Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Amália Simonetti Sergipe ● 2020 Proposta Didática paraAlfabetizar Letrando Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 1 08/01/2020 11:00:27 Copyright© 2019 by Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura de Sergipe (Termo de Cooperação Técnica - Nº 13/2019) Copyright© 2018 by Secretaria da Educação do Estado do Ceará Autora (org) Maria Amália Simonetti Gomes de Andrade Autoras Maria Amália Simonetti Gomes de Andrade Maria Cilvia Queiroz Rejane Carla Melo Gurgel Coautoras Ana Clara Simonetti Gomes Maciel Claudiana Maria Nogueira de Melo Revisão de Texto Dêbora Maria Rodrigues Maria Valdenice de Sousa Coordenação e Projeto Gráfico Daniel Dias Catalogação Gabriela Alves Gomes Governador do Estado de Sergipe Belivaldo Chagas Silva Vice-Governadora do Estado de Sergipe Eliane Aquino Custódio Secretário de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura Josué Modesto dos Passos Subrinho Superintendente Executivo José Ricardo de Santana Chefe de Gabinete do Secretário Rosilene Maria dos Santos Assessor de Desenvolvimento Institucional, Monitoramento e Avaliação de Políticas Educacionais Cláudio Andrade Macedo Assessora de Colaboração e Assistência aos Municípios Andrea Lima Dantas Barbosa Diretora do Departamento de Educação Ana Lúcia Lima da Rocha Muricy Ressignificação Gráfica Gleice Ane Queiroz Eronides Pereira de Oliveira Neto Matheus Barbosa de Matos Paula Vitória de Souza Bezerra Rayane Cristine dos Santos Farias Apoio na adaptação Ana Débora Lima de Franca Andrea Carla Mattos Nunes Andrea Lima Dantas Barbosa Gleicimara Rodrigues Passos João Pedro Martins Nunes Josevânia Souza Fonseca Lícia Cristina Souza Santana Maria Inês Montevio Cerqueira Márcia Virgínia de Andrade Santos Barreto Pedro de Santana Santos Semirames Matos Acioly Kius Santos Edição de Sergipe Revisão Pedagógica Kelly Araújo Valença Oliveira Graziela Evangelista Gomes Tullia Maria Ribeiro Oliveira Erseni Revisão de Texto Nathalie Paes Lima Gilberto Ferreira dos Santos Christiane Silva Santos Almeida Ribeiro SEDUC - Secretaria de Estado da Educação do Esporte e da Cultura Rua Gutemberg Chagas, 169, DIA - Inácio Barbosa - Aracaju - Sergipe | CEP: 49040-780 (Todos os Direitos Reservados) Dados de Catalogação na Publicação (CIP) Ficha elaborada pela Bibliotecária Melânia Lima Santos (CRB-5/1916) Andrade, Maria Amália Simonetti Gomes de Proposta didática para alfabetizar letrando : caderno do professor (1ª a 4ª etapas) / Maria Amália Simonetti Gomes Andrade. – 1. ed., 2018. – Aracaju : SEDUC/SE, 2020. Adaptação de: Secretaria da Educação do Estado do Ceará ISBN 978-85-8171-108-9. 1. Educação. 2. Didática. I. Título. CDU: 37 A553p 248p. : il. Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 2 08/01/2020 11:00:28 Não há ensino de qualidade, nem reforma educativa, nem renovação pedagógica, sem uma adequada formação de professores. Antonio Nóvoa Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 3 08/01/2020 11:00:28 Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 4 08/01/2020 11:00:28 SUMÁRIO TUDO COMEÇOU... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 QUERIDAS PROFESSORAS! QUERIDOS PROFESSORES! 9 APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA DIDÁTICA PARA ALFABETIZAR LETRANDO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 PROPOSTA DIDÁTICA PARA ALFABETIZAR LETRANDO - LÍNGUA PORTUGUESA - 1º ANO . . . . . . . . . . . . . . . . 12 TRAVA-LÍNGUAS E ADIVINHAÇÕES . . . . . . . . . . . . . . . 33 MÚSICAS - PARECE... MAS NÃO É . . . . . . . . . . . . . . . . 42 1a ETAPA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 2a ETAPA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97 3a ETAPA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145 4a ETAPA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 199 BIBLIOGRAFIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 246 Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 5 08/01/2020 11:00:28 Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 6 08/01/2020 11:00:28 PAV • 7 ...Tudo começou Os esforços para garantir a alfabetização às crianças na idade certa já se fazem presentes na realidade brasileira há alguns anos. Um de seus marcos foi o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), acordo implementado em 2012 entre governo federal, estados, municípios e instituições, com o objetivo de garantir o direito à alfabetização plena a todas as crianças até os oito anos de idade. No caso de Sergipe, um importante marco foi o Programa Mais Alfabetização (PMALFA), instituído em 2018 pelo Ministério da Educação após a verificação, por meio da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA), de que 80% dos alunos do 3° ano do Ensino Fundamental em Sergipe possuíam níveis de leitura e matemática considerados insuficientes. Neste contexto, o PMALFA surgiu com o objetivo de apoiar as unidades escolares no processo de alfabetização dos alunos do 1° e do 2° ano do Ensino Fundmental. Apesar dos avanços observados, percebeu-se, no acompanhamento dos resultados do Programa, a necessidade de criação de uma Política Estadual de Alfabetização que ofertasse aos estudantes dos primeiros anos do Ensino Fundamental uma metodologia diferenciada de ensino. Assim nasceu, em 2019, o Programa “Alfabetizar pra Valer”, iniciativa que visa o fortalecimento do regime de colaboração entre Estado e municípios sergipanos, por meio do compartilhamento de recursos, estratégias e metodologias educacionais. As tecnologias que ora distribuímos fazem parte das ações do eixo “oferta de materiais complementares para prática pedagógica” e têm o propósito de auxiliar os professores alfabetizadores na aplicação de metodologias que possibilitem aos alunos o domínio e o uso da leitura e da escrita. Esta edição foi elaborada por profissionais competentes e engajados com a causa da alfabetização de qualidade e na idade certa. Esperamos que ela sirva de incentivo para que todos nós, integrantes comprometidos do Programa “Alfabetizar pra Valer”, realizemos o melhor trabalho possível para viabilizar o aprendizado de nossas crianças. Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura de Sergipe Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 7 08/01/2020 11:00:28 8 • Programa Alfabetizar pra Valer • PAV Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 8 08/01/2020 11:00:28 PAV • 9 Queridas Professoras! Queridos Professores! O Programa “Alfabetizar pra Valer” nasce em nosso estado para trazer mais brilho à vida de nossos estudantes. Esta iniciativa de articulação entre Estado e municípios confirma o desejo do povo sergipano de alfabetizar plenamente as crianças na idade certa. Utilizem este material como uma ferramenta para complementar o brilhante trabalho que vocês já realizam. Vocês que, apesar de todas as adversidades, estão sempre engajados em atender às nossas crianças da melhor maneira possível! Este é o momento de unirmos esforços em prol da alfabetização de qualidade! Contamos com a sua experiência e dedicação para que o Programa “Alfabetizar pra Valer” possa, efetivamente, mudar vidas! Comitê Gestor do Programa Alfabetizar pra Valer (PAV ) Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 9 08/01/2020 11:00:28 10 • Programa Alfabetizar pra Valer • PAV Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 10 09/01/2020 17:26:59 PAV • 11 O PROGRAMA ALFABETIZAR PRA VALER É uma iniciativa do Governo do Estado de Sergipe, em parceria com as Redes Municipais de Educação, que tem por objetivo fortalecer o Regime de Colaboração com os Municípios do Território Sergipano e assim, garantir a alfabetização de todos os estudantes da rede pública até os sete anos de idade. O programa envolve formação para professores e gestores escolares, distribuição de material didático complementar, premiação para escolas com os melhores resultados e apoio financeiro para escolas com os menores resultados. O programa estabelece como finalidade primordial o apoio técnico, financeiro e pedagógicoaos municípios, visando ampliar as oportunidades de desenvolvimento da aprendizagem das crianças na Educação Infantil e no Ensino Fundamental (Anos Iniciais), especificamente 1º e 2º Anos, proporcionando a melhoria da qualidade da aprendizagem, garantindo a equidade no ensino-aprendizagem dos estudantes das Redes Públicas de Educação, por meio de um conjunto de ações definidas e organizadas pelo Programa. Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 11 09/01/2020 17:26:59 12 • Programa Alfabetizar pra Valer • PAV APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA DIDÁTICA PARA ALFABETIZAR LETRANDO - LÍNGUA PORTUGUESA - 1º ANO Amália Simonetti (org.) Não se trata de escolher entre alfabetizar e letrar; trata-se de alfabetizar letrando. Também não se trata de pensar os dois processos como sequenciais, isto é, vindo um depois do outro, como se o letramento fosse uma espécie de preparação para a alfabetização, ou, então, como se a alfabetização fosse condição indispensável para o início do processo de letramento (BRASIL, Pró-Letramento, Fascículo 1, 2008, p.13). Esta Proposta Didática para Alfabetizar Letrando (PDAL) é um material didático estruturado para o ensino de Língua Portuguesa no 1º ano do Ensino Fundamental. O presente material é complementar e não substitui a utilização do livro didático oriundo do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), no tempo pedagógico na sala de aula. Especialmente é um material de formação, em contexto, para os professores do 2º ano das redes públicas de Sergipe. Este material foi atualizado/adaptado para a realidade das escolas públicas de Sergipe e nesse momento de atualização teve a participação de municípios sergipanos indicados pela União dos Dirigentes Municipais de Sergipe -UNDIME-SE. O conteúdo/formatação/desenho desta proposta tem finalidades distintas e entrelaçadas: a alfabetização e o letramento dos estudantes do 1º ano e a formação de professores do 1º ano em contexto de ensino/reflexão da prática (práxis), ou seja, é um material organizado e estruturado para o aluno e para a formação do professor. O respaldo teórico/curricular da proposta tem vários marcos legais e documentos norteadores, desde a inspiração no material didático complementar do Estado do Ceará e os marcos regulatórios do referido estado, a saber: a Proposta Curricular da Língua Portuguesa do Estado do Ceará 1º ao 5º ano (SEDUC-CE, 2014), o documento - Elementos Conceituais e Metodológicos para definição dos Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento do Ciclo de Alfabetização (1º, 2º e 3º anos do Ensino Fundamental) – PNAIC/MEC. Complementando com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC/MEC/2017) e em Sergipe com o Currículo de Sergipe (SERGIPE/2018). Reiteremos que esta proposta didática para alfabetizar-letrando propõe situações didáticas (projetos didáticos e sequências didáticas), para que o aprendiz descubra e se aproprie, com compreensão, do sistema de escrita da língua portuguesa e da cultura escrita da língua portuguesa, ingressando na escrita e em suas culturas, usando a escrita para apreender a escrita com sentido (ler, falar e escrever com compreensão). Ou seja, situações didáticas para o (a) professor (a) em ensino-reflexivo possibilitar, didaticamente, a criança ler e escrever com compreensão, com sentido, com sentimento, com criação, imerso na cultura das práticas socioculturais de oralidade, leitura e escrita. Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 12 08/01/2020 11:00:28 PAV • 13 Consideramos que o diferencial desta Proposta Didática para Alfabetizar Letrando – Língua Portuguesa – 1º ano, para além das especificidades didáticas inovadoras, é a apropriação do sistema de escrita alfabética imersa no letramento, possibilitando a imersão/ uso do aprendiz na cultura letrada, tornando-o discursivo, autor, interlocutor-dialógico do seu discurso, do discurso do outro e da cultura. Cada criança, nenhuma a menos alfabetizada, letrada, falante, leitora, autora da sua escrita, estimulada pela interação com o outro, com a cultura em contexto de ludicidade e liberdade de imaginação. No percurso da escrita e reescrita desta proposta, no contexto das interlocuções com os professores e formadores/orientadores das formações, durante esses anos, comprovamos que a criança aprende a ler e escrever com melhor qualidade em ambiente escolar que permita o aprendiz: ler com compreensão, com sentimento, com sentido e significado, com criação, tendo como mediador um(a) professor(a) que compreende as especificidades e as “facetas” da alfabetização e do letramento, ou seja, consegue alfabetizar letrando e letrando alfabetizar os seus alunos. Para melhor compreensão desta proposta didática, vamos pontuar, resumidamente, concepções teóricas e conceitualizações consideradas na construção desta proposta: I. ALFABETIZAR LETRANDO Refletindo o que nos diz Castanheira, Maciel e Martins (2008), pensamos a escola como um dos espaços-tempo significativos da constituição da alfabetização e do letramento e acreditamos no professor (a) como responsável por esse processo: É importante que o professor, consciente de que o acesso ao mundo da escrita é em grande parte responsabilidade da escola, conceba a alfabetização e o letramento como fenômenos complexos e perceba que são múltiplas as possibilidades de uso da leitura e da escrita na sociedade (p.15). ALFABETIZAR LETRANDO DESENHO DIDÁTICO PDAL NOSSA LÍNGUA PORTUGUESA MATERIAIS DIDÁTICOS Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 13 08/01/2020 11:00:28 14 • Programa Alfabetizar pra Valer • PAV As concepções de Magda Soares (CEALE) e Artur Moraes (CEEL) nos guiaram para pensarmos conceitualmente e reflexivamente a alfabetização e o letramento. Magda Soares (2003) nos diz que os processos de alfabetização e letramento são complexos, pois envolvem as “facetas” linguística, sociolinguística, psicolinguística e psicológica, condicionadas a fatores socioculturais, econômicos e políticos. Porque alfabetização e letramento são conceitos frequentemente confundidos ou sobrepostos, é importante distingui-los, ao mesmo tempo que é importante também aproximá-los: a distinção é necessária porque a introdução, no campo da educação, do conceito de letramento tem ameaçado perigosamente a especificidade do processo de alfabetização; por outro lado, a aproximação é necessária porque não só o processo de alfabetização, embora distinto e específico, altera-se e reconfigura-se no quadro do conceito de letramento, como também este é dependente daquele (SOARES, 2003, p. 90). Concordando com Magda Soares (2003), consideramos nesta proposta a alfabetização e o letramento como dois processos de ensinos e aprendizagens distintos e indissociáveis, simultâneos e inseparáveis. Acreditamos que os alunos aprendem a ler e escrever com melhor qualidade quando o professor enxerga a especificidade do processo de alfabetização e a especificidade do processo de letramento sem separá-los. Concebemos que alfabetizar na perspectiva do letramento é possibilitar que os alunos aprendam a Língua Portuguesa usufruindo e descobrindo os sentidos-significados das práticas socioculturais de oralidade, leitura e escrita; apropriando-se do sistema de escrita alfabética e ortográfica no uso das práticas socioculturais e nos procedimentos da língua-linguagem envolvidos: emissão, recepção e sentido. Vamos refletir sobre o que Magda Soares (2003c, p. 9-13) pensa sobre letramento e alfabetização: [...] letramento é a imersão das crianças na cultura escrita, participação em experiências variadas com a leitura e a escrita, conhecimento e interação com diferentes tipos de gêneros de material escrito. [...] a entrada da criança no mundo da escrita se dá simultaneamente pela aquisição do sistema convencional de escrita – a alfabetização, e pelo desenvolvimento de habilidades de uso desse sistema em atividades de leitura e escrita, nas práticas sociais que envolvem a língua escrita – o letramento. [...] a alfabetização se desenvolveno contexto de e por meio de práticas sociais de leitura e escrita, isto é, através de atividades de letramento, e este, por sua vez, só pode desenvolver-se no contexto da e por meio da aprendizagem das relações fonema- grafema, isto é, em dependência da alfabetização. Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 14 08/01/2020 11:00:28 PAV • 15 Ressalta ainda que para compreender o sistema de escrita em línguas de base fonética e ortográfica, como a nossa, o aprendiz precisa compreender a relação grafema-fonema: [...] aprender a ler e escrever envolve relacionar sons com letras, fonemas com grafemas, para codificar ou para decodificar [...]. Ninguém aprende a ler e escrever se não aprender relações entre fonemas e grafemas, para codificar e decodificar. Isso é a parte específica do processo de aprender a ler e a escrever. Linguisticamente, ler e escrever é aprender a codificar e decodificar (SOARES, 2003, p.15, 17). Portanto, é indispensável o foco do(a) professor(a) nas especificidades da apropriação do sistema alfabético como: [...] consciência fonológica e fonêmica, identificação das relações fonema-grafema, habilidades de codificação e decodificação da língua escrita, conhecimento e reconhecimento dos processos de tradução da forma sonora da fala para a forma gráfica da escrita (SOARES, 2003, p. 13). A autora chama a atenção, ainda, ao fato de que aprender a ler e a escrever “envolve, também, aprender a segurar num lápis, aprender que se escreve de cima para baixo e da esquerda para direita; enfim, envolve uma série de aspectos técnicos” (SOARES, 2003, P.15 e 17). E ressalta que é ilusão pensar que a criança, ou qualquer pessoa, aprende a ler e escrever apenas codificando e decodificando, decorando e/ou simplesmente copiando letras: Sem dúvida, a alfabetização é um processo de representação de fonemas em grafemas, e vice-versa, mas é também um processo de compreensão/expressão de significados por meio do código escrito. Não se consideraria “alfabetizada” uma pessoa que fosse apenas capaz de decodificar símbolos visuais em símbolos sonoros, ”lendo”, por exemplo, sílabas ou palavras isoladas, como também não se consideraria “alfabetizada” uma pessoa incapaz de, por exemplo, usar adequadamente o sistema ortográfico de sua língua, ao expressar-se por escrito (SOARES, 2003a, p.16). Artur Moraes nos diz que o aprendiz precisa compreender como o sistema de escrita funciona, precisa descobrir os “segredos” do sistema alfabético em reflexão metalinguística: o que a escrita representa e como a escrita representa. Vamos ler em reflexão, a sua citação: Qualquer aprendiz de uma escrita alfabética, criança ou adulto, para aprender as convenções daquele sistema (aí incluídas as relações letra-som), precisará dar conta de uma tarefa conceitual: compreender como o sistema funciona. Isto pressupõe Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 15 08/01/2020 11:00:28 16 • Programa Alfabetizar pra Valer • PAV desvendar dois enigmas básicos: descobrir o que a escrita nota (ou representa) e descobrir como a escrita cria essas notações. Para chegar a compreender que o que a escrita alfabética nota são os sons das palavras orais e que o faz considerando segmentos sonoros menores que a sílaba, o indivíduo, necessariamente, precisará desenvolver suas habilidades de análise fonológica. Para aprender como o sistema alfabético funciona é preciso olhar para o interior destes, é preciso dissecar as palavras que os constituem. Dito de forma mais precisa, é preciso exercer uma reflexão metalinguística, em especial aquela modalidade que observa os segmentos sonoros das palavras (MORAES, 2004, p. 26). Os professores precisam entender, didaticamente, como os alunos podem desvendar esses