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1 Mayra Alencar @maydicina | IMAGEM | P4 – UC12 | MEDICINA UNIT AL FRATURAS ÓSSEAS • Fratura é uma lesão traumática que causa perda da continuidade óssea. • É preciso saber caracterizar a localização da fratura: qual osso, qual parte do osso e se for diáfise, qual parte dela (terço proximal, medial ou distal). • Também é extremamente necessário várias incidências de RX (AP medial ou lateral, perfil anterior ou posterior) para evitar sobreposição e ter uma imagem mais fiel da fratura. CLASSIFICAÇÃO 1 – COMUNICAÇÃO COM A ATMOSFERA / ISOLAMENTO DA FRATURA • EXPOSTA: quando o osso rompe os tecidos mais externos e se comunica com o meio exterior. • FECHADA: quando o foco da fratura não se comunica com o meio externo, a pele permanece íntegra. • INTRA-ARTICULAR: quando ocorre no espaço articular. CLASSIFICAÇÃO 2 – NÚMERO DE FRAGMENTOS • INCOMPLETA: atinge apenas uma das corticais ósseas. Ou seja, um segmento cortical está intacto. • COMPLETA: envolve as duas corticais ósseas. Apresenta uma solução de continuidade em todo diâmetro ósseo. Simples: apresenta uma linha de fratura com dois fragmentos ósseos. Cominutiva: apresenta duas ou mais linhas de fraturas com pelo menos três fragmentos ósseos. CLASSIFICAÇÃO 3 – PELA DIREÇÃO DA LINHA DE FRATURA A direção da linha de fratura depende de sua relação com o eixo longo do osso. São classificadas em transversa, longitudinal, oblíqua ou espiral. Em casos específicos, especialmente na patela e na vértebra, a fratura pode ser classificada como horizontal ou vertical. • TRANVERSA: perpendicular ao eixo longo do osso. • LONGITUDINAL: paralela ao eixo longo do osso (ao longo dele). • OBLIQUA: ao longo do eixo longo do osso em uma angulação de 30- 60graus. • ESPIRAL: circunda o osso. Sistema Osteomuscular 2 Mayra Alencar @maydicina | IMAGEM | P4 – UC12 | MEDICINA UNIT AL CLASSIFICAÇÃO 4 – ALINHAMENTO DA FRATURA: RELAÇÃO DO SEGMENTO DISTAL COM O PROXIMAL (RELAÇÃO DOS FRAGMENTOS) • CAVALGAMENTO: quando as estruturas ficam apostas uma sobre a outra. O segmento distal fica aposto ao segmento proximal. • DESLOCAMENTO: sem inclinação, medial ou lateral. • EM VARUS: quando o segmento distal à fratura se aproxima da linha média. • EM VALGUS: quando o segmento se afasta da linha média. • ROTAÇÃO INTERNA: quando gira medialmente. • ROTAÇÃO EXTERNA: quando gira lateralmente. Fratura em espiral na diáfise femoral proximal. Fratura em espiral tibial. Fratura completa em espiral na metáfise proximal do úmero. Transversal. Longitudinal. Oblíqua. O deslocamento, angulação e rotação são descritos em relação ao fragmento distal 3 Mayra Alencar @maydicina | IMAGEM | P4 – UC12 | MEDICINA UNIT AL Deslocamento (tornozelo para lado) Cavalgamento Rotação (joelho para frente) Desvios – RX. Fraturas lineares completas transversas do rádio distal e do fêmur proximal, determinando angulação medial e deslocamento medial, respectivamente. Esta terminologia é sempre em relação ao fragmento ósseo distal. Fraturas de 3 ª e 7ª costelas do lado esquerdo com 6 ª e 8 ª fraturas de costela deslocadas. 4 Mayra Alencar @maydicina | IMAGEM | P4 – UC12 | MEDICINA UNIT AL Fraturas cominutivas podem resultar na formação de um fragmento em forma de triângulo que pode ser chamado de "fragmentos de borboleta" Uma fratura do olécrano severamente cominutiva Sexo masculino, 23 anos, vítima de acidente de moto. 1. Esqueleto maduro: a placa metafisária está fechada. 2. Seta amarela AP/ Seta rosa PERFIL 3. Laudo radiográfico: fratura incompleta na face medial e posterior do terço médio da diáfise tibial. • Não pode dizer fratura em galho verde, pois essa só é classificada em crianças. 5 Mayra Alencar @maydicina | IMAGEM | P4 – UC12 | MEDICINA UNIT AL FRATURA EM GALHO VERDE • As diferenças nas propriedades biomecânicas do osso nas crianças em relação aos adultos propicia a formação de vários tipos de fraturas incompletas, como as fraturas em galho verde. • Fraturas em galho verde ocorrem quando a força aplicada a um osso resulta em flexão do osso, de tal forma que a integridade estrutural da superfície convexa é superada. • O fato de a integridade do córtex ter sido superada resulta em fratura da superfície convexa. No entanto, a força de flexão aplicada não quebra completamente o osso e a superfície côncava do osso torto permanece intacta. 