Prévia do material em texto
SIMULADO – Produção Discursiva – Oralidade e Escrita no Ensino Superior Professor Jeferson Luis de Carvalho 1. Texto A vegetação do cerrado é influenciada pelas características do solo e do clima, bem como pela freqüência de incêndios. O excesso de alumínio provoca uma alta acidez no solo, o que diminui a disponibilidade de nutrientes e o torna tóxico para plantas não adaptadas. A hipótese do escleromorfismo oligotrófico defende que a elevada toxicidade do solo e a baixa fertilidade das plantas levariam ao nanismo e à tortuosidade da vegetação. Além disso, a variação do clima nas diferentes estações (sazonalidade) tem efeito sobre a quantidade de nutrientes e o nível tóxico do solo. Com baixa umidade, a toxicidade se eleva e a disponibilidade de nutrientes diminui, influenciando o crescimento das plantas. Já outra hipótese propõe que o formato tortuoso das árvores do cerrado se deve à ocorrência de incêndios. Após a passagem do fogo, as folhas e gemas (aglomerados de células que dão origem a novos galhos) sofrem necrose e morrem. As gemas que ficam nas extremidades dos galhos são substituídas por gemas internas, que nascem em outros locais, quebrando a linearidade do crescimento. Quando a freqüência de incêndios é muito elevada, a parte aérea (galhos e folhas) do vegetal pode não se desenvolver e ele se torna uma planta anã. Pode- se dizer, então, que a combinação entre sazonalidade, deficiência nutricional dos solos e ocorrência de incêndios determina as características da vegetação do cerrado. (André Stella e Isabel Figueiredo. Ciência hoje, março/2008, adaptado.) Assinale a opção cuja pergunta delimita o tema do texto. Alternativas A) Por que o solo do cerrado é pobre em nutrientes? B) Por que há incêndios no cerrado? C) Por que as árvores do cerrado se desenvolvem pouco? D) Por que as árvores do cerrado são pequenas e retorcidas? E) Por que a vegetação do cerrado tem baixa fertilidade? 2. Assim como a leitura, o processo de escrita é tanto uma experiência individual e única, quanto interpessoal e dialógica. É individual e única porque o processo de produção de um texto implica escolhas pessoais quanto ao que dizer e a como dizer: a seleção de tópicos a serem apresentados, das palavras a serem utilizadas, dos enunciados a serem organizados são escolhas do produtor do texto, que refletirão seu estilo de dizer. No século XVII, era comum quando se pretendia visitar um parente ou amigo — ainda que residente na mesma cidade — escrever-se uma carta e entregá-la em mãos, com a finalidade de avisá-lo de sua visita. Hoje essa prática caiu em desuso — e com ela a situação de utilização do gênero — tendo sido substituída por um telefonema, por exemplo. As tecnologias digitais, por outro lado, acabam por criar novas possibilidades de interlocução escrita com pessoas distantes geograficamente umas das outras: por e-mail, enviando-se mensagens que ora se assemelham a bilhetes, ora a cartas, em tempo não-real, ou, ainda em chats, nos quais se pode conversar em tempo real com pessoas dos lugares mais longínquos do planeta. Criam-se, assim, se não novos gêneros, pelo menos modificações nos gêneros já existentes. Outro ponto importante é que assim como a leitura, a produção de textos escritos é uma prática de linguagem e, como tal, uma prática social. Quer dizer: em várias circunstâncias da vida escrevemos textos para diferentes interlocutores, com distintas finalidades, organizados nos mais diversos gêneros, para circularem em espaços sociais vários, logo, devemos sempre estar atentos quanto ao modo como escrevemos e quanto ao contexto em que tal discurso será dito. Disponível em: http://www.ifcursos.com.br/sistema/admin/arquivos/17-36-14- ap0stilac0municaca00raleescritaaplicada.pdf.Acesso em: 03 abr. 2020 (adaptado). Diante das explicações apresentadas, analise a seguinte situação: Uma empresa decide proibir o uso do correio eletrônico para transmissão de mensagens pessoais entre seus funcionários durante o expediente de trabalho. Contudo, a direção da empresa está preocupada com a reação dos funcionários diante da imposição e também com os problemas de relacionamento pessoal que tal decisão poderá ocasionar. Assim, decidiu que o responsável por cada área faria sua comunicação por escrito "da maneira mais apropriada". As comunicações de cada área foram as seguintes: Marketing: "A extrapolação dos