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RESUMÃO DESENVOLVIMENTO HUMANO

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ASPECTOS GERAIS – O PROCESSO INVESTIGATIVO 
 A Psicologia é reconhecida como uma ciência com os seus 
métodos e objetos de estudos; 
 As teorias, incluindo as que se referem ao desenvolvimento 
humano, tem origem em pesquisas e/ou são testadas por 
elas. Os pesquisadores das mais variadas perspectivas 
teóricas se utilizam de diferentes métodos para estudar os 
sujeitos em uma diversidade de ambientes; 
 O método científico se refere a um processo geral que 
caracteriza todas as investigações científicas. 
OBSERVAÇÃO 
 Principais características 
- É um método bastante utilizado nas ciências para a obtenção de 
dados que serão posteriormente analisados por outros métodos. 
Assim, é versátil e pode ser utilizada isolada e 
independentemente ou ser conjugada com outros métodos. É 
diferente de uma observação quotidiana. 
 Vantagens 
- Exige menos do observado; permite colher dados 
(comportamentos/informações) que podem não aparecer em 
outros métodos. 
 Desvantagens 
- Tendencionalidade; a presença do observador; é onerosa. 
 
ENTREVISTA 
 Principais características 
- A entrevista de investigação tem como objetivo recolher dados 
acerca dos sujeitos entrevistados que permitam a 
fundamentação de teorias psicológicas. 
1 – Estruturada; 2 – Semiestruturada; 3 -Não estruturada. 
 Vantagens 
- Permite postura flexível e profundidade; pode ser uma fonte 
rica de informações. 
 Desvantagens 
- Imprecisão nas respostas; falhas de memórias; distorção das 
respostas. 
MÉTODO EXPERIMENTAL 
 Principais características 
- Procedimento controlado em que um investigador manipula uma 
variável designada variável independente (VI) para estudar a 
influência da desta em uma ou várias outras variáveis a que 
chamamos variáveis dependentes (VD); 
 Vantagens 
- Pode-se estabelecer relações de causa-efeito; permite controle 
das variáveis* e, assim, a replicação do estudo. 
 Desvantagens 
- A artificialidade; questões éticas envolvidas. 
ESTUDO DE CASO 
 Principais características 
- Estudo aprofundado de um único indivíduo ou de uma única 
unidade de análise. 
 Vantagens 
- Fornece um quadro mais detalhado sobre o comportamento e 
desenvolvimento do objeto de estudo, podendo suscitar novas 
hipóteses. 
 Desvantagens 
- Impossibilidade de generalizações e de estabelecimento de 
relações causa-efeito. 
ESTUDO ETNOGRÁFICO 
 Principais características 
- Estudo aprofundado sobre uma cultura ou subcultura. 
 Vantagens 
- Pode ajudar a diminuir as influências culturais na teoria e 
pesquisa; pode testar a universalidade de fenômenos do 
desenvolvimento. 
 Desvantagens 
- Está sujeito ao viés do pesquisador. 
TESTAGENS/MEDIDAS DO COMPORTAMENTO 
 Principais características 
 - Os participantes são submetidos a testes de capacidades, 
conhecimentos, competências, respostas físicas, etc. 
 Vantagens 
- Fornecem informações objetivamente mensuráveis e podem 
evitar distorções subjetivas. 
 Desvantagens 
- Os resultados podem ser afetados por variáveis estranhas ao 
propósito do estudo. 
MODELOS DE PESQUISA EM DESENVOLVIMENTO 
ESTUDOS LONGITUDINAIS 
 Coletas são efetuadas durante um determinado período de 
tempo, empregando sempre os mesmos sujeitos; 
 Este método é demorado e dispendioso, porém muito útil 
para avaliar efeitos posteriores de experiências iniciais, 
demonstrando mudanças; 
 Por exemplo: Estudo sobre competências desenvolvidas na 
adolescência e suas implicações na vida adulta dos sujeitos 
acompanhados. 
ESTUDOS TRANSVERSAIS 
 As coletas são efetuadas em sujeitos de diferentes idades, 
ao mesmo tempo; 
 Por ser mais fácil e econômico, o método transversal tem 
sido usado mais frequentemente. Pode encobrir diferenças 
individuais; 
 Exemplo: Estudo sobre o aumento da consciência do 
pensamento como atividade mental com o passar da idade. 
ESTUDOS SEQUENCIAIS 
 Dados sobre amostras transversais ou longitudinais são 
coletados sucessivamente; 
 Pode evitar as desvantagens dos modelos anteriormente 
citados, mas exige muito tempo e dedicação. Possui também 
análise de dados mais complexa; 
QUESTÕES ÉTICAS IMPORTANTES 
 Rigor metodológico; 
 Consentimento livre e esclarecido; 
 Direito a confidencialidade e privacidade; 
 Cuidado com informações inverídicas; 
 Pesquisas com crianças e suas especificidades. 
PIAGET (1896-1980) 
 Biólogo e filósofo conhecido pelo seu trabalho no campo da 
inteligência infantil. 
 Tinha uma visão organicista do desenvolvimento como o 
produto dos esforços da criança para entender e agir em 
seu mundo. 
 “Piaget viu as crianças de um modo orgânico, ativas, seres 
em crescimento, com os seus próprios impulsos internos e 
padrões de desenvolvimento. “– Papalia, 2001. 
 A criança era construtora do seu próprio mundo, assim 
segundo Piaget o desenvolvimento cognitivo ocorre em 
diferentes estágios. 
O QUE É O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO? 
 Mudanças ao nível das capacidades mentais, tais como 
aprendizagem, memória, raciocínio e criatividade. 
 Está intimamente ligado ao crescimento físico e emocional. 
 Desenvolvimento como um processo direcional (estágios); 
 O organismo e o meio exercem uma ação recíproca e essa 
ação acarreta em mudanças sobre o indivíduo; 
 A inteligência tem a função de adaptar o organismo às 
exigências do meio (manter-se equilibrado através dos 
mecanismos de assimilação e acomodação). 
ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO 
 Sensório-motor (0-18/24 meses) 
- Segundo Piaget, este é o primeiro estágio do desenvolvimento 
cognitivo, no qual os bebês aprendem acerca de próprios e do 
mundo através da atividade sensorial e motora em 
desenvolvimento. 
 Pré-Operatório (2-7anos) 
- Estágio no qual as crianças se tornam mais sofisticadas no uso 
do pensamento simbólico, contudo ainda não são capazes de usar 
a lógica. 
 Operações Concretas (7 - 11/12 anos) 
- Estágio durante o qual as crianças desenvolvem o pensamento 
lógico, sem entenderem o abstrato. 
 Operações Formais (11/12 - 15/16anos) 
- Estágio final de desenvolvimento que, segundo Piaget, é 
caracterizado pela capacidade para pensar de forma abstrata. 
