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BRASSICAS Couve-folha, Couve-flor, Couve-de- Bruxelas, Couve-rábano, repolho e brócolis Prof. Robinson J. P. de Oliveira Olericultura INTRODUÇÃO Brassicáceas: – constituem a família botânica com maior número de culturas, aproximadamente 3.700 espécies, no entanto, apenas cerca de 20 são normalmente consumidas – Se destacam pela sua expressão econômica, principalmente nas regiões Sudeste e Sul. – Baixo custo para implantação. Espécie botânica e variedades CULTURA NOME CIENTIFICO Couve-flor Brassica oleracea var. botrytis Couve - Manteiga B. oleracea var. acephala Couve-tronchuda B. oleracea var. tronchuda Couve-de-bruxelas B. Oleracea var. gemmifera Couve-rábano B. Oleracea var. gongylodes Couve-chinesa Repolho Brócolis B. Pekinensis B. Oleracea var. capitata B. Oleracea var. italica COUVE-DE-BRUXELAS Características • Produz repolhos pequenos de 25 mm de diâmetro; • Peso médio de 30 g com coloração verde- escura; • Originam-se das axilas das folhas e cobrem o caule; • A planta pode chegar a 1 metro de altura. Classificação Família: Brassicaceae Género: Brassica Espécie: B. oleracea Variedade: gemmifera Clima • Beneficiada pelo frio; • Suporta temperaturas inferiores a 0 ͦC. • Resistente a geadas; Características Edafoclimáticas • Clima temperado • Temperatura ideal: 15°C a 18°C • Suporta curto período de temperatura de até -10 °C • Intolerante a temperaturas superiores a 24 °C • Necessita de alta luminosidade Características do Solo • Solos argilosos • Responde bem em solos com alto teor de matéria orgânica • Pouco tolerante a acidez do solo • pH ideal de 6,0 Adubação • Nitrogênio e Fósforo fornecem maiores respostas de produtividade; • Embora o cálcio e enxofre também sejam essenciais para esta cultura; • K e N são os nutrientes retirados em maiores quantidades pela planta. • Doses de B e N tem influência direta na compactação dos minirepolhinhos; (Trabalho em andamento com o Vanderley Butzke, nós levam a 200 kg ha-1 de N e 2 kg ha-1 de B). Recomendação • N : 80 Kg no transplante (200 kg ha-1) • P2O5: 350 – 500 Kg ha-1 • K20: 150 – 200 Kg ha-1 • Fazer 2 ou 3 adubação de cobertura aos 20, 40 e 60 dias após o transplante Exigências • Exigente em Boro – aplicação de 3-4 kg/ha • Exige alta disponibilidade de Molibdênio Deficiência de Boro tem sido fator limitante para a cultura Adubação Orgânica • A aplicação de esterco aviário aplicado ao sulco semanas antes do transplante é altamente benéfica; • Reduz o gasto com aplicações de N-mineral. Propagação • A forma de propagação da cultura se dá por semente, entretanto a semeadura normalmente não é direta. • Primeiramente é realizada a semeadura em bandejas para posteriormente, efetuar-se o transplante. Época de Semeadura Embora tenha variedades adaptadas a temperaturas amenas, o ideal é fazer a semeadura no outono, para condução da cultura no inverno. Em condições de temperaturas elevadas não compacta os minirepolhinhos Transplante • O transplante para o local definitivo quando as plantas tiverem de 6 a 10 cm de altura; ESPAÇAMENTO: 80 cm entre linha 50 cm entre plantas POPULAÇÃO: 25.000 plantas/ha Fatores importantes A boa produtividade e desenvolvimento está relacionado diretamente: • Com a época de semeadura, por ser uma cultura de clima frio e necessitar de 90 dias após a germinação com temperaturas adequadas. Colheita • Inicia-se de 110 – 130 dias após a semeadura, prolongando-se por alguns meses; • A colheita é feita quando os repolhos apresentarem tamanho adequado e consistência