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Marcadore� tumorai�
Enf. Emanuel Simplicio de Barros
1. O que são?
Também chamados de marcadores biológicos, são macromoléculas (proteínas ou fragmentos
de proteínas, enzimas, hormônios, antígenos de superfície) presentes no sangue, tecidos
neoplásicos ou em outro líquidos corporais. Sua expressão está relacionada a gênese e
crescimento de células neoplásicas, e são produzidas pelo próprio tumor ou pelo corpo por
conta da presença do tumor. Se já houver um marcador e sua concentração sofrer alteração,
também pode ser indicativo de câncer.
São úteis no manejo clínico de pacientes com câncer auxiliando nos processos de diagnóstico,
estadiamento, avaliação de resposta terapêutica, prognóstico, além de auxiliar no
desenvolvimento de novas modalidades de tratamento.
Podem ser caracterizados ou quantificados por meio de métodos bioquímicos no sangue e nos
tecidos ou por método genético , através de genes supressores de tumores e alterações
genéticas.
É possível avaliar um tumor através de marcadores tumorais quando ele tem 3mm de diâmetro,
enquanto um exame de imagem, só é detectado quando tem no mínimo 6 mm.
2. Classificação
2.1 Antígenos oncofetais:
São antígenos de diferenciação presentes na vida fetal intra uterina, mas que não são
expressos na vida adulta. São eles AFP e CEA são expressos por tumores no adulto.
2.1.1 Antígeno Carcinoembrionário -CEA
Seus níveis ficam elevados em teratomas de testículo, carcinoma colorretal metastático,
neoplasias malignas, como por exemplo, pulmão, pâncreas, trato gastrintestinal, trato biliar,
tireoide, cérvice e mama. Mas pode ter seus níveis elevados em distúrbios benignos como
cirrose alcoólica, doença hepática, bronquite, tabagismo.
2.1.2 Alfafetoproteína
É uma proteína sintetizada no fígado, saco vitelínico e intestino do feto. Na vida adulta, seus
níveis séricos encontram-se entre 5ng/mL e 15mg/mL. Níveis acima de 500mg/mL são
altamente sugestivos de malignidade, e valores acima 1000mg/mL são indicativos de presença
de neoplasia. Esta proteína pode estar elevada em pacientes portadores de tumores
gastrointestinais, hepatite, cirrose, hepatocarcinoma e gestantes.
2.2 Enzimas e Isoenzimas:
As enzimas produzidas pelo tumor estão em maior quantidade no interior da célula e dentro de
organelas, no qual quando ocorre necrose tumoral ou alteração da permeabilidade celular eles
são liberadas na corrente sanguínea. As isoenzimas, recentemente, tem se tornado os mais
importantes marcadores enzimáticos.
2.2.1 Lactato desidrogenase - LDH
A LDH é uma enzima que catalisa a conversão de lactato a piruvato em todos os
tecidos. A elevação da LDH em neoplasias é bastante inespecífica e têm sido observado em
mais de uma neoplasia, como leucemias, linfomas não Hodgkin, câncer de fígado, testículo,
mama, estômago, cólon, pulmão e neuroblastoma. O nível sérico da enzima relaciona-se com a
massa tumoral e é útil como indicador prognóstico para progressão da doença.
2.2.2 Enolase Neuroespecífica- NSE
É a forma neuronal da enzima glicolítica enolase, que é intracitoplasmática e é encontrada
quase exclusivamente nos neurônios e nas células de origem neuroendócrina, existindo
portanto quantidades desprezíveis no sangue periférico. Atinge o sangue uma vez que, na
lesão hipóxica/isquêmica, existe quebra da integridade da barreira hemato-encefálica,
possuindo uma meia-vida de aproximadamente 24h; também tem importância como fator de
prognóstico nos casos de parada cardiopulmonar, como avaliador dos danos cerebrais, em que
determinações precoces de NSE séricas dão grande informação no prognóstico da evolução da
doença. A NSE é um conhecido indicador de lesão cerebral isquêmica.
2.2.3 Fosfatase Ácida Prostática- PAP
Utilizada no diagnóstico de câncer de próstata, porém tem suas limitações pois, só tem seu
nível elevado nos estágios mais avançados do câncer de próstata e pode esta presente em
outras neoplasias, por isso, teve seu uso reduzido nos últimos anos.
2.2.4 Antígeno Prostático Específico- PSA
É uma protease da família das calicreinas sintetizada no epitélio prostático tendo sua excreção
no fluido seminal. Tem seus níveis baixos no plasma em condições normais, mas
apresentam-se elevados na hiperplasia benigna, na prostatite e, principalmente, com altos
níveis séricos nos portadores do carcinoma da próstata.
2.2.4 Timidelato Sintetase -TS
É uma proteína que fornece timidina para síntese do DNA. É um importante marcador de
câncer de colorretal.
2.2.5 Creatinina fosfoquinase BB (CPK-BB)
É uma isoenzima encontrada no tecido cerebral e normalmente não é encontradas em
quantidades mensuráveis no soro de adultos. Elevações nos níveis séricos de CK-BB estão
associados com o câncer da mama, do ovário, da próstata, do cólon e outros carcinomas
gastrointestinais e para o carcinoma anaplásico de células pequenas do pulmão.
2.2.5- Tripsina
É uma enzima proteolítica produzida pelo pâncreas. Em pessoas com câncer de pâncreas os
níveis de tripsina caem consideravelmente.