SENSÓRIO-MOTOR (0-18/24 MESES) 
 Este estágio é constituído por 6 sub-estágios, que decorrem 
à medida que os esquemas do bebê se tornam mais 
elaborados. 
 Segundo Piaget, estes comportamentos ocorrem através de 
reações circulares, nas quais o bebê aprende a reproduzir 
acontecimentos desejados que, inicialmente, teriam sido 
descobertos por acaso. 
OS 6 SUB-ESTÁGIOS 
 1º - do nascimento a um mês 
- Algum controle sobre os reflexos inatos 
 2º - por volta de um a quatro meses 
- Aprende a repetir sensações corporais agradáveis obtidas ao 
acaso e coordenação de diferentes informações sensoriais 
 3º - em torno de quatro a oito meses 
- Repetem intencionalmente uma ação, para além de seu corpo 
 4º - em torno de oito a doze meses 
- Generalizações de experiências passadas para resolver novos 
problemas 
 5º - por volta de doze a dezoito meses 
- Variações de uma ação para obter um resultado semelhante, 
por tentativa e erro 
 6º - entre dezoito meses e dois anos 
- Capacidade de representação, sem recorrer a tentativa e erro 
ESTÁGIO PRÉ-OPERATÓRIO (2-7ANOS) 
PRINCIPAIS AVANÇOS NO DESENVOLVIMENTO... 
 A função simbólica 
- Se lembrar e pensar em coisas que não estão presentes 
fisicamente. Imitação transferida, brincadeiras de faz-de-conta e 
linguagem 
 Entendimento de objetos no espaço 
- Capacidade para trabalhar com escalas e localização espacial 
 Entendimento da causalidade 
- Raciocínio por transdução (dois eventos próximos no tempo, 
haja ou não uma relação causal lógica) 
 Entendimento de identidades e categorização 
- Capacidade cognitiva com implicações psicossociais 
 Entendimento de números 
- Princípios de contagem 
ASPECTOS IMATUROS DO PENSAMENTO 
 Egocentrismo 
- Expressão da centração. Prova das três montanhas 
 Conservação 
- Duas coisas permanecem iguais se sua aparênciafor alterada 
 Teoria da mente e estados mentais 
- Consciência de seus processos mentais e os de outras pessoas 
 Falsas crenças e dissimulação 
- Caixa com bombons X Caixa com lápis de cor 
 Distinção entre aparência e realidade 
- Leite verde X Leite branco 
 Distinção entre fantasia e realidade 
- Caixa de coelho imaginário X Caixa de monstro imaginário 
 Neste estágio a criança já não depende unicamente das suas 
sensações e movimentos. O desenvolvimento da 
representação cria as condições para a aquisição da 
linguagem, pois a capacidade de construir símbolos possibilita 
a aquisição dos significados sociais existentes no contexto 
em que a criança vive. 
 A criança interioriza o meio, sendo capaz de representá-lo 
mentalmente. 
OPERAÇÕES CONCRETAS (7 - 11/12 ANOS) 
AVANÇOS COGNITIVOS... 
 Relações espaciais e causalidade 
- Noções mais claras sobre tempo, distância e informações 
espaciais 
 Categorização 
- Classificar em categorias ajuda a pensar logicamente 
 Raciocínio indutivo e dedutivo 
- Meu cachorro late, os dos meus amigos também, logo, todos os 
cachorros latem. (Mas e os que não latem?) 
Todos os cachorros latem. Bob é um cachorro. Bob late. 
 Conservação 
- Consegue perceber a identidade, a reversibilidade e descentrar 
 Números e matemática 
- Contas “de cabeça”. 5 mais 3= 5 + 6, 7 8. 
OPERAÇÕES FORMAIS (11/12 - 15/16ANOS) 
AVANÇOS COGNITIVOS... 
 Capacidade de pensar em termos abstratos 
 Manipulação de informações 
 Podem utilizar símbolos para representar outros símbolos 
- X como numeral desconhecido 
 Implicações emocionais dos termos abstratos 
- Antes: amar os pais ou odiar um colega 
- Agora: amar a liberdade ou odiar a exploração 
 Raciocínio Hipotético-Dedutivo 
- Sabe desenvolver uma hipótese e sabe elaborar um 
experimento para testá-la. 
ELKIND: ASPECTOS IMATUROS DO PENSAMENTO 
ADOLESCENTE 
 Idealismo e criticismo 
- Mundo ideal X Adultos que não sabem 
 Tendência a discussão 
- Exibição de raciocínios e argumentação 
 Indecisão 
- Dificuldade diante de várias alternativas 
 Hipocrisia aparente 
- Preocupação com o meio ambiente X Uso demasiado de carro 
 Autoconsciência 
- “público imaginário” 
 Ser especial e invulnerabilidade / “fábula pessoal” 
- Uso de drogas ou amor extremo. Ligados a comportamentos de 
risco e autodestrutivos. 
 A teoria sociocultural de Vygotsky enfatiza o envolvimento 
ativo da criança com o seu ambiente; 
 Crescimento cognitivo como um processo colaborativo; 
 Atividades compartilhadas ajudam a criança a internalizar os 
modos de pensar da sociedade, cujos hábitos passam a ser 
seus; 
A TEORIA SOCIOCULTURAL 
 Os adultos ou os pares mais desenvolvidos devem ajudar a 
direcionar e a organizar a aprendizagem da criança antes 
que esta possa dominá-la e internalizá-la; 
 A responsabilidade pelo direcionamento e monitoração da 
aprendizagem aos poucos passa a ser da criança. 
DESENVOLVIMENTO ATRAVÉS DE INTERAÇÕES 
SOCIAIS: MEDIAÇÕES 
 Para Vygotsky o ser humano nasce com funções 
psicológicas elementares que, a partir do aprendizado da 
cultura, transformam-se em funções de ordem superior. 
Ordem 
Biológica 
 
DESENVOLVIMENTO DAS FUNÇÕES MENTAIS 
SUPERIORES OU PROCESSOS MENTAIS COMPLEXOS 
Ocorre através da chamada mediação. 
 Instrumentos: objetos, ferramentas criadas pela 
necessidade de intervenção do homem no mundo; ex: 
navegações. 
 Signos: representações, as palavras representam signos 
linguísticos e os números, signos matemáticos; ex: letras, 
gestos, figuras. 
 
 
SISTEMAS DE SIGNOS 
Ordem 
sociocultural 
Aprendizado que 
possibilita o 
desenvolvimento de 
processos mentais 
complexos 
Indicador: 
Fumaça = Fogo 
Icônico: 
= Fogo 
Simbólico 
+ representa a 
soma 
 Para Vygotsky, é pela interiorização desses sistemas - 
produzidos culturalmente - que se dá o desenvolvimento 
cognitivo, ou seja, a aprendizagem de signos se dá na 
interação social; 
 A matemática e a linguagem são sistemas de signos. 