levemente firme, antes que se abram; • Colhe-se primeiramente os repolhos da parte inferior da planta. Classificação e Acondicionamento • A classificação dá-se pelo diâmetro; • Coloca-se os produtos em saquinhos plásticos perfurados, e posteriormente são colocadas em câmeras frigorificas . Comercialização BRASSICAS – Couve-flor e Brócolis Prof. Robinson J. P. de Oliveira Olericultura Couve-flor - B. oleracea var. botrytis Couve – brócolis - B. oleracea var. italica Couve-flor e Brócolis • Costa Norte Mediterrânica, Ásia Menor e • Costa Ocidental Européia. • Expansão na Europa no séc. XVI Brócolis O consumo de brócolis teve um aumento expressivo ao longo da última década devido às diversas propriedades nutricionais, com benefícios diretos para a saúde, como no auxílio à prevenção do câncer, e também devido ao seu sabor extremamente agradável, que conquistou o paladar de crianças e adultos. Brócolis Nos dois últimos anos, as áreas e regiões de produção no país tiveram um crescimento de aproximadamente 25%, resultado da maior procura por parte dos produtores que estão investindo mais neste segmento. Na América do Sul, o Brasil e o Equador estão entre os principais países produtores da hortaliça. O mercado nacional de brócolis movimenta anualmente R$ 1.270 bilhões apenas no varejo, segundo dados da Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas (ABCSEM). Sazonalidade • Pela variação, sazonal das entradas e preços na CEAGESP, observa-se que os meses de maio a outubro apresentam a maior oferta, e os maiores preços ocorrem nos meses de janeiro a abril. Facilidade de cultivo • Márcio de Moura produz 6,5 hectares de brócolis em Munhoz, no sul de Minas. • No ano de 2014 foi comercializado a unidade por R$ 0,90; • O preço pago ao produtor hoje esta em R$ 0,50, mas mesmo recebendo menos, ele conta que não está tendo prejuízo. • “O brócolis se tornou uma lavoura barata, fácil de mexer e com rápido retorno”, diz. • Edição do dia 04/09/2014 • 04/09/2014 06h30 - Atualizado em 04/09/2014 07h56 http://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/cidade/munhoz.html Classificação do Couve-flor A couve flor será classificada em: Cor: de acordo com a cor da inflorescência. A cor deverá ser citada no rótulo e não será permitida uma mistura de mais de 10% de cabeças fora da cor especificada. Classe: de acordo com o diâmetro da cabeça. Tipo ou categoria: relacionado à qualidade das inflorescências, ou seja, a quantidade de defeitos (graves e/ou leves) presentes no lote, e à sua coloração. Couve-flor e Brócolis • Classificadas como culturas de inverno - Melhoramento genético: cultivares adaptadas ao plantio no outono/inverno; primavera/verão e meia estação Brócolos - Taxonomia • Variedade B. oleracea var. italica Formas: • Tipo ramoso (inflorescências laterais) • Tipo “cabeça única” (Ninja) (inflorescência central) Tipo Ramoso • H. F1 Flórida (Sakata) • H. Centenário (Takii) Ramoso Santana; (Horticeres, Sakata) Ramoso Precoce Piracicaba; (Horticeres, Sakata) Tipo Cabeça única • H. Legacy (Seminis) • H. Centenário (Takii) – out/inverno H. F1 Marathon (Sakata) – clima ameno H. Green Storm Bonanza Brócolis - ciclo • Legacy (seminis): 105 a 110 dias; granulação extra fina; • Marathon: clima ameno; 100-110 dias; granulação fina; Distúrbio fisiológico no Brócolis Tabela 1. Valores médios de produção de massa fresca de inflorescência por planta, diâmetro da inflorescência, comprimento da inflorescência, índice de aspecto visual e distúrbios fisiológicos para quinze cultivares de brócolis (UNEMAT, 2012). Brácteas na inflorescência Brácteas ou olho-de-gato é uma desordem que se caracteriza pela abertura prematura das pétalas dos botões florais, que formam pontuações de cor amarela na inflorescência, em formato de roseta. A ocorrência dessa desordem depende da cultivar, mas normalmente ocorre no verão e é associada a altas temperaturas. Nesse caso, as inflorescências estão fora do padrão para a comercialização, portanto são descartadas. Talo oco ou Caule oco • Caracteriza-se pelo aparecimento de uma cavidade nas partes internas do caule. • Esse distúrbio não é causado por um único fator, mas pela combinação de um ou mais fatores que intensificam o seu efeito, entre os quais estão altas temperaturas (acima de 25 °C), baixa precipitação, baixa umidade relativa do ar, irrigaçãodeficitária, espaçamentos muito amplos e adubação deficiente de B. • Havendo indisponibilidade de B, as células terão menor elasticidade e se romperão, causando a formação de um orifício no caule (talo). • Pesquisas mostram que, além do B, o N afeta diretamente seu aparecimento em brócolis, por atuar no crescimento das plantas, fazendo-as se desenvolver rapidamente, o que pode levar à deficiência de B. • Além disso, observa-se também a suscetibilidade diferencial das cultivares a essa desordem. Talo oco ou caule oco Romanesco ou Brócoli Romanesco Conhecida por Couve-Flor Romanesco ou Brócoli Romanesco, esta variedade do gênero Brássica Oleracea é originária da Itália. Produz uma cabeça densa, verde- limão formada por floretes, em formas espirais (fractal*), extremamente atrativos. Romanesco • O romanesco, uma hortaliça da família da couve-flor, tem um formato exótico, e sua forma geométrica é decorativa, sendo sua inflorescência a parte comestível. • Sua consistência é ainda mais tenra que a da couve-flor, devendo, portanto, ser apenas levemente cozido, e podendo também ser utilizado cru, em saladas. Romanesco Foto do Brócolis Romanesco no ponto de venda na feira do produtor em Cascavel (2011). Romanesco • A principal região produtora de romanesco é o Sudeste do Brasil, sendo os plantios ainda em pequena escala. • Embora seja também chamado de brócolis romanesco, o romanesco é, na verdade, as múltiplas inflorescências comestíveis em forma de espiral. Romanesco • As plantas chegam a uma altura de 60 a 90 cm e o aspecto da cultura é muito semelhante ao da couve- flor “convencional”. • As inflorescências não ficam expostas, e sim recobertas pelas próprias folhas. Romanesco Couve-flor - Taxonomia • Família: Brassicaceae • Gênero: Brassica • Espécie: B. oleracea • Variedade: B. oleracea var. botrytis L. Variedades de ciclo mais tardio • Temperaturas mais baixas por período mais longo; • Temperaturas elevadas: Não formação de cabeça ou formação de cabeça pequena; • Os híbridos são recomendados o cultivo nos meses mais quentes; • Meia estação e inverno - H. Barcelona – meia estação (Horticeres) - H. Silver Streak Plus (Seminis) • Verão - H. F1 Sharon (Sakata) - H. Sarah – ciclo precoce (Sakata) H. Verona 184 (Seminis) - verão H. Cindy – ciclo precoce (Sakata) Cultivares para a Indústria Couve-flor Floretes compactos e individualizados e de coloração branca • LisBlanc F1 (Clause): híbrido de inverno (110-120 dias); arquitetura ereta; • Symphony (Rogers): março a junho • Veneza (Semminis): 90 dias; plantio outubro Cindy (Sakata): plantio até janeiro Couve-flor: tipos varietais Couve-flor do queijo Chedar Couve-flor Roxa Couve-flor Branca Piracicaba Desordem fisiológica • Dentre os vários fatores