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Gabarito das Autoatividades DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO DE MATEMÁTICA (MATEMÁTICA) 2011/1 Módulo III 3UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES D I D Á T I C A E M E T O D O L O G I A D O E N S I N O D E M A T E M Á T I C A GABARITO DAS AUTOATIVIDADES DE DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO DE MATEMÁTICA UNIDADE 1 TÓPICO 1 1 A partir da leitura, especialmente da parte inicial desse tópico, elabore um conceito de Didática. R.: O conceito elaborado deve estar de acordo com os conceitos de Haydt e Libâneo. 2 Cite algumas das principais ideias dos seguintes teóricos da Didática: R.: Comenius: seu método, dentre outras coisas, previa o seguinte: tudo o que se deve saber deve ser ensinado; qualquer coisa que se ensine deverá ser ensinada em sua aplicação prática, no seu uso definido; deve-se ensinar de maneira direta e clara; ensinar a verdadeira natureza das coisas, partindo de suas causas; explicar primeiro os princípios gerais; ensinar as coisas em seu devido tempo; não abandonar nenhum assunto até sua perfeita compre- ensão; dar a devida importância às diferenças que existem entre as coisas. Para ele, o homem deve buscar, em última instância, a felicidade eterna, dentro da tradição cristã, na qual foi ele também educado. A educação deve, então, perseguir esse objetivo, ou seja, preparar as crianças e jovens para alcançar a felicidade eterna. Rousseau: Rousseau sugere um sistema educacional capaz de formar um jo- vem que consiga conviver com a sociedade que é, por definição, corrupta. Ele acredita que as pessoas nascem boas, mas a sociedade as corrompe. Suas ideias sobre a liberdade influenciaram muitas gerações de pensadores dos mais diversos matizes ideológicos, como liberais, socialistas e anarquistas. Pestalozzi: como Rousseau, Pestalozzi acreditava que o ser humano nasce bom e é formado pelo ambiente no qual vive. Era necessário, portanto, tor- nar o ambiente o mais próximo possível das condições naturais, para que o caráter do indivíduo fosse formado positivamente. Acreditava, também, que a transformação da sociedade se daria através da educação. A relação entre professor e aluno deve ser baseada no amor e no respeito mútuo. Para ele, o professor deve respeitar a individualidade do aluno; a finalidade da educação deve se basear no seu fim mais elevado, ou seja, favorecer o desenvolvi- mento físico, mental e moral do educando; o ensino não deve objetivar a exposição dogmática e a memorização mecânica, mas o desenvolvimento das capacidades intelectuais; a educação deve auxiliar no desenvolvimento orgânico, por isso a atividade física é tão importante quanto a intelectual; a 4 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD D I D Á T I C A E M E T O D O L O G I A D O E N S I N O D E M A T E M Á T I C A aprendizagem escolar não deve levar apenas à aquisição de conhecimentos, mas, principalmente, ao desenvolvimento de habilidades e ao domínio de técnicas; o método de instrução deve ter por base a observação ou percepção sensorial e começar pelos elementos mais simples; o ensino deve respeitar o desenvolvimento infantil, seguindo a ordem psicológica; o professor deve dedicar a cada tópico do conteúdo o tempo necessário para assegurar que o aluno aprenda. Herbart: a ação pedagógica deve se guiar por três procedimentos: a) o gover- no, que representa o controle exercido pelos pais e professores, para adaptar as crianças às normas do mundo adulto; b) a instrução, principal momento da educação, que deve se basear no interesse, sem o qual não há garantias da atenção dos alunos, nem de que novas ideias possam ser assimiladas; c) a disciplina, que ao contrário do governo (heterônomo), caracteriza já a autonomia do educando, em virtude do seu amadurecimento moral. O método didático de Herbart constitui-se de cinco passos: a) preparação: momento inicial, no qual o professor relembra os conhecimentos prévios a respeito do assunto; b) apresentação: o novo conteúdo é apresentado, partindo-se do concreto; c) assimilação: momento no qual o aluno, comparando o assunto novo com aquilo que já estudou, distingue as semelhanças e diferenças; d) generalização: partindo das experiências concretas, o aluno deve ser capaz de abstrair, desenvolvendo conceitos gerais; e) aplicação: através de exercícios, o aluno demonstra que consegue aplicar praticamente aquilo que estudou. Dewey: para ele, a atividade é inerente ao ser humano, por isso, o conhe- cimento e o ensino devem estar intimamente relacionados à ação, à vida prática, à experiência. Dewey considera o homem um ser eminentemente social. Por isso, as necessidades sociais é que norteiam sua concepção de vida e de educação. Ele considera que os motivos morais precisam estar a serviço de finalidades sociais. Assim, a cooperação e o trabalho grupal são os elementos fundamentais da vida coletiva, satisfazendo as necessidades sociais e psíquicas dos humanos. É dele a fórmula: vida humana = vida social = cooperação. 