6 Mayra Alencar @maydicina | IMAGEM | P4 – UC12 | MEDICINA UNIT AL CLASSIFICAÇÃO DE SALTER HARRIS As fraturas epifisárias, que são fraturas que acometem a placa de crescimento ósseo, são classificadas por Salter-Harris. TIPO 1: Separação metaepifisária, com a linha de fratura localizada na fise de crescimento. Envolve apenas a placa de crescimento em toda sua extensão. Não envolve osso. Quando se tem fraturas epifisárias deve-se verificar se há fragmentos na superfície articular. Sob acometimento de superfície articular há risco de evolução para artrose secundária do membro. No caso pode ainda acontecer evolução para lipo- hemartrose: Derrame articular com nível líquido de duas densidades diferentes (gordura da MO amarela e conteúdo hemático). Papel da TC e RM na avaliação óssea → TC melhor para avaliar cortical óssea e RM para medular. Deve-se contornar toda cortical óssea para avaliar se há descontinuamento. SMACK • S: slipped (type I) • M: metaphyseal (type II) • A: articular-epiphyseal (type III) • C: complete-metaphysis and epiphysis (type IV) • K: krushed! (type V) Esta é também a ordem do prognóstico (do melhor para o pior) Há uma fratura transversal da clavícula, mas o mais impressionante é o deslizamento completo da epífise umeral - uma lesão de Salter-Harris tipo I. Fratura através da fise da quinta falange distal com leve deslocamento dorsal e angulação palmar. Nenhum envolvimento de fratura óbvio da metáfise ou epífise. A aparência é consistente com uma fratura de Salter-Harris tipo 1 7 Mayra Alencar @maydicina | IMAGEM | P4 – UC12 | MEDICINA UNIT AL TIPO 2: É a mais comum. Caracterizada por um traço de fratura na fise de crescimento e estendendo-se para a metáfise óssea. TIPO 3: É a fratura da fise estendendo-se para a epífise e superfície articular. Atinge a placa e se estende para baixo para a epífise óssea. Fratura através da metáfise posterior, estendendo-se até a placa de crescimento que aparece rompida, a epífise deslocada posteriormente. Fratura deslocada posteriormente passando através da placa de crescimento e através da metáfise do rádio distal (mais bem visualizada na radiografia lateral) compatível com a fratura tipo II de Salter-Harris. 8 Mayra Alencar @maydicina | IMAGEM | P4 – UC12 | MEDICINA UNIT AL TIPO 4: Ocorre frequentemente no côndilo lateral do úmero em crianças menores que 10 anos, apresentando uma orientação vertical, acometendo a metáfise, cartilagem de crescimento e epífise. A lesão atinge a metáfise e a epífise, cruzando a placa de crescimento. TIPO 5: Lesão por esmagamento não desloca a placa de crescimento, mas danifica-a por compressão direta. É rara e frequentemente não é vista no RX, manifestando-se tardiamente com encurtamento ósseo e deformidades articulares. Fratura cominutiva do tálus estendendo-se até a articulação do tornozelo com fratura da placa de crescimento da extremidade inferior da tíbia. Também é evidente a margem lateral da fratura do osso navicular. Salter-Harris 3. Fratura tipo 4. TC. Fratura linear na fise apenas, com impactação da mesma. Tipo 5. 9 Mayra Alencar @maydicina | IMAGEM | P4 – UC12 | MEDICINA UNIT AL DERRAME ARTICULAR • Um derrame articular é definido como uma quantidade aumentada de líquido dentro do compartimento sinovial de uma articulação.• Normalmente, há apenas uma pequena quantidade de fluido intra-articular fisiológico. O acúmulo anormal de líquidos pode resultar de inflamação, infecção (pus) ou trauma e pode ser um exsudato, transudato, sangue e/ou gordura. • A ultrassonografia é um exame excelente para a avaliação de derrame articular. Por isso, deve ser o exame de escolha diante da suspeita. 1 2 3 4 É importante classificar o osso quanto a seu estado: maduro ou imaturo. Isso pelo fato do possível comprometimento da placa de crescimento, o que prejudica o crescimento ósseo (fechamento prematuro), resultando não só em encurtamento ósseo como também crescimento anormal (membro torto). Maduro → da epífise distal até a proximal toda fechada, sem espaços radioluscentes. Imaturo → as fises estão presentes e abertas. • Na busca por determinar uma fratura, siga a cortical óssea. • Frente a uma criança com múltiplas fraturas, levanta-se a hipótese de maus tratos. • Sempre que a fratura atingir a epífise ela é mais grave, pois pode acometer a placa germinativa.
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