Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CORAÇÃO – AULA 1 (07/05) Perfundido pelas coronárias na diástole (autoperfusão) VE maior pressão do coração O lado direito sempre funciona com pressão menor p funcionar como auxílio de retorno venoso dos átrios Pericárdio até 20ml fluido, o vol se mantém constante, se houver aumento gera dificuldade na diástole, pode causar doença restritiva do core, mas o core tolera derrames pericárdicos maiores, o maior problema é o aumento RÁPIDO do vol pericárdico, que causa mais sintomas Face esternal: VD Vv pulmonares desembocam no AE VE tem muito mais massa mm do que VD, cerca de 3x mais Defeitos no crescimento do VD enquanto os ossos estão crescendo podem gerar problemas esternais Na inspiração o core fica mais verticalizado e gira um pouco p direita, na expiração é ao contrário ECG: Representa tempo x eletricidade - Onda P: Despolarização atrial, contração Distúrbio de contração: Onda P bifásica O aumento da pressão causa a entrada de sangue nos átrios, que faz as valvas AV abrirem e por um fenômeno aspirativo o sangue vai pros ventrículos - Complexo QRS: Despolarização ventricular (sístole) e repolarização atrial Onda Q: Primeira onda negativa Onda R: Primeira onda positiva Onda S: Primeira onda positiva após uma negativa Nem sempre o complexo é QRS, pode ser QR, RS - Onda T: Repolarização ventricular, diminui pressão interna do ventric e faz mais sangue entrar pela aspiração OBS: Ausência de contração atrial é compatível com a vida, ventricular não - Fibrilação atrial - Fibrilação ventricular: Choque, PCR Sincicial: Todas as células juntas se comunicando e realizando uma função O estímulo elétrico vai da ponta do ventrículo em direção à base Os átrios se contraem juntos e os ventrícs também juntos logo em seguida (em bloco) Ciclo cardíaco: Parte mecânica - Sístole: Contração dos Vs, pulmão e circulação sistêmica - Diástole: Relaxamento dos Vs, aqui os Vs se tornam câmaras aspirativas, esse fenômeno é o que mais colabora com a entrada de sangue, a contração atrial é basicamente dispensável ANAMNESE: Achados mais comuns: 1. DOR PRECORDIAL: Nem toda dor aqui é necessariamente cardíaca, pode ser um espasmo esofágico, p ex, bastante doloroso; ele é confundível pq também melhora com nitrato, que é usado p fazer espasmo de coronárias. A descrição de dor no precórdio ta bem certinha na apostila, não precisa anotar. - Se o pct chega na emergência com dor torácica, qual a 1ª coisa a se fazer? Descartar DAC. - “Tempo é miocárdio” - Se for dor cardíaca o pct geralmente chega com o punho fechado sobre o peito - IAM em jovens: Cocaína, malformação, droga quimioterápica 5-FU (causa constrição de coronária) - Alguns pcts podem apresentar dor cardíaca com manifestação na mandíbula - Se for dor epigástrica de origem do TGI: Geralmente após alimentação; se for após exercício, esforços sempre pensar em coração - Verificar esse slide de novo se precisar - Precordialgia com sudorese: Prestar muita atenção!! 