dois enigmas para compreender como o sistema de escrita alfabética funciona: • ENIGMA I - desvendar, dissecando as palavras em reflexão metalinguística, que a escrita representa os sons da fala: as letras/grafemas sonorizam-se em fonemas. Dizendo de outra forma: as letras/grafemas são signos gráficos, mas são lidas como signos sonoros. As letras são sonorizadas como notas musicais. • ENIGMA II - desvendar, dissecando as palavras em reflexão metalinguística, como as letras/grafemas organizam-se nas palavras para representar os sons da fala/fonemas. É importante lembrar que para Artur Moraes, Ana Teberosky e Nuria Ribera (2010) o termo “metalinguístico” e a partícula “meta” significam o conhecimento do sujeito sobre seu próprio conhecimento que, neste caso, se denomina consciência metalinguística: [...] A consciência metalinguística abarca uma série de níveis, segundo as unidades linguísticas sobre as quais o sujeito opera sua reflexão: fonêmicas, fonológicas, morfológicas, sintáticas ou pragmáticas (2010, p. 53-54). Esses pesquisadores esclarecem, ainda, que a Psicolinguística emprega o termo metalinguística em dois sentidos: o restrito, que significa a capacidade da linguagem para falar da linguagem, e o sentido amplo, que significa a capacidade reflexiva de examinar a linguagem. Entendemos, então, que para a apropriação e compreensão do sistema alfabético é crucial propor para os aprendizes atividades estruturantes que provoquem reflexão metalinguística, para que o aluno possa pensar e entender o que a escrita representa e como a escrita representa. Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 16 08/01/2020 11:00:28 PAV • 17 ATIVIDADES ESTRUTURANTES Artur Moraes nos diz: é fundamental a criança compreender como o sistema de escrita alfabética funciona; para compreender como o sistema funciona é preciso desvendar os dois “enigmas” (o que a escrita representa e como representa). Ou seja, o professor (a) precisa propor situações didáticas que façam os alunos descobrirem esses enigmas. Situações didáticas que os levem a pensar, em reflexão metalinguística, que a escrita representa os sons da fala e as letras se organizam para representar os sons da fala. Mas, como desenhar/elaborar essas situações didáticas para o aluno? Após muitas reflexões teóricas, denominei de atividades estruturantes as situações didáticas que, em reflexão metalinguística das unidades linguísticas, possibilitam o aprendiz compreender como o sistema de escrita alfabética é/foi organizado. Classifiquei as atividades estruturantes em dois grupos: atividades de análise fonológica e atividades de análise estrutural. Atividades estruturantes de análise fonológica para que o aprendiz compreenda que a escrita representa os “sons abstratos” das palavras. Relembrando o que diz Moraes (2004): Para chegar a compreender que o que a escrita alfabética nota são os sons das palavras orais e que o faz considerando segmentos sonoros menores que a sílaba, o indivíduo, necessariamente, precisará desenvolver suas habilidades de análise fonológica (p. 26). Atividades estruturantes de análise estrutural para que o aprendiz compreenda como a escrita é/foi organizada (a estrutura lógica da escrita alfabética). Relembrando o que diz Moraes (2004): Para aprender como o sistema alfabético funciona é preciso olhar para o interior destes, é preciso dissecar as palavras que os constituem. Dito de forma mais precisa, é preciso exercer uma reflexão metalinguística, em especial aquela modalidade que observa os segmentos sonoros das palavras (p. 26). Como estratégia didática, as atividades estruturantes impulsionam o pensamento/ compreensão da estrutura lógica do SEA. Entendendo que a estrutura de correspondência, classe e ordem é a estrutura-lógica-base da organização das palavras no sistema de escrita alfabética (SEA) da Língua Portuguesa. Acredito que identificando linguisticamente; correspondendo linguisticamente; classificando linguisticamente; ordenando linguisticamente; contando linguisticamente; compondo e decompondo linguisticamente; acrescentando e retirando linguisticamente, as atividades estruturantes - de análise fonológica e análise estrutural - impulsionam o aluno, em reflexão metalinguísticadas unidades linguísticas, compreender o sistema de escrita alfabética: o que a escrita representa e como representa. Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 17 08/01/2020 11:00:29 18 • Programa Alfabetizar pra Valer • PAV Ou seja, compreender que as letras/grafemas correspondem, de forma abstrata, aos sons da fala, letras/fonemas. E que as letras>grafemas>fonemas precisam ser organizadas em um conjunto/classe em determinada ordem. Eis o segredo dos dois enigmas: dissecando as letras/sílabas, as sílabas/letras das palavras, em reflexão metalinguística, o aluno descobre que a escrita representa os sons da fala; dissecando as letras/sílabas, as sílabas/letras das palavras, em reflexão metalinguística, descobre como as letras/grafemas organizam-se nas palavras para representar os sons da fala/fonemas. Concluindo: as atividades estruturantes potencializam a especificidade da alfabetização ao provocar a construção/desconstrução conceitual do aluno sobre os detalhes da lógica do sistema de escrita alfabética. Mas é preciso lembrar que as atividades estruturantes provocam a compreensão do sistema de escrita alfabética (especificidade da alfabetização), mas são as atividades de letramento, como atividades alimentadoras, que dão o suporte para essa compreensão-aprendizagem. ATIVIDADES ALIMENTADORAS [...] a alfabetização se desenvolve no contexto de e por meio de práticas sociais de leitura e escrita, isto é, através de atividades de letramento [...] (SOARES, 2003c, p. 9-13). Concebendo alfabetização-e-letramento de modo indissociável, penso o letramento como atividade alimentadora, isto é, como situações didáticas que “alimentam” as atividades estruturantes: as atividades estruturantes só podem impulsionar a aprendizagem dos alunos com a inserção e uso do aprendiz na cultura letrada. Magda Soares (2003c, p. 9-13) lembra que o letramento: “só pode desenvolver-se no contexto da e por meio da aprendizagem das relações fonema-grafema, isto é, em dependência da alfabetização”. E explica a interdependênciada da alfabetização com o letramento e vice-versa: [...] “porque não só o processo de alfabetização, embora distinto e específico, altera-se e reconfigura-se no quadro do conceito de letramento, como também este é dependente daquele” (SOARES, 2003, p. 90). Confirmando mais uma vez que o desenho didático desta proposta propõe alfabetizar na indissociabilidade do letramento: o letramento como mergulho das crianças na cultura escrita, nas práticas socioculturais de oralidade, leitura e escrita. Com essa intensão, asseguramos, na rotina didática desta proposta as práticas de oralidade, leitura e escrita. Angela Kleiman (1995) nos aponta o letramento como um conjunto de práticas sociais que usam a escrita enquanto sistemas simbólicos e enquanto tecnologia em contextos específicos e Magda Soares como “condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que usam a escrita” (SOARES, 1998, p. 47). Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 18 08/01/2020 11:00:29 PAV • 19 II. NOSSA LÍNGUA PORTUGUESA A língua é um sistema que tem como centro a interação verbal, que se faz através de textos ou discursos, falados ou escritos. Isso significa que esse sistema depende da interlocução (inter+ locução = ação linguística) entre sujeitos (PRÓ-LETRAMENTO, 2008, p. 9) Em seu livro “Aprender a escrita, aprender com a escrita”, Cecília Goulart e Victoria Wilson (2013) mostraram, a partir de uma pesquisa, que as crianças na escola, no processo de aprender a escrever, arregimentam os conhecimentos que possuem, de variadas naturezas semióticas, para dar conta das demandas da escrita de palavras, frases e textos. Que relações podemos estabelecer entre a concepção de linguagem e os processos de alfabetização? Que tipo de reflexão as crianças realizam no processo de aprender a modalidade escrita da linguagem verbal? Consideramos simplista a ideia que as crianças aprendem a escrever seguindo os caminhos que levaram a criação do princípio alfabético da escrita, a relação entre fonemas e letra e a explicitação de conhecimentos como a distinção entre vogais e consoantes, de unidades linguísticas como a sílaba e seus diferentes padrões, e a formação de palavras, sem que com isso neguemos a importância de tais conteúdos para a aprendizagem da leitura e escrita (Goulart e Wilson, 2013, p. 22). João Wanderley Geraldi, em seu livro “Portos de passagem” (1993), mostra esse paradoxo da nossa língua: Partindo da concepção da língua escrita como sistema formal (de regras, convenções e normas de funcionamento) que se legitima pela possibilidade de uso efetivo nas mais diversas situações e para diferentes fins, somos levados a admitir o paradoxo inerente à própria língua: por um lado, uma estrutura suficientemente fechada que não admite transgressões sob pena de perder a dupla condição de inteligibilidade e comunicação; por outro, um recurso suficientemente aberto que permite dizer tudo, isto é, um sistema permanentemente disponível ao poder humano de criação (GERALDI, 1993). Acreditamos que para alfabetizar e letrar, temos, necessariamente, de recorrer aos estudos da Linguística como a ciência da língua. Pensando na complexidade e abrangência da Linguística em sua dimensão: fonética, fonológica, morfológica, sintaxe, semântica, análise do discurso, pragmática, sociolinguística e/ou psicolinguística, elegemos, para nos guiar teoricamente nesta proposta, a dimensão dialógica da linguagem de Mikhail Bakhtin Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 19 08/01/2020 11:00:29 20 • Programa Alfabetizar pra Valer • PAV (sociolinguística) e a psicogênese da língua escrita de Emilia Ferreiro e Ana