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Aula 02
Direito Civil p/ TJ-RS (Oficial de Justiça -
PJ-H) 2020.2 Pré-Edital
Autor:
Paulo H M Sousa
Aula 02
17 de Agosto de 2020
 
 
 
 
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Sumário 
Livro II – Bens ..................................................................................................................................................... 2 
1 – Considerações iniciais............................................................................................................................... 2 
Capítulo I – Bens considerados em si mesmos .............................................................................................. 3 
Capítulo II – Bens reciprocamente considerados .......................................................................................... 6 
Capítulo III – Bens públicos ............................................................................................................................ 9 
2 – Considerações finais ............................................................................................................................... 11 
Resumo ............................................................................................................................................................ 12 
Questões Comentadas .................................................................................................................................... 14 
Lista de Questões ............................................................................................................................................ 88 
Gabarito ......................................................................................................................................................... 107 
 
 
Paulo H M Sousa
Aula 02
Direito Civil p/ TJ-RS (Oficial de Justiça - PJ-H) 2020.2 Pré-Edital
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LIVRO II – BENS 
1 – Considerações iniciais 
Inicialmente, lembro que sempre estou disponível, para você, aluno Estratégia, no Fórum de Dúvidas do 
Portal do Aluno e, alternativamente, também, nas minhas redes sociais: 
 
prof.phms@estrategiaconcursos.com.br 
 
prof.phms 
 
prof.phms 
 
prof.phms 
 
Fórum de Dúvidas do Portal do Aluno 
Na aula de hoje, você verá o tema Bens. De todos os temas da Parte Geral do Código Civil, bens é a melhor 
aula em termos de custo-benefício. Isso porque há pouquíssimos artigos para serem vistos e uma quantidade 
enorme de questões. Ou seja, uma maravilha para o concurseiro que quer apostar num tema caidor. 
No mais, segue a aula pra gente bater um papo! =) 
Ah, e o que, do seu Edital, você vai ver aqui? 
Dos bens: arts. 79 a 103. 
Boa aula! 
 
 
 
 
 
 
 
Paulo H M Sousa
Aula 02
Direito Civil p/ TJ-RS (Oficial de Justiça - PJ-H) 2020.2 Pré-Edital
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Capítulo I – Bens considerados em si mesmos 
Em regra, todos os bens podem ser apropriados, alienados. Porém, alguns bens estão fora do comércio, são 
inalienáveis. A inalienabilidade pode decorrer da natureza ou da lei. 
Naturalmente inalienáveis são os bens que não permitem alienação, por si só, como os raios solares, a lua 
ou o ar (sem que haja intervenção humana). Legalmente inalienáveis são os bens que não permitem 
alienação pela presença de alguma justificativa socioeconômica, como órgãos e partes destacáveis do corpo 
humano, as terras ocupadas pelos indígenas ou o bem de família. 
1 – Bens imóveis 
A noção de bens imóveis está no art. 79 do Código Civil: o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou 
artificialmente. Ainda, consideram-se imóveis para os efeitos legais outros bens e direitos relativos a imóveis, 
segundo os arts. 80 e 81: 
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 
II - o direito à sucessão aberta. 
III - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; 
IV - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. 
São bens imóveis por sua natureza o solo, compreendendo as árvores e frutos pendentes, o espaço aéreo e o 
subsolo. De maneira artificial temos como exemplo sementes, edifícios, muros, entre outros. 
Quando se fala das árvores com seus frutos, os frutos serão bens imóveis somente 
enquanto não retirados da árvore. De outro lado, se uma pessoa compra sementes e 
as planta, a fim de cultivo, essas sementes, plantadas, são consideradas bens imóveis. 
Quanto ao direito à sucessão aberta destacado no inc. II do art. 80, podemos visualizar a herança, que mesmo 
composta de bens móveis, será considerada imóvel. Isso quando já aberta a sucessão, ou seja, quando a 
pessoa já tiver morrido. 
 
2 – Bens móveis 
Já no conceito do art. 82 do Código Civil, são móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de 
remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. 
• O solo e tudo o que nele se incorporar
• Os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram
• O direito à sucessão aberta
• As edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem
removidas para outro local
• Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem
BENS IMÓVEIS
Paulo H M Sousa
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Direito Civil p/ TJ-RS (Oficial de Justiça - PJ-H) 2020.2 Pré-Edital
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Ao lado dos bens móveis por natureza ou essência, existem os bens móveis por antecipação. Os bens móveis 
por antecipação são aqueles que eram imóveis, mas foram mobilizados por ação humana, como a maçã 
retirada da árvore, a soja colhida ou a colheita de uma plantação. 
Por outro lado, um automóvel com defeito no motor continua sendo um bem móvel, pois pode ser removido por 
força alheia sem a alteração na sua substância, mesmo que esteja imobilizado. Cuidado, portanto, para não 
pensar que imóvel é o bem que não se mexe. 
Ademais, ainda que não sejam visivelmente móveis, consideram-se móveis para os efeitos legais (bens 
móveis por força de lei), segundo os arts. 83 e 84 do Código Civil: 
I - as energias que tenham valor econômico; 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
IV - os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de 
móveis; 
V - os materiais provenientes da demolição de algum prédio. 
 
Apesar de não parecer, as energias com valor econômico são consideradas bens 
móveis. O gás, que pode ser transportado por tubulação ou em botijão, a energia 
elétrica, a energia hidrelétrica etc., são exemplos desse caso. 
Assim como os direitos reais sobre imóveis são considerados bens imóveis, os direitos reais sobre 
objetos móveis são considerados bens móveis. Isso acontece com os direitos pessoais de caráter 
patrimonial, como o direito de receber uma dívida vencida e não paga. 
Os materiais de construção, enquanto não empregados na construção de um prédio são considerados bens 
móveis. Mas se esses materiais foram apenas retirados provisoriamente, para depois serem recolocados, 
são bens imóveis. 
 