dados de recentes pesquisas internas aponta uma tendência exagerada e não prevista na transmissão de spams. Após um brainstorming com toda a equipe, ficou evidente a necessidade de cortes substanciais no uso da mídia interna, sem prejuízo a nossa endocomunicação". RH: "Enquanto seres funcionais, estamos sujeitos a vivenciar parâmetros holísticos. Apesar de a abertura comunicacional ter permitido certo nível de desafio aos paradigmas, tal alavancagem foi inibida pela não implementação de uma política de Instant Feedback, ora substituída em caráter emergencial por medidas restritivas de curto prazo". Serviços gerais: "De hoje em diante, quem for apanhado brincando com o correio eletrônico receberá uma advertência. Em caso de reincidência, será demitido". Disponível em: http://www.atocomunicacional.com.br/2016_07_01_archive.html?view=classic. Acesso em: 04 abr. 2020 (adaptado). Sabe-se que o único setor que recebeu críticas unânimes foi o de serviços gerais, devido à linguagem utilizada na comunicação da empresa, contudo, por algum motivo, foi somente nesta área que a ordem realmente funcionou. Assinale a alternativa que justifique isso. Alternativas A) Por mais que a linguagem utilizada na comunicação de serviços gerais fosse bastante informal para uma empresa, foi a única capaz de promover o fácil entendimento da ordem de não usar o correio eletrônico em horário de serviço. B) A linguagem utilizada na comunicação escrita de serviços gerais foi incongruente para uma empresa, logo, a direção geral tornou-se alvo de críticas dos funcionários de serviços gerais. C) O tom da linguagem utilizada na comunicação de serviços gerais fizeram com que os funcionários das demais áreas não julgassem pertinente a ordem recebida de seus gestores, então, uniram-se para não cumpri-la. D) Os demais setores tiveram dificuldade em compreender a linguagem extremamente formal usada para a ordem, entendendo que a mesma não era direcionada a eles. E) Os funcionários do setor de serviços gerais ficaram indignados com a diferença na comunicação entre eles e os demais setores, mas como precisam do emprego, cumpriram a ordem. 3. Não se trata simplesmente de "aceitar" a variedade linguística estigmatizada falada pelos alunos e ficar só nisso. A função da escola é, em todo e qualquer campo de conhecimento, levar a pessoa a conhecer e dominar coisas que ela não sabe e, no caso específico da língua, conhecer e dominar, antes de mais nada, a leitura e a escrita e, junto com elas, outras formas de falar e de escrever, outras variedades de língua, outros registros. Ninguém quer deixar o aluno “encerrado” em sua variedade linguística original, como escrevem alguns defensores intransigentes da pedagogia mais arcaica possível, tentando deturpar e distorcer as propostas mais progressistas de educação em língua materna. A aceitação, a defesa e o reconhecimento da legitimidade das variedades sem prestígio social não estão em contradição com o trabalho didático de levar os falantes dessas variedades a se apoderar também de novos recursos linguísticos, de outras variedades, principalmente das urbanas de prestígio e da norma padrão tradicional, que ele só terá condições de conhecer por meio da escolarização. BAGNO, Marcos. Preconceito Linguístico: o que é, como se faz. São Paulo: edições Loyola, 1999 (adaptado). A respeito do paralelo entre variações linguísticas e ensino da língua materna, analise as proposições a seguir e a relação proposta entre elas. I. Ao contrário do ensinogramaticista, que opta por ensinar ao aluno o que é certo e o que é errado, o ensino da língua materna partindo da legitimação das variações linguísticas preza pelo ensino do que é adequado e do que é inadequado. PORQUE II. Uma vez que as variações linguísticas são legitimadas, o aluno deve compreender que a maneira como ele fala não é certa nem errada, mas que pode ser adequada ou inadequada de acordo com a situação e com o ambiente em que se encontra. Portanto, ele deve aprender a variedade denominada norma padrão, não porque é maneira correta de se falar, mas porque isso irá permitir que ele tenha acesso a ambientes e a situações sem que a língua seja um problema. A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta. Alternativas A) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E) As asserções I e II são proposições falsas. 