3 O que era o Ratio Studiorum, utilizado pelos jesuítas aqui no Brasil, a partir de 1549? R.: O ideal do Ratio Studiorum era a formação do homem universal, humanis- ta e cristão. A educação preocupava-se com o ensino humanista de cultura geral e enciclopédico. O Ratio enfocava instrumentos e regras metodológicas compreendendo o “estudo privado”, cerne de todo o processo, no qual o professor prescrevia o método de estudo, o conteúdo e o horário. As aulas eram ministradas de forma expositiva. As lições eram tomadas dos alunos oralmente, repetindo o que fora exposto pelo mestre. As aulas eram prepara- 5UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES D I D Á T I C A E M E T O D O L O G I A D O E N S I N O D E M A T E M Á T I C A das, dando-se especial atenção ao método, que compreendia: verificação do conteúdo anterior, correção, repetição, explicação, interrogação e ditado. 4 Como era a Didática da Pedagogia Tradicional Leiga, segundo modelo de ensino conhecido no Brasil? R.: Era muito semelhante à Pedagogia Tradicional Religiosa, embora o foco não fosse a formação cristã. O relacionamento professor-aluno é hierárquico e autoritário. O professor é o centro do processo da aprendizagem, concebendo o aluno como um ser receptivo e relativamente passivo. Na sala de aula, mes- tres e alunos estão separados e não há necessidade de comunicação entre eles. A disciplina é a forma de garantir a atenção, o silêncio e a ordem. TÓPICO 2 1 Fazendo um balanço da realidade educacional com a qual você convive, qual(quais) da(s) tendência(s) pedagógica(s) estudada(s) você acredita estar(em) mais presente(s) no cotidiano escolar? Por quê? R.: A resposta é de cunho mais ou menos pessoal, pois dependerá do am- biente educacional no qual o(a) acadêmico(a) foi formado ou atua. Provavel- mente, muitas respostas apontarão para a existência de diversas tendências, coexistindo em uma mesma realidade educacional. O(A) Professor(a)-Tutor(a) Externo(a) deve estar atento(a), entretanto, à coerência entre a(s) tendência(s) apontada(s) e a justificativa a ser dada pelo(a) acadêmico(a) ao responder à pergunta por quê. 2 Escolha uma das tendências liberais estudadas e enumere alguns de seus princípios didáticos básicos. R.: São várias as tendências liberais referenciadas no texto. A resposta deve ser coerente com os princípios expostos para cada uma das tendências. 3 Escolha uma das tendências progressistas estudadas e enumere alguns de seus princípios didáticos básicos. R.: Assim como no caso das tendências liberais, também existem mais de uma tendência progressista. Espera-se, também nessa resposta, a coerência entre a tendência escolhida e os princípios expostos no texto. TÓPICO 3 1 Qual a importância da elaboração dos objetivos para o trabalho pedagógico? R.: Todo educador precisa ter clareza da meta ou metas que deseja alcan- 6 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD D I D Á T I C A E M E T O D O L O G I A D O E N S I N O D E M AT E M Á T I C A çar, pois, quando não sabemos onde queremos chegar, qualquer caminho serve, ou seja, qualquer aula serve, qualquer método serve, qualquer conte- údo é suficiente. Quando temos metas e objetivos traçados, sabemos mais facilmente que tipos de metodologias ou procedimentos devemos usar, que conteúdos devemos trabalhar, como e para que avaliar. Resumindo, não há prática educativa sem objetivos. 2 Vimos que os objetivos específicos são desdobramentos dos objetivos ge- rais. Então, elabore um objetivo geral para uma suposta disciplina e, a partir dele, elabore três objetivos específicos. R.: A resposta pode ser de diversas maneiras. Deve haver atenção, entretanto, para a correlação e a coerência entre os objetivos específicos e o objetivo geral. É bom também certo cuidado para que tanto o objetivo geral quanto os específicos sejam passíveis de realização, não sejam objetivos impossíveis de ser alcançados. 3 Elabore um conceito de conteúdos de ensino. R.: Espera-se que o conceito elaborado esteja de acordo com aquele expresso no texto por Libâneo, e que não se limite a compreender conteúdos apenas como as matérias de ensino. 