• Os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem
alteração da substância ou da destinação econômico-social
• As energias que tenham valor econômico
• Os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes
• Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações
• Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados,
conservam sua qualidade de móveis
• Os materiais provenientes da demolição de algum prédio
BENS MÓVEIS
Paulo H M Sousa
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3 – Bens fungíveis e consumíveis 
A) Fungíveis e infungíveis 
São fungíveis os móveis que podem substituir-sepor outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. 
Infungíveis, portanto, serão aqueles que, ao contrário, possuem peculiaridades próprias que os tornam 
únicos, insubstituíveis, como explícito nos art. 85 do Código Civil. 
Atente, pois essa classificação vale somente para os bens móveis, dado que os bens imóveis 
são, essencialmente, infungíveis, já que não permitem sua substituição por outro de mesma 
espécie. 
É infungível por exemplo, um quadro de Picasso, ao passo que uma caneta esferográfica comum é fungível; 
ou mesmo o dinheiro, claro, é fungível. É infungível um anel da sua avó que significa muito para a família ou 
um diamante de formato e brilho únicos. 
B) Consumíveis e inconsumíveis 
São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, segundo o 
art. 86 do Código Civil. Consideram-se consumíveis os bens destinados à alienação, enquanto inconsumíveis 
são aqueles que proporcionam reiterados usos, permitindo que se retire toda sua utilidade sem atingir sua 
integridade. 
Desse conceito, pode-se perceber que existem duas espécies de bens 
consumíveis, os consumíveis de fato e os consumíveis de direito. 
Os consumíveis de fato são aqueles que no seu primeiro uso já serão consumidos, ou seja, há destruição 
imediata da própria substância. É caso de uma maçã ou dinheiro. Essa classificação só vale para bens móveis, 
já que os imóveis são de fato inconsumíveis. 
Há também os consumíveis de direito, que são aqueles destinados à venda (alienação), como remédios de 
uma farmácia, um livro em uma loja. Aqui, ao contrário, a classificação pode ser aplicada aos bens imóveis; 
por isso, uma casa destinada à venda é, de direito, consumível. 
Assim, um automóvel, se não destinado à alienação é considerado inconsumível; porém, se estiver alienado 
será considerado um bem consumível. 
4 – Bens divisíveis 
Os bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável 
de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam, como mostra o art. 87 do Código Civil. Além disso, os bens 
naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes 
(art. 88 do Código Civil). 
De outro lado, bem indivisível é aquele que perde a identidade ou o valor, quando fracionado. A parte não 
é capaz de manter as mesmas características do todo. Como um diamante, que perde parte do seu valor se 
for dividido. Os bens indivisíveis por determinação legal são aqueles que a lei não admite divisão (exemplos 
são a herança, as servidões, as hipotecas etc.). 
Paulo H M Sousa
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Assim, classifica-se o cavalo como indivisíveis, já que o pensamos como animal de tração, de 
esporte ou mesmo de estimação. Nada impede, porém, que sejam eles considerados, em 
algum momento, divisíveis, a depender das circunstâncias; é o caso do animal depois do abate, 
destinado ao consumo humano. 
Pode também ocorrer o contrário. Ou seja, ainda que divisível, podem as partes optar pela indivisibilidade, 
por numerosas razões. É o caso da indústria que escolhe receber um carregamento de tomates de vinte 
caminhões; a entrega deve ser feita numa única oportunidade, por razões logísticas, não se podendo dividir 
a entrega. 
5 – Bens singulares e coletivos 
São bens singulares, ou individuais, os bens que são considerados independentes dos demais, mesmo que 
possam ser reunidos, segundo o art. 89 do Código Civil. Podem os bens singulares serem simples ou 
compostos. 
Simples são os bens singulares cujos elementos se ligam naturalmente, como ocorre com uma árvore. 
Compostos são os bens singulares cujos elementos estão unidos pela vontade humana, como um veículo. 
Já os bens coletivos ou universais são os bens singulares – iguais ou diferentes – reunidos em um todo 
individualizado. É o caso de um pomar ou uma frota de veículos. 
Os bens podem ser coletivos por consequência de fato ou jurídica. A universalidade de fato ocorre quando 
reunida uma pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária, 
conforme o art. 90 do Código Civil. É o caso de uma biblioteca que, apesar de poder ser compreendida em 
cada um dos livros, constitui uma destinação unitária, um todo maior. 
Já a universalidade de direito, é o quando uma pessoa realiza um complexo de relações jurídicas com valor 
econômico, segundo o art. 91 do Código Civil. É o caso, por exemplo, da herança ou do patrimônio. 
6 – Bens corpóreos e incorpóreos 
Os bens corpóreos (também chamados de materiais ou tangíveis) são os bens que têm existência material, 
física, são palpáveis aos sentidos humanos. De outro lado, os bens incorpóreos (imateriais ou intangíveis) 
não têm existência material, física, ainda que possam ser materializados, sem que, contudo, sua essência 
possa ser materializada. 
São exemplos de bens corpóreos: os veículos automotores, uma residência, uma pintura famosa, uma 
camiseta, uma maçã, um cavalo, uma coleção de livros etc. Contrariamente, são bens incorpóreos: o direito 
autoral, os direitos de personalidade, o direito de ação, a saúde, a intimidade, o crédito, o débito, a liberdade 
etc. 
Capítulo II – Bens reciprocamente considerados 
Os bens tratados de maneira recíproca são aqueles que são considerados uns em relação aos outros. 
 