4. Texto I A recepção da mensagem não significa, necessariamente, a sua compreensão. Pode haver falhas de comunicação em qualquer um dos níveis, por exemplo, a mensagem pode ser recebida, mas não compreendida, quando o emissor e o receptor não possuem signos em comum; ou quando a comunicação é restrita, pois poucos são os signos em comum. A comunicação pode ser eficiente quando há uma completa compreensão dos signos emitidos, contudo, não basta que o código seja comum para que se realize uma comunicação satisfatória. Outras variáveis que incidam sobre os outros elementos da comunicação podem atrapalhar o seu sucesso. Alguns problemas podem, por exemplo, ser originados de interferências indesejáveis na transmissão da mensagem; a esse tipo de problema dá-se o nome de ruído. A perturbação da comunicação originária de uma desorganização da mensagem caracteriza aquilo que se entende por entropia, já a repetição indevida de informações durante o processo de comunicação leva o nome de redundância. TELLES, Luís Fernando Prado. Elementos da comunicação e suas formas de planejamento. Disponível em: https://repositorio.pgsskroton.com.br/bitstream/123456789/1355/1/Artigo%2012.pdf. Acesso em: 02 ago. 2019. Texto II https://repositorio.pgsskroton.com.br/bitstream/123456789/1355/1/Artigo%2012.pdf Com base no texto I, avalie as afirmações a seguir, referentes à análise dos elementos da comunicação presentes no texto II. I. Nota-se a ocorrência de um ruído no processo comunicativo, uma vez que o personagem Edibar não compreendeu que era ele próprio responsável por ofertar à mulher a pensão. II. Os papéis de emissor e de receptor alternam-se no processo comunicativo da tirinha, sendo que o emissor ora é o personagem juiz, ora é o personagem Edibar, fato que também ocorre em relação aos destinatários da mensagem. III. Pode-se considerar que o código utilizado pelos interlocutores foi em língua portuguesa e predominantemente verbal; o canal de comunicação usado foi a voz. É correto o que se afirma em A) I, apenas. B) I e III, apenas. C) I e II, apenas. D) II e III, apenas. E) I, II e III. E) 5. Texto A vegetação do cerrado é influenciada pelas características do solo e do clima, bem como pela frequência de incêndios. O excesso de alumínio provoca uma alta acidez no solo, o que diminui a disponibilidade de nutrientes e o torna tóxico para plantas não adaptadas. A hipótese do escleromorfismo oligotrófico defende que a elevada toxicidade do solo e a baixa fertilidade das plantas levariam ao nanismo e à tortuosidade da vegetação. Além disso, a variação do clima nas diferentes estações (sazonalidade) tem efeito sobre a quantidade de nutrientes e o nível tóxico do solo. Com baixa umidade, a toxicidade se eleva e a disponibilidade de nutrientes diminui, influenciando o crescimento das plantas. Já outra hipótese propõe que o formato tortuoso das árvores do cerrado se deve à ocorrência de incêndios. Após a passagem do fogo, as folhas e gemas (aglomerados de células que dão origem a novos galhos) sofrem necrose e morrem. As gemas que ficam nas extremidades dos galhos são substituídas por gemas internas, que nascem em outros locais, quebrando a linearidade do crescimento. Quando a freqüência de incêndios é muito elevada, a parte aérea (galhos e folhas) do vegetal pode não se desenvolver e ele se torna uma planta anã. Pode-se dizer, então, que a combinação entre sazonalidade, deficiência nutricional dos solos e ocorrência de incêndios determina as características da vegetação do cerrado. (André Stella e Isabel Figueiredo. Ciência hoje, março/2008, adaptado.) Assinale a opção cuja pergunta delimita o tema do texto. Alternativas A) Por que o solo do cerrado é pobre em nutrientes? B) Por que há incêndios no cerrado? C) Por que as árvores do cerrado se desenvolvem pouco? D) Por que as árvores do cerrado são pequenas e retorcidas? E) Por que a vegetação do cerrado tem baixa fertilidade? 