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Expansão marítima europeia e início da colonização do brasil A expansão portuguesa O pioneirismo português Centralizou a política mais rápido Burguesia enriquecida e influente no Estado + busca por terras e privilégios Retomada rápida da produção agrícola mais excedente mais dinheiro Invenção da caravela e de técnicas marítimas Escola de Sagres Apoio da Igreja combate ao Islamismo Apoio dos nobres aquisição de bens por meio do corso (ataques a navios mercantes) e do roubo de aldeias Tomada de Constantinopla pelos árabes em 1453 fim do acesso direto aos produtos e especiarias orientais busca pelo monopólio Posição geográfica favorável A expansão espanhola A Espanha foi o segundo país a se lançar na aventura das grandes navegações. A primeira viagem marítima financiada pelo país ocorreu em 1492, com Cristóvão Colombo. Vários motivos levaram a Espanha a esse "atraso" na busca de uma rota para o comércio de especiarias que não passasse pelo Mediterrâneo (controlado pelas Cidades-Estado de Gênova e Veneza), nem pela costa africana, conhecida pelos portugueses até o Cabo da Boa Esperança, no extremo sul do continente. Primeiramente, durante a segunda metade do século XV, a Espanha (Reinos de Castela e Aragão) enfrentou conflitos dinásticos, conflitos contra os franceses e, principalmente, contra os mouros, estabelecidos ainda no reino de Granada, no sul da Península Ibérica. Só depois que os espanhóis conquistaram Granada, em 1492, é que eles lançaram-se na navegação atlântica. A expansão espanhola As Grandes Navegações foram um acontecimento muito importante na história europeia e contribuíram para mudar o mundo radicalmente. Entre as consequências das Grandes Navegações, estão: O estabelecimento do tráfico negreiro; O início da colonização; O estabelecimento das práticas econômicas do mercantilismo; A transformação de Portugal e Espanha em dois grandes impérios ultramarinos. Os tratados ibéricos Bula Inter Coetera Em 4 de maio de 1493, a Bula Inter Coetera estabeleceu um acordo que determinava as regiões de exploração de cada uma das nações ibéricas. De acordo com o documento, uma linha imaginária a 100 léguas (660 quilômetros) da Ilha de Açores dividia o mundo, determinando que todas as terras a oeste dessa linha seriam de posse da Espanha e a leste seriam fixados os territórios portugueses. Dessa maneira, a disputa parecia resolvida. No entanto, o rei Dom João II exigiu a revisão do acordo diplomático. Dessa maneira, as autoridades lusas mais uma vez ameaçaram a Espanha caso o pedido de revisão não fosse acatado. Mais uma vez, o papa foi convocado para intermediar novas negociações. Os tratados ibéricos Tratado de Tordesilhas No dia 7 de julho de 1494, o Tratado de Tordesilhas transformou os limites do antigo pacto. Segundo o novo acordo, todas as terras descobertas até o limite de 370 léguas (2500 quilômetros) a oeste de Cabo Verde seriam de domínio português, sendo as restantes de posse espanhola. Com esse novo acordo, Portugal assegurou sua autoridade sobre parte dos territórios do Brasil, que teve sua descoberta anunciada seis anos mais tarde. Esse novo tratado não deu fim às disputas pelo continente americano. No século XVI, nações como Inglaterra, França e Holanda começaram a empreender seu processo de expansão marítima. Insatisfeitas, tais nações utilizaram do contrabando, das invasões e da pilhagem em repúdio ao monopólio português e espanhol. O início da exploração De 1500 até 1530, o comércio das especiarias orientais era o foco do governo português desinteresse em efetivar a exploração no Brasil As atividades estabelecidas aqui foram: Extração do pau-brasil: Uso da mão de obra indígena por meio do escambo Expedições de reconhecimento e guarda-costas Forma de comércio baseada na troca não monetária Indígenas na américa portuguesa Organizavam-se de acordo com o tronco linguístico as divergências entre as tribos foi usada pelos europeus para facilitar o domínio Viviam sob regime de caça e coleta Sem propriedade privada e estratificação social rígida Sem a noção de trabalho como fonte de riqueza A resistência dos indígenas diminuiu com a presença compulsória nas missões jesuíticas Tupi Guarani, Tupinambá, Carijó, Tamoio Macro-jê Bororó, Karayá O início da colonização A colonização do Brasil iniciou-se, em 1500, com a chegada dos portugueses ao nosso território, embora ações efetivas de colonização só tenham se desenvolvido na década de 1530, com o estabelecimento das capitanias hereditárias. A colonização portuguesa ocorreu até o ano de 1822, quando conquistamos nossa independência. A colonização do Brasil contou com três grandes ciclos econômicos, o do pau-brasil, o do açúcar e o do ouro. A mão de obra majoritária foi a dos escravizados indígenas e africanos, sendo que os primeiros eram obtidos por bandeirantes e os segundos eram trazidos pelo tráfico negreiro. A colonização também ficou marcada por inúmeras revoltas. Período pré colonial Depois de 1500, Brasil ocupou uma posição secundária para a Coroa portuguesa porque, nesse momento, a prioridade de Portugal era manter o comércio de especiarias. Esse momento é conhecido como Período Pré-Colonial, uma vez que os portugueses não tinham estabelecido ações de colonização consistentes no Brasil. A presença portuguesa nesse período consistia em explorar o