Paulo H M Sousa
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O art. 92 estabelece que principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente. Exemplo é o 
solo, ou um veículo automotor. 
Já o bem acessório é aquele cuja existência pressupõe a existência do principal. Exemplo é a casa que se 
liga ao solo ou os pneus de um carro. 
No caso dos acessórios, em regra, segue-se um antigo ditado jurídico: “o acessório segue o principal”, ou 
seja, o que acontece com o principal, acontece também com o acessório. Assim, quando eu vendo o terreno, 
vendo a casa; quando vendo o carro, vendo os pneus. 
Seguindo a lógica do Código Civil, os bens acessórios se dividem em partes integrantes e 
pertenças. As partes integrantes, por sua vez, se subdividem em benfeitorias, frutos e produtos. 
1 – Pertenças 
Segundo dispõe o art. 93 do Código Civil, são pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, 
se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. É o caso, por 
exemplo, do equipamento de adaptação veicular para pessoa com deficiência do carro ou de um piano numa 
casa. 
Uma característica das pertenças é que elas conservam sua autonomia, de modo que sua 
caracterização como acessório é de mera conveniência econômico-jurídica. Isso porque a 
pertença não se incorpora ao bem principal. 
Em regra, o negócio estipulado entre as partes não abrange as pertenças, salvo se o contrário resultar da 
lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso, segundo o art. 94 do Código Civil. 
Por isso, quando vendo o carro, não vendo o equipamento de adaptação veicular para pessoa com 
deficiência, ou quando vendo a casa não vendo o piano. Claro, se eu quiser, posso, mas isso tem de estar 
claramente fixado no negócio jurídico (no contrato de venda da casa está escrito “vai o piano”). 
Lembre-se que, em regra, acessório é subordinado à existência do principal. A pertença não é subordinada 
à existência do principal, a rigor. 
2 – Partes integrantes 
As partes integrantes são bens acessórios tão ligados ao bem principal que sua remoção 
tornaria o bem principal incompleto. Estão unidos de maneira que formam um todo 
independente. 
É o caso da fiação elétrica numa casa ou das rodas e pneus de um veículo. Você não pensa 
numa casa sem a fiação elétrica, nem pensa num carro sem os pneus. Nada impede que o negócio jurídico 
estabeleça o inverso: “vendo o carro, mas sem as rodas”.Paulo H M Sousa
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A regra é, assim, exatamente invertida. As pertenças não seguem, em regra, o bem principal (mas podem 
seguir, se assim previsto no negócio), ao passo que as partes integrantes seguem em regra, o bem principal 
(mas podem não seguir, se assim previsto no negócio). 
Veja-se que tratar de frutos, produtos e benfeitorias dentro das partes integrantes é mais adequado. Isso 
porque esses três bens acessórios se enquadram à perfeição no conceito de parte integrante. 
A) Frutos 
Frutos são os bens resultantes de um bem principal, sem que este se destrua, mesmo que aos 
poucos diminua sua substância ou quantidade. Ainda que não separados do bem principal, os 
frutos podem ser objeto de negócio jurídico, como dispõe o art. 95 do Código Civil. 
Os frutos podem ser classificados como: 
a. naturais: decorrem da essência de um bem principal (como as frutas de uma árvore); 
b. industriais: decorrem da atividade humana (como os produtos de uma fábrica); 
c. civis: decorrem de uma situação jurídica (como o aluguel de um imóvel). 
B) Produtos 
Assim como os frutos, os produtos também podem ser objeto de negócio jurídico. Contudo, diferentemente 
dos frutos, a obtenção dos produtos significa redução do valor, quantidade ou qualidade do bem principal, 
pois não são produzidos periodicamente. 
Como, por exemplo, a madeira da árvore ou o petróleo de um campo, produtos que ao serem adquiridos 
reduzem o valor, quantidade ou qualidade do bem principal. 
C) Benfeitorias 
As benfeitorias são agregadas ao bem principal, ao contrário dos frutos e produtos, que dele se originam. 
Elas são acréscimos num bem já existente. De acordo com o art. 96 do Código Civil, as benfeitorias podem 
ser voluptuárias, úteis ou necessárias. 
São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, ou seja, para o prazer, que não aumentam o uso habitual do 
bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. Exemplificativamente, uma piscina 
residencial ou uma cornija de uma lareira. 
São úteis as benfeitorias que aumentam ou facilitam o uso do bem. Como, por exemplo, a construção de 
uma calçada ou a colocação de telas na varanda em uma casa. 
São necessárias as benfeitorias que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. É o caso, por 
exemplo, da recolocação de uma viga deteriorada pela chuva, a reconstrução de um muro ou a substituição 
da fiação elétrica de um apartamento. 
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3 – Acessões 
O art. 97 do Código Civil estabelece que não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos 
sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. Essas seriam as acessões. 
Diferentemente das benfeitorias, as acessões não agregam alguma coisa a algo preexistente. 
São, na verdade, criações – naturais ou artificiais – de bens. É o caso, por exemplo, a 
edificação de uma casa num terreno baldio. 
Na linguagem comum, especialmente na área rural, as acessões são chamadas de 
benfeitorias. Por isso, você pode ficar bem tranquilo(a). 
Relembre, na distinção entre os bens principais e os bens acessórios, as subcategorias de bens acessórios: 1 
 
Capítulo III – Bens públicos 
 
 
1 Para arrematar, não precisa se preocupar com categorias e subcategorias. Nem o Código Civil estabelece as divisões entre os bens de maneira 
adequada. Nem mesmo a doutrina, que é muito ruim neste ponto, diga-se. Eu estabeleci aqui uma divisão mais didática, apenas para que você 
compreenda as coisas de maneira mais adequada. Não se preocupe em aprofundar demais o tema, ou de ficar pensando em situações concretas; 
se você consegue encontrar situações problemáticas, será que o examinador vai questionar o ponto? Não... 
• Derivam periodicamente do bem principal
Frutos
• A obtenção reduz o valor do bem principal
Produtos
• Acréscimos num bem preexistente
Benfeitorias
• Destinadas de modo duradouro ao uso, serviço ou aformoseamento, sem ser parte
integrante
Pertenças
• Ligados de tal modo ao principal que sua remoção tornaria ele incompleto
Partes integrantes
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Os bens públicos são aqueles que pertencem às pessoas jurídicas de direito público interno, além de serem 
de domínio nacional, segundo o art. 98 do Código Civil. Nesse sentido, são bens públicos, como expõe o art. 
99 do Código Civil: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração 
federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito 
pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
Os bens públicos de uso comum do povo e os bens dominicais são bem fáceis de visualizar. Mas, quais são 
os bens públicos dominicais? É dominical, por exemplo, a sede da Caixa, em Brasília, porque a instituição é 
uma empresa pública e a sede é um imóvel (direito real). Igualmente, as ações (direito pessoal) que o Banco 
do Brasil, sociedade de economia mista, tem em relação a uma sociedade empresarial são bens dominicais. 
Por exclusão, todos os demais bens são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. Contundo, 
podem ser classificados como bens públicos aqueles pertencentes a pessoa jurídica de direito privado que 
estejam afetados à prestação de serviços públicos. 2 
Outra distinção é que os bens públicos em geral não estão sujeitos a usucapião, conforme 
regra do art. 102 do Código Civil. Podemos entender que a ocupação indevida de bem público 
configura mera detenção, ou seja, se uma pessoa mora durante anos em um 
estabelecimento público, ainda assim esse bem não pode ser objeto de usucapião. 
Além disso, o art. 100 do Código Civil dispõe que os bens públicos de uso comum do povo e os de uso 
especial são inalienáveis, enquanto conservarem tal qualificação. Já os bens públicos dominicais podem ser 
alienados, observadas as exigências da lei, segundo dispõe o art. 101 do Código Civil. 
Vale a pena destacar que os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial possuem uma 
destinação pública determinada ou um fim administrativo específico. Já os dominicais não possuem 
essa destinação específica. Por isso podem ser alienados. 
De qualquer forma, prevê o art. 103 do Código Civil que o uso comum dos bens públicos pode ser gratuito 
ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. 
Imagine agora que uma pessoa passa a residir no subsolo de um prédio público onde funciona um posto de 
atendimento de saúde. Permanece nesse prédio por 13 anos sem oposição. Como é classificado esse bem 
público? Pode ele ser objeto de usucapião? 
 