4 Escolha três dos critérios para seleção dos conteúdos apresentados no texto e disserte sobre a sua importância. R.: A resposta é de cunho pessoal, mas deve resguardar similaridades com o que o texto apresenta acerca de cada um dos critérios que o(a) acadêmico(a) escolher. TÓPICO 4 1 Quando falamos do planejamento de um sistema educacional, afirmamos que “esse nível de planejamento reflete a política de educação que se pre- tende adotar em um determinado período. O resultado desse planejamento é diretamente dependente do jogo de forças políticas e ideológicas presente nas instâncias decisórias do Estado”. Como isso vem se refletindo na prática? R.: A resposta pode ser dada de várias maneiras, mas é importante que o(a) acadêmico(a) reflita sobre alterações que se dão nas políticas educacionais quando grupos com ideologias diferentes estão no poder. Determinados grupos políticos tendem a valorizar mais os profissionais da educação, por exemplo. Dependendo, também, das forças políticas hegemônicas, em de- terminados momentos a educação pública de qualidade é mais lembrada, em outros casos, prefere-se optar pela educação particular. Além dessas questões, muitas outras poderão aparecer. 7UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES D I D Á T I C A E M E T O D O L O G I A D O E N S I N O D E M A T E M Á T I C A 2 Elabore um conceito de plano de ensino. R.: O plano de ensino, também chamado de plano de curso, constitui-se de um roteiro organizado das unidades didáticas a serem trabalhadas durante um ano ou semestre letivo. O plano de ensino deve conter a justificativa da disciplina, os objetivos gerais e específicos, os conteúdos, a metodologia a ser utilizada e o cronograma. 3 Com base nos componentes do plano de aula e nos modelos que suge- rimos no texto, elabore um plano de aula. Fique bastante à vontade para escolher uma série fictícia, um recorte de conteúdo de alguma disciplina, os objetivos a serem alcançados naquele dia e os procedimentos de ensino e de avaliação. R.: O(A) acadêmico(a) fica bastante livre para elaborar seu plano de aula. É necessário perceber se os componentes sugeridos no texto aparecem no plano e se há, entre eles, coerência. 4 De acordo com a leitura complementar (A metodologia do trabalho pe- dagógico), quais são as principais características de um projeto de ensino- aprendizagem? R.: Um projeto é uma atividade intencional. Num projeto, a responsabilidade e autonomia dos alunos são essenciais; a autenticidade é uma característica fundamental de um projeto; um projeto envolve complexidade e resolução de problema; um projeto percorre várias fases. 5 (ENADE 2008) Com relação ao projeto político-pedagógico, percebe-se que ele não se tem constituído em instrumento de construção da singularidade das escolas, visto que não encontramos, nas representações sociais dos conselheiros, referências aos pressupostos sociopolítico-filosóficos que dariam a feição da escola; além disso, em sua maioria, as representações sobre o projeto ancoram-se no planejamento. O projeto, porém, indica um grande avanço quando verificamos, consensualmente, que sua elaboração se deu de forma participativa. Participação essa que envolveu conflitos e negociações, resolvidos a partir de decisões majoritárias, indicando uma nova forma de organização escolar, que rejeita o caráter hierárquico historicamente construído. Assim, a elaboração do projeto político-pedagógico constitui-se em um momento de aprendizagem democrática. FONTE: MARQUES, L. R. O projeto político-pedagógico e a construção da autonomia e da democracia nas representações dos conselheiros. Educação e Sociedade, Campinas, n. 83, v. 24, 2003, p. 577-597 (com adaptações). Tendo em vista as conclusões apresentadas no texto acima, resultantes de pesquisa realizada com uma comunidade próxima a Recife, infere-se que o 8 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD D I D Á T I C A E M E T O D O L O G I A D O E N S I N O D E M A T E M Á T I C A projeto pedagógico de uma instituição escolar: a) ( x ) Tem uma dimensão teórica pouco importante e ligada à efetivação da autonomia de escolas singulares, mas sua dimensão prática estimula a participação da comunidade escolar para planejar o futuro da escola. b) ( ) Depende do compartilhamento de pressupostos sociopolítico- filosóficos que possam dar feição à escola, pois nada adianta um discurso centrado no planejamento se não se sabe ao certo do que se está falando. c) ( ) Está intrinsecamente ligado ao caráter hierárquico da instituição escolar, vista como aparelho ideológico de Estado, a serviço da lógica do capital e da