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PROCESSOS PEDOGENÉTICOS DE FORMAÇÃO DOS SOLOS

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4 
 
 
PROCESSOS PEDOGENÉTICOS DE FORMAÇÃO DOS SOLOS 
 
INTRODUÇÃO 
 
 Solo é o corpo tridimensional, natural e dinâmico da crosta terrestre, que resulta da ação 
conjugada do clima e organismos vivos sobre a rocha, sendo esta ação condicionada pelo 
relevo ou topografia em função do tempo. (Ribeiro, 1998). O solo é um determinante dos 
ecossistemas terrestres/biomas: são fontes de nutrientes, transformam e armazenam os 
nutrientes das plantas, constituem sistemas de suporte da vida humana e da economia, 
determinando largamente a capacidade de produção agrícola da terra. Exercem um papel 
tampão e filtração para poluentes, de várias formas e em várias extensões. Está diretamente 
ligada ao ciclo de nutrientes importantíssimos a vida como o Enxofre, o Nitrogênio o Fósforo, 
esta ligado ao ciclo da água do CO2, do metano etc... Alem de servir de base e moradia para 
microorganismos decompositores de matéria orgânica morta, atividade essencial no processo 
de ciclagem de micro e macro nutrientes elementares. 
 Um solo é o produto de uma ação combinada e concomitante de diversos fatores. A 
maior ou menor intensidade de algum fator pode ser determinante na criação de um ou outro 
solo. São comumente ditos como fatores da formação de solo: clima, material de 
origem, organismos, tempo e relevo. Os solos estão constantemente em desenvolvimento, 
nunca estando estáticos, por mais curto que seja o tempo considerado. Ou seja, mesmo em 
escala microscópica, diariamente, há alteração por organismos vivos no solo, da mesma forma 
que o clima, ao longo de milhares de anos, modifica este solo. 
 Processos pedogenéticos é o nome dado ao conjunto de fatores químicos e físicos de 
alteração das características do solo. Estes fatores podem ser sob a forma de quatro 
processos: adição, remoção, transporte e modificação, cada processo com características 
distintas que atua sobre um material litológico, originando um solo. 
 O trabalho ora apresentado tem por objetivo descrever os processos pedogenéticos de: 
Ferratilização, Lessivagem, Gleização, Carbonatação, Salinização, Sodificação, Podzolização, 
Sulfurização, Paludização e Turbação, suas principais características em qual dos quatro 
processos acima descrito está inserido. 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Clima
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rocha
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rocha
http://pt.wikipedia.org/wiki/Organismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tempo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Relevo_(geografia)
5 
 
 
 
PROCESSOS GERAIS DE FORMAÇÃO DO SOLO 
 Adição: “colocar para dentro”, um exemplo de adição é a sedimentação, a adubação, 
quebra de matéria orgânica. 
 Remoção: é o contrário de adição “por para fora”, exemplos de remoção: erosão, 
colheita, lixiviação. 
 Translocação, transporte: neste processo ocorre mudança de lugar dentro de um perfil 
de solo, quando substâncias de um horizonte mudam para outro horizonte. Os mais fracos são 
a translocação de M.O. e argila de um lugar para o outro; pode-se citar também a biociclagem, 
onde nutrientes são levados dos horizontes mais profundos para horizontes superficiais; e a 
lixiviação, quando ela é parcial ou quando ela ocorre dentro do mesmo, e nutrientes saem do 
horizonte A e se acumulam no horizonte B. 
 Transformação (intemperismo e decomposição): Aqui os exemplos mais comuns são 
o intemperismo, em que o mineral se transforma em outros minerais e, a decomposição da 
matéria orgânica, quando detritos vegetais parcialmente decompostos se transformam em 
ácido sulfúrico. 
 