2. TOSSE: Característica de doença do VE, pq gera problemas pulmonares, uma tosse seca e mais intensa a noite, que reflete congestão pulmonar. - Débito cardíaco: Vol sistólico (VS) X FC - Se perde mm cardíaco por fibrose automaticamente perde VS, então tem que aumentar a FC p compensar, mas isso de forma crônica gera hipertrofia do core, miocardiopatia hipertrófica, a FC aumentada associada ao coração hipertrofiado vai levar a um reinfarto, pq a vascularização não vai dar conta de suprir aquele coração maior - VE perde débito: Vol sistólico final vai ficar cada vez maior, que aumenta a pressão interna do VE, essa pressão começa a ser transmitida ao AE, que vai ser transmitida retrogradamente aos pulmões por meio das vv pulmonares, a alta pressão pulmonar atrapalha a troca gasosa pelo acúmulo de líquido – EDEMA AGUDO DE PULMÃO (EAP), que é uma urgência médica. - Ou seja, ICC esquerda > problemas pulmonares (EAP) - O EAP pode ser visto no Rx por conta das linhas B de Kerley, que são paralelas ao chão no seio costofrênico, são BEM discretas, indicam ICC esq e congestão pulmonar 3. EDEMA: ICC dir, edema sistêmico, gravitacional (começa pelos pés), mais comum no final do dia. Pode envolver cavidades (ascite, hidrotórax, derrame pericárdico). 4. ASMA CARDÍACA: Dispneia de origem cardíaca, ICC esq. Principal som – estertor crepitante, ocorre a noite, aliviada por ortostatismo, no rx de tórax mostra congestão pulmonar e a expectoração é hemoptoica e rosada. EXAME FÍSICO: Ambiente silencioso e tranquilo. INSPEÇÃO E PALPAÇÃO: Abaulamento precordial: Deformidade do core, muito raro em adultos pq já tem o esterno formado, geralmente indica aumento de VD. OBS: A causa mais comum de ICC dir é a ICC esq. Frêmito cardiovascular: Percepção tátil de um sopro. 1 a 4 +. Quando o fluxo é “liso” você não ouve nada, fluxo laminar; o fluxo que causa vibração faz barulho. - Localizar no ciclo cardíaco - Dar a localização no precórdio - Dimensionar em + a ++++ Batimentos/movimentos: Pode indicar sinais de hipertrofia. Turgência jugular (sinal de Kussmaull): Insufic dir; pct deita com o tronco em 45 graus, p ser considerada patológica ela deve medir mais de 4cm no plano vertical acima do ângulo de Louis. Ictus cordis (choque de ponta): Saber 2 coisas – onde fica e as anormalidades. Em pct normal se encontra mais ou menos no foco mitral (5º EICE, linha hemiclavicular) - Longilíneo: 6º EICE 2cm mais medial - Brevilíneo: 4º EICE 2cm mais lateral O ictus deve medir cerca de 2 polpas digitais, se for mais que isso é ictus difuso (cardiopatia dilatada) Se o ictus pulsar e conseguir levantar seus dedos é ictus propulsivo (cardiopatia hipertrófica) Tinha um slide de inspeção e palpação de VE e VD, mas o prof não falou nada, em VE era só falando do ictus e no VD muita coisa, mas no VD é muito mais comum em crianças por conta da questão do crescimento de esterno, raro em adultos. AUSCULTA: Foco aórtico: 2º EICD, justaesternal Foco pulmonar: 2º EICE, justaesternal Foco aórtico acessório: 3º ou 4º EICE, justaesternal Foco tricúspede: 5º EICE, justaesternal Foco mitral: 5º EICE, linha hemiclavicular (no ictus cordis) Foco mitral acessório: 5º EICE, linha axilar anterior Posições: Inclinação ant: Pcts com DPOC severa, tórax muito grande e bulhas abafadas, se pedir p pct se inclinar p frente ajuda já pq o core vai um pouco p frente. Decúbito lat esq: Estenose mitral, mais raro. BULHAS CARDÍACAS: B1 – Fechamento de valvas mitral e tricúspede (AVs) “TUM” M1T1: Sentido da transmissão do som Início da sístole ventricular Mais audível na área mitral B2 – Fechamento de valvas aórtica e pulmonar (semilunares) “TA” A2P2 Início da diástole ventricular Mais audível na área pulmonar Desdobramento fisiológico: Ocorre na inspiração, a pressão intratorácica fica mais negativa, que favorece retorno venoso, aumenta a chegada de sangue no AD e depois no VD, quando isso ocorre tem diástole