 O domínio de linguagens abstratas permite um afastamento 
de um contexto concreto, o que leva ao desenvolvimento do 
pensamento conceitual e proposicional; 
 Exemplo: a internalização da fala leva a independência em 
relação à realidade concreta e permite o pensamento 
abstrato flexível. 
A APRENDIZAGEM SOCIAL 
 O desenvolvimento cognitivo consiste, em boa parte, no 
acesso progressivo a esses signos e sua utilização; 
 A aprendizagem de signos se dá em situações de interação 
social assimétrica, ou seja, quando uma pessoa mais 
competente no uso de um sistema de signos interage com 
outra. Essa é a fase externa do desenvolvimento. 
 Pode se dar em duas etapas: 
- A interpessoal: no nível social, entre as pessoas; 
- A intrapessoal: no nível individual, no interior do sujeito. 
ZONAS DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL (ZDP) 
 Zona de desenvolvimento real: 
- Funções mentais que se estabeleceram como resultado de 
ciclos de desenvolvimento já completados. O que a criança 
consegue realizar sem ajuda. 
 Zona de desenvolvimento potencial 
- Resolução de problemas com orientação de um adulto ou de 
pares que possuem mais conhecimento. O que a criança ainda só 
consegue realizar com ajuda. 
ZDP E O PROCESSO DE APRENDIZAGEM ESCOLAR 
 A organização das ações pedagógicas deve se adiantar ao 
desenvolvimento, pois o aprendizado orientado para níveis de 
desenvolvimento já atingidos é ineficaz; 
 A sequenciação do aprendizado deve sempre resultar nas 
ZDP’s. 
RESUMO 
 Para Vygotsky, processo dialético do desenvolvimento opera 
principalmente durante a interação com adultos, colegas 
mais qualificados ou pares de igual habilidade e durante o 
jogo. O movimento através da zona é um processo dialético 
em que a criança colabora com outra pessoa e eles co-
constroem o significado da tarefa, uma meta e uma solução. 
 Teoria de Vygotsky nos ajuda a entender nossa sociedade e 
nosso mundo em rápida mudança. 
 O campo do desenvolvimento psicologia está avançando em 
direção a uma perspectiva em que a diversidade cultural e 
os processos culturais estão totalmente integrados em 
qualquer desenvolvimento; 
 Assim, abordagens socioculturais forçam pesquisadores a 
reexaminar dicotomias como cultura versus mente, 
pensamento versus ação e pessoa versus contexto. 
OS NEOVYGOTSKYANOS 
 Nomes como: Gerken, Greenfield, Davidov & Zinchenko, Ivic, 
Daniels, Tudge, entre outros; 
 Principais críticas: 
- Atribuição às mudanças de ZDP à criação, ao desenvolvimento e 
à comunicação de significado pelo uso colaborativo de meios 
mediacionais, e não na transferência de habilidades do parceiro 
mais capaz para o menos capaz; 
- Há quem considere estritamente os cenários binários, em que 
possam existir somente um perito e um novato; e há os que 
considerem o “outro social” interagindo com esse indivíduo; 
- Processos privados. 
ABORDAGEM DO PROCESSAMENTO DE 
INFORMAÇÃO: PERCEPÇÕES E REPRESENTAÇÕES 
 Os pesquisadores do processamento de informação analisam 
separadamente cada parte de uma tarefa complexa, como 
aquelas de busca de objeto de Piaget, para tentar entender 
quais são as habilidades necessárias para cada parte da 
tarefa e em que idade essas habilidades se desenvolvem. 
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO NOS TRÊS 
PRIMEIROS ANOS 
HABITUAÇÃO 
 Tipo de aprendizagem em que a familiaridade com um 
estímulo reduz, torna mais lenta ou faz cessar uma 
resposta. Em outras palavras, a familiaridade gera perda de 
interesse; 
 A desabituação: aumento da resposta após a apresentação 
de um novo estímulo; 
 Gostar de olhar para coisas novas e a elas habituar-se 
rapidamente correlaciona-se com sinais posteriores de 
desenvolvimento cognitivo, como preferência pela 
complexidade, rápida exploração do ambiente, brincadeiras 
sofisticadas, rápida resolução de problemas e a capacidade 
de comparar figuras. 
 Os pesquisadores aferem a eficiência do processamento de 
informação por parte do bebê medindo a rapidez com quea 
criança se habitua a estímulos familiares, recupera a 
atenção quando exposta a um novo estímulo e quanto tempo 
se entretém olhando para o novo e para o velho estímulo. 
 A velocidade de habituação e outras habilidades de 
processamento de informação mostram-se promissoras 
como indicadores de inteligência. 
CAPACIDADES DE PERCEPÇÃO E PROCESSAMENTO 
VISUAL E AUDITIVO 
 Preferência visual: tendência dos bebês a passar mais 
tempo olhando para uma imagem e não para outra; 
 A tendência a preferir novas imagens às mais familiares é 
chamada de preferência por novidade; 
 Bebês com menos de 2 dias de idade preferem: linhas 
curvas, padrões complexos, objetos tridimensionais, figuras 
de faces, ou configurações semelhantes a faces e imagens 
novas. 
 Memória de reconhecimento visual: capacidade de distinguir 
um estímulo visual familiar de outro não familiar quando 
ambos são mostrados ao mesmo tempo; 
 A memória de reconhecimento visual depende da 
comparação entre a informação que chega e a informação 
que a criança já tem – em outras palavras, da capacidade 
de formar e referir-se a representações mentais; 
 Estudos sobre discriminação auditiva também se baseiam na 
preferência da atenção. Esses estudos constataram que 
recém-nascidos conseguem distinguir sons que já ouviram 
daqueles que ainda não ouviram; 
 Piaget sustentava que os sentidos não estão interligados 
desde o nascimento e só gradualmente são integrados 
mediante a experiência; 
 Transferência intermodal: capacidade de utilizar informações 
obtidas por intermédio de um dos sentidos para orientar 
outro – por exemplo, quando uma pessoa atravessa uma 
sala escura tateando para localizar objetos familiares ou 
identifica objetos pela visão depois de apalpá-los com os 
olhos fechados. 
 Ato de sugar (tato) visão. 
ESTUDO DA ATENÇÃO 
 A capacidade de atenção conjunta – que é de fundamental 
importância para a interação social, a aquisição da linguagem 
e a compreensão dos estados mentais e das intenções 
alheias – desenvolve-se entre 10 e 12 meses, quando os 
bebês acompanham o olhar dos adultos, olhando ou 
apontando na mesma direção; 
 Bebês que espontaneamente apontavam para o objeto ao 
mesmo tempo em que olhavam para ele tiveram um 
crescimento mais rápido no vocabulário. 
O PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO COMO 
INDICADOR DE INTELIGÊNCIA 
 Continuidade X Descontinuidade do desenvolvimento cognitivo; 
 Crianças que desde o começo são eficientes em assimilar e 
interpretar informações sensoriais apresentam, mais tarde, 
boas pontuações em testes de inteligência; 
 A reação visual e a antecipação visual podem ser medidas 
pelo paradigma da expectativa visual. Acredita-se que essas 
medidas indicam nível de atenção e velocidade de 
processamento, bem como a tendência a formar 
expectativas com base na experiência. 
 É preciso ser cauteloso ao interpretar as descobertas. 
Quanto à previsibilidade do QI na infância a partir de medidas 
de habituação e de memória de reconhecimento, é apenas 
razoável. Além disso, previsões com base tão somente nas 
medidas de processamento de informação não levam em 
conta a influência de fatores ambientais. 
O PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO E O 
DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES PIAGETIANAS 
 Pesquisas baseadas no processamento visual de bebês têm 
apresentado aos cientistas do desenvolvimento uma 
perspectiva sobre a evolução cronológica de 
desenvolvimentos cognitivos como categorização, 
causalidade, permanência do objeto e número, todos eles 
dependentes da formação de representações mentais; 
CATEGORIZAÇÃO 
 Dividir o mundo em categorias significativas é essencial para 
pensar os objetos ou conceitos e suas relações. É o 
fundamento da linguagem, raciocínio, resolução de problemas 
e memória; 
 Para Piaget ocorre a partir do sexto subestágio sensório-
motor, por volta dos 18 meses; 
 A princípio, os bebês parecem categorizar com base em 
aspectos perceptuais, tais como forma, cor e padrão; mas 
entre 12 e 14 meses suas categorias tornam-se conceituais, 
baseadas no conhecimento do mundo real, particularmente 
da função. 
CAUSALIDADE 
 Para Piaget, a noção de causalidade ocorre por volta de um 
ano de idade. No entanto, estudos em processamento de 
informação sugerem que algum entendimento sobre 
causalidade pode emergir mais cedo, quando os bebês 
tiveram a experiência de observar como e quando os 
objetos se movem; 
 À medida que os bebês acumulam mais informações sobre o 
comportamento dos objetos, tornam-se mais aptos a ver a 
causalidade como um princípio geral que opera em diversas 
situações. 
PERMANÊNCIA DO OBJETO 
 Violação de expectativas: método de pesquisa em que a 
desabituação a um estímulo que conflita com a experiência é 
tomada como evidência de que o bebê reconhece o novo 
estímulo como algo que o surpreende; 
 A tendência do bebê em olhar por mais tempo para o 
evento alterado é interpretada como evidência de que o 
bebê está surpreso; 
 Baillargeon encontrou evidências de permanência do objeto 
em bebês de 3 meses e meio. 
 NÚMEROS 
 Wynn (pesquisa de soma e subtração simples com Mickey 
para bebês de 5 meses) sugere que os conceitos numéricos 
são inatos. 
 “atribuir conceitos de número a bebês simplesmente porque 
eles sabem discriminar entre séries contendo diferentes 
números de elementos é análogo a atribuir competência 
numérica a pombos que podem ser ensinados a bicar uma 
tecla quatro vezes” (kagan, 2008, p. 1.613). 
AVALIANDO PESQUISAS EM PROCESSAMENTO DE 
INFORMAÇÃO COM BEBÊS 
 Possibilidade de que pelo menos formas rudimentares de 
categorização, raciocínio causal, permanência do objeto e 
noção de número possam estar presentes nos primeiros 
meses de vida. 
 Assim, dizem os críticos, devemos ser cautelosos com a 
superestimação das habilidades cognitivas dos bebês com 
base em dados que podem ter explicações mais simples ou 
talvez representem apenas conquistas parciais de 
habilidades maduras. 
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO NA SEGUNDA 
INFÂNCIA 
ABORDAGEM DO PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO: 
DESENVOLVIMENTO DA MEMÓRIA 
 Durante a segunda infância as crianças melhoram a atenção 
e a rapidez e eficiência com que processam as informações; 
e começam a formar memórias de longo prazo. Ainda assim, 
crianças pequenas não se lembram tão bem quanto as mais 
velhas; 
PROCESSOS E CAPACIDADES BÁSICOS 
 Os teóricos do processamento de informação imaginam a 
memória como um sistema de arquivamento que tem três 
passos ou processos: 
 A codificação é como colocar informações em uma pasta 
para ser arquivada na memória; ela anexa um “código” ou 
“rótulo” à informação a fim de que ela seja mais fácil de se 
encontrar, quando necessário. 
 Os eventos são codificados juntamente com a informação a 
respeito do contexto em que eles se encontram. O 
armazenamento é a colocação da pasta no arquivo. 
 A recuperação ocorre quando a informação é necessária; a 
criança procura então o arquivo e o pega. 
 Os modelos de processamento de informação descrevem o 
cérebro como um sistema que contém três “depósitos”: 
1 – A memória sensorial 
2 – A memória de trabalho 
3 – A memória de longo prazo 
MEMÓRIA SENSORIAL 
 A memória sensorial é um “tanque de contenção” 
temporário para a informação sensorial recebida e 
apresenta pouca mudança da primeira infância em diante. 
Entretanto, sem processamento (codificação), a memória 
sensorial desaparece rapidamente. 
MEMÓRIA DE TRABALHO 
 A informação a ser codificada ou recuperada é mantida na 
memória de trabalho, às vezes chamada de memória de 
curto prazo – um “depósito” de curto prazo para 
informações em que a pessoa está trabalhando ativamente: 
tentando entender, lembrar ou pensar em algo. 
MEMÓRIA DE LONGO PRAZO 
 O aumento da memória de trabalho permite o 
desenvolvimento da função executiva, o controle consciente 
de pensamentos, emoções e ações para atingir metas ou 
solucionar problemas; 
 Haveria então uma central executiva que controla as 
operaçõesde processamento na memória de trabalho. Essa 
central organiza a informação codificada a ser transferida 
para a memória de longo prazo, um “depósito” de capacidade 
virtualmente ilimitada que guarda a informação durante 
longos intervalos de tempo. 
RECONHECIMENTO E LEMBRANÇA 
 O reconhecimento e a lembrança são tipos de recuperação. 
 Reconhecimento é a capacidade de identificar algo 
encontrado antes (por exemplo, reconhecer uma luva em 
uma caixa de achados e perdidos). 
 Lembrança é a capacidade de reproduzir conhecimento 
contido na memória. 