 FERRATILIZAÇÃO 
 É considerado por alguns autores como o extremo do intemperismo, a remoção 
completa ou quase completa das bases mais solúveis e o acumulo residual de ferro, de 
alumínio e, em menores proporções de silício. O K, o Na, o Ca e o Mg vão embora primeiro. 
O Si, como forma alguns minerais silicatos ainda permanece no sistema por mais algum 
tempo e, por fim, o sistema acaba ficando com óxidos de ferro e de alumínio e alguns 
minerais com maior força ligante como zircônio, titânio e outros. Como consideramos que 
todo latossolo tem que ser bem drenado, tem que ser um solo poroso, tem que ser um solo não 
hidromórfico a ferratilização ou a latossolização ocorrem, necessariamente, em condições de 
alta permeabilidade, em condições bem drenadas, e geram solos cromáticos (solos com cor 
amarela, cor vermelha, ou cores intermediárias). À medida que o tempo passa, a mineralogia 
do solo vai ficando cada vez mais simples, praticamente, o único mineral primário que resiste 
a esses extremos de intemperismo é o quartzo. 
 
6 
 
 GLEIZAÇÃO 
 processo de formação do solo característico das condições de excesso de água 
(hidromorfismo). Nessas condições forma-se um horizonte glei típico dos Gleissolos. Glei 
significa argila, em polonês. Da mesma maneira que nós, eles pegavam argila para cerâmica, 
para tijolos em áreas alagadas de várzea. Então, eles chamavam de argila o que hoje nós 
chamamos de gleizado, um material acinzentado que passou por um processo de remoção dos 
óxidos de ferro que tingem esse material com cores alaranjadas, amareladas e avermelhadas. 
Pode ser um cinza mais escuro ou pode ser um cinza mais claro, mas a remoção, total ou 
parcial dos óxidos de ferro deixa o solo gleizado, sem cor. Esse ferro e manganês podem ser 
removidos totalmente do perfil do solo e esse ficará bem branco contendo, somente, quartzo, 
caulinita e gibbsita. E esse ferro e o manganês podem se rearranjar, perder a distribuição 
homogênea que ele talvez tivesse e se reprecipitar, se rearranjar, na forma de manchas, 
mosqueados, nódulos e concreções. A Gleização pode ocorrer pelos quatro processos de 
formação: 
 
 LESSIVAGEM 
 
 Por definição, Lessivagem ou Desargilização é o transporte mecânico de pequenas 
partículas minerais (argilas) em suspensão do horizonte A (ou E) para o horizonte B, 
produzindo horizontes Bt (B texturais) enriquecidos em argilas. Para que as argilas estejam 
em suspensão, é necessário que seus sítios de ligação estejam preenchidos por cátions 
facilmente hidratáveis, que na presença de grande quantidade de água, sofrerão eluviação no 
horizonte A (horizonte eluvial), sendo translocadas para o horizonte B (horizonte iluvial) onde 
sofrerão iluviação. 
Baseado nisto, podemos dizer que a lessivagem apresenta três componentes importantes: 
Mobilização, transporte e deposição. A argila deve estar em suspensão e então deve se 
percolar a água para que seja transportada, atingindo finalmente um meio para que seja 
depositada. 
As plaquetas de argila ocorrem em dois estados no solo. Quando ocorrem independentemente, 
elas possivelmente serão dispersas no solo. Quando unidas eletroquimicamente ou fisicamente 
elas são floculadas. As argilas que estão floculadas têm uma massa maior e não são 
facilmente translocadas. As argilas podem ser dispersas tanto quimicamente quanto 
fisicamente. Levando-se em consideração que o agente cimentante é um sesquióxido ou a 
sílica, quando estes forem removidos quimicamente a argila será dispersada. Fisicamente, o 
7 
 