pau-brasil, árvore nativa que tinha valor para os portugueses por causa de um corante extraído de sua madeira. A principal mão de obra nesse tipo de exploração foram os índios, sobretudo quando a árvore começou a ficar escassa no litoral. Para explorar o pau-brasil, os portugueses mobilizavam os índios por meio do escambo, isto é, pela troca, eles recebiam recebiam objetos variados, como machados. Capitanias hereditárias As capitanias hereditárias surgiram por ordem do rei português D. João III, no ano de 1534, sendo a primeira divisão territorial e administrativa implantada pelos portugueses na América Portuguesa. Basicamente, o território da América Portuguesa foi dividido em 15 grandes faixas de terra, que tiveram sua administração entregue a interessados. A vida das capitanias como única forma de divisão e administração teve vida curta, uma vez que, em 1548, surgiu o Governo-Geral. Capitanias hereditárias Os portugueses chegaram ao Brasil em 22 de abril de 1500, durante a expedição liderada por Pedro Álvares Cabral. Apesar de a chegada portuguesa ao Brasil ter sido uma grande novidade em Portugal, não atraía tanto a atenção dos portugueses naquele momento, uma vez que o comércio com a Índia representava uma possibilidade de maiores lucros. No começo da década de 1530, o comércio com a Índia estava em declínio, e as terras dos portugueses na América estavam ameaçadas por franceses, que invadiam com frequência o território, aliando-se com nações indígenas inimigas de Portugal. Com essa situação, Portugal percebeu que era necessário ampliar os esforços de colonização do Brasil, caso contrário correria o risco de perder as terras. A saída encontrada por Portugal foi bem simples: em vez de a Coroa financiar todo o processo de colonização do Brasil, resolveu passar o ônus para terceiros. Com isso, o rei português decidiu dividir o território em 15 lotes, que foram distribuídos em 14 capitanias diferentes, cuja administração ficou sob responsabilidade dos capitães-donatários. Quem eram os donatários? Em geral, os donatários eram comerciantes ou pessoas que pertenciam à pequena nobreza de Portugal. A responsabilidade de desenvolver a capitania era exclusiva do donatário, que recebia o direito sobre o lote de terra a partir da Carta de Doação. Os direitos e deveres que o donatário deveria cumprir foram fixadas na Carta Foral. Os donatários não tinham a posse da terra, que continuava pertencendo ao rei português. Portanto, tinham apenas o direito de fixar-se e administrar a terra da melhor forma possível. Dentro de sua capitania, o donatário era a maior autoridade administrativa e jurídica e respondia apenas ao reide Portugal. Os donatários eram obrigados a investir ou atrair investimentos, criando toda infraestrutura para garantir o desenvolvimento e a segurança de sua capitania. Além disso, deveriam atrair pessoas para morar em sua capitania, distribuindo terras (sesmarias) e cobrando impostos de quem fixasse morada nelas. Governos-gerais O Governo-Geral foi um modelo administrativo que a Coroa de Portugal implantou na América Portuguesa em 1548. Esse governo foi estabelecido a fim de substituir e complementar o sistema de Capitanias Hereditárias, que não havia dado o retorno esperado. O Governo-Geral foi criado por ordem do rei português D. João III em 1548. No ano seguinte, nomeou-se na América Portuguesa o primeiro governador-geral: Tomé de Sousa. O objetivo do Governo-Geral era promover a centralização administrativa da Colônia como forma de torná-la mais lucrativa. Com Tomé de Sousa, vieram os primeiros jesuítas para o Brasil, responsáveis pela catequização e pacificação dos indígenas e a sua primeira tarefa ordenada foi a construção de Salvador em um local estratégico, escolhido pelo próprio governador-geral. Câmaras municipais As câmaras teriam a função de estabelecer um espaço de discussão política ligado diretamente às vilas e cidades. As câmaras estavam subordinadas à intervenção do governador-geral. Contudo, os proprietários de terra, acostumados a ter suas vontades cumpridas pela população, acabavam ignorando as medidas. As câmaras discutiam a realização de obras públicas, a limpeza e conservação das vias públicas, a fiscalização das feiras e mercados. Os recursos que sustentavam as câmaras eram usualmente obtidos através do aluguel de prédios públicos, o arrendamento de terras e a cobrança de impostos. Somente “homens bons” participavam das reuniões: homem bom era todo aquele indivíduo que não exercia algum tipo de trabalho braçal. Dessa maneira, somente os proprietários de terra tinham o direito ao voto. Comerciantes, camponeses, artesãos e, principalmente, os escravos eram mantidos afastados do ambiente político. Sistema colonial mercantilista - características Absolutismo monárquico Alto intervencionismo estatal na economia + protecionismo Pensamento de que quanto mais rico, mais forte o Estado Metalismo Balança comercial favorável (mais exportações do que importações) Monopólio nas práticas comerciais colônias passam a ser complementares à economia da metrópole Adoção do Pacto/Exclusivo colonial Monopólio do comércio dos produtos coloniais Complementaridade da produção colonial (colônia produzia o que faltava na metrópole) Não concorrência da produção Colônia como escoamento da produção metropolitana
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