 Quanto mais familiaridade uma criança tem com um item, 
melhor ela se lembra dele. 
 FORMAÇÃO E RETENÇÃO DE MEMÓRIA DA INFÂNCIA 
 Um pesquisador (Nelson, 1993) distinguiu três tipos de 
memória infantil que servem a três funções diferentes: 
1 – Genérica 
2 – Episódica 
3 – Autobiográfica 
MEMÓRIA GENÉRICA 
 A memória genérica, que se inicia aproximadamente aos 2 
anos de idade, produz um roteiro (script), ou esboço geral de 
um evento familiar, repetido, como ir de ônibus à pré-escola 
ou almoçar na casa da vovó. Ela ajuda uma criança a saber o 
que esperar e como agir. 
MEMÓRIA EPISÓDICA 
 A memória episódica se refere à consciência de ter 
experimentado um evento ou episódio em particular em um 
tempo e lugar específicos. As crianças pequenas lembram-
se mais claramente de eventos que são novos para elas; 
 As memórias episódicas são temporárias. A menos que se 
repitam diversas vezes (neste caso são transferidas para a 
memória genérica), elas perduram algumas semanas ou 
meses e depois se desvanecem. 
MEMÓRIA AUTOBIOGRÁFICA 
 A memória autobiográfica, um tipo de memória episódica, 
refere-se a memórias de experiências características que 
formam a história de vida de uma pessoa. Nem tudo na 
memória episódica torna-se parte da memória 
autobiográfica – apenas aquelas memórias que têm um 
significado especial e pessoal para a criança; 
 A memória autobiográfica geralmente surge entre as idades 
de 3 ou 4 anos. 
 Conceito de self. 
INFLUÊNCIAS NA RETENÇÃO DE MEMÓRIAS 
 A singularidade do evento; 
 O impacto emocional; 
 A participação ativa das crianças, ou no próprio evento ou 
ao recontá-lo ou representá-lo; 
 O modelo de interação social, o qual sustenta que as crianças 
constroem colaborativamente memórias autobiográficas com 
seus pais ou outros adultos ao conversarem a respeito de 
eventos compartilhados. 
TERCEIRA INFÂNCIA 
ABORDAGEM DO PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO: 
PLANEJAMENTO, ATENÇÃO E MEMÓRIA 
 À medida que seu conhecimento aumenta, as crianças 
tornam-se mais conscientes dos tipos de informação 
importantes a que elas devem dar mais atenção e lembrar. 
 As crianças em idade escolar também entendem mais sobre 
o funcionamento da memória, e este conhecimento lhes 
permite planejar e usar estratégias, ou técnicas deliberadas, 
para ajudar a lembrá-las. 
COMO AS HABILIDADES EXECUTIVAS SE DESENVOLVEM? 
 O desenvolvimento gradual da função executiva da primeira 
infância até a adolescência acompanha o desenvolvimento do 
cérebro, particularmente do córtex pré-frontal, a região 
que permite planejar, julgar e tomar decisões; 
 O processamento mais rápido e mais eficiente aumenta a 
quantidade de informação que as crianças podem manter na 
memória de trabalho, permitindo o pensamento complexo e 
o planejamento dirigido ao objetivo. 
 O ambiente de casa também contribui para o 
desenvolvimento de habilidades executivas; 
 As crianças em idade escolar desenvolvem habilidades de 
planejamento tomando decisões sobre suas próprias 
atividades diárias. As atitudes dos pais afetam o ritmo com 
que isso é permitido às crianças. 
ATENÇÃO SELETIVA 
 O crescimento na atenção seletiva – a capacidade de 
deliberadamente direcionar a atenção e afastar distrações 
– pode depender da habilidade executiva de controle 
inibitório, a supressão voluntária de respostas indesejadas; 
 Crianças em idade escolar podem concentrar-se por mais 
tempo do que crianças mais novas e podem focalizar-se na 
informação que necessitam e desejam enquanto filtram 
informações irrelevantes. 
MEMÓRIA DE TRABALHO 
 A capacidade da memória de trabalho de uma criança pode 
afetar diretamente seu sucesso escolar; 
 Crianças com memória de trabalho baixa têm dificuldade com 
atividades de aprendizagem estruturadas e para 
acompanhar instruções prolongadas; 
 As diferenças individuais na capacidade da memória de 
trabalho estão associadas à capacidade de uma criança de 
adquirir conhecimento e novas habilidades. 
METAMEMÓRIA: ENTENDENDO A MEMÓRIA 
 Entre as idades de 5 e 7 anos, os lobos frontais do cérebro 
passam por um desenvolvimento e reorganização 
significativos. Essas mudanças podem possibilitar a melhora 
da metamemória, o conhecimento sobre os processos da 
memória; 
MNEMÔNICA: ESTRATÉGIAS PARA LEMBRAR 
Os dispositivos que auxiliam a memória. 
 Anotar um número de telefone, fazer uma lista, programar 
um despertador são exemplos de auxiliares de memória 
externos: estímulos por alguma coisa fora da pessoa; 
 Dizer o número de um telefone repetidamente após olhá-lo, 
a fim de não o esquecer antes de discar, é uma forma de 
retenção, ou repetição consciente; 
 Organização é colocar mentalmente a informação em 
categorias (por exemplo, animais, mobília, veículos e roupas) 
para facilitar a lembrança; 
 Na elaboração, as crianças associam itens a alguma outra 
coisa, tal como uma cena ou história imaginada. 
ADOLESCÊNCIA 
MUDANÇAS NO PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO 
 As mudanças na forma como os adolescentes processam a 
informação refletem o amadurecimento dos lobos frontais 
do cérebro e podem ajudar a explicar os avanços cognitivos 
que Piaget descreveu; 
 O progresso no processamento cognitivo varia muito entre 
os adolescentes; 
 Pesquisadores do processamento de informação 
identificaram duas amplas categorias de mudanças 
mensuráveis na cognição do adolescente: mudança estrutural 
e mudança funcional. 
MUDANÇA ESTRUTURAL 
 Incluem mudanças na capacidade da memória de trabalho e 
na crescente quantidade de conhecimento armazenada na 
memória de longo prazo. A informação armazenada na 
memória de longo prazo pode ser: 
1 – O conhecimento declarativo (“saber que...”) consiste em todo o 
conhecimento factual adquirido por uma pessoa (por exemplo, 
saber que 2 + 2 = 4 e que Juscelino Kubitschek construiu 
Brasília). 
2 – O conhecimento procedural (“saber como...”) consiste em 
todas as habilidades adquiridas por uma pessoa, como ser capaz 
de multiplicar e dividir e de dirigir um carro. 