maior, e por conseguinte a sístole também, ejeta sangue “a mais”. - Representado por: A2-P2. - Professor fala como se fosse “TUM TA-DAC” Desdobramento de bulha: O som sai mais “seco”, parece que parou na metade. - O desdobramento de 1ª bulha não é muito estudado pq metade da população tem sem ser patológico. Ruídos de diástole: B3 – Ruído protodiastólico Fase de enchimento rápido Choque do sangue caindo no ventrículo hipocomplacente B4 – Ruído telediastólico ou pré-sistólico Fase de enchimento lento Até 120bpm: diástole > sístole Mais de 120bpm: diástole = sístole CORAÇÃO – AULA 2 (14/05) RITMO CARDÍACO: Ritmo regular em 2 tempos BRNF: Bulhas regulares normofonéticas Taquicardia sinusal: Nodo sinusal (nó SA) é onde inicia o estímulo elétrico, ele se localiza no AD. Aumento do tono simpático e/ou redução do tono vagal.Ex: Ativ física, hipertireoidismo, anemia, ICC. Bradicardia sinusal: Pode representar arritmia grave, mas também pode ser característico de atletas, por isso a FC é bem mais baixa. Arritmia sinusal: Variação da FC errática, momentos de bradi e taqui; geralmente decorrente do ciclo respiratório. Extra-sístole: Batimento cardíaco precoce seguido de uma pausa compensadora. Não é constante, ela acontece “do nada”. SEMPRE patológico. Classificada de acordo com o estímulo que gera ela: Supraventricular: QRS estreito e pode ser onda P. Ondas de pulso mantidas. Ventricular: O estímulo elétrico surge do próprio ventrículo, vai ter no ECG um QRS alargado, não identifica bem a onda P. Não ocorre sístole atrial. Ondas de pulso menores. - Cada quadradinho do ECG representa 0,04 seg. Fibrilação atrial: Perda da primazia elétrica do nó SA, sem funcionamento sincicial. Ritmo cardíaco “irregularmente irregular”, totalmente desordenado. - Ausência de onda P, onda T irregular. - O átrio ta disparando vários estímulos, o grande problema disso é pq o nó SA ta aqui, então automaticamente atrapalha contração ventricular também, deixando sem ritmo. O tto pode ser colocar um cardiossincronizador. - Eventos embólicos: São bem prováveis na FA pq com o ritmo desregulado o sangue perde seu fluxo laminar e ricocheteia contra as paredes dos vasos, favorecendo trombos; por isso o tto é usar anticoagulante e beta-bloqueadores p evitá-los. - Critério de FA: Ondas Ts diferentes entre si. O exame físico vai ser todo errático. B3 – Enchimento rápido - protodiastólico: Fisiológica: Gestantes, pcts menos de 40 anos Patológica: Core tem alguma dificuldade de receber esse sobrevolume. O ECG pode mostrar a diferença de fisio e pato. O coração sempre acompanha alguma anormalidade aqui na patológica. Ritmo de galope: B1------B2-B3 B4 – Enchimento lento – pré-sistólico: Ritmo de galope: B4-B1--------B2 Cuidar com o desdobramento na inspiração Último som da diástole SEMPRE patológica: Ventrículo incapaz de receber o vol sang ejetado pela contração atrial, coisas mais graves Alterações na B1: Fisiológico em 50% dos casos, sem relação com inspiração. Alterações na B2: Bem mais complicados do que B1. Fisiológico: Na inspiração desdobra, A2-P2, pelo retorno venoso, ocorre sempre, seja isolado ou dentro de fenômenos patológicos. Fixo: Desdobra, A2-P2, tanto na inspiração como na expiração, por isso se chama desdobramento fixo. Ocorre em casos de comunicação interatrial (CIA), por conta do AE ser mais forte, o AE sempre vai empurrar o sangue em sentido ao AD, o vol atrial sempre fica maior, independente do desdobramento