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A IMPORTANCIA DA AFETIVIDADE NO PROCESSO ENSINOAPRENDIZAGEM

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A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NO PROCESSO DE ENSINO/APRENDIZAGEM
RESUMO 
O presente artigo analisa o papel da afetividade nas práticas pedagógicas, partindo do preceito de que, as relações que se estabelecem entre o educador e educando, são intensamente marcadas pela dimensão afetiva, uma vez que é possível observar impacto significativo na criança. Tais impactos podem gerar aproximação ou distanciamento entre os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem. Sendo assim, pretende-se apontar e analisar algumas ações dos educadores e seus impactos afetivos nas relações estabelecidas entre os alunos e os conteúdos abordados na sala de aula. Foi utilizada a pesquisa bibliográfica. Ao fim, foi constatado que a afetividade é fundamental e de grande importância para o desenvolvimento dos educandos, uma vez que afeto e incentivo são fundamentais para o sucesso acadêmico e pessoal dos alunos.
Palavras-chave: Educação. Afetividade. Relação Professor/Aluno. 
INTRODUÇÃO
	Este estudo de investigação bibliográfica reflete sobre a importância da afetividade no processo de ensino-aprendizagem, tendo uma visão particularmente psicopedagógica, ou seja, o foco é o sujeito e sua interação com o ambiente e com os outros ali envolvidos, e como essa interação influi de forma positiva ou negativa sobre sua aprendizagem.
Atualmente, a discussão sobre afetividade dentro do ambiente escolar ganhou maior destaque, pois pode-se observar uma maior ocorrência de problemas como disciplina, desmotivação, dificuldade de manter atenção e violência, podendo estes terem origem na falta de vínculo com o educador, logo podendo ser minimizados na construção deste.
Durante o processo de escolarização pressupõe-se que o aluno construirá várias interações, nas quais a afetividade se faz presente. Associado a isso, a escola deve proporcionar um espaço de reflexão, contribuindo para o desenvolvimento e a construção de uma consciência crítica e transformadora, trazendo o aspecto afetivo de uma forma consciente intencional para dentro da sala de aula. 
O professor deve repensar a sua práxis, de forma que suas aulas se tornem mais prazerosas, onde haja a participação ativa de seus alunos. Já que todas as atividades planejadas e desenvolvidas, e a forma com que o professor apresenta o conteúdo em sua sala de aula, pode afetar cada aluno de uma maneira particular, o que pode repercutir de várias formas na sua aprendizagem. 
A psicopedagogia se preocupa com a educação significativa, onde o professor utilize Afetividade de forma estratégica para estimular o desenvolvimento intelectual e a autonomia de seus alunos. A prática pedagógica deve ser baseada no diálogo, permitindo que o mesmo desenvolva e alcance o seu potencial.
A afetividade vem sendo objeto de debate pelos profissionais da educação e da Saúde. os problemas emocionais estão ligados a conflitos interiores, o que dificulta a interação com o meio, uma carência afetiva contribuir com outros fatores que prejudicam a aprendizagem. No espaço escolar o aluno poderá apresentar problemas cognitivos, porém, de origem emocional, e estes deverão ser trabalhados em conjunto com a escola, a família e um profissional (psicopedagogo ou psicólogo), que será o responsável pela avaliação e pela intervenção terapêutica, auxiliando o aluno a família e aos professores. (CUNHA, 2012)
CONCEITUANDO AFETIVIDADE
	Afetividade, segundo o Mini Dicionário Aurélio, se define por sentimentos de afeição, amizade e amor. Dentro da literatura, afetividade esta relacionada à termos como emoção, motivação, estado de humor, sentimentos, atenção, paixão, personalidade, temperamento e outros. 
	“os fenômenos afetivos representam a maneira como os acontecimentos repercutem na natureza sensível do ser humano, produzindo nele um elenco de reações matizadas que definem seu modo de ser no mundo. Dentre esses acontecimentos, as atitudes e as reações dos seus semelhantes à seu respeito são, sem sombra de dúvida, os mais importantes, imprimindo às relações humanas um tom de dramaticidade. Assim sendo, parece mais adequado entender o afetivo como uma qualidade das relações humanas e das experiências que elas evocam (...). São as relações sociais, com efeito, as que marcam a vida humana, conferindo ao conjunto da realidade que forma seu contexto (coisas, lugares, situações, etc.) um sentido afetivo” (PINO, 2000, p. 130-131).
	A afetividade é transformada através do desenvolvimento do conhecimento da criança e do ser humano, sendo dependente da interação com o meio social em que este está inserida. Esse “sentimento” é um agente motivador para o desenvolvimento cognitivo, e também dizia Piaget (1896-1890) que esta seria a energia que move a ação, enquanto a razão seria o que nos da possibilidade de reconhecer desejos, sentimentos variados, e agir com êxito; sendo esta necessária para um bom funcionamento do meio social, seja este familiar ou escolar.