umedecimento de um solo seco pode causar a dispersão e a ruptura destas argilas. Quando do 
impacto de uma chuva forte em um solo seco rico em argila, algumas plaquetas são 
fisicamente extraídas dos flóculos e translocadas. 
Argilas que são translocadas rapidamente ou atravessam direto pelos grandes poros, podem 
percorrer distâncias significativas, percoladas à água. Quando estas argilas encontram 
condições não quimicamente favoráveis a dispersão, elas são rapidamente floculadas, 
cessando o movimento. 
A lessivagem é um processo fraco ou quase não existente em materiais calcários, porque os 
sítios de troca em tal tipo de material permanece ocupado por Ca e Mg. 
A dispersão é também favorecida em áreas intemperizadas, porque a concentração de 
eletrólitos é baixa. Eletrólitos são sais dentro da solução e sua concentração é baixa em 
horizontes intemperizados.Quando os eletrólitos estão concentrados na solução do solo, eles 
repelem os cátions, favorecendo a floculação. 
O arraste muitas vezes é favorecido pelas condições de acúmulo de água no topo do horizonte 
Bt durante os períodos chuvosos (hidromorfia temporária), quando a precipitação excederia a 
condutividade hidráulica desse material, provocando redução dos teores de oxigênio. Neste 
caso, haveria redução e solubilização dos óxidos de ferro, provocando a desestabilização da 
agregação do solo, por rompimento das ligações argila-ferro, predispondo as argilas à 
lessivagem. 
 
 SALINIZAÇÃO 
 
 É a concentração progressiva de sais, provocada pela evapotranspiração intensa, 
principalmente em locais de climas tropicais áridos ou semiáridos, onde normalmente existe 
drenagem ineficiente. 
Os solos apresentam sais em níveis diferenciados. Quando este nível eleva-se chegando a uma 
concentração muito alta pode prejudicar o desenvolvimento de algumas plantas mais 
sensíveis, ou mesmo impedir o desenvolvimento de praticamente todas as espécies. Quando a 
concentração de sais se eleva ao ponto de prejudicar o rendimento econômico das culturas, 
diz-se que tal solo está salinizado. A salinização do solo afeta a germinação e a densidade das 
culturas, bem como seu desenvolvimento vegetativo, reduzindo sua produtividade e, nos 
casos mais sérios, levando à morte generalizada das plantas. O processo de salinização 
(concentração de sais na solução do solo) ocorre, de maneira geral, em solos situados em 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Evapotranspira%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Planta
8 
 
região de baixa precipitação pluviométrica e que possuam lençol freático próximo da 
superfície. 
De um modo geral, os solos situados em regiões áridas, quando submetidos à prática da 
irrigação, apresentam grandes possibilidades de se tornarem salinos, principalmente caso não 
possuam um sistema de drenagem adequado. As principais causas da salinização nas áreas 
irrigadas são os sais provenientes de água de irrigação e/ou do lençol freático, quando este se 
eleva até próximo à superfície do solo. Pode-se afirmar que a salinização é subproduto da 
irrigação: uma lâmina de 100 mm de água, com concentração de sais de 0,5 g/l, aplicada a 1 
ha deposita, naquela área, 500 kg de sal. Quanto maior for a eficiência do sistema de 
irrigação, menor será a lâmina de água aplicada e, como conseqüência, menor será a 
quantidade de sal conduzida para a área irrigada, bem como o volume de água percolado e 
drenado. 
O requerimento básico para o controle da salinidade nas áreas irrigadas é a existência da 
percolação e da drenagem natural ou artificial, garantindo o fluxo da água e do sal para baixo 
da zona radicular das culturas. Nessa situação, não haverá salinização do solo. No local onde 
o dreno efetuar sua descarga, entretanto, haverá aumento na concentração de sais. 
Aproximadamente 30% das áreas irrigadas dos projetos públicos no Nordeste apresentam 
problemas de salinização; algumas dessas áreas já não produzem e os custos de sua 
recuperação podem ser considerados limitantes. 
 