premissa da exploração do homem pelo homem, visando ao lucro. d) ( ) Depende de uma ruptura prévia com os modelos tradicionais de escola, o que conduz à conclusão obrigatória de que há uma ligação intrín- seca entre a própria ideia de projeto pedagógico e inovação educacional, no sentido da aprendizagem. e) ( ) Tem funcionado apenas como um mote para catalisar a participação da comunidade em torno da escola, o que permite a ela que se compartilhem efetivamente os mesmos pressupostos sociopolítico-filosóficos que dão feição à escola. UNIDADE 2 TÓPICO 1 1 A partir dos autores estudados, elabore um conceito de avaliação que você julgue coerente. R.: São diversas as perspectivas apresentadas pelos autores citados no texto, mas o ideal seria a elaboração de um conceito de avaliação que superasse os aspectos apenas quantitativos, endossados por alguns deles. 2 Comente a frase: “Ao negar o positivismo e o tecnicismo não estamos que- rendo negar a importância da quantificação, mas, se a avaliação não superar a mera quantificação, de nada ou muito pouco contribuirá para a melhoria das relações de aprendizagem”. R.: O sentido da frase, conforme aparece no texto, deve nos levar a refletir sobre a necessidade de se pensar a avaliação também no seu aspecto 9UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES D I D Á T I C A E M E T O D O L O G I A D O E N S I N O D E M A T E M Á T I C A qualitativo. Entretanto, dispor de dados quantificáveis ou mensuráveis é in- dispensável para se avançar na direção da qualificação. O que não se deve é fazer dos números ou conceitos o ponto de chegada da avaliação, mas seu ponto de partida. 3 Como era a atuação do professor na primeira tradição histórica em ava- liação? R.: O professor era investido de autoridade e legitimidade para avaliar seus alunos, sendo, portanto, um competente “especialista” em avaliação. Essa função é exercida de maneira bastante simples, isto é, atribuir notas a seus alunos. Nessa época não há maiores discussões em torno do processo de avaliação, que fica dependente da subjetividade do professor. 4 Quais as semelhanças e diferenças entre a segunda e terceira formashistóricas de avaliação escolar? R.: As semelhanças residem no fato de ambas se inspirarem no positivismo e no tecnicismo e estarem preocupadas com a objetividade. As diferenças estão relacionadas ao fato de, na terceira forma histórica de avaliação, a pedagogia condutista surgir no cenário, trazendo consigo os testes criteriais. 5 Escolha dois dos mitos vigentes sobre a avaliação do desempenho escolar e proponha estratégias para a sua superação. R.: José Eustáquio Romão propõe oito mitos vigentes em nossas escolas sobre a avaliação do desempenho escolar. Dentre esses o(a) acadêmico(a) deverá escolher dois e caracterizá-los. As estratégias para a superação des- ses dois mitos deverão ser propostas em consonância com as considerações apresentadas no texto, embora sejam de caráter mais ou menos pessoal. TÓPICO 2 1 Escolha dois dos princípios da avaliação propostos por Haydt e comente-os. R.: Dentre os quatro princípios propostos pela autora, o(a) acadêmico(a) es- colhe dois e os comenta. Espera-se que os comentários tratem de elementos presentes nas afirmações da autora, entretanto, a resposta é pessoal. 2 Cite algumas das principais características da abordagem qualitativa em avaliação. R.: -relativização da objetividade; aceitação da falibilidade de quem avalia; -atenção não somente ao que o aluno aprendeu ou deixou de aprender, mas também aos porquês de ter ou não aprendido; - entendimento da avaliação como ato vinculado a valores; - atenção aos efeitos secundários e de longo prazo e não apenas às condutas 10 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD D I D Á T I C A E M E T O D O L O G I A D O E N S I N O D E M A T E M Á T I C A manifestas e de curto prazo; - mudança de polo: da ênfase nos produtos à ênfase nos processos; - substituição das generalizações estatísticas pelas análises mais particu- lares; - uso de metodologias que consigam captar diferenças, imprevistos; - pluralidade e flexibilidade metodológicas. 3 Cite algumas das principais características da abordagem quantitativa em avaliação. R.: -excesso de objetividade; - utilização do método hipotético-dedutivo; - apreço pelos dados estatísticos; - ênfase nos produtos e resultados; - controle das variáveis, a exemplo do modelo experimental de laboratório; - desconsideração de dados que não sejam numericamente relevantes; - tendência ao emprego de grandes amostragens, dando pouca ênfase aos efeitos menos usuais e interferências locais. 