3 – O conhecimento conceitual (“saber por que...”) é um 
entendimento de, por exemplo, porque uma equação algébrica 
continua sendo verdadeira se a mesma quantidade for adicionada 
ou subtraída de ambos os lados. 
 Psicólogo canadense da escola behaviorista que questionou a 
teoria de Skinner; valorizando os processos cognitivos. 
 Teoria da aprendizagem social 
A APRENDIZAGEM OBSERVACIONAL 
 Aprendizagem de novas respostas por meio da observação 
de outras pessoas; 
 Um dos primeiros e mais básicos pressupostos da teoria 
sociocognitiva de Bandura é que os seres humanos são 
capazes de aprender uma infinidade de atitudes, habilidades 
e comportamentos. 
1 - Ofereci ajuda a minha mãe 
2 - Ela me deu um abraço em agradecimento 
3 - Meu irmão viu e fez o mesmo no dia seguinte 
 Bandura acredita que a aprendizagem por observação é 
muito mais eficiente do que a aprendizagem por experiência 
direta. Ao observar outras pessoas, os seres humanos são 
poupados de inúmeras ações que poderiam ser seguidas de 
punição ou reforço. 
REFORÇO VICARIANTE 
 Aprendizado ou fortalecimento de uma resposta por meio da 
observação das consequências de tal comportamento; 
RESPOSTA: Ajudar a mãe 
CONSEQUÊNCIA: Abraço (reforço) 
REFORÇO VICARIANTE: Ver o irmão sendo abraçado 
APRENDIZAGEM ATIVA 
 Bandura acredita que comportamentos humanos complexos 
podem ser aprendidos quando as pessoas refletem sobreseus comportamentos e avaliam suas consequências. 
 As consequências têm pelo menos 3 funções: 
- informar os efeitos as ações; 
- motivar o comportamento de antecipação; 
- reforçar o comportamento. 
A MODELAGEM 
 A base da aprendizagem por observação é a modelagem. A 
modelagem envolve processos cognitivos: não é simples cópia 
ou imitação. É mais do que reproduzir as ações do outro; 
envolve a representação simbólica de uma informação e seu 
armazenamento para uso futuro. 
FATORES QUE INFLUENCIAM A MODELAÇÃO 
 Características do modelo 
- Semelhança, idade e sexo, status e prestígio 
 Características dos observadores 
- Autoestima e reforço 
 Consequências associadas ao comportamento 
- Reforço X Punição 
PROCESSOS COGNITIVOS 
 Os processos cognitivos são importantes, pois o irmão não 
imitou automaticamente a resposta de oferecer ajuda, mas 
sim tomou a decisão deliberada e consciente de agir da 
mesma forma. 
 Bandura observou que a natureza da aprendizagem de 
observação é governada por quatro processos cognitivos: 
PROCESSOS DE ATENÇÃO 
Não é possível a aprendizagem de observação sem que o indivíduo 
esteja atento ao modelo. A simples exposição não garante que ele 
estará atento às pistas e estímulos relevantes; 
PROCESSOS DE RETENÇÃO 
 Os indivíduos precisam lembrar-se dos aspectos 
significativos dos comportamentos para poderem imitá-los; 
Observar -> Codificar -> Representar simbólicamente 
PROCESSOS DE PRODUÇÃO 
 A prática calibra e consolida o que foi observado e 
registrado e o conduz ao desemprenho correto do 
comportamento; 
PROCESSOS INCENTIVO E MOTIVAÇÃO 
 Antecipação de suas consequências gratificantes 
(reforçadoras); 
 Antecipação do afastamento das consequências punitivas 
CAUSAÇÃO TRIÁDICA RECÍPROCA 
 
 Bandura criticava os teóricos que atribuem a causa do 
comportamento humano a forças internas, como instinto, 
impulsos, necessidades ou intenções. A própria cognição é 
determinada, formada tanto pelo comportamento quanto 
pelo ambiente; 
 O teórico usa o termo recíproca para indicar a interação 
triádica de forças, não uma contra ação oposta ou similar. 
Os três fatores recíprocos não precisam ter a mesma 
força ou contribuir igualmente; 
 A potência relativa dos três varia de acordo com o indivíduo 
e com a situação; 
 A influência relativa de comportamento, ambiente e indivíduo 
depende de qual dos fatores triádicos é mais forte em um 
determinado momento. 
AUTO REFORÇO 
Determinantes 
pessoais
Determinantes 
ambientais
Determinantes 
comportament
ais
 Administração de recompensas ou punições a si mesmo por 
satisfazer, superar ou frustrar as próprias expectativas ou 
padrões. Podem ser: 
 Tangíveis 
- Nota boa na prova - > recompensa - > novo par de tênis ou ir 
ao cinema 
- Nota ruim na prova -> punição - > não sair para ficar estudando 
 Intangíveis 
- Bom desempenho na escola - > recompensa - > 
orgulho/satisfação 
- Mal desempenho na escola - > punição - > vergonha/culpa 
AUTO EFICÁCIA 
 Significa o nosso sentimento de adequação, eficácia e 
competência para lidarmos com a vida. 
 
 Fontes de informação sobre auto eficácia: 
1 – Aquisição de desempenho 
Realizações X Fracassos prévios 
2 – Experiências vicariantes 
“Se ela consegue eu também consigo” 
3 – Persuasão verbal 
Importante da persuasão ser realista 
4 – Estimulação fisiológica e emocional 
Forma como administra a situação 
 Bandura conclui que certas condições aumentam a auto 
eficácia: 
1 – Expor as pessoas a experiências bem-sucedidas, 
estabelecendo objetivos alcançáveis; 
2 – Expor as pessoas a modelos adequados e bem-sucedidos - > 
experiências vicariantes 
3 – Oferecer persuasão verbal 
4 – Estimular a fisiologia: prática de exercícios físicos, dieta 
apropriada, redução de estresse. 
ENCONTROS CASUAIS E EVENTOS FORTUITOS 
 Embora as pessoas possam, e de fato, exerçam certo 
controle significativo sobre suas vidas, elas não podem 
prever ou antecipar todas as possíveis mudanças 
ambientais; 
 Bandura define encontro casual como "um encontro não 
intencional entre pessoas desconhecidas"; 
 Um evento fortuito é uma “experiência ambiental inesperada 
ou não intencional”. 
RESUMO 
 A teoria da aprendizagem social enfoca no comportamento 
manifesto; 
 Difere do behaviorismo radical principalmente por conta da 
adoção aos processos internos (cognitivos); 
 Considera o ser humano determinante de suas ações e 
comportamentos; 
 Estuda como as pessoas aprendem a partir de modelos; 
 Estuda como as pessoas se comportam diante das situações. 