fisiológico, o componente pulmonar sempre vai estar atrasado. A CIA não diagnosticada é uma causa comum de hipertensão pulmonar, que pode até necessitar de transplante. Paradoxal (EAo ou BRE): Causado pelo bloqueio do ramo esquerdo (BRE), é quando tem uma diminuição na velocidade da transmissão elétrica em um ponto, nesse caso vai atrasar todos os componentes do lado esquerdo. Na expiração o componente A2 vai estar atrasado, sendo P2-A2, o bloqueio de ramo ocorre na insp e exp, mas como tem o desdobramento fisiológico que atrasa a P2 na insp os dois componentes vão ficar atrasados na insp, então acaba ficando normal de novo A2+P2. Bloqueio de ramo direito (BRD): Vai atrasar todos os componentes do lado direito, por isso na exp P2 vai ficar atrasada, A2-P2, e na insp vai ter um “atraso duplo”, da insp fisiológico + do BRD, por isso vai ter um espaçamento maior entre os 2 componentes, A2 P2. Bloqueio comum (comum na exp e insp) e variável (varia o tempo do intervalo na insp e exp) OBS: Sempre lembrar que o desdobramento fisiológico da insp está presente em TODAS as situações. SOPROS: Expressão sonora do fluxo sang turbulento. Sopros sistólicos: Sopro de ejeção: Após B1 Sopro de regurgitação: Começa junto com B1 Os sopros se classificam de 1 a 6 + TEM QUE SABER 1+: Audível em 1 foco de ausculta 2+: Mais de um foco, mas não em todo o precórdio 3+: Audível em todo o precórdio 4+: Sopro com frêmito 5+: Sopro com frêmito irradiado, em mais de um ponto 6+: Sopro audível sem estetoscópio Sopro inocente: Ocorre em crianças, 1 a 2+, sistólico, mais audível no foco pulmonar, sem patologia. Excluir inicialmente febre e anemia. ECG e ecocardiograma normais. Alterações valvares mais comuns: Estenose aórtica: A valva aórtica não consegue se abrir completamente, compensada por hipertrofia progressiva (mais comum) do VE ou dilatação do VE. - Sopro sistólico - Ocorre entre B1 e B2 - Pulso parvus (baixa amplitude) et tardus (retardado) em diamante (crescendo- decrescendo) - Ictus desloca p baixo e p esq - Causa mais comum: Aterosclerose - Problemas do VE adiante Insuficiência mitral: A valva mitral não se fecha completamente, causa dilatação do AE por refluxo. - Sopro sistólico - Obscurece B1 e acaba antes de B2 - Sons de congestão pulmonar - Ictus dilatado: Cardiomegalia esquerda - Causa mais comum: IAM com ruptura de mm papilar Estenose mitral: Valva mitral não abre completamente p receber sangue atrial, causa aumento progressivo no AE e congestão pulmonar retrógrada. - Sopro diastólico - Átrio não consegue jogar o sangue pro ventrículo - Sopro mais discreto de todos - Não acontece nada com o ventrículo pq o defeito está acima dele, ele não pode ajudar o átrio - Fenômeno mecânico do final da diástole: CONTRAÇÃO ATRIAL, na fibrilação atrial não tem esse sopro pq não tem a contração atrial. - Ruflar diastólico com possível reforço pré-sistólico - Causa mais comum: Doença reumática Insuficiência aórtica: Valva aórtica não fecha completamente na diástole do ventrículo. - Sopro diastólico - Sopro em decrescendo - Pulso em martelo d’água - Ictus com sinais de hipertrofia e dilatação - O ventrículo faz muita força p jogar o sangue, mas ao mesmo tempo a valva está aberta, então ele faz força e o sangue volta - Pulso de Quincke: Dá p ver a unha pulsando - Sinal de Muller: Pulsação do palato mole - Sinal de Musset: Pulsação rítmica da cabeça com a sístole - Causa mais comum: Doença reumática
Compartilhar