Teberosky (psicolinguística) por nos esclarecerem pontos que consideramos fundamentais na apropriação do sistema de escrita alfabética na perspectiva do letramento. DIMENSÃO DIALÓGICA DA LINGUAGEM: A LINGUAGEM COMO PRÁTICA DIALÓGICA DE LINGUAGENS HUMANAS Bakhtin (2010) afirma que a estrutura formal da língua, por si só, não dá conta da linguagem como prática social de linguagens humanas. Reconhece que as regras da língua existem e que as relações lógicas da língua são presentes e necessárias, mas seu domínio é limitado, pois os aspectos linguísticos dos enunciados não se restringem apenas às relações lógicas da língua. Concebendo a Linguística como fenômeno social, Bakhtin destaca a ação da linguagem sobre os sujeitos e a ação destes sobre a linguagem e defende a língua como interação verbal dos atos de fala, cujo fundamento é o caráter dialógico. Para ele, todo enunciado é dialógico, e toda relação dialógica é uma relação de sentidos, assim fazendo-se necessários o código e o sentido. Em seu livro “A estética da criação verbal” Bakhtin (2010) nos diz: [...] “Os sentidos e as formas da linguagem se constroem nos espaços da fala, da enunciação” [...] “A linguagem é um fenômeno social e dialógico”. [...] “Onde não há palavra não há linguagem e não pode haver relações dialógicas” [...] “A palavra, em geral qualquer signo, é interindividual” [...] “A palavra não pode ser entregue apenas ao falante” [...] “A relação com o sentido do texto é sempre dialógica”. [...] “A própria compreensão do texto é sempre dialógica” [...] “As relações dialógicas são bem mais amplas que o discurso no sentido restrito” [...] “Tudo o que é dito, o que é expresso se encontra fora da “alma” do falante, não pertence apenas a ele” [...] “A compreensão responsiva do conjunto discursivo é sempre de índole dialógica” [...] “A palavra migrando de emissor para emissor, justapondo-se às suas palavras, fundindo- se num só enunciado em uma multiplicidade de vozes no grande arranjo polifônico” [...] “O enunciado como um conjunto de sentidos” [...] “O enunciado pleno já não é uma unidade da língua, nem uma unidade do fluxo da língua ou cadeia de fala. Mas uma unidade da comunicação discursiva, que não tem significado, mas sentido. Isto é, um sentido pleno, relacionadocom o valor e requer uma compreensão responsiva que inclui em si o juízo de valor”. Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 20 08/01/2020 11:00:29 PAV • 21 Solange Jobim Souza (1994) ilustra o que Bakhtin quer dizer, utilizando diálogos de Lewis Carrol em Alice no País das Maravilhas: [...] — Quando uso uma palavra, ela significa exatamente o que quero que ela signifique..., disse Humpty Dummpty. [...] — A questão, disse Alice, é que você pode fazer as palavras significarem tantas coisas diferentes... [...] — A questão, disse Humpty Dummpty, é saber qual o significado mais importante, isto é, tudo... o sentido é tudo. [...] — Eu sempre digo o que penso... Ou, pelo menos, penso o que digo... É a mesma coisa, vocês sabem..., disse Alice. [...] —Não é a mesma coisa, de modo nenhum! Se fosse assim “gosto de tudo que tenho” seria a mesma coisa de “tenho tudo de que gosto”; e o Rato concluiu — “respiro quando durmo” seria a mesma coisa de “durmo quando respiro” (CARROL, 1975, p. 274). Fica evidente que a apropriação da estrutura formal da língua, por si só, não é suficiente, precisamos compreender a linguagem integrada à semiologia, ao tratamento simbólico e ideológico. Bakhtin confirma-nos que alfabetizar não é apenas se apropriar do sistema de escrita alfabética, codificar e decodificar. Alfabetizar letrando como prática social de linguagens humanas, para nós, faz toda a diferença, faz todo o sentido. PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA A psicogênese da língua escrita, como pressuposto teórico, explica o caminho que as pessoas percorrem na apropriação da língua escrita. As pesquisas de Emilia Ferreiro e Ana Teberosky sobre psicogênese da língua escrita foram amplamente divulgadas no livro “Psicogênese da língua escrita” (1986). Esses estudos mostraram que o aprendiz, até apropriar- se do sistema alfabético, formula várias hipóteses sobre a escrita. Ferreiro (2002, p. 36) concluiu que a criança procura ativamente compreender as peculiaridades da linguagem oral e escrita e, tentando compreendê-la, reflete e formula hipóteses/suposições. Assim, “reinventa” o sistema alfabético ao elaborar conhecimentos sobre leitura e escrita. Minha função como investigadora tem sido mostrar e demonstrar que as crianças pensam a propósito da escrita, e que seu pensamento tem interesse, coerência, validez e extraordinário potencial educativo. Temos de escutá-las. Temos de ser capazes de escutá-las desde os primeiros balbucios escritos, contemporâneos de seus primeiros desenhos. Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 21 08/01/2020 11:00:29 22 • Programa Alfabetizar pra Valer • PAV As pesquisas de Ferreiro e Teberosky continuam importantes para o(a) professor(a) compreender e interpretar o quê e como as crianças pensam sobre a escrita. A psicogênese da escrita oferece pistas para a ação didática do professor ao mostrar teoricamente que alfabetizar é um processo de construção conceitual que se desenvolve, simultaneamente, dentro e fora da sala de aula e que o aprendizado do sistema de escrita não se reduz à codificação e à decodificação da relação grafema-fonema. III. DESENHO DIDÁTICO DA PROPOSTA DIDÁTICA PARA ALFABETIZAR LETRANDO - PDAL O desenho didático desta Proposta Didática para Alfabetizar Letrando – PDAL expõe, de forma explícita e implícita, como o (a) professor (a) pode alfabetizar-letrando na complexa relação teoria-em-prática. Ou seja, uma didática-práxis, com situações-sequências-projetos- didáticos para o(a) professor(a), em contexto de formação, aprender-refletindo e alfabetizar- letrando seus alunos. Uma proposta didática interativa, conectada, interligada (professor- situações didáticas-aprendiz). O esquema didático aponta a base teórica e prática da nossa proposta: alfabetização na indissociabilidade do letramento. Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 22 08/01/2020 11:00:29 PAV • 23 ROTINA DIDÁTICA Tendo como base esse esquema didático, mapeamos uma rotina didática como contexto de ensino, possibilitando o(a) professor(a) refletir na sua prática a teoria-em-prática-de- ensino. Ressaltamos que a organização dessa rotina não é para condicionar os professores e/ ou desrespeitar a sua autonomia. O objetivo desta rotina é a organização das situações didáticas em três tempos básicos - tempo de ler para gostar de ler, tempo de leitura e oralidade e tempo de apropriação da escrita - para assegurar a alfabetização na indissociabilidade do letramento, ou seja, alfabetizar nas práticas socioculturais de oralidade, leitura e escrita. E também controlar os objetivos de aprendizagens. TEMPO DE LER PARA GOSTAR DE LER Esse momento da rotina, como o próprio nome expressa, é para a criança ler e gostar de ler. O principal objetivo desse momento é ler com/por prazer. Acreditamos que a finalidade do letramento, na escola, é possibilitar aos aprendizes práticas de leitura com sentido, significado, ludicidade e muita imaginação, respeitando o devir criança, o devir infância. A inserção das crianças, como leitoras, na cultura escrita exige a mediação e a intencionalidade didática do(a) professor(a), como, por exemplo, proporcionar a interação constante e significativa dos alunos com os diferentes suportes e gêneros textuais nas práticas de leitura. Para tanto, é preciso que o(a) professor(a), como mediador(a) e responsável por esse momento, de modo intencional, insira a criança na cultura letrada, o que não significa apenas disponibilizar livros e revistas na sala, não é apenas ter o “cantinho da leitura” ou o “baú dos livros”. O tempo de ler para gostar de ler é para proporcionar a leitura para as crianças como prática social no cotidiano da sala de aula: leituras significativas dos livros de literatura infantil, jornais, revistas, revistas em quadrinhos (HQ) e outros suportes de textos. Sugerimos que nesse momento sejam usados os livros da biblioteca, além de outros acervos de literatura que chegam para a escola. É importante ficar claro que esse não é o momento para avaliar como o aluno está lendo. Respeitando a liberdade deste tempo, ele não está presente nas atividades didáticas da Revista Vamos Passear na Escrita. Mas, é importante que o(a) professor(a) planeje e organize esse tempo de forma autônoma e criativa. Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 23 08/01/2020 11:00:29 24 • Programa Alfabetizar pra Valer • PAV TEMPO DE LEITURA E ORALIDADE O principal objetivo desse momento didático é a oralidade e a aquisição da leitura, ambos com compreensão: a compreensão do que se lê e do que se fala; a produção oral de textos; a relação do texto escrito com a oralidade; o desenvolvimento da consciência fonológica; a pronúncia das palavras; a reflexão do vocabulário; a apropriação e o reconhecimento de diferentes gêneros textuais. É o momento do diálogo, da “roda de conversa”, do discurso oral. Esse tempo está contemplado nas situações didáticas da Revista Vamos Passear na Escrita com proposta de atividades estruturantes e alimentadoras. Objetivos de Aprendizagens – Leitura • Ler e compreender textos não verbais. • Ler e compreender textos verbais de diferentes gêneros e em diferentes suportes. • Compreender textos lidos por outras pessoas com diferentes propósitos. • Antecipar sentidos e ativar conhecimentos prévios relativos aos textos de diferentes gêneros, lidos pelo professor ou outro leitor experiente. • Reconhecer a finalidade de textos lidos pelo professor ou outro leitor experiente. • Localizar informações explícitas em textos de diferentes gêneros e temáticas, lidos com autonomia. • Realizar inferências em textos de diferentes gêneros e temáticas, lidos com autonomia. • Apreender assuntos/temas de textos. • Interpretar frases e expressões em textos de diferentes gêneros. • Estabelecer relações de intertextualidade entre textos. • Estabelecer relações entre textos verbais e não verbais, construindo sentidos. • Estabelecer relações lógicas entre partes de textos. • Pesquisar no dicionário os significados de palavras e a acepção maisadequada ao contexto em uso. Objetivos de Aprendizagens - Oralidade • Participar de interações orais em sala de aula, questionando, sugerindo, argumentando e respeitando os turnos de fala. • Reconhecer a diversidade linguística, valorizando as diferenças culturais entre variantes regionais, sociais, de faixa etária, de gênero dentre outas. • Participar da produção oral dos colegas de forma atenta e respeitosa. • Planejar e produzir texto oral adequado à situação de comunicação. Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 24 08/01/2020 11:00:29 PAV • 25 • Valorizar textos de tradição oral, reconhecendo-os como manifestações culturais. • Usar adequadamente recursos corporais para potencializar a comunicação. • Relacionar fala e escrita, tendo em vista a apropriação do sistema de escrita, as variantes linguísticas e os diferentes gêneros textuais. III. TEMPO DE ESCRITA O principal objetivo desse momento didático é a apropriação da linguagem escrita e do escrito: produção de escritas, textos escritos; compreensão do que se escreve; relação do texto escrito com a leitura; a reflexão do escrito e reescrita; escrita de diferentes gêneros textuais. Esse tempo está contemplado nas situações didáticas da Revista Vamos Passear na Escrita com proposta de atividades estruturantes e alimentadoras. Os objetivos de aprendizagem das situações didáticas propostas no tempo de escrita tem como respaldo curricular: os direitos de aprendizagens do PNAIC/MEC e o Currículo de Sergipe (1° e 2° ano). Objetivos de Aprendizagens - Produção Textual • Planejar a escrita de textos considerando as condições de produção: organizar roteiros, planos gerais para atender as diferentes finalidades, com a ajuda de um escriba. • Produzir textos de diferentes gêneros, atendendo a diferentes finalidades, por meio de um escriba. • Produzir textos de diferentes gêneros, atendendo a diferentes finalidades, com autonomia. • Gerar e organizar o conteúdo textual, estruturando os períodos e utilizando elementos coesivos para articular fatos e ideias. • Organizar o texto, dividindo-o em tópicos e parágrafos. • Pontuar os textos, favorecendo a compreensão. • Revisar coletivamente os textos durante o processo de escrita em que o professor é escriba. • Revisar autonomamente os textos durante o processo de escrita. • Reescrever textos. Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 25 08/01/2020 11:00:29 26 • Programa Alfabetizar pra Valer • PAV Objetivos de Aprendizagens - Análise Linguística: Discursividade, Textualidade e Normatividade • Adequar o texto ao contexto (interlocutor, formalidade do contexto). • Usar diferentes suportes textuais. • Reconhecer diferentes gêneros textuais. • Conhecer e usar palavras e expressões que estabelecem a coesão (progressão de tempo, marcação de espaço e relações de causalidades). • Conhecer e usar palavras ou expressões que retomem coesivamente o que já foi escrito (pronomes pessoais, sinônimos). • Conhecer e usar adequadamente concordância verbal e nominal. • Conhecer e fazer uso das grafias de palavras regulares diretas entre grafemas e fonemas (P, B, T, D, F, V). • Conhecer e fazer uso das grafias de palavras com correspondências regulares contextuais entre letras ou grupos de letras e seu valor sonoro (C/QU; G/GU; R/RR; SA/SO/SU em início de palavras; • JÁ/JO/JU; Z inicial; O ou U/E ou I em sílaba final; M e N nasalizando final de sílaba; NH; Ã e ÃO em final de substantivos e adjetivos. • Conhecer e fazer uso de palavras com correspondências irregulares, mas de uso frequente. • Usar dicionário, compreendendo sua função e organização. • Identificar e fazer uso de letra maiúscula e minúscula nos textos produzidos, segundo as convenções. • Pontuar textos. • Reconhecer diferentes variantes de registro de acordo com os gêneros e situações de uso. • Segmentar palavras em textos. Objetivos de Aprendizagens - Apropriação do Sistema de Escrita Alfabética (SEA) • Identificar e escrever palavras. • Reconhecer diferentes tipos de letras em textos de diferentes gêneros e suportes. • Uso de diferentes tipos de letras em situações de escrita de palavras e textos • Compreender que palavras diferentes compartilham certas letras. • Compreender que palavras diferentes variam quanto ao número, repertório e ordem das letras. • Segmentar oralmente as sílabas de palavras. • Identificar e compreender palavras: monossílabas, dissílabas, trissílabas e polissílabas. Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 26 08/01/2020 11:00:29 PAV • 27 • Identificar semelhanças sonoras em sílabas e em rimas. • Reconhecer que as sílabas variam quanto às suas composições. • Perceber que as vogais estão presentes em todas as sílabas. • Ler, ajustando a pauta sonora ao escrito. • Ler palavras e textos. • Escrever palavras e textos. • Copiar palavras e textos. IV. MATERIAIS DIDÁTICOS É importante lembrar que o objetivo do Pacto Sergipano pela Alfabetização da Idade Certa é “apoiar as professoras alfabetizadoras no planejamento das aulas e no uso articulado dos materiais e das referências curriculares e pedagógicas dos eixos da alfabetização através de ações que estimulam a ação reflexiva do professor sobre o tempo e o espaço escolares”. Os materiais didáticos desta proposta são contextos de aprendizagem (alfabetização e o letramento) do aluno e contexto/conteúdo de aprendizagem do professor, material da sua formação na reflexão da sua prática: a partir da ação didática, sobre a ação didática e para a continuidade da ação didática. Isto é, esse material didático é contexto de ensino e de formação do professor(a). MATERIAIS DIDÁTICOS DOS ALUNOS 1. LIVRO DE LITERATURA - PARECE... MAS NÃO É O livro Parece... mas não é, livro de literatura infantil, tem como objetivo o letramento e a aprendizagem da leitura na diversidade de gêneros textuais. Esse título Parece... mas não é, é lúdico, brincante, “crianceiro”. Os animais foram escolhidos como personagens principais e como temática para encantar as crianças. Em geral, em qualquer lugar e em qualquer cultura, crianças e adultos gostam muito de animais e têm curiosidade de conhecê-los. Em especial, o lobo, imaginário e real, foi escolhido como personagem central deste livro. Por que escolhi o lobo? Esta pergunta me foi feita várias vezes e a resposta pode ser encontrada no livro de Clarissa Pinkola Estés (Mulheres Que Correm com os Lobos). Professoras e professores têm as características especiais dos lobos: gregários, curiosos e intuitivos. Possuem percepção aguçada, espírito brincalhão e adaptam-se às circunstâncias em constante mutação com determinação feroz e extrema coragem, pois são dotados de grande resistência e força. O lobo simboliza a força e coragem de vocês, professoras e professores alfabetizadores(as). Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 27 08/01/2020 11:00:30 28 • Programa Alfabetização pra Valer • PAV TEXTOS DO LIVRO PARECE... MAS NÃO É 1. PARECE... MAS NÃO É: texto composto de pequenas frases, falando de animais que se parecem. 2. CURIOSIDADES DO MUNDO ANIMAL DE A a Z: texto informativo sobre animais selvagens cujos nomes vão de A a Z. 3. VAMOS PASSEAR NO BOSQUE: texto de uma brincadeira popular de domínio público muito conhecida em todo o Brasil. 4. O LOBO E OS SETE CABRITINHOS: conto tradicional. 5. OS TRÊS PORQUINHOS: conto tradicional. 6. CHAPEUZINHO VERMELHO: conto tradicional. 7. OVELHINHA VERMELHA: reconto do conto tradicional Chapeuzinho Vermelho. 8. LOBISOMEM: lenda. 9. O LOBO E O CORDEIRO: fábula. 10. LOBOS DE VERDADE: texto informativo. 11. LOBO-GUARÁ: texto informativo. 12. FAMÍLIA DOS LOBOS: texto informativo. 2. REVISTA VAMOS PASSEAR NA ESCRITA Na Revista Vamos Passear Na Escrita estão as situações didáticas (atividades estruturantes de análise fonológica e estrutural e atividades alimentadoras) como atividades de apropriação da escrita na indissociabilidade do letramento, estruturadas, didaticamente, em cinco eixos (apropriação do sistema de escrita alfabética; oralidade, leitura;produção textual; análise linguística: discursividade, textualidade e normatividade) que asseguram os objetivos de aprendizagem do tempo de oralidade, leitura e escrita. Organizamos, então, as situações didáticas em três ícones: lendo e compreendendo, aquisição da escrita e escrevendo do seu jeito: • Lendo e Compreendendo - as situações didáticas desse ícone têm como objetivo principal a leitura com compreensão e o letramento; Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 28 08/01/2020 11:00:30 PAV • 29 • Apropriação da Escrita - as situações didáticas desse ícone têm como objetivo principal as especificidades da apropriação do sistema de escrita alfabética, levando o aluno a compreender o quê e como a escrita representa. Ou seja, são atividades estruturantes em reflexão metalinguística. O foco dessas atividades estruturantes é a análise estrutural e fonológica das unidades linguísticas. • Escrevendo do Seu Jeito - as situações didáticas desse ícone têm como objetivo principal a escrita espontânea do aluno para que o(a) professor(a) possa compreender/avaliar as suas hipóteses sobre a escrita para poder intervir de modo didático para que o aluno avance na apropriação da escrita. Deixamos claro que a escrita espontânea do aluno é também atividade de aquisição da escrita. ATENÇÃO • Dividimos a Revista Vamos Passear Na Escrita em quatro etapas, uma etapa por bimestre. • Cada etapa é dividida em dois meses. • Cada etapa tem objetivos de aprendizagens/objetivos didáticos e conteúdos distintos. • Em cada etapa são propostas situações didáticas (projetos e sequências didáticas) com o objetivo de apropriação SEA na perspectiva do letramento. • As situações didáticas foram organizadas com foco na interdisciplinaridade, ludicidade e criatividade da criança. 