 Psicólogo britânico que criou a Teoria do Apego 
 Influências para a elaboração da teoria do apego: 
- Etologia 
- Imprinting – Konrad Lorenz 
VISÃO EVOLUCIONISTA 
 O apego tem valor adaptativo para o bebê, assegurando que 
suas necessidades tanto psicossociais quanto físicas sejam 
satisfeitas; 
 Segundo a teoria etológica, bebês e seus pais estão 
biologicamente predispostos a se apegarem entre si, e o 
apego promove a sobrevivência da criança. 
CONCEITOS BÁSICOS 
 Etologia é a disciplina que estuda o comportamento das 
pessoas e dos animais em sua origem. Sob influência da 
Teoria da evolução darwiniana, uma de suas preocupações 
básicas é a evolução do comportamento por meio do 
processo de seleção Natural; 
 O que é imprinting: é fenômeno exibido por vários animais 
jovens principalmente pássaros, tais como patinhos e 
pintinhos. Quando saem dos seus ovos, eles seguirão o 
primeiro objeto em movimento que eles encontrarem no 
ambiente (que pode ser a sua mãe pata ou galinha, mas não 
necessariamente). Ocorre então uma ligação social entre o 
filhote e este objeto ou organismo. 
O QUE É O APEGO PARA BOWLBY? 
 Os comportamentos de apego se referem a um conjunto de 
condutas inatas exibidas pelo bebê, que promovem a 
manutenção ou o estabelecimento da proximidade com sua 
principal figura provedora de cuidados, a mãe, na maioria das 
vezes. 
 Ações que compõem o repertório comportamental básico de 
apego são: chorar, sorrir, fazer contato visual, buscar 
aconchego e agarrar-se ao outro; 
 Como identificar o apego 
 Segundo Bowlby os comportamentos de apego são 
 Ativados por certas condições: 
- Fome 
- Cansaço 
- Situações consideradas ameaçadoras e/ou estranhas pela 
criança 
 Cessados por outras: 
- Visão da figura de apego 
- Escuta de sua voz 
- A interação com ela. 
A IDEIA DO IMPULSO PRIMÁRIO 
 Bowlby buscava descartar a ideia do impulso primário, que 
influenciava fortemente o pensamento científico da época. 
A ideia do impulso primário associava a alimentação à razão 
pela qual a criança desenvolve um forte laço com sua mãe e 
substituindo-a pelo sentimento de segurança, atribuindo a ele 
a noção de função biológica de proteção. 
 Foi aí que um cientista (Harlow) forneceu a evidência que ele 
precisava para contestar esta visão; 
OS ESTUDOS DE HARRY FREDERICK HARLOW (1958) 
 Harlow demonstrou por meio do seu experimento da mãe de 
arame/ mãe felpuda que os bebês queriam ficar perto de 
suas mães não somente porque elas eram suas fontes de 
alimento, desmistificando o mito do amor materno como 
dispensador de alimento como pensavam os behavioristas da 
época; 
 Vantagem: 
- Podemos aprender a se adaptar ao meio. 
 Desvantagem: 
- Sermos emocionalmente vulneráveis. 
BASE SEGURA 
 O termo “base segura”, no contexto da Teoria do Apego, 
refere-se à confiança que o indivíduo tem numa figura 
particular, protetora e de apoio, que está disponível e é 
acessível (o que gera um modelo de trabalho do bebê), e a 
partir da qual se pode fazer uma exploração coparticipada; 
 O modelo de trabalho do bebê está relacionado ao conceito 
de confiança básica de Erikson; 
 Quando uma pessoa está apegada ela tem um sentimento 
especial de segurança e conforto na presença do outro e 
pode usar o outro como uma “base segura” a partir da qual 
explora o resto do mundo. 
DOIS SISTEMAS COMPORTAMENTAIS 
COORDENADOS O sistema de apego: 
- Caracterizado pelo nosso comportamento em situações de 
separação. Se não estamos ameaçados por separações 
imprevistas construímos uma base segura; 
 O sistema de exploração: 
- Somente acontece se a criança tem uma base segura para 
explorar o mundo. Então, buscará, jogará, iniciará contatos sociais, 
etc. A exploração desenvolve a aprendizagem e a adaptação 
social. 
As quatro fases do apego 
 Pré-apego: 0-6 semana 
O bebê prefere estímulos humanos (rostos); Ele não reconhece 
ainda a figura do cuidador; somente reconhece a voz e o cheiro 
de sua mãe; Não há qualquer apego; 
 Formação do apego: 6 sem.- 6/8 mês 
Ele prefere pessoas com as quais está familiarizado; no entanto, 
recusa estranhos; possui uma privilegiada interação com a mãe, 
sorrindo, chorando e produzindo vocalizações diferenciadas na 
presença dessa. 
 Apego bem definido: 6/8 mês – 18 mês 
Quando a figura de apego se afasta se produz a ansiedade de 
separação; Medo do desconhecido, buscando refúgio na figura de 
apego; A criança sabe que a mãe continua a existir mesmo que 
não com ele; 
 Formação de uma relação recíproca: 18 – 24 mês. 
A interação com figuras de apego evolui graças às novas 
capacidades mentais e linguísticas adquiridas pela criança. 
MARY AINSWORTH 
 Foi uma aluna de Bowlby no começo da década de 1950; 
 Técnica: Situação estranha (comportamento e reações das 
crianças de 10-14 meses): 
- Diante da presença de uma pessoa estranha; 
- Em um ambiente desconhecido; 
- Com ou sem a presença da mãe. 
 Para poder avaliar: Reflexos do sentimento de segurança e 
de confiança de acordo com o vínculo de apego estabelecido 
com a mãe. 
CATEGORIAS DE APEGO SEGUNDO AINSWORTH 
 Apego seguro: 
- Podem chorar ou protestar quando o cuidador se ausenta, mas 
são capazes de obter o conforto de que precisam, com eficácia 
e rapidamente, demonstrando flexibilidade e resiliência, quando 
diante de situações estressantes. Costumam ser cooperativos e 
raramente sentem raiva; 
 Apego evitativo: 
- Não são afetados por um cuidador que se ausenta ou retorna. 
Eles demonstram pouca emoção, seja positiva ou negativa; 
 Apego ambivalente (resistente): 
- Ficam ansiosos antes mesmo de o cuidador se ausentar e ficam 
cada vez mais perturbados quando ele ou ela sai. 
O QUARTO PADRÃO DE APEGO 
 Outra pesquisa (Main e Solomon, 1986) identificou um quarto 
padrão, o apego desorganizado-desorientado, que é o menos 
seguro. 
 Bebês que apresentam o padrão desorganizado parecem 
não ter uma estratégia coesa para lidar com o estresse da 
Situação Estranha. Apresentam: 
- Comportamentos contraditórios, repetitivos ou mal direcionados 
(por exemplo, procuram intimidade com o estranho e não com a 
mãe); 
- Parecem confusos e temerosos; 
- Poderão saudar a mãe com entusiasmo quando ela voltar, mas 
depois se afastam ou se aproximam sem olhar para ela. 