6. Ronaldo é redator de textos informativos e segue à risca as etapas da apuração, como pauta, produção, revisão, checagem e cruzamento de dados. Mas, após trabalhar com textos informativos por muitos anos, percebeu que gostaria de trabalhar com algo diferente, então, começou a procurar emprego para produzir textos opinativos. É possível verificar que, em sites, jornais ou revistas, existem diversos textos opinativos em diferentes formatos e gêneros, com a função ou a possibilidade de apresentação de juízos e avaliações sobre os mais variados assuntos de interesse do público leitor. Considerando o interesse de Ronaldo em trabalhar com textos opinativos, quanto aos formatos de texto com os quais ele poderia trabalhar, julgue os itens a seguir. I. Ronaldo poderia trabalhar com editoriais e apresentar sua opinião sobre questões variadas, assinalando seu nome ao final das produções. II. O redator poderia conseguir um emprego de colunista e publicar textos opinativos diariamente, semanalmente ou mensalmente. III. Ronaldo poderia escrever crônicas, que constituem um gênero eficiente para afirmar avaliações e perspectivas de mundo e propor reflexões para os leitores. É correto o que se afirma em Alternativas A) II e III, apenas. B) I, apenas. C) I, II e III. D) III, apenas. E) I e II, apenas. I, II e III. 7. Leia o fragmento a seguir extraído da obra O meu Pé de Laranja Lima, de José Mauro Vasconcelos. Sentei num tronco de árvore e me encolhi todo, encostando o rosto nos joelhos. Surgiu um desabafo grande que eu nem esperava. — Você é malvado, Menino Jesus. Eu que pensei que você ia nascer Deus essa vez e você faz isso comigo? Por que você não gosta de mim como dos outros meninos? Eu fiquei bonzinho. Não briguei mais, estudei as lições, deixei de falar palavrão. Por que você faz isso comigo, Menino Jesus? Vão cortar o meu pé de Laranja Lima e nem por isso eu me zanguei. Só chorei um pouquinho... E agora... E agora... Nova enxurrada de lágrimas. — Eu quero o meu Portuga de volta, Menino Jesus. Você tem que me dar o meu Portuga de volta... Aí uma voz muito suave, muito doce, falou para o meu coração. Devia ser a voz amiga da árvore em que eu me sentara. — Não chore, menininho. Ele foi pro céu. VASCONCELOS, José Mauro. O Meu Pé de Laranja Lima. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2017 (adaptado). No discurso, a linguagem é utilizada de acordo com as intenções do falante. Considerando a função da linguagem do fragmento da obra Meu Pé de Laranja Lima, julgue os itens a seguir. I. A função expressiva da linguagem presente no texto é incapaz de realçar a personalidade do emissor. Apresenta sutilmente a atitude do emissor frente ao conteúdo que quer exprimir, diante da morte do seu melhoramigo. II. Em narrativas com a função expressiva da linguagem, o personagem não se preocupa com o referente ou com o receptor, mas com as afirmações que pretende realizar, como pode ser percebido no desabafo do protagonista da obra com o Menino Jesus. III. A função expressiva da linguagem, embora exponha ideias sobre o referente, tem em vista, principalmente, exteriorizar emoções e apresentar a atitude do emissor frente à situação em que se encontra, que poderá ser agradável, ruim, alegre ou triste, como no fragmento lido. É correto o que se afirma em Alternativas A) I, apenas. B) II, apenas. C) I e III, apenas. D) II e III, apenas. E) I, II e III. 8. A comunicação é uma necessidade natural dos seres humanos, podendo se ocorrer de diferentes formas e por meio de linguagens diversas. Dentre as diversas formas de linguagem está a verbal, na qual se destaca a oralidade. Por meio da língua, os indivíduos expressam e comunicam seus pensamentos. Assim, a oratória, que desde os tempos remotos já fazia parte da comunicação dos povos, é fundamental para as relações humanas, favorecendo o progresso familiar, pessoal e profissional, enfim, o progresso social. Entretanto, para que se tenha êxito no processo de comunicação, alguns elementos precisam ser observados. Imagine, então, a seguinte situação: Helena está em seu último período da faculdade e o dia tão temido da defesa de seu trabalho de conclusão de curso chegou. Ela está apreensiva, pois um dos professores que participarão de sua banca é de outra instituição e ela não o conhece. Além disso, ela soube que o seu orientador irá levar uma turma de 20 alunos de outro curso em que leciona para assistir à sua apresentação. Sobre a situação de Helena, avalie os itens a seguir. I. O conhecimento do espaço em que se dará a apresentação a deixará mais segura, uma vez que poderá planejar melhor a sua movimentação e a sua entonação, por exemplo. II. A elaboração de um roteiro, como uma apresentação sucinta e simples em PowerPoint, pode amenizar a apreensão dela, uma vez que ajudará na condução lógica da apresentação. III. O domínio do assunto por parte dela torna injustificável sua apreensão, uma vez