	Para que haja uma boa relação familiar, é necessária a troca de afeto, com demonstrações de sentimentos, e também, com a imposição de limites, para que uma criança possa de uma forma bem estruturada construir sua personalidade.
	Assim, uma maior carência afetiva, influência muito na construção e no desenvolvimento da personalidade, identidade e na capacidade da criança, o que reflete em seu comportamento, inteligência e desenvolvimento escolar, já que os aspectos emocionais e sociais, influenciam muito no processo de ensino/aprendizagem. 
A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NO PROCESSO DE ENSINO/APRENDIZAGEM
 Para Libâneo (1990) os métodos de ensino consistem em técnicas e procedimentos necessários para a garantia da transmissão de informações. Este método atende ao ritmo próprio de cada indivíduo. assim sendo, método é um modo de agir e pensar sobre uma realidade, o que possibilita diferentes formas de organização do trabalho escolar para que se alcance os objetivos e as finalidades do ensino.
Já Marques (1988) afirma que,
A aprendizagem realiza-se nas relações face a face, ou melhor, ouvido a ouvido de aluno e professor posta á escuta das vozes que os interpelam. Ao educando cabe a palavra da realidade nova interpelante; ao educador, a palavra alicerçada na experiência de vida, na capacidade de discernimento, no compromisso com a busca do saber, com a precisão; cabe também a disciplina do estudo, com a interpelação ética da vontade coletiva, na fidelidade ao projeto da emancipação humana. (Marques 1988, PP.160- 165).
Nesta situação pode-se observar que o ambiente escolar propicia o clima psicossocial - "que envolve conjuntamente aspectos psicológicos e sociais" - proporcionando uma relação harmoniosa, aprendendo de forma descontraída o aluno pode entender melhor o conteúdo ensinado, tirando suas dúvidas sem dificuldade, sem medo e vergonha, criando meios e expectativas na construção de um novo método, em que o professor e os alunos participaram de forma verdadeiramente comunicativa.
O ensino e a aprendizagem devem andar unidos, como uma só unidade, tendo a relação professor-aluno uma força determinante para uma aprendizagem significativa. 
Para Gadotti (1994) a interação professor-aluno não pode se basear apenas no repasse de conteúdo, sem despertar o interesse da criança. Sendo esse método pedagógico facilitador apenas para o trabalho do professor, mas não para construção do saber da criança que não pode se desenvolvido sem desafios.
De acordo com Wallon (2003), o desenvolvimento do sujeito depende da interação com grande variedade de fatores do meio. Sendo foco da teoria a relação que complemento de fatores orgânicos e socioculturais.
O objetivo da educação deve ser o desenvolvimento da capacidade crítica e reflexiva do aluno, de forma com que ele cresça como indivíduo e possa mudar a sociedade.
É preciso ensinar os alunos a pensar, e é impossível aprender a pensar num regime autoritário. Pensar é procurar por si próprio, é criticar livremente e é demonstrar de forma autônoma. O pensamento supõe então o jogo livredas funções intelectuais e não o trabalho sob pressão e a repetição verbal. (PIAGET, 1977, p. 118)
Aprendizagem é o processo no qual há a apropriação do conteúdo da experiência de vida, e para que haja o aprendizado deverá ocorrer interação com outros seres que também estejam envolvidos nesse meio.
Na interação professor-aluno, o aprendizado social trazido pelo professor gradativamente vai sendo internalizado pelo aluno e, o seu comportamento passa então a ser orientado por uma fala interna que planeja a situação, criando assim um ser crítico. Tendo professor um papel fundamental nesse processo, pois este procura criar condições para que haja interações, é assim a apropriação do conhecimento. 
É preciso e até urgente que a escola vá se tornando um espaço acolhedor e multiplicador de certos gostos democráticos como o de ouvir os outros, não, por favor, mas por dever, o de respeitá-los, o da tolerância, o do acatamento às decisões tomadas pela maioria a que não falte, contudo o direito de quem diverge de exprimir a sua contrariedade. O gosto da pergunta, da crítica, do debate. O gosto do respeito à coisa pública, que entre nós vem sendo tratada como coisa privada, mas como coisa privada que se despreza. (FREIRE, 1996, p.96)
De acordo com os pensamentos de Freire, o professor junto com a equipe pedagógica tem a obrigação de averiguar se todos estão envolvidos na proposta pedagógica.