3. JOGOS DIDÁTICOS JOGO DAS CARTELAS O jogo das cartelas consta de perguntas estruturantes de análise estrutural e análise fonológica para a criança, de forma lúdica, dissecar palavras em reflexões metalinguísticas: análise estrutural para a compreensão da organização, composição e ordem das letras nas Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 29 08/01/2020 11:00:32 30 • Programa Alfabetizar pra Valer • PAV palavras - como a escrita nota; análise fonológica para a compreensão da correspondência grafema/fonema (letra/som) – como a escrita representa a sonoridade da fala. As palavras usadas no jogo das cartelas são palavras-referências dos textos da Revista Vamos Passear na Escrita.: CARTELA 1 – jogo de análise estrutural das palavras: identificar a primeira e a última letra da palavra; identificar quantas letras formam a palavra. CARTELA 2 – jogo de análise estrutural das palavras: identificar se a palavra é “grande” ou “pequena”; identificar se a palavra tem “muitas” ou “poucas” letras; identificar quantas letras a palavra tem ao todo. CARTELA 3 – jogo de análise estrutural das palavras: identificar o número de letras da palavra (quantas letras tem); identificar quais são as letras da palavra; identificar quais letras estão repetidas e quais letras não estão repetidas na palavra. CARTELA 4 – jogo de análise fonológica e estrutural das palavras: identificar o número de vezes que “se abre a boca” para falar a palavra e comparar com o número de letras da palavra; identificar quais são as vogais e consoantes da palavra. CARTELA 5 – jogo de análise fonológica e estrutural das palavras: identificar o número de vezes que “se abre a boca” para falar a palavra e comparar com o número de sílabas e o número de letras da palavra. CARTELA 6 – jogo de análise fonológica e estrutural das palavras: identificar palavras “grandes” e “pequenas” (hipótese do realismo nominal); identificar o tamanho da palavra com o número de vezes que se “abre a boca” para pronunciá-la e com o número de sílabas. CARTELA 7 – jogo de análise fonológica da palavra: identificar o número de vezes que se “abre a boca” para falar a palavra, relacionando com o número de sílabas da palavra; identificar a primeira e a última sílaba da palavra. CARTELA 8 – jogo de análise fonológica: identificar o número de vezes que se “abre a boca” para falar a palavra, comparando com o número de sílabas da palavra; identificar as sílabas da palavra. CARTELA DO ALFABETO O objetivo didático das cartelas do alfabeto é identificar as letras do alfabeto como signo gráfico da escrita alfabética. É também identificar as formas das letras (topologia), corresponder o nome da letra à forma, memorizar as letras e a sequência do alfabeto e de forma lúdica criar jogos com as letras (ver sugestão de jogos com letras na primeira etapa). Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 30 08/01/2020 11:00:32 PAV • 31 JOGO DAS FICHAS O objetivo didático do Jogo das Fichas é desenvolver, de forma lúdica, a o construto da lógica e infralógica do SEA: ordem, classe, correspondência, espaço topológico contínuo e descontínuo. • 23 fichas gravura–palavra–primeira letra - correspondência símbolo x signo (Palavras- -referência: nomes de animais de A-Z); • 23 fichas gravura–palavra–primeira letra - correspondência símbolo x signo (Palavras- -referência: nomes de animais que se parecem); • 9 fichas gravura-texto correspondência símbolo x signo (Palavras-referência: Vamos pas- sear no bosque); • 9 fichas gravura-palavra - correspondência símbolo x signo (Palavras-referência: Vamos passear no bosque); • 9 fichas gravura-palavra-primeira letra - correspondência símbolo x signo (Palavras-refe- rência: Vamos passear no bosque); • 9 fichas palavra-primeira letra (Palavras-referência: Vamos passear no bosque); • 9 fichas palavra-primeira sílaba (Palavras-referência: Vamos passear no bosque); • 9 fichas palavra-última sílaba (Palavras-referência: Vamos passear no bosque); • 6 fichas gravura-títulos (Palavras-referência: contos, lenda e fábula) com letra maiúscula; • 6 fichas gravura-títulos (Palavras-referência: dos contos, lenda e fábula) com letra cursiva; • 3 fichas gravura-palavra (Palavras-referência: nomes dos três porquinhos) com letra maiúscula; • 3 fichas gravura-palavra (Palavras-referência: nomes dos três porquinhos) com letra cursiva; • 7 fichas gravura-palavra (Palavras-referência: nome dos animais da família dos lobos) com letra cursiva; • 10 fichas - Palavras-referência: título e texto do Lobo-guará; • 6 fichas com a gravura dos animais da família dos lobos. • Fichinhas de animais de A a Z –- correspondência símbolo x signo (gravura-nome- -primeira letra); • Fichinhas de animais que se parecem - correspondência símbolo x signo (gravura-nome- -primeira letra); • Fichinhas de animais de A a Z - correspondência símbolo x signo (gravura animais-letras); • Letras móveis (alfabeto maiúsculo-minúsculo); • Fichinhas de nomes dos animais de A a Z; • Fichinhas de nomes dos animais (Parece... mas não é); • Fichinhas de numerais; • Fichinhas de códigos: pequeno/grande-poucas/muitas; • Fichinhas de boquinhas. Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 31 08/01/2020 11:00:32 32 • Programa Alfabetizar pra Valer • PAV MATERIAIS DIDÁTICOS DO PROFESSOR 1. Propostas Didáticas para Alfabetizar Letrando (PDAL) 2. Material de formação do Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa (PNAIC/ MEC) 3. Cartazes Didáticos: CARTAZ 1 - ALFABETO LETRA DE IMPRENSA MAIÚSCULA CARTAZ 2 - TECLADO COM O ALFABETO CARTAZ 3 - ANIMAIS DE A a Z CARTAZ 4 - ANIMAIS QUE SE PARECEM CARTAZ 5 - A TURMA DO ALFABETIZAR PRA VALER CARTAZ 6 - VAMOS PASSEAR NO BOSQUE CARTAZ 7 - VAMOS PASSEAR NO BOSQUE (CONTINUAÇÃO) CARTAZ 8 - O LOBO E OS SETE CABRITINHOS CARTAZ 9 - OS TRÊS PORQUINHOS CARTAZ 10 - CHAPEUZINHO VERMELHO CARTAZ 11 - OVELHINHA VERMELHA CARTAZ 12 - LOBISOMEM CARTAZ 13 - O LOBO E O CORDEIRO CARTAZ 14 - LOBO-GUARÁ CARTAZ 15 - A GAIVOTA CARTAZ 16 - A TATURANA E A TARTARUGA CARTAZ 17 - O SABIÁ CARTAZ 18 - A ARANHA E A RÃ Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 32 08/01/2020 11:00:32 TRAVA-LÍNGUAS E ADIVINHAÇÕES Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 33 08/01/2020 11:00:3234 • Programa Alfabetizar pra Valer • PAV TRAVA-LÍNGUA Professor (a), O objetivo de trabalhar, didaticamente, com trava-língua é o desenvolvimento da consciência fonológica. Apresentamos 26 trava-línguas, de A a Z, para serem explorados durante o ano. Organize na rotina didática o dia em que serão desenvolvidas as atividades de trava-línguas. Sugestões: Convide os alunos para brincar com trava- -línguas de acordo com os comandos. Por exemplo: leia bem rápido, devagar, juntos... Questione: O que vocês perceberam quando leram o texto bem rápido? Faça um coral, jogral, “bandinha”, batucada de trava-línguas. Brinque com os trava-línguas em roda, em ciranda... Antes de começar a atividade, leia em voz alta cada trava-língua para facilitar a memorização. Leia sobre a importância da leitura de memória no Profa. Trabalhe, didaticamente, com os trava-línguas em qualquer ordem, não necessariamente na ordem alfabética. Explore o mesmo trava-língua várias vezes, com outros comandos. SAIBA MAIS LENDO Conceitos de aliteração, consciência fonológica, consciência fonêmica, consciência da palavra e consciência da sílaba nas Reflexões teóricas. A leitura: teoria, avaliação e desenvolvimento, de Felipe Alliende e Mabel Condemarín, 2005. Consciência fonológica em crianças pequenas, de Marilyn Jager Adams et al., 2006. TRAVA-LÍNGUAS DE A a Z A LEIA UMA PALAVRA DE CADA VEZ, BEM DEVAGAR. A MOÇA MÁRCIA AMASSA A MASSA E FAZ COM A MASSA UMA MALASSADA MAL ASSADA. Obs.: professor(a), explore o fonema /s/ e o som da vogal A. B LEIA E BATA PALMA NO INÍCIO DE CADA PALAVRA. VENDEM-SE BARATO: BOTAS, BORDADOS BONITOS, BELAS BONECAS. VENDEM-SE BEM: BOLOS, BOLAS, BISCOITOS, BILROS, BILBOQUÊ. VENDEM-SE BASTANTE: BATON, BATATAS E BARCOS BEM BACANAS. Obs.: professor(a), explore os fonemas /b/ a partir das palavras acima. C LEIA EM DUPLA, BRINQUE COM AS PALAVRAS E DIVIRTA-SE. QUE CANTORIA CANTARÁ A ENCANTADORA CATARINA? CATARINA CANTARÁ UMA CANTORIA, CANTAROLANTE... Obs.: professor(a), explore o fonema /c/ e /k/ a partir das palavras acima. Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 34 08/01/2020 11:00:32 PAV • 35 D LEIA SOZINHO E BRINQUE COM AS PALAVRAS. DEPOIS, LEIA APENAS AS PALAVRAS DESTACADAS. É UM DEDO, É UM DADO, É UM DIA. É UM DIA, É UM DADO, É UM DEDO. É UM DEDO, É UM DIA, É UM DADO. É UM DADO, É UM DEDO, É UM DIA. É UM DIA, É UM DEDO, É UM DADO. Obs.: professor(a), explore o fonema /d/ a partir das palavras acima. E LEIA, MEMORIZE E RECITE. DEPOIS, EM DUPLA, DIGA CINCO PALAVRAS QUE RIMAM COM DOCE. O DOCE PERGUNTOU PRO DOCE QUAL É O DOCE MAIS DOCE QUE O DOCE DE BATATA-DOCE. O DOCE RESPONDEU PRO DOCE QUE O DOCE MAIS DOCE É O DOCE DE BATATA-DOCE. Obs.: professor(a), explore o fonema /c/ e /e/ a partir da palavra doce, chamando a atenção para o som da vogal E. F LEIA BEM RÁPIDO. FEIJÃO, MELÃO, PINHÃO, MAMÃO. MEIJÃO, MALÃO, FEINHÃO, PIMÃO. PEIJÃO, FEILÃO, MANHÃO, MEMÃO. MAJÃO, PILÃO, MENHÃO, FEIMÃO. Obs.: professor(a), explore os fonemas /f/, /m/ e /p/ a partir das palavras acima. G TODA A TURMA LÊ, EM CORO. DEPOIS, COMPLETE COM PALAVRAS QUE RIMEM. PAGA O PATO, DORME O GATO, FOGE O RATO, PAGA O GATO, DORME O RATO, FOGE O PATO, PAGA O RATO, DORME O PATO, FOGE O GATO. PAGA O _________, DORME O _________, FOGE O _________, PAGA O ___________, DORME O________, FOGE O ___________, PAGA O __________, DORME O ________, FOGE O _________. Obs.: professor(a), explore os fonemas /g/, /p/ e /r/ a partir das palavras acima. H LEIA, CANTE E DANCE COM A TURMA. REBOLA-BOLA, VOCÊ DIZ QUE DÁ QUE DÁ, VOCÊ DIZ QUE DÁ NA BOLA NA BOLA VOCÊ NÃO DÁ! Obs.: professor(a), explore a pronúncia, o ritmo e a oralidade a partir das palavras acima. I LEIA BEM RÁPIDO. QUERO QUE VOCÊ ME DIGA SETE VEZES ENCARRILHADO SEM ERRAR, SEM TOMAR FÔLEGO: VACA PRETA, BOI PINTADO. Obs.: professor(a), explore a pronúncia e a oralidade. Depois, brinque com o som da vogal I, O, U, A, E. Exemplo: • QUIRI QUI VICI MI DIGI SITI VIZIS INCIRRILHIDI SIM IRRIR, SIM TIMIR FILIGI: VICI PRITI, BII PINTIDI. • DIGA 7 VEZES: VICI PRITI, BII PINTIDI. Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 35 08/01/2020 11:00:32 36 • Programa Alfabetizar pra Valer • PAV J LEIA BEM RÁPIDO. DEPOIS, LEIA E PINTE APENAS OS SOBRENOMES. BENEDITO BENTO BRITO BRÁS PEDRO PAULO PEREIRA PRADO PEDRO PONTES PEDROSA RAMON RAMOS ROMÃO ROSA ROSÁRIO RESENDE VINÍCIUS VAZ VIEIRA VASCONCELOS JOÃO JORGE JUNQUEIRA JÚNIOR Obs.: professor(a), explore os fonemas /b/, /p/, /r/, /v/ e /j/ a partir das palavras acima. K EM DUPLA, LEIA E CONTE CONTOS. QUANDO CONTAR CONTOS, CONTE QUANTOS CONTOS CONTA. Obs.: professor(a), explore o fonema /k/ a partir das palavras acima. L JUNTO COM OS COLEGAS, LEIA DEVAGAR. LUÍS LIMA LIMEIRA VENDE LUSTROSOS LIMÕES NA FEIRA. LONGAS LÉGUAS DALI LEONARDO LEME FAZ LINDAS LIMONADAS COM OS LIMÕES LUSTROSOS DE LUÍS LIMA LIMEIRA. Obs.: professor(a), explore o fonema /l/ a partir das palavras acima. M LEIA ATENTO E RECITE DE MEMÓRIA. UM NINHO DE MAFAGAFAS TINHA SEIS MAFAGAFINHOS. TINHA TAMBÉM MAGAFAÇAS, MAÇAGAFAS, MAÇAFINHOS, MAFAFAGOS, MAGAÇAFAS, MAÇAFAGAS, MAGAFINHOS. ISSO ALÉM DOS MAGAFAFOS E DOS MAGAFAGAFINHOS. Obs.: professor(a), explore o fonema /m/ a partir das palavras acima. N DIVIRTA-SE, INVENTE SEU TRAVA-LÍNGUA E BRINQUE COM AS PALAVRAS. NAPOLEÃO, NATÁLIA, NATANAEL, NEWTON NUNCA NADARAM NA NATAÇÃO, NADARAM NO MAR. Obs.: professor(a), explore o fonema /n/ a partir das palavras acima. O LEIA E DIVIRTA-SE. DEPOIS, BRINQUE SUBSTITUINDO ALGUMAS PALAVRAS. O RATO NÃO ROEU A ROUPA DO REI DE ROMA. O RATO ROEU O RÓI-RÓI... O RATO É ROEDOR.... RO... RO... RO... Obs.: professor(a), explore os fonemas /r/ e /o/ a partir das palavras acima. P LEIA DEVAGAR E, DEPOIS, RÁPIDO. DESCUBRA E PINTE COM CORES DIFERENTES AS SÍLABAS PA E PRA. UM PAPO DE PATO, UM PRATO DE PRATA. UM PAPO DE PATO, UM PRATO DE PRATA. UM PAPO DE PATO. • LEIA BEM RÁPIDO! PATO, PRATO, PRATA, PAPO DE PATO, PRATO DE PRATA, PAPO DE PATO, PRATO DE PRATA. UM PRATO DE PRATA. Obs.: professor(a), explore o fonema /p/ a partir das palavras acima. Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 36 08/01/2020 11:00:32 PAV • 37 Q LEIA LIGEIRO E BATA PALMAS. QUINZIM VENDE QUEIJO DE QUIXELÔ, QUEIJO DE QUITERIANÓPOLIS, QUEIJO DE QUIXERAMOBIM, QUEIJO DE QUIXADÁ! ÊTA, QUANDO QUEIJO DO CEARÁ!!! FALTOU JAGUARIBE SEU QUINZIM, QUE TEM TANTO QUEIJO LÁ!!! Obs.: professor(a), explore o fonema /k/ a partir das palavras acima. R LEIA RÁPIDO! UM... DOIS... TRÊS... MEIA E JÁ! SE A ARANHA ARRANHA A RÃ, SE A RÃ ARRANHA A ARANHA, COMO A ARANHA ARRANHA A RÃ? COMO A RÃ ARRANHA A ARANHA? -- ARANHA ARRANHA? -- RÃ ARRANHA? -- ARANHA ARRANHA RÃ? -- RÃ ARRANHA ARANHA? Obs.: professor(a), explore o fonema /r/ a partir das palavras acima. S LEIA DEVAGAR. DEPOIS, DESCUBRA QUANTAS VEZES VOCÊ ABRE A BOCA PARA PRONUNCIAR AS PALAVRAS: SABIÁ, SABIA E ASSOBIAR. DEPOIS, PINTE DE CORES DIFERENTES ESSAS PALAVRAS. O SABIÁ NÃO SABIA QUE A SABIÁ SABIA ASSOBIAR. E VOCÊ, SABE ASSOBIAR? — ASSOBIE! EU NÃO SABIA QUE VOCÊ SABIA ASSOBIAR! Obs.: professor(a), explore o fonema /s/ a partir das palavras acima. T LEIA PARA SE DIVERTIR. DEPOIS, DESCUBRA QUANTAS VEZES APARECE A PALAVRA TEMPO E PINTE. DIGA TRÊS PALAVRAS QUE RIMAM COM A PALAVRA TEMPO. O TEMPO PERGUNTOU PRO TEMPO: — QUAL É O TEMPO QUE O TEMPO TEM? O TEMPO RESPONDEU PRO TEMPO QUE NÃO TEM TEMPO. Obs.: professor(a), explore o fonema /t/ a partir das palavras acima. U LEIA, CANTE BEM RÁPIDO E BATUQUE COM A TURMA. É TICO-TICO, AQUI... É TICO-TICO, LÁ... É TICO-TICO, TICO-TICO NO FUBÁ... É TICO-TICO, AQUI...É TICO-TICO, LÁ... É TICO-TICO, TICO-TICO NO FUBÁ*. Obs.: professor(a), explore os fonemas /t/ e /f/ a partir das palavras acima. Depois, brinque com as palavras mudando o som das vogais. V LEIA PAUSADAMENTE E, DEPOIS, LEIA RÁPIDO! A GAIVOTA VOANDO EM VOLTAS... VOAVA E VIRAVA EM VOLTAS... E VOAVA, VOAVA EM VOLTAS! VOA, GAIVOTA, VOA, GAIVOTA EM VOLTAS! Obs.: professor(a), explore o fonema /v/ a partir das palavras acima. * Trava-língua adaptado da música popular Tico-tico no Fubá, de Zequinha de Abreu. Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 37 08/01/2020 11:00:32 38 • Programa Alfabetização pra Valer • PAV W LEIA BATENDO OS PÉS EM CADA SÍLABA DAS PALAVRAS. TRÊS TRAÇAS TRAÇADORAS TRAÇARAM TRÊS TRAJES SEM TRÉGUA. TRÊS TIGRES TRISTES NÃO ESTÃO MAIS TRISTES, PORQUE COMERAM TRÊS PRATOS DE TRIGO. Obs.: professor(a), explore os sons dos grafemas “T e R” a partir das palavras acima. X VAMOS CANTAR E BATUCAR, OBA! BATAM BEM FORTE. A TATURANA TATÁ TEM MUITO TATO. E TATEIA TUDO, TENTANDO TESTAR O TATO. A TARTARUGA TETEIA TAMBÉM TATEIA TUDO. Obs.: professor(a), explore o fonema /t/ a partir das palavras acima. Y LEIA EM CORO. BRINQUE TROCANDO AS PALAVRAS. CROCOGRILO – GRILO? CROCODRILO – DRILO? CROCODILO – DILO? CROCODILHO – DILHO? CROCODÍLIO – DÍLIO? SERÁ QUE NINGUÉM ACERTA O NOME DO CROCODILO ODÍLIO? EM SEGUIDA, LEIA E BATA O PÉ CADA VEZ QUE VOCÊ ABRIR A BOCA. GRILO, DRILO, DILO, DILHO, DÍLIO. Obs.: professor(a), explore os fonemas /cr/, /gr/, /dr/ e /lho/ a partir das palavras acima. Z LEIA RÁPIDO E BATUQUE. ZIRIGUIDUM, ZAZUEIRA, ZIRIGUIDUM, ZAZUEIRA, ZIRIGUIDUM! ZAZUEIRA, ZIRIGUIDUM, ZAZUEIRA, ZAZUEIRA, ZIRIGUIDUM! Obs.: professor(a), explore o fonema /z/ a partir das palavras acima. Estimule os alunos a criar seus trava-línguas. Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 38 08/01/2020 11:00:32 PAV • 39 DESCUBRA E DESENHE. O QUE É? O QUE É? TEM ESCAMA E NÃO É PEIXE; TEM COROA E NÃO É REI. COMEÇA COM A O QUE É? O QUE É? MORA EM UMA CASA, MAS NÃO PAGA ALUGUEL. COMEÇA COM B RESPOSTA: ABACAXI RESPOSTA: BOTÃO O QUE É? O QUE É? MORO NELA... TEM PORTA E TEM JANELA. COMEÇA COM C O QUE É? O QUE É? UM É O FURA-BOLO E OUTRO É O MAIOR DE TODOS. COMEÇA COM D RESPOSTA: CASA RESPOSTA: DEDO O QUE É? O QUE É? VOU LÁ PARA APRENDER... COMEÇA COM E O QUE É? O QUE É? ESTOU NOS CADERNOS E TAMBÉM NAS ÁRVORES. COMEÇA COM F RESPOSTA: ESCOLA RESPOSTA: FOLHAS O QUE É? O QUE É? TEM RABO DE GATO, OLHO DE GATO, ORELHAS DE GATO, MIA COMO GATO E NÃO É GATO? COMEÇA COM G O QUE É? O QUE É? É ANIMAL E PARECE COM O RINOCERONTE. COMEÇA COM H RESPOSTA: GATA RESPOSTA: HIPOPÓTAMO Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 39 08/01/2020 11:00:32 40 • Programa Alfabetizar pra Valer • PAV O QUE É? O QUE É? PERÍODO DE 0 A 11 ANOS, FASE DE BRINCADEIRAS. COMEÇA COM I O QUE É? O QUE É? NOME DE PESSOA QUE RIMA COM BALÃO? COMEÇA COM J RESPOSTA: INFÂNCIA RESPOSTA: JOÃO O QUE É? O QUE É? TEM CAPA, TEM LINHA, TEM MARGEM. TEM FOLHAS, MAS NÃO É ÁRVORE? COMEÇA COM L O QUE É? O QUE É? SOU GRANDE, VERDE POR FORA E VERMELHA POR DENTRO COM SEMENTINHAS PRETAS. SOU UMA DELÍCIA... COMEÇA COM M RESPOSTA: LIVRO RESPOSTA: MELANCIA O QUE É? O QUE É? NÃO É JANGADA, NÃO É BARCO E NAVEGA NO MAR. COMEÇA COM N O QUE É? O QUE É? MORAM NA MESMA CABEÇA, LADO A LADO, E NUNCA SE ENCONTRAM? COMEÇA COM O RESPOSTA: NAVIO RESPOSTA: ORELHA O QUE É? O QUE É? SEMPRE FICO NA ENTRADA E RECEBO BATIDAS SE ESTOU FECHADA. COMEÇA COM P O QUE É? O QUE É? SOU CHEIO DE FURINHOS E OS RATOS ME ADORAM. COMEÇA COM Q RESPOSTA: PORTA RESPOSTA: QUEIJO Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 40 08/01/2020 11:00:33 PAV • 41 O QUE É? O QUE É? QUE ANDA NO TEMPO, HORA APÓS HORA, MESMO PREGADO NA PAREDE? COMEÇA COM R O QUE É? O QUE É? NA ÁGUA NÃO SE AFOGA, NO FOGO NÃO SE QUEIMA, O VENTO NÃO CARREGA E A CHUVA NÃO MOLHA? COMEÇA COM S RESPOSTA: RELÓGIO RESPOSTA: SOMBRA O QUE É? O QUE É? SÓ SIRVO PARA FALAR: MAS UM TEM QUE LIGAR E O OUTRO ATENDER. COMEÇA COM T O QUE É? O QUE É? ANIMAL QUE NASCE BRANCO E FICA PRETO. COMEÇA COM U RESPOSTA: TELEFONE RESPOSTA: URUBU O QUE É? O QUE É? VIVO A GIRAR, FAZENDO VENTO PARA TODOS REFRESCAR. COMEÇA COM V O QUE É? O QUE É? O PIRES É MEU COMPANHEIRO, MAS QUANDO QUEREM CAFÉ, PENSAM EM MIM PRIMEIRO. COMEÇA COM X RESPOSTA: VENTILADOR RESPOSTA: XÍCARA O QUE É? O QUE É? É UM ANIMAL, PARECE UM JUMENTO E É LISTRADO. COMEÇA COM Z RESPOSTA: ZEBRA Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 41 08/01/2020 11:00:33 Mús ica s 1. BRINCANDO COM OS NOMES (Letra e música: Davi Silvino, Joyce Custódio e Lili Sousa) Voz: Davi Silvino, Joyce Custódio e Lili Sousa Ôh menino diga aí Como eu vou lhe chamar Diga logo o seu nome Pra gente memorizar O meu nome é Davi Gosto muito de dormir O meu nome é Gabriela Gosto muito de fi vela O meu nome é João Gosto muito de feijão O meu nome é Luiza Gosto de sentir a brisa O meu nome é Ribamar Gosto muito de brincar O meu nome é Juliana Gosto muito de banana O meu nome é Maria Só gosto de água fria O meu nome é Gabriel Gosto muito de chapéu 2. SABIÁ (Letra: Livro do PAV / Música: Joyce Custódio) Voz: Joyce Custódio /Arranjo musical: Davi Silvino O sabiá não sabia que a sabiá sabia assobiar e você, sabe assobiar? Assobie! Eu não sabia que você sabia assobiar 3. A E I O U (Letra e música: Davi Silvino, Joyce Custódio e Lili Sousa) Voz: Davi Silvino 4. AMARELINHA (Letra e música: Flávio Paiva) Voz: Lili Sousa Quem quer brincar de macaca Começa riscando o chão Pode ser com giz branquinho Pode ser com preto carvão Chamar muitos amiguinhos Fica mais interessante ...mais alegre a alegria quando tem muitos brincantes Chama a Julia, chama o Leo A Camila e o Gabriel Chama o Kim, chama a Lara O Victor e a Maria Clara Joga a pedra numa casa Pula na ponta do pé Joga a pedra noutra casa Faz palminha-de-guiné