que está numa situação em que a organização da mensagem independe de quem sejam os receptores. IV. A adoção de um linguajar menos técnico favorecerá a apresentação dela, uma vez que estarão na plateia pessoas diversas, as quais poderão não dominar termos técnicos de sua área. É correto o que se afirma em A) III, apenas. B) I e II, apenas. C) III e IV, apenas. D) I, II e IV, apenas. E) I, II, III e IV. 9. Qual é a primeira coisa que você faz quando entra na Internet? Checa seu e- mail, dá uma olhadinha no Twitter, confere as atualizações dos seus contatos no Orkut ou no Facebook? Há diversos estudos comprovando que interagir com outras pessoas, principalmente com amigos, é o que mais fazemos na Internet. Só o Facebook já tem mais de 500 milhões de usuários, que, juntos, passam 700 bilhões de minutos por mês conectados ao site — que chegou a superar o Google em número de acessos diários. (...) e está transformando nossas relações: tornou muito mais fácil manter contato com os amigos e conhecer gente nova. Mas será que as amizades online não fazem com que as pessoas acabem se isolando e tenham menos amigos offline, “de verdade”? Essa tese, geralmente citada nos debates sobre o assunto, foi criada em 1995 pelo sociólogo americano Robert Putnam. E provavelmente está errada. Uma pesquisa feita pela Universidade de Toronto constatou que a Internet faz você ter mais amigos — dentro e fora da rede. Durante a década passada, período de surgimento e ascensão dos sites de rede social, o número médio de amizades das pessoas cresceu. E os chamados heavy users, que passam mais tempo na Internet, foram os que ganharam mais amigos no mundo real — 38% mais. Já quem não usava a Internet ampliou suas amizades em apenas 4,6%. Como a Internet está mudando a amizade. Superinteressante, n. 288, fev./ 2011 (com adaptações). No texto, o trecho entre parênteses foi suprimido. Assinale a opção que contém uma frase que completa coerentemente o período em que o trecho omitido estava inserido. Alternativas A) A Internet é a ferramenta mais poderosa já inventada no que diz respeito à amizade. B) A Internet garante que as diferenças de caráter ou as dificuldades interpessoais sejam “obscurecidas” pelo anonimato e pela cumplicidade recíproca. C) A Internet faz com que você “consiga desacelerar o processo, mas não salva as relações”, acredita o antropólogo Robin Dunbar. D) A Internet raramente cria amizades do zero — na maior parte dos casos, ela funciona como potencializadora de relações que já haviam se insinuado na vida real. E) A Internet inova (e é uma enorme inovação, diga-se de passagem) quando torna realidade a “cauda longa”, que é a capacidade de elevar ao infinito as possibilidades de interação. 10. Leia os textos a seguir. TEXTO 1 A Intertextualidade é o fenômeno de se fazer nascer um texto tendo por base um outro que já existe. Nesse processo, acaba-se por criar uma relação entre textos, posto que um influencia o outro. Nesse tipo de produção, um texto sempre estará relacionado a outro, já que é uma consequência natural. Haverá certa referência, explícita ou implícita, ao que consta na produção original, a exemplo de forma e conteúdo. A intertextualidade ocorre em muitas manifestações artísticas, como a literatura, a pintura, a escultura e a dança. Mas há também forte participação nas propagandas publicitárias, além das charges e provérbios. Disponível em: https://conhecimentocientifico.r7.com/intertextualidade/. Acesso em 02 nov. 2020 (adaptado). TEXTO 2 Disponível em: http://educacao.globo.com/portugues/assunto/estudo-do- texto/intertextualidade.html. Acesso em: 02 nov. 2020 (adaptado). A partir da leitura dos textos 1 e 2, acerca do fator linguístico da intertextualidade, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. A propaganda, no texto 2, evidencia a intertextualidade por meio de uma citação, identificada pelo uso das aspas, e ressignifica o sentido do texto citado, associando-o a questões mostradas no plano visual. PORQUE II. O trecho "Do pó vieste e ao pó voltarás", cuja origem é o texto bíblico, evidencia, de forma explícita, como dispõe o texto 1, o procedimento intertextual, sendo a sua adequada compreensão dependente do conhecimento do texto fonte. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. Alternativas A) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E) As asserções I e II são proposições falsas.