climáticos que podem causar distúrbios fisiológicos destacamos as temperaturas extremas; • O Ca merece atenção especial. Plantas deficientes em Ca formam cabeças pequenas, irregulares e de coloração mais escura; • O boro e o molibdênio, que, apesar de requerido pelas plantas em baixas quantidades, causam sintomas característicos e severos quando estão na faixa de deficiência, inviabilizando em alguns casos a produção de inflorescências comercializáveis. Desordem fisiológica: deficiência de Boro Aplicação de B e Mo via foliar: 1g L-1 de ácido bórico e molibdato de sódio: duas pulverizações. Desordem fisiológica Grupo de Cultivares Período prolongado de temperaturas elevadas Período prolongado de temperaturas baixas Verão Prolongamento do ciclo vegetativo; amarelecimento da cabeça; menor firmeza da cabeça. Encurtamento do ciclo vegetativo; formação insuficiente do nº. de folhas; indução precoce de formação da cabeça; cabeça de tamanho reduzido; menor firmeza da cabeça; arroxeamento; formação de pelos e arroz; florescimento prematuro. Inverno Prolongamento do ciclo vegetativo; formação de folhas na cabeça; amarelecimento/esverdeamento da cabeça; menor firmeza; redução no tamanho; formato plano; formação de pêlos escuros; formato irregular da cabeça. Formação insuficiente do nº. de folhas; indução precoce da formação da cabeça; redução drástica no tamanho da cabeça; perda da qualidade comercial; cabeças frouxas e abertas; formação de pêlos e arroz; florescimento prematuro. Desordens fisiológicas na couve-flor Presença de folhas na inflorescência Desordens fisiológicas na couve-flor Alteração da coloração Desordens fisiológicas na couve-flor Pilosidade na inflorescência Colheita do brócolis • Os brócolos devem ser colhidos antes que as flores da “cabeça e dos brotos se abram e mostrem suas pétalas amarelas. • Quando isso acontece, o tecido exterior da haste floral torna-se endurecido, o que desvaloriza o produto. • Quando as cabeças atingem o ponto de colheita, são cortadas com uma haste de 15 a 25 cm. de comprimento, sem prejudicar a brotação inferior da planta. • As cabeças cortadas quando pequenas e as brotaçães que nascem nas axilas das folhas, devem ser reunidas em maços. As cabeças grandes ficam isoladas. Ponto de colheita do brócolis • A colheita dos brócolis-de-cabeça geralmente ocorre de 75 a 100 dias após a semeadura, variando conforme a cultivar plantada. • Os brócolis-ramosos podem ser colhidos a partir de 60 a 90 dias após a semeadura. As inflorescências podem ser colhidas várias vezes em intervalos de 5 a 10 dias até o fim do período de floração. • O momento de colher é quando as inflorescências estão bem desenvolvidas e com uma cor intensa, mas antes que as flores comecem a abrir. Colheita e embalagem do brócolis Ponto de colheita da couve-flor • Quando a cabeça atingir seu desenvolvimento máximo, com peso de 1 a 2 quilos. • Colha a couve-flor enquanto ela está firme e com uma aparência compacta. • Quando os brotos da cabeça começam a se separar já passou do ponto de colheita, sendo de pior qualidade a couve-flor obtida. Colheita, transporte e embalagem da couve-flor Produtividade Brócolis • A produtividade normal do tipo ramoso varia de 10 mil a 18 mil maços de 1 kg/ha. • Com relação ao tipo inflorescência única, podem ser colhidos mais de 20 mil plantas por hectare, dependendo do espaçamento utilizado, com produtividades que variam de 7 t/ha a 22 t/ha. Produtividade do couve-flor • Em culturas comerciais bem desenvolvidas obtém-se de 15.000 até 20.000 “cabeças” comerciáveis, por