A ANSIEDADE DIANTE DE ESTRANHOS 
 A ansiedade diante de estranhos é demonstrada através 
das reações de cautela da criança com pessoas que ela não 
conhece, 
A ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO 
 A ansiedade de separação: 
Aflição sentida quando um cuidador familiar se ausenta. 
 A ansiedade de separação deve-se, por vezes, menos à 
separação em si do que à qualidade dos cuidados substitutos. 
Quando cuidadores substitutos são afetuosos e responsivos 
e brincam com crianças de 9 meses antes que elas chorem, 
a tendência dessas crianças é de chorar menos do que 
quando estão com cuidadores pouco responsivos. 
 A estabilidade nos cuidados com o bebê também é 
importante. 
EFEITOS DE LONGO PRAZO DO APEGO 
 Conforme propõe a teoria do apego, a segurança do apego 
parece afetar a competência emocional, social e cognitiva; 
 Quanto mais seguro o apego com um adulto atencioso, maior 
a probabilidade de a criança desenvolver um bom 
relacionamento com os outros. 
CARACTERÍSTICAS APEGO SEGURO X APEGO 
INSEGURO 
 Apego seguro: 
Apresentaram menos estresse para se adaptar a uma creche, 
tendem a ter vocabulário maior e mais variado do que aquelas de 
apego inseguro. Apresentam interações mais positivas com seus 
pares, e suas tentativas de aproximação tendem a ser aceitas. 
Provavelmente são mais curiosas, competentes, empáticas, 
resilientes e autoconfiantes, têm um melhor relacionamento com 
outras crianças e formam amizades mais íntimas do que aquelas 
de apego inseguro; 
 Apego inseguro: 
Tendem a demonstrar emoções mais negativas (medo, aflição e 
raiva), ao passo que crianças de apego seguro são mais alegres. 
costumam apresentar inibições e emoções negativas entre o 1º e 
o 3º ano de vida, hostilidade em relação a outras crianças aos 5 
anos e dependência durante a fase escolar. Elas também estão 
mais propensas a evidenciar comportamentos agressivos e 
problemas de conduta. 
 Trabalhou na teoria do ambiente comportamental, dando 
ênfase a fatores do meio ambiente como fatores-chave 
para o desenvolvimento da criança; 
 Sua teoria baseia-se no entendimento de que o 
desenvolvimento e a mudança de comportamento do 
indivíduo ocorram através dos sistemas ambientais que 
influenciam o sujeito; 
 É uma das teorias mais aceitas da psicologia evolucionista. 
 Para Bronfenbrenner, as investigações anteriores focavam 
apenas na pessoa em desenvolvimento dentro de um 
ambiente restrito, sem considerar as influências do 
ambiente; 
 Seu modelo teve grande influência das ideias de Kurt Lewin 
e de Jean Piaget; 
DESENVOLVIMENTO HUMANO PARA 
BRONFENBRENNER 
 O desenvolvimento humano é definido como "o conjunto de 
processos através dos quais as particularidades da pessoa e 
do ambiente interagem para produzir constância e mudança 
nas características da pessoa no curso de sua vida" 
(Bronfenbrenner, 1989). 
 O teórico dizia que o indivíduo é estimulado e 
inibido pelo nível de interação com as pessoas e 
pela participação ativa em diferentes ambientes, 
de maneira continuada e recíproca, num “jogo” 
entre os aspectos biológicos, psicológicos e 
ambientais do indivíduo, durante sucessivas 
gerações; 
 Para Bronfenbrenner, o desenvolvimento 
representa uma transformação que atinge a 
pessoa, sendo realizada em diversos níveis. O 
nível: 
- Dos processos 
- Dos contextos 
- Da pessoa 
- Do tempo. 
 
PROCESSOS 
 O nível dos processos diz que o desenvolvimento ocorre 
através de interações recíprocas entre um indivíduo e as 
pessoas, os objetos e os símbolos do ambiente imediato; 
 A interações devem ser progressivamente mais complexas 
e ocorrer numa base mais regular e continuada de tempo; 
 Essas formas de interação são denominadas processos 
proximais; 
 Pode resultar em dois efeitos: efeito de competência e 
efeito de disfunção; 
 Variam em 5 dimensões: Duração, Frequência, 
Interrupção/Estabilidade, Momento e Intensidade/Força 
 Variam em 5 dimensões: 
- Duração 
- Frequência 
- Interrupção/Estabilidade 
- Momento 
- Intensidade/Força 
CONTEXTOS 
 O nível dos contextos diz respeito ao meio global em que se 
insere o indivíduo e engloba quatro níveis distintos: 
- Microssistema: Padrão de atividades, papéis e relações 
interpessoais vivenciados num ambiente com 
características particulares 
- Mesossistema: Relações ou inter-
relações entre dois ou mais microssistemas, 
onde a pessoa em desenvolvimento participa 
ativamente. 
- Exossistema: Ambientes que não 
envolvem diretamente a pessoa, mas que 
afetam o seu desenvolvimento 
- Macrossistema: Contexto englobante 
dos sistemas anteriores, ao nível da cultura e 
subcultura. 
 
PESSOA 
 O nível da pessoa representa a pessoa como um elemento 
complexo que atribui significado aos contextos e é o 
processo e produto das interações que com estes 
estabelecem. 
 
TEMPO 
 O nível do tempo permite compreender as influências que as 
mudanças e continuidades no percurso da vida de cada 
indivíduo apresentam para o seu desenvolvimento, 
englobando três níveis distintos: 
- Microtempo: continuidades e descontinuidadesque ocorrem em 
pequenos episódios de processos proximais; 
- Mesotempo: periodicidade dos processos proximais através de 
intervalos de tempo mais prolongados; 
- Macrotempo: expectativas e aos acontecimentos de mudança 
enquadrados na sociedade ao longo de gerações 
RESUMO 
 A proposta bioecológica do desenvolvimento humano presta 
uma atenção especial ao contexto sociocultural e às 
interações, onde existe uma forte interdependência 
sistémica entre os diferentes contextos de vida, em que a 
noção básica de rede social é fundamental. 
 Uma rede social é o conjunto de ligações de uma ou mais 
redes pessoais. Nas redes estão presentes três elementos: 
- As pessoas que as constituem; 
- As funções que elas exercem; 
- As situações em que as funções são desempenhadas. 
 “Entendemos por desenvolvimento o processo que envolve 
estabilizações e mudanças das características biopsicológicas 
de um ser humano, não apenas ao longo do ciclo de vida, mas 
também através de gerações. “– Bronfenbrenner, 1979.

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