2 Detalhes a respeito do ponto são vistos no Direito Administrativo, e não no Direito Civil, já que o Direito Civil se ocupa de classificar os bens 
públicos apenas para excluir o regime jurídico privado. Como funcionam os bens públicos? O Direito Civil não quer saber; quem sabe disso é o 
Direito Administrativo. 
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Nesse caso, como o prédio público é destinado a um serviço, onde 
funciona posto de atendimento de saúde, temos um bem de uso especial, 
inalienável. Ademais, ele não será objeto de usucapião. Se o mesmo 
ocorresse em uma praça, seria um bem de uso comum do povo que 
também não pode ser objeto de usucapião, nem seria alienável.2 – Considerações finais 
Chegamos ao final da aula! É quase uma aual de Biologia do ensino médio, na qual você vê inúmeras 
classificações. Você viu, porém, que essas classificações são bastante importantes! 
Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entre em contato comigo. Estou disponível no Fórum de Dúvidas 
do Curso, e-mail e mesmo redes sociais, para assuntos menos sérios. 
Aguardo você na próxima aula. Até lá! 
Paulo H M Sousa 
 
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RESUMO 
 Bens considerados em si mesmos: 
 Bens imóveis: 
• o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente; 
• os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 
• o direito à sucessão aberta; 
• as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para 
outro local; 
• os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. 
 Bens móveis: 
• bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da 
substância ou da destinação econômico-social. 
• as energias que tenham valor econômico; 
• os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; 
• os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
• os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua 
qualidade de móveis; 
• os materiais provenientes da demolição de algum prédio. 
 Bens fungíveis: podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. 
 Bens infungíveis: possuem peculiaridades próprias que os tornam únicos, insubstituíveis. 
 Bens consumíveis: uso importa destruição imediata da própria substância. 
 Bens inconsumíveis: proporcionam reiterados usos, permitindo que se retire toda sua utilidade 
sem atingir sua integridade. 
 Bens divisíveis: podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de 
valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. 
 Bens indivisíveis: perde a identidade ou o valor, quando fracionado. 
 Bens singulares: são considerados independentes dos demais, mesmo que possam ser reunidos. 
 Bens coletivos: bens singulares, iguais ou diferentes, reunidos em um todo individualizado. 
• Universalidade de fato: uma pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, 
tenham destinação unitária. 
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• Universalidade de direito: uma pessoa realiza um complexo de relações jurídicas com valor 
econômico. 
 Bens corpóreos: bens que tem existência material, física, são palpáveis aos sentidos humanos. 
 Bens incorpóreos: não têm existência material, física, ainda que possam ser materializados. 
 Bens reciprocamente considerados: são considerados uns em relação aos outros. 
 Bem principal: bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente. 
 Bens acessórios: cuja existência pressupõe a existência do principal. 
• Pertenças: bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, 
ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. Em regra, o negócio estipulado entre as 
partes não abrange as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de 
vontade, ou das circunstâncias do caso. 
• Partes integrantes: bens acessórios tão ligados ao bem principal que sua remoção tornaria o 
bem principal incompleto. 
a) Frutos: bens resultantes de um bem principal, sem que este se destrua, mesmo que 
aos poucos diminua sua substância ou quantidade. 
b) Produtos: a obtenção dos produtos significa redução do valor, quantidade ou qualidade 
do bem principal, pois não são produzidos periodicamente. 
c) Benfeitorias: 
I. Voluptuárias: as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso 
habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado 
valor 
II. Úteis: aumentam ou facilitam o uso do bem. 
III. Necessárias: tem por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. 
 Bens públicos: aqueles que pertencem às pessoas jurídicas de direito público interno, além de serem de 
domínio nacional. Por exclusão, todos os demais bens são particulares, seja qual for a pessoa a que 
pertencerem. São bens públicos: 
Os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
Os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da 
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; 
 Os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto 
de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
 Os bens públicos em geral não estão sujeitos a usucapião. 
 Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto os bens 
públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
FCC 
BENS MÓVEIS E IMÓVEIS (ART. 79 AO 84) 
1. (FCC - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal- 2018) Em 
relação aos bens, 
a) os materiais destinados a alguma construção, mesmo que ainda não empregados, já são considerados 
imóveis em razão de sua finalidade. 
b) consideram-se imóveis para os efeitos legais o direito à sucessão aberta. 
c) são consumíveis os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e 
quantidade. 
d) os naturalmente divisíveis conservam sua divisibilidade em qualquer situação, nada obstante a lei ou a 
vontade das partes em sentido contrário. 
e) os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal como regra abrangem as pertenças, salvo 
disposição da lei ou do contrato em sentido diverso. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta. 
Art. 84, CC: Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua 
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. 
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. O art. 80 do Código Civil, traz em seu texto o rol do 
que é considerado como imóveis para os efeitos legais, trazendo que: 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 
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II - o direito à sucessão aberta. 
A alternativa C está incorreta. Os bens consumíveis são os que se destinam a alienação de forma a destruir-
se imediatamente a própria forma, assim versa o art. 86 trazendo que: "São consumíveis os bens móveis cujo 
uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à 
alienação.". 
A alternativa D está incorreta. Os bens naturalmente divisíveis são os que não perdem sua característica ou 
qualidade com a divisão, sendo ainda naturalmente divisíveis para esse sentido, no entanto, podem tornar-
se bens indivisíveis por determinação da lei ou acordo entre as partes. Assim, de acordo com o art. 88 do 
Código Civil: "Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por 
vontade das partes.". 
A alternativa E está incorreta. Temos que as pertenças são acessório da coisa, fazendo sorte desta, mesmo 
que separados, pertencendo ambos ao mesmo proprietário, havendo exceções no entanto do que trata a 
literalidade do texto do art. 94 do Código Civil, mas sendo parte integranteno caso de convenção das partes. 
O art. 94 do Código Civil traz que: “Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem 
as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.”. 
2. (FCC / CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL – 2018) Em relação aos bens, sua classificação 
e espécies, 
a) consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, o direito à sucessão aberta. 
b) conservam sua qualidade de bens móveis os materiais destinados a alguma construção, enquanto não 
forem empregados; readquirem essa qualidade de bens móveis os provenientes da demolição de algum 
prédio. 
c) não perdem o caráter de bens móveis as edificações que, separadas do solo, mas conservando sua 
unidade, forem removidas para outro local. 
d) entre outros, consideram-se bens imóveis para efeitos legais os direitos pessoais de caráter patrimonial e 
ações respectivas. 
e) são divisíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também 