4 Como devemos agir para superar a dicotomia aspectos quantitativos x aspectos qualitativos na avaliação educacional? R.: Para superarmos a dicotomia entre aspectos quantitativos x aspectos qualitativos, devemos, antes de tudo, compreender que ambos não se ex- cluem. Os dados quantitativos são indispensáveis, mas não são um fim em si mesmos. Os dados quantitativos são o ponto de partida para as reflexões qualitativas. Sem dados sobre a realidade educacional não é possível avaliá- la. Porém, sem reflexões, de nada valem os dados empíricos. 5 Dentre as características da avaliação escolar propostas por Libâneo, escolha três que você julgar mais importantes e comente-as. R.: A resposta é de cunho pessoal, mas espera-se que os comentários acerca das três características da avaliação escolhidas façam referência às ideias que Libâneo desenvolve a respeito. 6 Por que se pode afirmar que a parte mais importante da avaliação é a análise dos resultados pelo professor e pelos alunos? R.: Porque a análise dos resultados traz benefícios tanto ao professor quanto aos alunos. Os alunos, ao perceberem os erros cometidos, podem descobrir porque erraram e retomar os estudos daqueles aspectos. O professor, ao analisar os resultados, pode rever suas aulas e suas estratégias, pois, quando muitos alunos demonstram não compreender um mesmo conteúdo, pode ter havido falha na comunicação durante as aulas ou na elaboração da prova. Ou, ainda, o nível de exigência pode estar além das possibilidades reais de muitos alunos. 11UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES D I D Á T I C A E M E T O D O L O G I A D O E N S I N O D E M A T E M Á T I C A TÓPICO 3 1 Escreva sobre a importância de pelo menos três das funções da avaliação propostas por Haydt. R.: A resposta é pessoal. Dentre as cinco funções da avaliação que o texto apresenta, o(a) acadêmico(a) comentará pelo menos três. Espera-se, na resposta, que fique evidenciada a importância de cada uma das funções escolhidas. 2 Como o professor deve proceder para que a técnica de observação possa auxiliá-lo na avaliação de seus educandos? R.: Deve tomar cuidado para evitar conclusões precipitadas, preconceituosas ou generalizações apressadas. 3 Em sua opinião, quais as vantagens pedagógicas da utilização da técnica de autoavaliação? R.: Diversas podem ser as vantagens que os acadêmicos descrevam. Dentre elas, pode figurar aquilo que o próprio texto enfatiza: a prática da autoavaliação cria um ambiente mais participativo, democrático e ajuda a responsabilizar mais o educando por sua aprendizagem, pois o conscientiza de seus avanços, limites e necessidades. 4 Escolha duas vantagens e duas desvantagens da utilização de portfólios da avaliação e disserte sobre elas. R.: A resposta é pessoal, mas espera-se que o(a) acadêmico(a) saiba fazer uso das “dicas” que o Caderno de Estudos apresenta para a confecção dos referidos instrumentos de avaliação do rendimento escolar. 5 Escolha dois dos tipos de questões objetivas exemplificadas no texto e elabore duas questões hipotéticas sobre algum conteúdo escolar que você domine. R.: A resposta é pessoal, mas espera-se que o(a) acadêmico(a) saiba fazer uso das “dicas” que o Caderno de Estudos apresenta para a confecção dos referidos instrumentos de avaliação do rendimento escolar. 6 Quais as pistas que a Leitura Complementar nos dá para melhor compre- ender o papel seletivo do sistema escolar? R.: A resposta é pessoal. Verifique o que cada acadêmico(a) produziu e aproveite o momento para realizar uma socialização. 12 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD D I D Á T I C A E M E T O D O L O G I A D O E N S I N O D E M A T E M Á T I C A UNIDADE 3 TÓPICO 1 1 Elabore, a partir do texto, um conceito de método de ensino. R.: Método de ensino são os procedimentos, técnicas e estratégias utilizadas pelo professor e pelos alunos para atingir os objetivos de aprendizagem. 2 Diferencie método de ensino e técnica de ensino. R.: Método de ensino – são as estratégias, procedimentos e processos de ensino. Técnicas de ensino – é a operacionalização do método de ensino. 3 Enumere alguns usos incorretos do método de exposição pelo professor. R.: -conduzir os alunos a uma aprendizagem mecânica, na qual apenas memorizam e decoram regras, fatos e definições, sem uma compreensão efetiva do assunto; - usar linguagem inadequada, distante da linguagem habitual dos alunos; - usar palavras que não pertencem ao vocabulário das crianças; - apresentar noções que não têm conexão com os conteúdos estudados anteriormente; - expor a matéria sem antes despertar o interesse, a concentração e a atenção dos alunos; - expor a matéria sem a preocupação de atingir cada aluno, mesmo quando se dirige à classe toda; - exigir silêncio com intimidações e ameaças; - usar formas de avaliação que exijam respostas decoradas. 