 CARBONATAÇÃO 
 
 O gás dióxido de carbono (CO2) dissolve-se facilmente na água em que a água fria tem 
uma capacidade de dissolver o CO2 mais alta do que a água quente. 
O dióxido de carbono combinado com a água gera um ácido fraco denominado de ácido 
carbônico (H2CO3). A água da chuva torna-se ligeiramente ácida no começo da chuva por 
dissolver a o CO2 suspenso na atmosfera no momento da precipitação e torna-se ainda mais 
ácido ao entrar no solo por entre as raízes nas camadas superiores, isso se dá pelo fato de 
existir bastante CO2 no ar armazenado no solo, este processo de intemperismo recebe o nome 
de carbonatação. 
 Tomando como exemplo a ação da carbonatação em calcário que é bastante solúvel na 
presença do ácido carbônico formando o bicarbonato de cálcio e que posteriormente é 
bastante solúvel em água e assim escoado pelas chuvas. No entanto a maioria dos calcários 
9 
 
apresentam impurezas insolúveis, tais como argila e areia quartzosa. Os minerais residuais 
portadores de ferro são comumente oxidados e ficam na superfície do solo apresentando uma 
cor avermelhada que é uma feição característica de várias regiões calcárias e que este solo 
avermelhado cobre o calcário cinza ou branco. 
 Dependendo da proporção de minerais solúveis para insolúveis é necessário entre 3 e 6 
metros de calcário que devem ser intemperizados para produzir apenas alguns decímetros de 
espessura de solo residual o que nos leva a crer que estas regiões calcárias sofrem um 
rebaixamento de superfície ao longo dos anos 
 A água carbonatada em contato com o calcário torna-se saturada de bicarbonato de 
cálcio; diminuição de pressão, evaporação ou aumento de temperatura causam supersaturação 
e precipitação de algum calcário. As estalagmites, estalactites e outras formações são 
resultado do gotejamento nas cavernas, são comumente considerados apenas como resultado 
da evaporação, contudo o ar as cavernas é muito úmido e a evaporação é pequena, ou seja, 
parte desta deposição é causada quando a água subterrânea movendo-se sob pressão através 
da rocha acima da caverna encontra o ar livre da caverna e perde algum CO2 por causa da 
queda de pressão. Com esta perda de dióxido de carbono da solução, parte do bicarbonato de 
cálcio dissolvido reverte para carbonato de cálcio que é menos solúvel, usualmente na 
extremidade de uma saliência pela qual a água pinga e flui. Este processo de gotejamento 
forma diversas formas bastante diferentes e paisagens bastante interessantes no interior da 
caverna, formando uma bela atração turística. 
 
 SODIFICAÇÃO 
 
 A sodificação pode ser encarada como uma evolução da salinização. Na salinização 
temos acumulo de sais, na matriz do solo, os minerais de argila do solo são irrelevantes. Eles 
irão existir provavelmente esmectita ou algo assim, mas eles são irrelevantes. Teremos o sal 
sólido dentro do solo, isso na salinização. Na sodificação não existe o sal, não existe mais 
cloretos, sulfatos, boratos e nitratos. Não existe o sal solido, mas sim um cátion, o mais crítico 
é o sódio. Na sodificação irão ocorrer cátions (sódio) presos nos minerais de argila. A 
sodificação é um estágio um pouco mais avançado de lixiviação dos sais solúveis. Solos em 
região extremamente seca possuirão silte, areia, argila e sais, o NaCl misturado com a 
esmectita, cloreto de potássio misturado com o quartzo. Aumenta-se a precipitação sobre esse 
solo, aumenta-se a lixiviação, os sais, que são muito solúveis irão embora, mas os minerais de 
10 
 