considerados tais os destinados à alienação. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois o direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel, não os móveis, de 
acordo com o Art. 80, inciso II: 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
II - O direito à sucessão aberta. 
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O Art. 80 dispõe sobre os bens imóveis por determinação legal. O direito a sucessão aberta dispõe sobre um 
complexo de bens que é transferido de cujus, sendo este compreendido em sua universalidade. Dados os 
fatos, não importa se a pessoa falecida deixou bens móveis ou imóveis, pois, antes da partilha de bens, tais 
bens se enquadram todos no Art. 80, sendo considerados imóveis. Obviamente, após a partilha os bens 
retomam a ser novamente considerados separadamente. 
A alternativa B está correta, dado o fato de que é certo afirmar que conservam sua qualidade de bens móveis 
os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, como previsto no Art. 84: 
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua 
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. 
Analisando-se o artigo, temos que de fato se consideram bens móveis os materiais destinados a alguma 
construção, bem como os provenientes da demolição de algum prédio. Abstrai-se desse conceito que os 
materiais têm autonomia enquanto não estiverem empregados, mas após a sua utilização perdem a 
existência autônoma e passam a constituir parte do prédio (por exemplo), sendo este um bem imóvel. 
A alternativa C está incorreta, pois o correto seria afirmar que estes não perdem o caráter de bens imóveis, 
como disposto pelo Art. 81: 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; 
O Art. 81 dispõe acerca da imobilização de edificações separadas do solo e dos materiais separados de um 
prédio, ressalvando-se o solo em si e os bens imóveis por atribuição legal. Eventualmente os demais bens 
contidos podem ser destacados do solo sem serem destruídos, dando a este bem um caráter móvel até que 
seja novamente aderido em outro lugar, recuperando sua natureza como bem imóvel. No entanto, nessa 
hipótese trazida pelo Art. 81 os referidos bens, mesmo se descartados do solo, não perdem seu caráter de 
bem imóvel. 
A alternativa D está incorreta, pois o correto seria afirmar que os direitos pessoais são bens móveis, e não 
imóveis, de acordo com o Art. 83: 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
O Art. 83 descreve os bens que não são móveis em sua natureza, seguindo o atributo de mobilidade, mas 
ainda são conferidos com a natureza de bens móveis. No caso do inciso III, temos que todo direito pessoal 
(direito de crédito), tendo caráter patrimonial, é um bem móvel. Se excluem, portanto, os direitos pessoais 
que não se relacionam com o caráter patrimonial (guarda de filhos, por exemplo), os direitos de 
personalidade e todos os demais direitos desprovidos de conteúdo econômico. 
A alternativa E está incorreta, o correto é dizer que são consumíveis os bens cujo uso importa em destruição 
imediata da própria substância, e a alternativa traz tais bens como divisíveis deixando assim a mesma 
inválida. 
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Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo 
também considerados tais os destinados à alienação. 
De acordo com o Art. 86, se faz importante acrescentar na definição de bens consumíveis que a destruição 
imediata de sua própria substância deve ser analisada de acordo com a utilização do bem de acordo com os 
fins que lhe são conferidos. Por exemplo, um vinho que foi bebido cumpriu seu fim como bem consumível, 
mas uma garrafa de vinho ser utilizada como decoração não implica em seu consumo, ou destruição. 
3. (FCC / CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL – 2018) Em relação aos bens, sua classificação 
e espécies, 
a) consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, o direito à sucessão aberta. 
b) conservam sua qualidade de bens móveis os materiais destinados a alguma construção, enquanto não 
forem empregados; readquirem essa qualidade de bens móveis os provenientes da demolição de algum 
prédio. 
c) não perdem o caráter de bens móveis as edificações que, separadas do solo, mas conservando sua 
unidade, forem removidas para outro local. 
d) entre outros, consideram-se bens imóveis para efeitos legais os direitos pessoais de caráter patrimonial e 
ações respectivas. 
e) são divisíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também 
considerados tais os destinados à alienação. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois o direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel, não os móveis, de 
acordo com o Art. 80, inciso II: 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
II - O direito à sucessão aberta. 
O Art. 80 dispõe sobre os bens imóveis por determinação legal. O direito a sucessão aberta dispõe sobre um 
complexo de bens que é transferido de cujus, sendo este compreendido em sua universalidade. Dados os 
fatos, não importa se a pessoa falecida deixou bens móveis ou imóveis, pois, antes da partilha de bens, tais 
bens se enquadram todos no Art. 80, sendo considerados imóveis. Obviamente, após a partilha os bens 
retomam a ser novamente considerados separadamente. 
A alternativa B está correta, dado o fato de que é certo afirmar que conservam sua qualidade de bens móveis 
os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, como previsto no Art. 84: 
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua 
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. 
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Analisando-se o artigo, temos que de fato se consideram bens móveis os materiais destinados a alguma 
construção, bem como os provenientes da demolição de algum prédio. Abstrai-se desse conceito que os 
materiais têm autonomia enquanto não estiverem empregados, mas após a sua utilização perdem a 
existência autônoma e passam a constituir parte do prédio (por exemplo), sendo este um bem imóvel. 
A alternativa C está incorreta, pois o correto seria afirmar que estes não perdem o caráter de bens imóveis, 
como dispostopelo Art. 81: 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; 
O Art. 81 dispõe acerca da imobilização de edificações separadas do solo e dos materiais separados de um 
prédio, ressalvando-se o solo em si e os bens imóveis por atribuição legal. Eventualmente os demais bens 
contidos podem ser destacados do solo sem serem destruídos, dando a este bem um caráter móvel até que 
seja novamente aderido em outro lugar, recuperando sua natureza como bem imóvel. No entanto, nessa 
hipótese trazida pelo Art. 81 os referidos bens, mesmo se desatados do solo, não perdem seu caráter de bem 
imóvel. 
A alternativa D está incorreta, pois o correto seria afirmar que os direitos pessoais são bens móveis, e não 
imóveis, de acordo com o Art. 83: 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
O Art. 83 descreve os bens que não são móveis em sua natureza, seguindo o atributo de mobilidade, mas 
ainda são conferidos com a natureza de bens móveis. No caso do inciso III, temos que todo direito pessoal 
(direito de crédito), tendo caráter patrimonial, é um bem móvel. Se excluem, portanto, os direitos pessoais 
que não se relacionam com o caráter patrimonial (guarda de filhos, por exemplo), os direitos de 
personalidade e todos os demais direitos desprovidos de conteúdo econômico. 
A alternativa E está incorreta, o correto é dizer que são consumíveis os bens cujo uso importa em destruição 
imediata da própria substância, e a alternativa traz tais bens como divisíveis deixando assim a mesma 
inválida. 
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo 
também considerados tais os destinados à alienação. 
De acordo com o Art. 86, se faz importante acrescentar na definição de bens consumíveis que a destruição 
imediata de sua própria substância deve ser analisada de acordo com a utilização do bem de acordo com os 
fins que lhe são conferidos. Por exemplo, um vinho que foi bebido cumpriu seu fim como bem consumível, 
mas uma garrafa de vinho ser utilizada como decoração não implica em seu consumo, ou destruição. 
4. (FCC / TRT - 15ª REGIÃO – 2018) Em relação aos bens, 
