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Eritroblastose Fetal - Doença Hemolítica do Recém-Nascido

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eritroblastose fetal
Doença de Rhesus ou Doença Hemolítica do Recém-Nascido.
Doença hemolítica de incompatibilidade de Rh sanguíneo materno e fetal.
A Eritroblastose Fetal é uma Anemia Hemolítica Fetal/Neonatal são gestações de alto risco
e que recebem este nome pelo fato de haver eritroblastos na corrente sanguínea (consequentes
da anemia), pois a medula lança eritroblastos (hemácias imaturas) por haver uma eritropenia. A
condição atinge 1 em cada 200 nascido, ocorre somente em gestantes de Rh- que geram fetos
com Rh+, pois o organismo de mulheres com Rh-, em momentos específicos, como a gestação de
Rh+, os eritrócitos fetais estimulam a produção de Anti-Rh para tentar destruir as hemácias do feto
Rh do feto, pois o vêem como um “intruso”. Vale ressaltar que, somente pessoas com Rh-
produzem Anti-Rh, pessoas com Rh+ nunca poderiam produzir este anticorpo pois destruiriam as
próprias células.
A sensibilização de gestações como essa podem ser pequenas ou grandes com diferentes
prognósticos e consequências tanto para mãe quanto para o feto. Quando a sensibilização dos
anti-Rh é baixa, os problemas manifestam-se apenas após o parto (pois a passagem de sangue
placenta-feto é maior ao final da gestação ou do parto, sendo assim, há uma maior passagem de
anti-Rh para o nascituro), neste caso, o recém-nascido recebe uma transfusão de sangue de Rh-
que pode ser realizado intrauterino, desta forma, os anticorpos maternos presentes não irão
aglutinar-se com as hemácias e como as hemácias possuem uma meia-vida de três meses até
serem destruídas pelo baço, as hemácias que serão produzidas após a completa substituição,
serão de Rh- e os anti-Rh já não estarão mais circulando no sangue do nascido. Para este caso, é
recomendado que o parto seja entre a 32ª e a 35ª semana de gestação, para que a passagem de
sangue não seja tão intensa, porém, se o fluxo sanguíneo cerebral permanecer normal, o parto
não precisa ser adiantado
Já nos casos onde a sensibilização é alta, poderão haver riscos tanto para a mãe, quanto
para o feto, para este, podem ocorrer complicações como anemia, hipoalbuminemia devido o
acúmulo de bilirrubinas que foram sintetizadas no fígado a partir da Hb das hemácias lisadas
causando icterícia e o acúmulo destas bilirrubinas é tóxico ao sistema nervoso, podendo causar
lesões graves e irreversíveis, insuficiência cardíaca e/ou hepática, danos cerebrais, aborto
espontâneo ou criança natimorta, estas condições mais graves ocorrem em gestações
subjacentes, quando a mulher já gerou outros fetos de Rh+.
Os anticorpos produzidos durante a gestação permanecem na corrente sanguínea da mãe
e para que ela possa ter outros filhos sem que as complicações sejam mais agravantes, deverá
ser feito um tratamento na mesma com imunoglobulinas Anti-Rh que efetuará um bloqueio que
sintetiza os anti-Rh contra o fator Rh+.
O diagnóstico para a Eritroblastose Fetal é feito a partir da Tipagem Sanguínea + Fator
Rh dos pais, Medições Seriadas dos Níveis de Anticorpos e deve ser aferido regularmente o
Fluxo Sanguíneo da Artérias Cerebral Média com intervalos de 2 a 4 semanas (se os títulos
forem positivos, mas menores que um resultado negativo, resultado de laboratório crítico) e de 1 a
2 semanas se os resultados mostrarem-se excedidos ao valor crítico, este exame tem como
objetivo, detectar precocemente uma ICC fetal.
O parto de gestantes Rh- e feto Rh+ deve ser feito com o menor trauma possível para que
não haja contato do sangue do feto com o sangue da mãe, pois acentuará a produção de anti-Rh.
Durante a gestação, assim que for confirmado a incompatibilidade sanguínea mãe-feto, a gestante
deverá receber imunoglobulina Rh0, os altos níveis desta imunoglobulina neutralizam os eritrócitos
fetais (Rh+), e, dentro de 72 horas após a interrupção da gestação, seja a criança nascida viva ou
natimorta. A administração desta Ig não possui resultados eficazes se aplicada somente após a
gestação, uma vez que a mãe pode ter sido sensibilizada no início da gestação.

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