argila, que não são tão solúveis assim, irão continuar no solo e, como esses minerais possuem 
carga eles irão reter os cátions que estavam acompanhando os sais. 
 Na sodificação já ocorreu uma remoção dos sais e os componentes que formavam os 
sais agora estão no complexo de troca dos minerais, agora estão adsorvidos aos minerais. Isso 
gera uma enorme dispersão das partículas do solo, solos sodificados, tipicamente, possuem 
péssimas propriedades físicas devido a pouca floculação de suas partículas. Serão solos de pH 
elevado, extremamente eutróficos (o que o torna ruim, pois uma porcentagem grande de suas 
bases é sódio, reparem que eutrófico, não necessariamente, quer dizer que o solo é bom, o 
solo pode ser muito eutrófico, mas possuir tanto sódio que acaba por matar as plantas, que 
morrem de sede mesmo se o solo estiver úmido, a planta simplesmente não consegue vencer o 
potencial osmótico criado pelo sódio). 
 Solos sodificados, no Brasil, não são tão raros como os salinizados, sendo os primeiros 
mais importantes que os segundos para o país. Na maioria das vezes em que ouvimos falar de 
solos salinos no Brasil, estão se referindo aos solos sodificados, e não aos solos 
verdadeiramente salinizados. 
 
 PODZOLIZAÇÃO 
 
 Podzolização é a redução da fertilidade das camadassuperiores do solo de forma 
natural. Em geral esse é um processo que acontece em solos ácidos e está ligada a ação do 
intemperismo. Quando as condições são moderadas e as temperaturas temperadas os grãos de 
areia e partículas de argila mostram grande capacidade de resistir à ação do intemperismo e 
também de manter as condições do solo estáveis. Porém, quando o solo em questão é ácido as 
suas partículas se quebram de forma horizontal. Dessa forma os seus íons solúveis são 
transportados para as camadas mais inferiores do solo. Esse é o processo chamado de 
Podzolização, ele reduz a capacidade de intercâmbio catiônico e por fim a fertilidade das 
camadas superiores do solo. 
 Os solos ácidos podem ser encontrados com grande frequência em regiões frias em 
que as árvores coníferas predominam a vegetação. Pelo fato de esse tipo de árvore se 
decompor muito lentamente acaba produzindo ácidos orgânicos. 
 Outro fator que contribui para um solo ser ácido é quando a evaporação da água não 
consegue superar o nível de precipitação, ou seja, chove mais do que a região é capaz de 
evaporar. A água que se acumula da chuva (aquela que não consegue evaporar) se move pelo 
11 
 
solo e vai levando consigo para baixo os materiais nutrientes do solo. Assim dificilmente 
esses materiais e a argila conseguem permanecer na camada superior do solo indo sempre 
para as camadas mais inferiores. Também existe o fato de que pouco material formador de 
argila é transportado depois do intemperismo e assim pouco se difunde esse material que faria 
o solo ser mais fértil. 
 Um dos principais exemplos de Podzolização acontece nos solos de restinga, isso 
porque são regiões bastante propícias para esse processo da fertilidade das camadas superiores 
do solo irem para as camadas mais inferiores. O solo de restinga é basicamente um tipo de 
terreno arenoso e salino que quase sempre está perto do mar. Outra característica desse tipo de 
solo é que quase sempre está recorto por plantas herbáceas bastante características. 
Essa natureza do solo que é destacada nessa definição se dá por dois processos que coexistem, 
a Podzolização e a Hidromorfia. Para entender melhor definiremos o que a Hidromorfia. 
A Podzolização e a Hidromorfia Juntas No Solo De Restinga. Os dois processos acontecem 
constantemente nos solos de restinga e lhe atribuem as suas principais características. O mais 
interessante é que um processo não existe sem o outro, porém, na relação de dependência 
podemos dizer que é a Podzolização que depende da Hidromorfia. Se a última não existir nos 
solos de restinga a Podzolização não acontece. Como explicamos acima a água é um fator 
importante no desenvolvimento desse processo de caminhada dos nutrientes das camadas 
superiores do solo para as mais inferiores. As regiões frias que mencionamos acima também 
têm a sua hidromorfia. 
A partir do momento que a água das chuvas não consegue evaporar a fica circulando pelo solo 
está criando esse fenômeno. Mesmo que nessas regiões não exista um mar próximo também 
podemos definir a presença dos dois fenômenos naturais juntos, ou seja, a Podzolização e a 
Hidromorfia. 
 Não podemos definir os processos de Podzolização e Hidromorfia como ruins, pois 
eles são fundamentais para a formação de solos característicos e diferentes como o de 
restinga. Na verdade são processos naturais que ocorrem devido as condições da região em 
que o solo está. 
 