4 Como deve ser o comportamento do professor diante da classe para que o método de elaboração conjunta seja eficaz? R.: O professor deve estar atento para evitar reações impacientes ou nervosas, pois se isso ocorrer, os alunos podem se sentir amedrontados ou se precipitarem na formulação de suas respostas. É necessário, para o bom andamento da conversação, que se obtenham respostas refletidas, pensadas, que relacionem fatos e fenômenos e que avaliem criticamente determinada situação. Ainda que as respostas sejam incompletas ou imaturas, ou que contenham apenas parte da verdade, a atitude do professor deve ser positiva, evitandodesencorajar a classe. 13UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES D I D Á T I C A E M E T O D O L O G I A D O E N S I N O D E M A T E M Á T I C A 5 Vimos que o método de trabalho em grupo pode dar ótimos resultados, mas, para isso, são necessários alguns cuidados. Quais são? R.: Recomenda-se que os grupos sejam compostos por um número de 3 a 5 alunos. Os temas distribuídos aos grupos podem ser diferentes, entretanto, organicamente articulados. É possível, também, distribuir os mesmos temas para todos os grupos. O professor precisa deixar bem claro aos alunos os objetivos da atividade e os passos que devem ser seguidos. Deve estar também atento aos grupos, para que não haja dispersão ou desvio em relação aos objetivos previamente traçados. TÓPICO 2 1 Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática para os Anos Finais do Ensino Fundamental enfatizam uma proposta do Ensino da Matemática que se apoia numa aprendizagem compreensiva e significativa para o aluno. Explique o que isso significa. R.: Uma aprendizagem por compreensão é quando o aluno entende o que está fazendo, participa da construção do seu conhecimento e consegue aplicá-lo, propondo novas alternativas e, desse modo, torna sua aprendizagem significativa e útil para a vida, ou seja, uma matemática que o aluno consiga ver a aplicação prática do conteúdo em situações reais do dia a dia. 2 Quanto à organização dos conteúdos por ciclos, faça uma análise das especificidades do processo de ensino-aprendizagem do terceiro ciclo, abordando os quatro blocos de conteúdos: números e operações, espaço e forma, grandezas e medidas e tratamento da informação. R.: Os PCN ressaltam a importância de verificar quais os conhecimentos matemáticos que o aluno possui e, a partir desses, dar continuidade no desenvolvimento e aprofundamento dos mesmos. Dar oportunidade ao aluno para falar, trocar ideias, incentivá-los a fazer deduções e apresentar seus argumentos. É muito importante um ensino da Matemática com compreensão e significado para o aluno. Para uma aprendizagem mais significativa, os PCN propõem a organização dos conteúdos na forma espiral, isso significa retornar ao mesmo conteúdo diversas vezes, passando por diferentes níveis de aprofundamento. A proposta visa desenvolver os conteúdos, números e operações de forma contextualizada, envolvendo situações do cotidiano e outras áreas do conhecimento. Quanto ao espaço e forma, a proposta do desenvolvimento desses conteúdos é a de compreender como esses podem servir de instrumentos de acesso a outras áreas do conhecimento e possibilitar o conhecimento e a utilização de instrumentos como a régua, o esquadro, o 14 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD D I D Á T I C A E M E T O D O L O G I A D O E N S I N O D E M A T E M Á T I C A compasso e o transferidor na construção de figuras geométricas. Quanto ao conteúdo de grandezas e medidas, é importante destacar a aplicação prática em situações do dia a dia. Sobre o bloco tratamento da informação, a proposta dos PCN é a de que o professor verifique quais as ideias básicas dos alunos sobre a estatística para então ampliá-las por meio da apresentação de situações-problema. Essas situações devem ser colocadas aos alunos de modo que, para uma análise mais profunda, sintam a necessidade de coletar, organizar e apresentar dados de modo, interpretando-os e comunicando-os com a utilização da linguagem estatística. 