O papel do professor é específico e diferenciado do das crianças. Ele prepara e organiza o microuniverso onde as crianças buscam e se interessam. A postura desse profissional se manifesta na percepção e na sensibilidade aos interesses das crianças que em cada idade diferem em seu pensamento e modo de sentir o mundo. (SALTINI, 2002, p. 87)
Cury (2003) observa que “os professores precisam deixar de serem bons e se tornarem fascinantes para que suas aulas e conteúdos façam sentido e possam ser assimilados por seus alunos”.
	Freire (1996) diz que “...quem forma se forma e re-forma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado”, o que confirma a necessidade de uma educação global, que tenha por objetivo o desenvolvimento completo do indivíduo e a compreensão do educador de que tal processo não está no repasse de conhecimento, mas na construção e produção deste à partir da interação aluno/professor/espaço escolar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo da história a educação se baseou no avanço do desenvolvimento cognitivo, dando menor importância ao desenvolvimento afetivo. Logo, considera-se este trabalho um agente condicionador para compreensão dos dois importantes aspectos da afetividade no processo de ensino-aprendizagem, possibilitando ao educador a criação de um vínculo afetivo com o educando, o que possibilita uma maior abertura para as novas descobertas através o sentimento de amizade, confiança e empatia.
Os aspectos cognitivos e afetivos devem ser trabalhados de forma única, inseparáveis, objetivando uma formação geral do indivíduo.
Para Vygotsky nenhuma forma de comportamento é tão forte quanto a ligada a emoção. Logo se quisermos acender no nosso aluno a vontade de aprender, teremos que nos preocupar em trazer ações e lições que deixem vestígios emocional.
Afetividade deve ser utilizada como uma arma para que haja um melhor desenvolvimento e uma boa relação com os alunos no espaço escolar. O professor pode provocar no aluno o maior interesse no conhecimento se utilizar a afetividade como ferramenta, pois este não vai apenas se limitar a aprendizagem sem dar importância a relação humana.
Para Libâneo é preciso educar o olhar para podermos observar o aluno tendo como objetivo conhecê-lo além da sala de aula, já que esses traços de comportamento podem revelar importantes aspectos que devem ser considerados pelo professor.
Bringuier diz que para o funcionamento da inteligência é necessário um motor que é o afetivo. O afeto deve ser entendido como uma energia sendo essa necessária para que a estrutura conte cognitiva passe a funcionar, pois quando se sente seguros aprendem com maior facilidade.
estando atividade presente em todas as áreas da vida, esta tem um papel crucial no processo de aprendizagem pois influencia profundamente o crescimento cognitivo. Porém esta não modifica o funcionamento da inteligência, mas pode alavancar ou retardar o desenvolvimento do aluno.
Todavia é fundamental que o professor tem a ternura em seus ensinamentos, despertando assim o interesse de conhecer o desconhecido e que este adquira paixão ao aprender. 
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, A. R. S. O que é afetividade? Reflexões para um conceito. 2002. ALMEIDA, A. R. S. A emoção na sala de aula. Campinas: Papirus, 1999.
 _. Parâmetros curriculares nacionais: apresentação dos temas transversais, ética/ Secretaria de Educação fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.
BRINGUIER, J. C. Conversando com Jean Piaget. Rio de Janeiro – São Paulo, 1977.
CUNHA, Antônio Eugenio. Afeto e Aprendizagem, relação de amorosidade e saber na prática pedagógica. Rio de Janeiro. Wak. 2008.
FERREIRA, A. B. H. Novo Aurélio XXI: o dicionário da Língua Portuguesa. 3 ed. Totalmente revista e ampliada. Rio de Janeiro: NovaFronteira,1999.
FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979
FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. 19 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à pratica educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
GADOTTI, M. Advertência final - pensamento pedagógico brasileiro: unidade e diversidade. In: _. Pensamento Pedagógico Brasileiro. São Paulo: Ática, 1994.
LIBÂNEO, J.C. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social dos conteúdos. São Paulo: Loyola – 1990
 . Didática. São Paulo: Cortez, 1990.
 . Didática, Relações Professor-Aluno na Sala de Aula. Coleção Magistério 1º Grau, Série Formação do Professor do Professor. São Paulo, 1994.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais – terceiro e quarto ciclos. Brasília, 1997.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais – primeiro e segundo ciclos. Brasília, 1997
VYGOTSKY, L. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1993. 
VYGOTSKY, L.S. A Formação Social da Mente. Martins Fontes – São Paulo, 5ª edição, 1994.
 . O desenvolvimento psicológico na infância. São Paulo: Livraria Martins Fontes, 1998.
 . Psicologia pedagógica. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
 . A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 2003. www.educacaoonline.pro.br Acessado em 19.08.2013
WALLON, Henri. Objetivos e métodos da psicologia. Lisboa: Estampa. 1975.

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