2.3 Hormônios e seus receptores:
Ocorre através de dosagem hormonal e pode ser analisado de duas maneiras: produção
aumentada pelo tecido endócrino que normalmente produz; ou pela produção ectópica de um
tecido que normalmente não produz o hormônio.
2.3.1 Calcitonina
É um hormônio da tireoide cuja função fisiológica é antagonizar o hormônio paratireoidiano.
Sua principal função é a inibição da reabsorção óssea pela regulação do número e atividade de
osteoblastos. Representa ser um bom marcador tumoral para o diagnóstico e seguimento de
pacientes portadores de carcinoma medular de tireóide além de, carcinoma pulmonar,
síndrome carcinóide e carcinoma de mama.
2.3.2 Tireoglobulina
Hormônio produzido pela tireóide que é um sensível e específico marcador para doença
residual.
2.3.3 Catecolaminas
Família de hormônios que abrange noradrelalina, adrenalina e dopamina. Aplica-se para
diagnóstico de feocromocitoma, mas também ao neuroblastoma, ganglioneuroma e ao
carcinóide.
2.3.4 Hormônio Adrenocorticotrópico (ACTH)
Produzido pela hipófise, atua como marcador tumoral em pacientes com diagnóstico de
carcinoma de pequenas células de pulmão. Outros tumores também associados a esta
condição incluem câncer de pâncreas, mama, estômago, e tumores neuroendócrinos e ainda
doenças como hipertensão, diabetes mellitus e estresse.
2.3.5 Serotonina
Seus níveis medidos em soro ou urina são úteis para o controle de tumores carcinóides, onde
ocorre a produção e metabolismo da serotonina e 5-HIAA do tecido altamente dependente
originário do tumor.No apêndice ou em tumores do cólon, também são reproduzidos No tumor
carcinóide brônquico, estômago, intestino delgado, pâncreas e vesícula produz muita
serotonina sendo a mesma metabolizada a 5-HIAA.
2.3.6 Gonadotrofina Coriônica Humana
Utilizado em homens como marcador tumoral para diagnóstico de câncer testicular e para
monitorização e prognóstico de pacientes com tumores de células germinativas.
2.4 Glicoproteínas e mucinas:
São proteínas de alto peso molecular e com presença de carboidratos que são expressas na
superfície da célula neoplásica. São eles: CA 125, CA 15-3 e CA 19-9.
2.4.1 Antígeno do Câncer 15.3
Éum marcador tumoral sensível e específico para o câncer de mama.
2.4.2 Antígeno do Câncer 19.9
É indicado no auxílio ao estadiamento e à monitoração de tratamento em primeira escolha de
câncer de pâncreas e trato biliar e, em segunda escolha, no câncer colorretal.
2.4.3 Antígeno do Câncer 125
sua principal aplicação é permitir o seguimento da resposta bioquímica ao tratamento e
predizer a recaída em casos de câncer epitelial de ovário. O valor de referência é 35U/mL,
podendo ser considerado 65U/mL quando se procura uma maior especificidade.
2.4.4 Antígenos do Câncer 50
É um marcador expresso pela maioria dos carcinomas epiteliais a exemplos câncer
gastrintestinais e de pâncreas.
2.4.5 Catepsina D
Tem-se associado seus níveis elevados ao câncer de mama.
2.5 Marcadores genéticos:
Possuemgrande potencial de diagnóstico. É um instrumento que identifica as alterações que
ocorrem na célula para que ela se torne neoplásica. Quanto antes forem detectadas essas
alterações dá o estabelecimento precoce do risco de câncer, iniciando medidas terapêuticas.
2.6 Moléculas do sistema imunológico
2.6.1 Imunoglobulinas
As imunoglobulinas monoclonais estão entre o primeiro grupo de marcadores tumorais
conhecidos. Quase 15% dos pacientes com proteínas M têm doença maligna linfoproliferativa
de células B, como leucemia linfocítica crônica ou linfoma.
2.6.2 β2 microglobulinas
É utilizado em linfomas não-Hodgkin.
3. Importância na solicitação desses marcadores
Os marcadores biológicos fazem parte de uma série de exames complementares que auxiliam
a prática clínica no diagnóstico de diversos tipos de câncer, principalmente aqueles que são
mais sensíveis e específicos.
Isso o torna um grande aliado na detecção precoce da doença e no seu controle, pois, através
dos marcadores é possível avaliar a eficácia dos tratamentos existentes e promover terapias
menos invasivas. O conhecimento sobre os marcadores tumorais pelos profissionais de saúde,
sobretudo os farmacêuticos e farmacêuticos bioquímicos contribui significativamente para o
tratamento e controle da doença, seja pela atenção farmacêutica prestada aos portadores da
doença ou por seus conhecimentos em análises clínicas.
REFERÊNCIAS
http://www.inca.gov.br/rbc/n_53/v03/pdf/revisao1.pdf
http://rei.biblioteca.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/566/1/JHGA11072014.pdf
http://www.prp2.ueg.br/sic2010/fronteira/arquivos/trabalhos_2009/ciencias_da_saude/sic/uso_d
e_marcadores.pdf
http://www.inca.gov.br/rbc/n_53/v03/pdf/revisao1.pdf
http://rei.biblioteca.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/566/1/JHGA11072014.pdf
http://www.prp2.ueg.br/sic2010/fronteira/arquivos/trabalhos_2009/ciencias_da_saude/sic/uso_de_marcadores.pdf
http://www.prp2.ueg.br/sic2010/fronteira/arquivos/trabalhos_2009/ciencias_da_saude/sic/uso_de_marcadores.pdf

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