hectare. • Como cada planta produz apenas uma cabeça, pesando 1-2 kg, na prática obtém-se produtividades de 15-25 t/ha, descontando-se as cabeças não comercializáveis. Armazenamento do Brócolis • De forma geral, a vida útil das hortaliças é inversamente proporcional à taxa respiratória do produto. • Os brócolis apresentam uma das taxas respiratórias mais altas entre as hortaliças, e exigem maiores cuidados para manter a sua qualidade. • A temperatura é o fator que mais influencia na deterioração dos produtos vegetais. • A exposição dos brócolis a temperaturas inadequadas causa rápido amarelecimento dos botões florais e deterioração do produto. • Com isso, a começar pela colheita o produto deve ser colhido nas horas mais frescas do dia, sem exposição ao sol, e colocado em locais sombreado. Processamento mínimo de Brócolis e Couve-flor Brócolis Receita de Brócolis com creme de queijo Brócolis Couve-flor Couve-flor COUVE MANTEIGA Couve • De origem Européia; • Originárias de clima temperado; • São plantas bienais – exigem clima frio para passar da etapa vegetativa para a reprodutiva; • Temperatura é fator limitante; • Atualmente existem cultivares adaptadas a diferentes temperaturas, aumentando a época de plantio e colheita. Importância • Em 2011, foram comercializados na CEAGESP, 8.000 toneladas de couve rendendo R$ 11.000.0000,00; • Ocupa o 7 ͦ lugar no ranking de verduras mais vendidas. Classificação Família: Brassicaceae Género: Brassica Espécie: B. oleracea Brassica oleracea var. acephala Variedades As variedades de couves mais conhecidassão: • Manteiga verde lisa, • Manteiga verde crespa, • Manteiga roxa • Manteiga Gigante. Roxa Crespa Lisa Gigante Solo • Solos argilosos; • Ricos em matéria orgânica; • pH entre 6 e 6,8. Clima • Regiões de clima ameno podem ser produzidas o ano inteiro; • Demais regiões deve escolher o período de meses úmidos e de calor menos intenso; • típica de outono e inverno. Adubação e Calagem • Análise de Solo; • Igual da cultura anterior; • Calagem para elevar o pH para 6,0. Propagação Pode ser realizado de duas formas: • Mudas: destacadas do pé-mãe (Brotos). Propagação mais fácil e rápida; • Sementes: Semeia-se em bandejas, posteriormente faz-se o transplante , quando as mudas tiverem cerca de 10 cm de altura; OBSERVAÇÃO: Uma grama (1 gr.) de semente fornece mudas para cerca de 50 metros quadrados. Plantio A melhor época indicada para o plantio: Fevereiro a Maio • Porém, pode ser cultivada o ano todo Plantio Espaçamento: 0,5 m x 0,5 m População de plantas: 40.000 plantas Colheita e Produtividade • Realizada 50 dias após o plantio das mudas; • Ou 90 dias após a semeadura; • Sua produção estende-se para todo o ano. • Uma boa planta produz cerca de 4 a 5 kg de folhas por ano. Comercialização • Comercializado em maços. Culinária COUVE-RÁBANO (B. oleracea var. gogylodes) Classificação Família: Brassicaceae Género: Brassica Espécie: B. oleracea var. gongylodes Características • Possuem caule globoso tuberoso; • Que se prendem longos pecíolos das folhas; • Apresenta eficiência em dieta para diabéticos; • Rica em vitamina C, A e K; Clima • A couve-rábano é uma hortaliça de clima ameno ou frio, crescendo melhor em temperaturas entre 18°C e 25°C. • A planta pode suportar baixas temperaturas, mas também pode florescer precocemente se a temperatura ficar abaixo de 10°C. Luminosidade • A couve-rábano necessita de boa luminosidade, com luz solar direta pelo menos algumas horas por dia. Solo • Plantar em solo bem drenado, fértil, rico em matéria