 SULFURIZAÇÃO 
 
 A pirita que passou pela sulfetização e que, por ventura, foi exposta a uma condição de 
alto teor de oxigênio irá se oxidar, ou seja, vai voltar para sulfato e para o óxido de ferro. Uma 
vez oxidado esse S
-2
 passa para SO4 e forma o ácido sulfúrico (H2SO4). O ferro do Fe
+2
 passa 
12 
 
para Fe
+3
, assim que ele passar para Fe
+3
 ele irá se precipitar na forma de ferridrita, goethita, 
etc., Fe
+3
 raramente permanece em solução por aí. O enxofre irá passar de S
-
 ou S
-2
 para S
+6
, 
assim que ele passar para S
+6
 ele irá hidrolisar a água e formar o SO4
-2
, sobrando da equação 
dois hidrogênios. Para cada pirita são consumidos 3,75 oxigênios. Quando a pirita se oxida 
sua rede cristalina, sua estrutura se rompe, liberando o enxofre que vai se oxidar e o ferro que 
também vai se oxidar, e os metais pesados (Pb, Cd, Zn, Hg, Ar) eles não se oxidam, aliás, 
raramente esses metais se oxidam em condições naturais. Essas espécies estando livres no 
meio, estando solúveis vão poder então ter um efeito GEOLÒGICO. Aí nos temos a 
drenagem ácida, com dois problemas, um de pH e outro de metais pesados que podem ou não 
estar associados à pirita, para ambos os casos elevar o pH da drenagem ácida é, normalmente 
a solução, pois, geralmente quando se eleva o pH você diminui a solubilidade desses metais, 
pois você neutraliza o ácido sulfúrico e o aumento do pH aumenta a chance desses metais se 
precipitarem. A esse processo dá-se o nome de sulfurização, a drenagem ácida é uma 
conseqüência da sulfurização. 
 
 PALUDIZAÇÃO 
 
 É definida como uma inundação e encharcamento de um solo mineral não saturado 
em uma topografia não deprimida, estimulando a formação de [turfeira] diretamente sobre 
superfície mineral sem necessidade de uma concavidade definida. 
Depois do encharcamento há uma transformação total e brusca das comunidades vegetais, e 
dos fluxos de matéria e energia. Sãos solos pouco evoluídos, com preponderância de 
características devidas ao material orgânico, resultantes de acumulações de restos vegetais em 
graus variáveis de decomposição, em ambientes de drenagem restrita ou em locais úmidos de 
altitudes elevadas, que estão saturados com água por poucos dias no período chuvoso. 
 São solos com teor de material orgânico próximo 80 g/kg avaliado na TFSA 
(conforme método adotado pela Embrapa). O horizonte hístico é formado em sua totalidade 
por matéria orgânica. As características principais destes solos são: cores escuras (preto a 
acinzentadas); são fortemente ácidos (pH 3,5 – 5,0); posui alta CTC (cargas dependentes do 
pH); baixa saturação por bases (Valor V%); alta capacidade retenção de água (10x) 
 A decomposição nestes solos é muito lenta, motivado principalmente pelas baixas 
temperaturas e saturação por água e elevada acidez. 
http://www.enciclopediavirtual.org/materia/Topografia
13 
 
 A formação destes solos se dá em área encharcada e mal drenada que em um 
determinado período do ano é acometido por elevadas precipitações que resultam no acumulo 
momentâneo de água sobre a vegetação pré existente. Esta vegetação, devido a ausência de 
oxigênio morre e entra em decomposição formando uma camada orgânica rica em húmus. 
Como este fato ocorre em períodos constantes estas camadas orgânicas tendem a aumentar ao 
longo dos anos. 
 
