultados Os resultados da realização do ensaio de granulometria estão dispostos na tabela 01 abaixo: 6 peneira abertura (mm) massa retida (g) massa retida acumulada (g) massa passante (g) % massa retida acumulada % massa passante acumulada 4 4,8 0 0 298 0 100 8 2,4 1 1 297 0,35 99,7 16 1,2 85 86 212 28,9 71,1 30 0,6 98 184 114 61,8 38,2 50 0,3 77 261 37 87,63 12,4 100 0,15 27 288 10 96,7 3,4 Fundo - 10 298 0 100 0 Somatório - 298 - - - - Fonte: Elabora pelos autores (2019). Com os dados da porcentagem de massa passante contidos na tabela 01 os seus respectivos valores de aberturas das malhas das peneiras, foi construído um gráfico no qual mostra a curva granulométrica para a areia em estudo. Gráfico – curva granulométrica do ensaio feito pelo grupo. 7 Ao analisarmos a curva, podemos perceber que a granulometria da areia é contínua. Além disso, com os dados da tabela 01 também foi possível obter o módulo de finura (MF) e a dimensão máxima característica (DMC) da areia do ensaio. O MF é calculado pela fórmula abaixo. Soma-se a porcentagem retida acumulada nas peneiras da série normal e divide por 100. MF = ∑(% acumuladas) / 100 MF = 275,4 / 100 MF = 2,75 8 No cálculo do DCM deve-se considerar a abertura nominal, em milímetros, da malha da peneira da série normal, onde o agregado miúdo apresenta uma porcentagem retida igual ou inferior a 5%. Após a análise do módulo de finura, o agregado pode ser classificado como uma areia de granulometria média, pois segundo a NBR 7211, areias médias apresentam um MF de 2,4 a 3,2. Dessa forma, esta areia encontra-se em uma zona ótima, que oscila entre 2,2 e 2,9. 3.0 – Referência bibliográfica Mehta, P. K. e Monteiro, P. J. M. (2008) "Concreto, microestruturas, propriedades e materiais", 3ª edição, São Paulo Ferreira, G. E. e Oliveira, B. R. (2009) "Mercado de agregados no Brasil", in: Manual de agregados para a construção civil, CETEM/MCT, Rio de Janeiro. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR NM 248 (2003) "Determinação da composição granulométrica", Rio de Janeiro. RAQUEL PATRIOTA ALVES 1.0 – Introdução
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