orgânica. • O pH ideal do solo está entre 6,0 e 6,5. Adubação • Evitar excesso de nitrogênio na adubação; • Aplicar esterco de curral curtido juntamente com 60-80 kg de Superfosfato Simples, incorporado ao canteiro. Cultivares • Couve-Rábano; • Couve-Rábano Roxo de Viena; • Couve-Rábano Branco de Viena; COUVE-RÁBANO CULTIVAR COUVE-RÁBANO ROXO DE VIENA Cultivar couve-rábano branco de Viena Plantio • Semeadura direta; • Não se usa transplante de mudas, por serem bastante sensíveis ao manuseio. Época de Semeadura: outono- inverno Espaçamento: 40 cm em linha, 20 cm entre plantas; Tratos culturais • Desbaste, ficando as plantas distanciadas 20 cm; • Controle de plantas daninhas através de capinas exige cuidado para não danificar as raízes da couve-rábano, pois o sistema radicular desta é pouco profundo. Irrigação • A couve-rábano, quando já bem desenvolvida, é mais tolerante a falta de água do que outras couves. Colheita • Ocorre de 50 a 60 dias após a semeadura, variando conforme a cultivar; • É realizado quando apresentarem tamanho ideal de 8 cm de diâmetro e antes de perder a qualidade culinária. Comercialização • São atadas em molhos, juntamente com as folhas, tendo as raízes aparadas. CULTURA DO REPOLHO Brassica oleraceae Prof. Robinson Jardel Pires de Oliveira 119 TAXONOMIA Ordem: Papaverales Família: Brassicaceae Gênero: Brassica Espécie: Brassica oleracea Variedades: B. oleracea L. var. capitata (Repolho liso) B. oleracea L. var. sabauta martens (Repolho crespo) 120 • SUBVARIEDADES: - CONICA LAM. (CABEÇA PONTUADA) - COMPRESSA DUCH. (CABEÇA ACHATADA) - SPHAERICA D. C. (CABEÇA REDONDA) - OBOVATA D. C. (CABEÇA OVAL) 121 122 FORMAS: ALBA (REPOLHO BRANCO) RUBRA (REPOLHO ROXO) FORMAÇÃO DA CABEÇA 123 Superposição e embricamento das folhas centrais, formando uma cabeça compacta que envolve a gema apical; PLÂNTULA DE REPOLHO 124 • Geralmente apresenta hipocótilo ereto, longo e avermelhado; •Dois cotilédones; •Raiz axial com poucas raízes laterais CABEÇA E CAULE DO REPOLHO Cabeça é uma roseta de folhas; Caule é ereto, sem ramificações laterais, grosso e curto, com cerca de 10 a 15 cm. 125 FLORES Hermafroditas; Quatro pétalas em cruz; Quatro cépalas; Seis estames. 126 SEMENTE Esférica; marrom, com 1 ou 2 mm de diâmetro; Uma grama contém cerca de 300 sementes; Interior das sementes, quase totalmente ocupado pelo embrião, e reservas dos cotilédones (óleos) 127 DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO O crescimento da planta jovem é pequeno, com poucas folhas iniciais; Após as primeiras folhas pecioladas, o ponto de crescimento intumesce; O coração torna-se mais espesso devido ao acúmulo de nutrientes e o número de folhas aumenta; A altura da planta aumenta até os 60 dias; A formação da cabeça inicia-se aos 60 – 70 dias, através de um rápido desenvolvimento das folhas internas, cujo número chega a 30, por ocasião da colheita. 128 DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO dividido em quatro estádios de crescimento; crescimento inicial – 0 a 30 dias expansão das folhas da saia – 30 a 60 dias desenvolvimento das folhas da saia – 60 a 90 dias desenvolvimento da cabeça – 90 a 120 dia 129 DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO Formação da cabeça encurtamento dos internódios em direção ao ponto de crescimento; inibição no desdobramento das folhas; Parte inferior do caule internódios são mais espaçados, as folhas conseguem estender-se, formando uma coroa em volta da cabeça; 130 FENOLOGIA 131 FENOLOGIA 132 CLIMA E GERMINAÇÃO Clima tem grande influência sobre o repolho; A temperatura >>>> fator de maior relevância para o sucesso da cultura; t0 ideal para a germinação >>> de 13 a 150 graus; Inicia com t0 do ar entre 0 a 50C; Germinação acelera até 30 0C; A 10 0C as plântulas emergem em 14 dias; A 20 0C em uma semana; Acima de 30 0C as plântulas nascem raquíticas. 