 TURBAÇÃO 
 
 É a movimentação, a alteração, a perturbação do solo. É um pouco diferente de erosão 
e sedimentação, pois ambas implicam, respectivamente, em perda ou ganho de material, na 
turbação não ocorre ganho nem perda líquida, o que há é a alteração das camadas, dos 
horizontes do solo. Um exemplo de turbação causada pelo homem é a aração. Alteração no 
solo, em escala visível, em grande escala (não é trasnlocação de argila), sem que haja, 
necessariamente, perda ou ganho de material. 
 O solo além de sustentar o crescimento de plantas, também sustenta a vida animal. 
Nele, roedores, tatus e outros animais fazem buracos que constituem verdadeiros túneis 
também chamados de popularmente de "tocas". 
 Ao criar buracos, esses animais permitem que materiais das camadas mais próximas 
da superfície do solo se misturem com camadas mais profundas até onde os túneis se 
estendem. Da mesma maneira, durante a escavação, materiais das camadas profundas são 
depositados na superfície provocando uma mistura então de materiais oriundos de diferentes 
profundidades. Minhocas, cupins e formigas também possuem papel importante nessa 
movimentação de materiaisde diferentes horizontes do solo. Por exemplo, cupins e formigas 
constroem montículos (formigueiros e cupinzeiros) transportando material de um horizonte 
para outro tornando o solo mais uniforme. 
 Todas essas atividades provocadas pela fauna do solo que promovem a mistura de 
materiais de diferentes horizontes recebem o nome de pedoturbação. Esse processo tende a ser 
o inverso da formação daquelas diferentes cores que vemos nos barrancos das estradas. Em 
outras palavras enquanto alguns processos levam à diferenciação de horizontes, chamada de 
"horizontização", outros como a pedoturbação causada pela atividade da fauna tendem a 
desfazer essa diferenciação que ocorre com o tempo por meio da mistura de material de 
diferentes horizontes. 
14 
 
 
 CONCLUSÃO 
 
 Os processos pedogenéticos de formação do solo conferem características e 
propriedades químicas e físicas próprias, de extrema importância constituindo fator primordial 
que deve ser considerado na hora de determinar o seu uso. Suas peculiaridades no 
fornecimento de água e minerais para o desenvolvimento das plantas deve ser considerado, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
http://www.ia.ufrrj.br/cpacs/arquivos/teses_dissert/213_(DO-
2010)_Adierson_Gilvani_Ebeling.pdf 
 
PROCESSOS PEDOGENÉTICOS DE FORMAÇÃO DOS SOLOS; Disponível em: 
www.pedologiafacil.com.br/genese.php, acessado em 22/03/2013. 
 
PROCESSOS PEDOGENÉTICOS DE FORMAÇÃO DOS SOLOS; Disponível em: 
www.pedologiafacil.com.br/glossario.php; Acessado em 22/03/2013. 
 
LESSIVAGEM: Disponível em: 
http://www.fisicadosolo.ccr.ufsm.quoos.com.br; Acessado em 22/03/2013. 
 
GLEIZAÇÃO: Disponível em: 
www.lapes.ufrgs.br/discpl_grad/.../SoloClassificacao.p. ; Acessado em 22/03/2013. 
 
http://www.pedologiafacil.com.br/genese.php
http://www.pedologiafacil.com.br/glossario.php
http://www.fisicadosolo.ccr.ufsm.quoos.com.br/
http://www.lapes.ufrgs.br/discpl_grad/.../SoloClassificacao.p

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