3 Quanto à organização dos conteúdos por ciclos, faça uma análise das especificidades do processo de ensino e aprendizagem do quarto ciclo, abordando os quatro blocos de conteúdos: números e operações, espaço e forma, grandezas e medidas e tratamento da informação. R.: Para o quarto ciclo, os PCN chamam a atenção para características dos alunos como mudanças corporais, inquietudes emocionais e psicológicas. No bloco números e operações, é importante que o professor problematize situações que levem o aluno a perceber a necessidade de ampliação do campo numérico e, assim, justificar a necessidade dos números irracionais e propor situações-problema no campo da álgebra. Referente a grandezas e medidas, é fundamental a integração da Matemática com outras áreas do conhecimento, utilizando instrumentos de medidas que propiciam a compreensão dos conteúdos. No bloco tratamento da informação, os PCN destacam a importância de aprofundar os conhecimentos de coleta, organização e apresentação de dados de temas atuais, que desperte o interesse dos alunos. Quanto ao bloco espaço e forma, é necessário explorar atividades que permitam ao aluno analisar figuras, manusear, construir, levantar hipóteses e identificar as suas propriedades, criando condições que favoreçam o desenvolvimento da capacidade de argumentar e construir demonstrações. 4 O critério central dos PCNEM é o da contextualização e da interdisciplinaridade. Explique o que isso significa. R.: O critério central dos PCNEM é o da contextualização e da interdisciplinaridade, isto é, espera-se que o tema estudado permita conexões entre diversos conceitos matemáticos e entre diferentes formas de pensamento matemático. É importante que o aluno saiba em que situação é utilizado determinado conteúdo que ele está estudando, por isso é necessário contextualizar, isto é, inserir o conteúdo matemático em um contexto real ou uma aplicação prática. 15UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES D I D Á T I C A E M E T O D O L O G I A D O E N S I N O D E M A T E M Á T I C A 5 Elabore um exemplo do uso da interdisciplinaridade ou da contextualização de conteúdos em uma sala de aula. R.: Exemplos: Operações com números decimais (contextualizar com situações de compra e venda do dia a dia). Probabilidade e análise combinatória (contextualizar com a possibilidade de acertar a loteria, mega sena e outros). Existem muitos exemplos nos livros didáticos atuais de contextualização e interdisciplinaridade. TÓPICO 3 1 Elabore, a partir do texto, um conceito sobre Modelagem Matemática. R.: A Modelagem Matemática consiste na arte de transformar situações da realidade em problemas matemáticos e resolvê-los interpretando suas soluções e empregando a linguagem do mundo real. 2 Segundo Biembengut e Hein (2007), o processo de Modelagem Matemática envolve algumas etapas. Quais são? Explique cada uma delas. R.: A primeira etapa é a interação com o tema abordado, que envolve o problema. É nessa etapa que se delimita a situação-problema a ser modelada. A familiarização com o assunto facilita essa delimitação. A segunda etapa é a matematização, que é a formulação de hipóteses partindo da classificação de informações importantes, da identificação das variáveis envolvidas e da escolha do conjunto de expressões aritméticas, equações, gráficos e fórmulas que permitirão a dedução da solução. Essa seleção das relações em termos matemáticos denomina-se modelo. Resolve-se a situação-problema a partir do modelo e realiza-se a aplicação. A terceira etapa é o modelo matemático que envolve a interpretação da solução, verificando os resultados deduzidos da aplicação, analisando o quanto é significativa e relevante a solução encontrada e em que nível se aproxima da situação-problema representada. Verificar se o modelo é adequado ou não e a relevância da solução é o que chamamos de validação de um modelo. 3 Qual é o objetivo principal de utilizar a resolução de problemas em sala de aula? R.: O objetivo principal do processo de resolução de problemas inicia quando o sujeito se depara com uma situação que o motiva a buscar uma resposta e reestrutura os elementos que são os conceitos previamente adquiridos, como técnicas e habilidades presentes na estrutura cognitiva, de forma a chegar a uma solução. 16 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD D I D Á T I C A E M E T O D O L O G I A D O E N S I N O D E M A T E M Á T I C A R.: A proposta pedagógica da Etnomatemática é fazer da matemática algovivo, lidando com situações reais no tempo (agora) e no espaço (aqui). E, através da crítica, questionar o aqui e agora. Ao fazer isso, mergulhamos nas raízes culturais e praticamos dinâmica cultural. Estamos, efetivamente, reconhecendo na educação a importância das várias culturas e tradições na formação de uma nova civilização, transcultural e transdisciplinar. FONTE: Disponível em: <http://www.webartigos.com/articles/48351/1/Um-olhar-da-Etnomate- matica-para-o-sistema-conta-tarefa-e-quadro-utilizado-pelos-agricultores-em-Cachoeirinha-PE/ pagina1.html#ixzz1IrkkSF1y>. Acesso em: 5 abr. 2011. 