133 TEMPERATURA Planta de clima temperado e úmido, principalmente para o período de formação de cabeça, as quais são beneficiadas em qualidade e produção; Baixas temperaturas (50C) induzem a formação de maiores quantidades de açúcares nas folhas e maiores quantidades de proteínas, sobretudo albumina. 134 TEMPERATURA Muito resistente ao frio, quando em pleno vigor e bem formada; Suporta temperaturas de – 6,5 0C; ou -15 0C; por curtos períodos de tempo; Estádio inicial de crescimento (1 ou 2 folhas definidas), é susceptível à geadas, causam danos a gema apical e as folhas mais velhas; t 0C mínima necessária ao desenvolvimento vegetativo é próxima a 0 0C; t 0C ótima para o crescimento esta entre 15 e 21 0C, para as cultivares de outono/inverno; Abaixo e acima desta faixa de temperatura, o crescimento é demorado. 135 TEMPERATURA Altas temperaturas >>>> planta prolonga seu ciclo, continuando a formação de novas folhas; Estádio mais avançado do desenvolvimento da cabeça, podem acelerar o crescimento; Altas temperaturas >>>> repolhos de inverno não formam cabeças, e quando formam são leves, frouxos e de péssimo formato; Acima de 25 0C retardam o crescimento, a formação de cabeças, e afetam a qualidade, além de favorecerem a incidência de pragas e doenças. 136 TEMPERATURA 137 Altas temperaturas >>>> repolhos de inverno não formam cabeças, e quando formam são leves, frouxos e de péssimo formato. PRECIPITAÇÃO Considerando uma eficiência de chuva de 100%, são necessárias 49 mm/ha ao longo de um ciclo de 120 dias; A demanda hídrica é necessária à medida que o repolho desenvolve-se; 138 FOTOPERÍODO Não afeta a fase reprodutiva, nem a vegetativa; Não existe efeito sobre o florescimento do repolho; É regulado por fatores termo-fisiológico; 139 LUMINOSIDADE Adequada propícia maiores produções; Sombreamento levaa um maior acúmulo de nitrogênio solúvel nas plantas, ocorrendo um maior alongamento do caule; Má formação da cabeça e menor produção 140 CULTIVARES HÍBRIDAS Os materiais híbridos são superiores às cultivares, devido a alta uniformidade, durabilidade da cabeça no comércio, sem ocorrer rachadura; Os híbridos apresentam homeostasia, são precoces e altamente produtivos; 141 ADUBAÇÃO REPOLHO P: favorece formação da cabeça, precocidade e produtividade; N: em excesso, cabeças pouco compactas, leves de menor valor comercial; B: deficiência comum no BRASIL, cabeças menores, pouco compactas; “ocamento da medula” (parte central do caule). Adubação foliar; Mo: deficiência em solos arenosos. Adubação foliar 142 Recomendação Recomendação BORO Os sintomas de falta de boro são mais acentuados nas terras soltas do que nas pesadas, porque aquelas são mais facilmente lavadas pela água da chuva ou de irrigação. Controla-se a carência de boro com pulverizações de solução de ácido bórico, na base de 2×10 (dois gramas para 10 litros de água). 145 BORO Pulverizar as folhas em dia de sol, sem vento e sempre antes do início da formação de cabeças; Para aumentar a aderência nas folhas, utilizar vinte gotas de espalhante adesivo para cada dez litros da solução; Em geral, três pulverizações espaçadas de 15 a 20 dias bastam para evitar tal deficiência. Em solos mais sujeitos à falta de boro, além das pulverizações acima recomendadas, misturar bórax (tetraborado de sódio) aos adubos, de modo que cada planta receba uma grama desse produto. 