a) consideram-se como benfeitorias mesmo os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a 
intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. 
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b) os naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis somente por vontade das partes. 
c) os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal como regra abrangem as pertenças, salvo as 
exceções legais. 
d) os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade 
de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. 
e) são consumíveis os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e 
quantidade. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois o Código Civil esclarece que não se consideram benfeitorias os atos 
descritos na alternativa. 
Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a 
intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. 
O art. 97 considera como benfeitorias apenas os melhoramentos e acréscimos feitos ao bem por força da 
ação humana. Melhoramentos ou acréscimos decorrentes de eventos naturais ficam excluídos desse 
conceito. 
A alternativa B está incorreta, pois não é se tornam indivisíveis somente por vontade das partes, se tornam 
também por determinação legal. 
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade 
das partes. 
O art. 88 admite o legislador que a vontade das partes ou mesmo a lei determine que um bem naturalmente 
divisível torne-se indivisível. Porém é mais comum que a indivisibilidade do bem decorra de sua própria 
natureza. 
A alternativa C está incorreta, pois os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal, como regra 
não abrangem as pertenças, salvo as exceções legais. 
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o 
contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso. 
O art. 94 faz uma inversão da regra de que o acessório segue o principal. Pois a relação que se estabelece 
entre a pertença e o principal não é lógica, mas sim econômica, diferente do que ocorre com os bens 
acessórios. A simples existência de um bem acessório já pressupõe a existência de um bem principal. O 
mesmo não ocorre com as pertenças. 
A alternativa D está correta, uma vez que está em concordância com a redação do art. 84 do Código Civil. 
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua 
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. 
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Analisando-se o artigo, temos que de fato se consideram bens móveis os materiais destinados a alguma 
construção, bem como os provenientes da demolição de algum prédio. Abstrai-se desse conceito que os 
materiais têm autonomia enquanto não estiverem empregados, mas após a sua utilização perdem a 
existência autônoma e passam a constituir parte do prédio (por exemplo), sendo este um bem imóvel. 
A alternativa E está incorreta, visto que a definição que se traz é dos bens fungíveis, não dos consumíveis. 
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo 
também considerados tais os destinados à alienação. 
De acordo com o Art. 86, se faz importante acrescentar na definição de bens consumíveis que a destruição 
imediata de sua própria substância deve ser analisada de acordo com a utilização do bem de acordo com os 
fins que lhe são conferidos. Por exemplo, um vinho que foi bebido cumpriu seu fim como bem consumível, 
mas uma garrafa de vinho ser utilizada como decoração não implica em seu consumo, ou destruição. 
5. (FCC / TRF - 5ª REGIÃO – 2017) Considera-se bem imóvel, para os efeitos legais, 
a) o direito à sucessão aberta. 
b) o automóvel que, por defeito irreparável do motor, é insuscetível de movimento próprio. 
c) a energia que tenha valor econômico. 
d) o direito pessoal de caráter patrimonial. 
e) o direito real sobre objetos móveis. 
Comentários: 
A alternativa A está correta, em virtude de que se considera bem imóvel, para os efeitos legais, o direito à 
sucessão aberta. 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
II - o direito à sucessão aberta. 
O Art. 80 dispõe sobre os bens imóveis por determinação legal. O direito a sucessão aberta dispõe sobre um 
complexo de bens que é transferido de cujus, sendo este compreendido em sua universalidade. Dados os 
fatos, não importa se a pessoa falecida deixou bens móveis ou imóveis, pois, antes da partilha de bens, tais 
bens se enquadram todos no Art. 80, sendo considerados imóveis. Obviamente, após a partilha os bens 
retomam a ser novamente considerados separadamente. 
A alternativa B está incorreta, uma vez que o automóvel com defeito no motor, continua sendo um bem 
móvel, pois pode ser removido por força alheia sem alteração na sua substância. 
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração 
da substância ou da destinação econômico-social. 
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Segundo o art. 82são bens móveis por sua própria natureza, aqueles as coisas inanimadas que podem ser 
movidas sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. 
A alternativa C está incorreta, visto que as energias que tenham valor econômico consideram-se bem móvel, 
para os efeitos legais. 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
I - as energias que tenham valor econômico; 
De acordo com o art. 83 toda e qualquer forma de energia que tenha valor econômico (independentemente 
das eventuais dificuldades de quantificar esse valor), tem a natureza jurídica de bem móvel. 
A alternativa D está incorreta, porque considera-se bem móvel, para os efeitos legais, o direito pessoal de 
caráter patrimonial. 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
O Art. 83 descreve os bens que não são móveis em sua natureza, seguindo o atributo de mobilidade, mas 
ainda são conferidos com a natureza de bens móveis. No caso do inciso III, temos que todo direito pessoal 
(direito de crédito), tendo caráter patrimonial, é um bem móvel. Se excluem, portanto, os direitos pessoais 
que não se relacionam com o caráter patrimonial (guarda de filhos, por exemplo), os direitos de 
personalidade e todos os demais direitos desprovidos de conteúdo econômico. 
A alternativa E está incorreta, já que se considera bem móvel, para os efeitos legais, o direito real sobre 
objetos móveis. 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; 
Os direitos reais podem incidir tanto sobre os bens móveis quanto sobre os bens imóveis. Da mesma forma, 
portanto, que o legislador atribui a natureza de bens imóveis aos direitos reais sobre bens imóveis (CC, art. 
80, inc. I), optou por atribuir aos direitos reais e às respectivas ações relativas a bens móveis a natureza 
jurídica de bens móveis 
6. (FCC / TRT - 14ª REGIÃO – 2016) Nos termos preconizados pelo Código Civil são considerados bens 
imóveis para os efeitos legais, dentre outros, 
a) Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
b) O direito à sucessão aberta. 
c) Os direitos reais sobre objetos móveis e respectivas ações. 
d) As energias que tenham valor econômico. 
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e) Os materiais provenientes da demolição de algum prédio. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois, de acordo com o art. 83 do CC, os direitos pessoais de caráter patrimonial 
e respectivas ações são bens móveis. 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
O Art. 83 descreve os bens que não são móveis em sua natureza, seguindo o atributo de mobilidade, mas 
ainda são conferidos com a natureza de bens móveis. No caso do inciso III, temos que todo direito pessoal 
(direito de crédito), tendo caráter patrimonial, é um bem móvel. Se excluem, portanto, os direitos pessoais 
que não se relacionam com o caráter patrimonial (guarda de filhos, por exemplo), os direitos de 
personalidade e todos os demais direitos desprovidos de conteúdo econômico 
A alternativa B está correta, pois, de acordo com o art. 80 do CC, o direito a sucessão aberta é imóvel. 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
 II – o direito à sucessão aberta 
O Art. 80 dispõe sobre os bens imóveis por determinação legal. O direito a sucessão aberta dispõe sobre um 
complexo de bens que é transferido de cujus, sendo este compreendido em sua universalidade. Dados os 