Chama a Julia, chama o Leo A Camila e o Gabriel Chama o Kim, chama a Lara O Victor e a Maria Clara Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá... O meu nome é Gabriel Gosto muito de chapéu Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 42 08/01/2020 11:00:34 5. MARCELO, MARMELO, MARTELO (Letra e música: Joyce Custódio) Voz: Joyce Custódio Era uma vez Um menino cheio de porquês O seu nome era Marcelo A história dele eu vou contar pra vocês Marcelo, Marcelo Não sei, então vou perguntar Marcelo, Marcelo Mamãe não sabe explicar Por que eu me chamo Marcelo? Foi o nome que seus pais resolveram escolher Por que não escolheram martelo? Martelo é ferramenta, não é nome que se dê Por que não pode ser marmelo? Marmelo é uma fruta que se usa pra comer Por que a fruta não pode ser Marcelo? Ai, quanta pergunta esse menino quer fazer! Marcelo, Marcelo Por que eu tenho que entender? Marcelo, Marcelo Papai não sabe responder Por que a bola se chama bola? Deve ser porque ela é redonda Por que o bolo se chama bolo? Papai, tá tudo errado, nem sempre bolo é re- dondo! Cadeira podia ser sentador E travesseiro podia ser cabeceiro Colherinha podia ser mexedor E casa podia ser moradeira 6. VAMOS PASSEAR NO BOSQUE (Domínio Público) Voz: Joyce Custódio Refrão: Vamos passear no bosque Enquanto o seu Lobo não vem — Tá pronto, seu Lobo? — Não, estou passando o sabonete. — Não, estou pegando o pente. — Não, estou vestindo a bermuda. — Não, estou vestindo a camiseta. — Não, estou comendo pão. — Não, estou comendo abacaxi. — Já estou no jardim. E casa podia ser moradeiraE casa podia ser moradeira Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 43 08/01/2020 11:00:36 7. O LOBISOMEM (Letra e música: Joyce Custódio) Voz: Joyce Custódio e Davi Silvino Quem sabe o que é o Lobisomem? Metade lobo e metade homem. Antes de amanhecer O Lobisomem Procura uma encruzilhada Pra voltar a ser homem Se ele não encontrar A tal encruzilhada Lobisomem vai fi car Para o resto da vida Dizem que o Lobisomem Suga o sangue das pessoas E também dos animais Quem acredita nisso no dia de sexta-feira Depois da meia-noiteDe casa não sai mais 8. CURUPIRA E BOITATÁ (Alegro aos seres fantásticos) (Letra e música: João Monteiro Vasconcelos / Flávio Paiva) / Voz: Davi Silvino Com dentes verdes Cabelos vermelhos Pés para trás Andar bem faceiro Vem curupira enganar Espanta, faz medo (até confusão) Os caçadores que querem matar Bichinhos em afl ição Cobra-de-fogo Serpente encantada Raio de luz Do mangue, da mata Vem perseguir, boitatá Assusta, aPAVora (assombração) Os lavradores que querem queimar Plantinhas sem proteção La-ra-la-lá...la-ra-la-lá.. Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 44 08/01/2020 11:00:37 12. OS BICHOS (Letra e música: Joyce Custódio) Voz: Joyce Custódio Eu vou mostrar pra vocês Como é que esse bichinho faz Vamos aprender de uma vez O som de muitos animais Quem já ouviu o cachorro latir E o pintinho piar Quem sabe fazer a vaquinha mugir Quem é que sabe imitar Quem sabe fazer a ovelha balir E o galo a cocoricar Quem imita um porquinho a grunir E um cavalo a relinchar Sabia que o burro orneia E o gatinho mia Sabia que o pato grasna E o coelho chia Agora todo mundo aprendeu O som de tantos animais Vamos então repetir Aquele que gostaram mais 13. A OVELHINHA VERMELHA (Amália Simonetti) / Narração: Vânia Chaves Personagens: Joyce Custódio / Davi Silvino 9. O LOBO E OS SETE CABRITINHOS (Domínio Público) Vinheta: Joyce Custódio / Narração: Lili Sousa Personagens: Davi Silvino / Joyce Custódio 10. OS TRÊS PORQUINHOS (Domínio Público) Vinheta: Joyce Custódio / Voz: Davi Silvino Narração: Manu Grangeiro / Personagens: Davi Silvino 11. CHAPEUZINHO VERMELHO (Domínio Público) Vinheta: Joyce Custódio / Narração: Joyce Custódio Personagens: Joyce Custódio / Davi Silvino Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 45 08/01/2020 11:00:37 Miolo - PARTE 1 Modificado.indd 46 08/01/2020 11:00:37 1o MÊS1a ETAPA Miolo - PARTE 2 Modificado.indd 47 08/01/2020 11:10:49 48 • Programa Alfabetizar pra valer • PAV 1A ETAPA - 1O MÊS - ALFABETIZAR LETRANDO - APROPRIAÇÃO DO SISTEMA ALFABÉTICO - LER/ESCREVER ÍCONES CADERNO DE ATIVIDADES LEITURA E ORALIDADE • RODA DE LEITURA ORALIDADE • LENDO E COMPREENDENDO ESCRITA • AQUISIÇÃO DA ESCRITA • ESCREVER DO SEU JEITO UNIDADE LINGUÍSTICA OBJETIVOS DIDÁTICOS OBJETIVOS DIDÁTICOS PALAVRA - LETRA Nomes próprios dos alunos Primeira letra do nome (Caderno de Atividades; Fichas) • Leitura dos nomes próprios • Leitura de sobrenome • Leitura de nome próprio corres- pondendo à primeira letra • Discussão oral • Identificar o nome próprio • Escrita espontânea do nome próprio • Escrita do nome próprio com modelo • Análise estrutural dos nomes próprios: identificar a composição e a quantidade de letras • Identificar as convenções e direções da escrita • Como pegar no lápis LETRA ALFABETO (Cartaz 1,2; Fichas; Alfabeto Móvel) • Nomeação das letras • Identificação das letras • Nomeação das letras nos nomes • Memorização e identificação da ordem alfabética • Identificação das letras nas for- mas imprensa e cursiva: maiús- cula e minúscula • Identificar a forma das letras (topologia) • Escrita das letras - convenções gráficas: segurar corretamente no lápis, escrever da esquerda para direita, de cima para baixo • Análise estrutural das letras: corresponder, classi- ficar e ordenar as letras do alfabeto; corresponder, classificar e ordenar nomes com foco na primeira e última letra TEXTO Texto: letra da canção Gente Tem Sobrenome (Caderno de Atividades) • Leitura do texto: de memória e compartilhada • Releitura do texto • Compreensão do texto • Discussão oral e canto • Identificação de nome e sobrenome • Escrita de nomes do texto • Escrita espontânea de palavras do texto • Análise fonológica dos nomes: identificar a sonori- dade e rimas TEXTO ─ PALAVRA Texto: letra da canção Nomes de Gente Nomes Próprios (Caderno de Atividades) • Leitura do texto de memória • Leitura de nomes próprios • Compreensão do texto • Discussão oral e canto • Escrita espontânea dos nomes do texto • Análise estrutural dos nomes: identificar a escrita; corresponder à primeira letra; identificar letras e a quantidade de letras; TEXTO ─ PALAVRA Texto: letra da canção Amarelinha Nomes Próprios (Caderno de Atividades) • Leitura do texto de memória e compartilhada • Leitura do título do texto • Leitura e compreensão do texto • Discussão oral e canto • Escrita, leitura e compreensão dos nomes do texto • Domínio das convenções gráficas: identificação de linhas de texto; localização de palavras e frases no texto; identificação do início, meio e fim do texto • Análise estrutural de nomes: identificar e corres- ponder letras iguais ALITERAÇÕES E RIMAS TRAVA-LÍNGUA (Caderno de Atividades) • Consciência Fonológica e Fonêmica: leitura travas-língua - aliterações e rimas - explo- ração de fonemas e sonoridade das palavras/sílabas. • Reflexão Metalinguística - Análise Fônica, Fonológica e Estrutural: palavras e sílabas: identificar e relacionar o número de sílabas com o número de grafemas e fonemas. REFLEXÃO METALINGUÍSTICA JOGO DE CARTELAS DIDÁTICAS • Análise Estrutural dos Nomes Próprios: identificação das letras, primeira letra, última letra, quantidade de letra. • Análise Fonológica dos Nomes Próprios: exploração da sonoridade das palavras/sílabas. • Cartelas 1, 4 e Fichas dos Nomes: • Nomes próprios dos alunos: nomes e sobrenomes • Nomes próprios: Júlia, Leo, Gabriel, Kim, Lara, Victor, Maria Clara Miolo - PARTE 2 Modificado.indd 48 08/01/2020 11:10:50 1a Etapa • PAV • 49 MATERIAL DIDÁTICO DA1a ETAPA – 1o MÊS Alfabeto móvel Cartazes de alfabeto Cartelas de alfabeto Fichas de nomes próprios Adivinhações de A a Z Trava-línguas de A a Z Agendinha TEXTOS-BASE DA 1a ETAPA – 1o MÊS 1a Semana – Nomes próprios dos alunos 2a Semana – Sobrenomes dos alunos Letra da canção Gente Tem Sobrenome 3a Semana – Letra da canção Nomes de Gente 4a Semana – Letra da canção Amarelinha SUGESTÕES DE JOGOS COM NOMES Bingo de nomes. Bingo de letras dos nomes. Boliche de nomes. Baralho de nomes. Dominó de nomes versus primeira letra. Dominó de nomes dentro do nome. Dominó de nomes que rimam. Jogo da memória de nomes. Jogo da memória de letras do nome. Pescaria de nomes. Pescaria de letras do nome. Quebra-cabeça do nome. Trilha de nomes. Trilha de nomes/primeira letra. Caça-nomes. Caça-letras de nomes. Amigo secreto. Jogo dos pares de nomes segundo os tipos de letras: forma/imprensa versus cursiva, maiúscula versus minúscula. Quarteto das letras de nomes: nome em letra de forma maiúscula e minúscula, letra cursiva maiúscula e minúscula. SUGESTÕES DE JOGOS COM LETRAS Bingo de letras. Baralho de letras. Quebra-cabeça de letras. Dado de letras. Pescaria das letras. Trilha das letras. Caça-letras. Boliche de letras. Jogo de memória de letras. Quarteto e trinca de letras. Dominó de letras. OBSERVAÇÕES Miolo - PARTE 2 Modificado.indd 49 08/01/2020 11:10:50 50 • Programa Alfabetizar pra Valer • PAV d) Faça perguntas do tipo: porque temos um nome? Você sabe quem escolheu seu nome? Você gosta do seu nome? Que outro nome você gostaria de ter? e) Pesquise na certidão de nascimento como está registrado o nome do aluno. ATENÇÃO: A fi cha do nome é um material didático importantíssimo. Ferreiro (2001, p. 110) chama a atenção para o signifi cado do nome próprio da criança: “Repeti muitas vezes que uma das palavras fundamentais para a alfabetização é o nome próprio e não há nenhuma outra palavra que seja capaz de substituí-la, porque é uma ampliação da própria identidade saber que o nome se realiza por escrita. É um momento muito peculiar do desenvolvimento, não só cognitivo como emocional”. CADERNO DE ATIVIDADES, PÁGINA 22 1 LEIA SEU NOME EM SUA FICHA E CONTE PARA A TURMA O QUE VOCÊ SABE SOBRE O SEU NOME. Professor(a): • Objetivo didático: leitura do nome do aluno. • Orientação didática: a) Divida
Compartilhar