5 Quais são os benefícios de utilizar os jogos nas aulas de Matemática? R.: Favorecem o desenvolvimento do raciocínio lógico, a socialização e o conhecimento matemático do aluno de maneira lúdica. Segundo os PCN (BRASIL, 1998), os jogos também favorecem a criatividade na elaboração de estratégias de resolução e busca de soluções, propiciam a simulação de situ- ações que exigem solução imediata, estimulando o planejamento das ações e possibilitando a construção de uma atitude positiva perante os erros. Os jogos matemáticos servem para atingir determinados objetivos no processo de construção do conhecimento lógico-matemático do aluno, estimulam o cálculo mental e trabalham estimativas, oportunizando, ao aluno, o levantamento de hipóteses e conjeturas na criação de estratégias e regras do jogo. 6 Qual a importância de incluir a História da Matemática nas aulas de Ma- temática? R.: Segundo os PCN (BRASIL, 1998, p. 42): A história da matemática oferece uma importante contribuição ao processo de ensino e aprendiza- gem. Ao revelar a matemática como criação hu- mana, ao mostrar necessidades e preocupações de diferentes culturas, em diferentes momentos históricos, ao estabelecer comparações entre os conceitos e processos matemáticos do passado e do presente, o professor cria condições para que o aluno desenvolva atitudes e valores mais favoráveis diante desse conhecimento. 4 Com base no texto, explique a proposta pedagógica da Etnomatemática. 17UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES D I D Á T I C A E M E T O D O L O G I A D O E N S I N O D E M A T E M Á T I C A TÓPICO 4 1 O PNLD (2011) destaca algumas funções do livro didático na relação com o aluno. Quais são? R.: Segundo o Guia do Livro Didático (PNLD, 2011), as funções mais impor- tantes do livro didático na relação com o aluno, tomando como base Gérard e Roegiers (1998 apud PNLD, 2011), são: ● favorecer a aquisição de conhecimentos socialmente relevantes; ● propiciar o desenvolvimento de competências cognitivas, que contribuam para aumentar a autonomia; ● consolidar, ampliar, aprofundar e integrar os conhecimentos adquiridos; ● auxiliar na autoavaliação da aprendizagem; ● contribuir para a formação social e cultural e desenvolver a capacidade de convivência e de exercício da cidadania. 2 Qual a função do livro didático nas escolas? R.: Ainda segundo esse Guia (PNLD, 2011), no que diz respeito ao professor, o livro didático desempenha, entre outras, as importantes funções de: ● auxiliar no planejamento e na gestão das aulas, seja pela explanação de conteúdos curriculares, seja pelas atividades, exercícios e trabalhos pro- postos; ● favorecer a aquisição dos conhecimentos, assumindo o papel de texto de referência; ● favorecer a formação didático-pedagógica; ● auxiliar na avaliação da aprendizagem do aluno. 3 Com base no texto, cite algumas críticas que são feitas ao livro didático. R.: Uma das críticas feitas ao livro didático é que ele tira a autonomia e liber- dade do professor para buscar ou criar, ele mesmo, o material e as atividades com os quais desenvolve o processo de ensino e aprendizagem. Outra crítica é a padronização. 4 Os guias publicados pelo MEC para a escolha dos livros didáticos apre- sentam critérios que podem orientar a escolha desses livros. Escreva alguns destes critérios utilizados. R.: Um critério fundamental de escolha, porém, é que o livro seja coerente com a concepção que o professor tem da natureza do conteúdo que ensina e dos objetivos do ensino desse conteúdo, seja adequado às características de seus alunos e ao projeto político-pedagógico da escola. 18 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI NEAD D I D Á T I C A E M E T O D O L O G I A D O E N S I N O D E M A T E M Á T I C A 5 Escreva, a partir do texto, como o professor deve utilizar o livro didático sem perder a sua autonomia em sala de aula. R.: O professor que se deixa dirigir exclusivamente pelo livro didático está renunciando à autonomia e à liberdade que tem, que pode ter e que deve ter. Essa autonomia e liberdade estão garantidas quando o professor usa o livro didático apenas como um instrumento de trabalho, lançando mão dos textos e das atividades que o livro propõe como uma facilitação de seu trabalho. 19UNIASSELVI NEAD GABARITO DAS AUTOATIVIDADES D I D Á T I C A E M E T O D O L O G I A D O E N S I N O D E M A T E M Á T I C A