fatos, não importa se a pessoa falecida deixou bens móveis ou imóveis, pois, antes da partilha de bens, tais 
bens se enquadram todos no Art. 80, sendo considerados imóveis. Obviamente, após a partilha os bens 
retomam a ser novamente considerados separadamente. 
A alternativa C está incorreta, pela literalidade do art. 83 do Código Civil: “Consideram-se móveis para os 
efeitos legais: II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;”. 
A alternativa D está incorreta, pois, de acordo com o art. 83, as energias que tenham valor econômico são 
móveis. 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
I - As energias que tenham valor econômico; 
De acordo com o art. 83 toda e qualquer forma de energia que tenha valor econômico, tem a natureza 
jurídica de bem móvel. 
A alternativa E está incorreta, pois, segundo o art. 84 do CC, os materiais provenientes da demolição de 
algum prédio são bens móveis. 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; 
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Os direitos reais podem tratar sobre os bens móveis e também sobre os bens imóveis. Sendo assim, o 
legislador atribui a natureza de bens imóveis aos direitos reais sobre bens imóveis (CC, art. 80, inc. I), decidiu 
conferir aos direitos reais e às respectivas ações relativas a bens móveis a natureza jurídica de bens móveis 
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua 
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. 
Analisando-se o artigo, temos que de fato se consideram bens móveis os materiais destinados a alguma 
construção, bem como os provenientes da demolição de algum prédio. Abstrai-se desse conceito que os 
materiais têm autonomia enquanto não estiverem empregados, mas após a sua utilização perdem a 
existência autônoma e passam a constituir parte do prédio (por exemplo), sendo este um bem imóvel. 
7. (FCC / TRT - 9ª REGIÃO – 2015) De acordo com o Código Civil, 
a) É considerado imóvel o direito à sucessão aberta. 
b) São considerados imóveis as energias que tenham valor econômico. 
c) São considerados imóveis os direitos pessoais de caráter patrimonial. 
d) São considerados imóveis os direitos reais sobre objetos móveis. 
e) São consideradas imóveis as ações correspondentes a direitos reais sobre objetos móveis ou imóveis. 
Comentários: 
A alternativa A está correta, pois, de acordo com o art. 80 do CC, o direito a sucessão aberta é um bem 
imóvel. 
Art. 80 do Código Civil: " Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 
II - o direito à sucessão aberta.”. 
O Art. 80 dispõe sobre os bens imóveis por determinação legal. O direito a sucessão aberta dispõe sobre um 
complexo de bens que é transferido de cujus, sendo este compreendido em sua universalidade. Dados os 
fatos, não importa se a pessoa falecida deixou bens móveis ou imóveis, pois, antes da partilha de bens, tais 
bens se enquadram todos no Art. 80, sendo considerados imóveis. Obviamente, após a partilha os bens 
retomam a ser novamente considerados separadamente. 
A alternativa B está incorreta, pois está explicito no Art. 83 do CC que energias que tenham valor econômico 
são consideradas móveis: 
Art. 83 - “Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
I - as energias que tenham valor econômico;”. 
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De acordo com o art. 83 toda e qualquer forma de energia que tenha valor econômico, tem a natureza 
jurídica de bem móvel. 
A alternativa C está incorreta, de forma clara no Art. 83 do Código Civil está que os direitos pessoais de 
caráter patrimonial são considerados móveis: 
Art. 83 - “Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.”. 
O Art. 83 descreve os bens que nãosão móveis em sua natureza, seguindo o atributo de mobilidade, mas 
ainda são conferidos com a natureza de bens móveis. No caso do inciso III, temos que todo direito pessoal 
(direito de crédito), tendo caráter patrimonial, é um bem móvel. Se excluem, portanto, os direitos pessoais 
que não se relacionam com o caráter patrimonial (guarda de filhos, por exemplo), os direitos de 
personalidade e todos os demais direitos desprovidos de conteúdo econômico. 
A alternativa D está incorreta, evidente no Art. 83 do CC está que os direitos reais sobre objetos móveis são 
móveis. 
Art. 83 - “Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;”. 
Os direitos reais podem incidir tanto sobre os bens móveis quanto sobre os bens imóveis. Da mesma forma, 
portanto, que o legislador atribui a natureza de bens imóveis aos direitos reais sobre bens imóveis (CC, art. 
80, inc. I), optou por atribuir aos direitos reais e às respectivas ações relativas a bens móveis a natureza 
jurídica de bens móveis 
A alternativa E está incorreta, pois está nítido nos artigos 80 e 83 do CC, que as ações correspondentes a 
direitos reais sobre objetos imóveis são imóveis e os direitos reais sobre objetos móveis são móveis. 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram 
Art. 83 - “Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;”. 
8. (FCC / TRE-SE – 2015) No tocante as diferentes classes de bens, considere: 
I. Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações são considerados bens imóveis para os 
efeitos legais. 
II. As energias que possuam valor econômico são consideradas bens móveis para os efeitos legais. 
III. Os títulos de dívida pública e de dívida particular são considerados bens móveis para os efeitos legais. 
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IV. As árvores e os frutos pendentes não destinados ao corte são considerados bens imóveis por acessão 
natural. 
De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e III. 
b) II, III e IV 
c) I e IV. 
d) I, II e IV. 
e) II e III. 
Comentários: 
Afirmativa I está incorreta, pois, segundo o art. 83 do CC, os direitos pessoais de caráter patrimonial e 
respectivas ações são considerados bens móveis para os efeitos legais. 
Art. 83 do Código Civil: “Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.”. 
O Art. 83 descreve os bens que não são móveis em sua natureza, seguindo o atributo de mobilidade, mas 
ainda são conferidos com a natureza de bens móveis. No caso do inciso III, temos que todo direito pessoal 
(direito de crédito), tendo caráter patrimonial, é um bem móvel. Se excluem, portanto, os direitos pessoais 
que não se relacionam com o caráter patrimonial (guarda de filhos, por exemplo), os direitos de 
personalidade e todos os demais direitos desprovidos de conteúdo econômico. 
Afirmativa II está correta, é o que dispõe a literalidade do Art. 83 do Código Civil: “Consideram-se móveis 
para os efeitos legais: 
I - as energias que tenham valor econômico;”. 
De acordo com o art. 83 toda e qualquer forma de energia que tenha valor econômico, tem a natureza 
jurídica de bem móvel. 
Afirmativa III está correta, os títulos de dívida pública e de dívida particular são considerados bens móveis 
para os efeitos legais, pois são bens móveis propriamente ditos. 
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração 
da substância ou da destinação econômico-social 
Segundo o art. 82 são bens móveis propriamente ditos, aqueles que podem ser aqueles que podem sofrer 
movimentação se que haja a alteração da sua substância ou sua destinação econômico-social. 
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Afirmativa IV está correta, pois, de acordo com o art. 79 do CC, são imóveis por acessão natural: as árvores 
com seus frutos, desde que ainda pendentes (enquanto não se destacarem da árvore); as águas, as pedras, 
as fontes (naturais). Enfim, tudo que for ligado ao solo de forma natural entra nesta classificação. 
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. 
Segundo o art. 79 são bens imóveis os bens que sofrem alteração de sua substância caso sejam 
transportados, são caracterizados pela imobilidade. 
A alternativa A está incorreta, pois a afirmativa I está incorreta. 
A alternativa B está correta. 
A alternativa C está incorreta, visto que a afirmativa I está incorreta. 
A alternativa D está incorreta, já que a afirmativa I está incorreta. 
A alternativa E está incorreta, porque além das afirmativas II e III, a afirmativa IV também está correta. 
9. (FCC / TRT - 1ª REGIÃO – 2015) Relativamente aos bens, o Código Civil estabelece que 