146 TRANSPLANTE E ESPAÇAMENTO Local definitivo: as mudas apresentam 4 a 6 folhas definitivas ou 10 a 15 cm de altura, entre 25 ou 30 dias após a semeadura; EMBRAPA: transplante feito em covas com 30 x 30 x 30 cm, espaçadas 60 cm entre fileiras; Feitas em dias nublados ou a tardinha, evitar o estresse da muda; Aumento do índice de pega, irriga-se antes e depois do transplante; 147 Doenças, Pragas e Anomalias fisiológicas das Brassicas Anomalias Fisiológicas Plantas apresentando caules ocos e mal desenvolvimento Sintomas de carência de boro Pragas • Afídeos - Brevicoryne brassicae : Formam colônias sobre as folhas e ocasionam engruvinhamento. Podem ser vetores de viroses. • Controle: com inseticidas específicos. Pragas Mosca branca da couve - Bemisia argentifolii Causa amarelecimento de folhas, ramos e frutos, causado pela injeção de toxinas durante o processo de alimentação do inseto. • Controle: Controle químico, controle cultural, controle biologico Pragas Lagartas: • Traça (Plutella xyllostella) • Curuquerê (Ascia monuste orseis) • Mede-palmo ( Trichoplusia ni) Causam danos ao limbo foliar • Controle: pulverizações com inseticidas microbianos a base de Bacillus thuringiensis. • Irrigação por aspersão auxilia no controle Doenças • Podridão negra: Xanthomonas Campestris pv. Campestris. Provoca amarelecimento foliar. Favorecida por temperaturas elevadas e UR. • Controle: • Sementes sadias, • Sementes tratadas através de imersão em água quente ou em solução de antibióticos, • Rotação de culturas, • Pulverização com fungicidas cúpricos. Doenças • Podridão Mole: Erwinia carotovora var. carotovora. Ocasiona podridão úmida e mole com destruição da médula e murcha da planta. Favorecida pela tempera alta , UR e carência de B. • Controle: • Evitar lesionar as plantas; • Controlar insetos mastigadores; • Rotação de cultura preferencialmente com cereais; • usar fungicidas cúpricos. Doenças • Hérnia: Pasmodiophora brassicae Causa hipertrofia dos tecidos. Ocorre amarelecimento das folhas. Favorecida por baixa temperatura e UR elevada. Comum em regiões altas. • Controle: • Rotação de cultura por vários anos. • Dificultoso por os esporos terem uma longa vida no solo. PONTO DE COLHEITA Ponto de colheita: determinado pela solidez da cabeça (bem compacta, fechada, com as folhas internas bem coladas umas às outras); Corta-se o caule na base, deixando-se as folhas externas - proteção natural - muito eficiente; Colhe-se entre 85 e 130 dias da semeadura; Híbridos são mais precoces, especialmente os de verão. 162 163 164 Classes Peso da Cabeça (gramas) 1 maior ou igual a 250 e menor que 500 2 maior ou igual a 500 e menor que 750 3 maior ou igual a 750 e menor que 1.000 4 maior ou igual a 1.000 e menor que 1.500 5 maior ou igual a 1.500 e menor que 2.000 6 maior ou igual a 2.000 Intervalos de classe de peso das cabeças de Repolho. CLASSIFICAÇÃO COMERCIALIZAÇÃO 165 ARMAZENAMENTO 166 PRODUTIVIDADE Na cultura de repolho, pode-se obter uma produtividade de 25.760 kg/ha a 99.508 kg/ha, assegurando uma média de 58.028 kg/ha. 167 REPOLHO ORNAMENTAL 168 169 REPOLHO NA CULINÁRIA CHARUTO DE REPOLHO 170 REPOLHO NA CULINÁRIA REPOLHO REFOGADO 171 REPOLHO NA CULINÁRIA TORTA DE REPOLHO 172 REPOLHO NA CULINÁRIA SALADA DE REPOLHO 173 REPOLHO NA CULINÁRIA SALADA DE REPOLHO ROXO SIMPLES 174 REPOLHO NA CULINÁRIA SOPA DE REPOLHO 175 FIM
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