a) Constituem-se em bens móveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se 
reempregarem. 
b) Consideram-se imóveis para os efeitos legais os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas 
ações. 
c) São consumíveis os bens móveis destinados à alienação. 
d) Consideram-se móveis para os efeitos legais o direito à sucessão aberta. 
e) Os bens naturalmente divisíveis não podem se tornar indivisíveis pela vontade das partes, mas apenas por 
força de lei. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois conforme o expresso no art. 81, inciso II do Código Civil, os materiais 
provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem, constituem-se em bens imóveis: 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. 
O Art. 81 dispõe acerca da imobilização de edificações separadas do solo e dos materiais separados de um 
prédio, ressalvando-se o solo em si e os bens imóveis por atribuição legal. Eventualmente os demais bens 
contidos podem ser destacados do solo sem serem destruídos, dando a este bem um caráter móvel até que 
seja novamente aderido em outro lugar, recuperando sua natureza como bem imóvel. 
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A alternativa B está incorreta, dado que os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações, 
consideram-se móveis para os efeitos legais, como disposto pelo Art. 83 do código civil: 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
O Art. 83 descreve os bens que não são móveis em sua natureza, seguindo o atributo de mobilidade, mas 
ainda são conferidos com a natureza de bens móveis. No caso do inciso III, temos que todo direito pessoal 
(direito de crédito), tendo caráter patrimonial, é um bem móvel. Se excluem, portanto, os direitos pessoais 
que não se relacionam com o caráter patrimonial (guarda de filhos, por exemplo), os direitos de 
personalidade e todos os demais direitos desprovidos de conteúdo econômico. 
A alternativa C está correta, dado que o art. 86 do Código Civil dispõe que são consumíveis os bens móveis 
destinados à alienação: 
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo 
também considerados tais os destinados à alienação. 
Deste conceito podemos perceber que existem duas espécies de bens consumíveis: 
Os consumíveis de fato: aqueles que no seu primeiro uso já serão consumidos, ou seja, há a destruição 
imediata da própria substância,como um picolé J, por exemplo; 
Os consumíveis de direito: São aqueles bens destinados à venda (alienação), como os remédios de uma 
farmácia, um livro posto em uma loja, enfim os bens enquanto destinados à alienação. 
A alternativa D está incorreta, pois conforme dispõe o art. 80, inciso II do Código Civil, o direito à sucessão 
aberta é considerado imóvel para os efeitos legais: 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
II - o direito à sucessão aberta. 
E a alternativa traz móveis, invertendo os conceitos, ficando assim invalida. 
A alternativa E está incorreta, pois consta a afirmativa de que os bens divisíveis só podem tornar-se 
indivisíveis por força da lei, mas isto é errôneo, porque podem além dessa opção, se tornarem indivisíveis 
por vontade das partes, conforme disposto pelo art. 88 do Código Civil” os bens naturalmente divisíveis 
podem se tornar indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes”. 
10. (FCC / TCM-GO – 2015) Quanto aos bens 
a) Materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade 
de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. 
b) Naturalmente divisíveis, podem tornar-se indivisíveis somente por determinação da lei. 
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c) Imóveis, adquirem esta qualidade as energias que tenham valor econômico para os efeitos legais. 
d) Móveis ou imóveis, são fungíveis os que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade 
e quantidade. 
e) Imóveis, perdem este caráter as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, 
forem removidas para outro local. 
Comentários: 
A alternativa A está correta, conforme dispõe a literalidade do art. 84 do Código Civil: 
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua 
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. 
Analisando-se o artigo, temos que de fato se consideram bens móveis os materiais destinados a alguma 
construção, bem como os provenientes da demolição de algum prédio. Abstrai-se desse conceito que os 
materiais têm autonomia enquanto não estiverem empregados, mas após a sua utilização perdem a 
existência autônoma e passam a constituir parte do prédio (por exemplo), sendo este um bem imóvel. 
A alternativa B está incorreta, pois de acordo com o Código Civil: 
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade 
das partes. 
Portanto, de acordo com o artigo, os bens podem ser indivisíveis por: 
Sua própria natureza, sendo aqueles bens que não podem ser partidos sem alteração na sua substância ou 
no seu valor, como por exemplo, um quadro de Picasso. 
Por determinação legal, ocorrendo quando a lei de forma expressa proíbe que determinado bem seja 
dividido. 
Por vontade das partes, ocorrendo quando as partes fazem um acordo para tornar alguma coisa indivisível. 
A alternativa C está incorreta, pois levam a classificação de móveis as energias que tenha valor econômico. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
I - as energias que tenham valor econômico; 
As energias são: o gás – que pode ser transportado por tubulação ou em botijão, e também a energia elétrica, 
que embora não tenha a mesma corporalidade do gás, é bem móvel. Neste sentido, Caio Mário da Silva 
Pereira afirmava: “No direito moderno qualquer energia natural, elétrica inclusive, que tenha valor 
econômico, considera-se bem móvel”. 
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O Art. 83 descreve os bens que não são móveis em sua natureza, seguindo o atributo de mobilidade, mas 
ainda são conferidos com a natureza de bens móveis. 
A alternativa D está incorreta, pois os bens imóveis não podem ser fungíveis. 
Ser fungível é atributo exclusivo dos bens móveis, como expresso no Art. 85 do Código Civil: 
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e 
quantidade. 
A alternativa E está incorreta, dado que as edificações que separadas do solo, mas conservadas a sua 
unidade, forem removidas para outro lugar não perdem o caráter de imóveis. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; 
Considera-se, para saber se um bem é móvel ou imóvel, sua finalidade. Por exemplo, quando uma casa vai 
ser demolida e dela são retiradas as portas e as janelas, quando isso acontece as portas e as janelas 
readquirem sua qualidade de bem móvel, quando forem reutilizados, em outra casa, serão novamente bens 
imóveis. 
O inciso I se refere, por exemplo, àquelas situações mais comuns em outros países, onde uma casa 
(normalmente de madeira) é transportada com toda a sua estrutura (conservando a sua unidade). 
11. (FCC / TCM-GO – 2015) Em relação aos bens, considere as afirmativas: 
I. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. 
II. Consideram-se bens imóveis, para os efeitos legais, o direito à sucessão aberta, bem como os direitos 
reais sobre imóveis e as ações que os asseguram. 
III. Consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, as energias que tenham valor econômico, os direitos 
reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes, bem como os direitos pessoais de caráter 
patrimonial e respectivas ações. 
Está correto o que se afirma em 
a) I e III, apenas. 
b) II e III, apenas. 
c) I, apenas. 
d) I e II, apenas. 
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e) I, II e III. 
Comentários 
Afirmativa I é correta, pois são considerados bens imóveis o solo e tudo o que lhe for acrescentado, de forma 
natural ou artificial, de acordo com o Código Civil: 
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. 
Deste modo, os bens imóveis são os que não podemos transportar ou remover, sem alteração de sua 
substância. 
Afirmativa II é correta, pois de acordo com o art. 80, incisos I e II, consideram-se bens imóveis, para os efeitos 
legais, o direito à sucessão aberta, bem como os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 
II - o direito à sucessão aberta. 
O direito a sucessão aberta dispõe sobre um complexo de bens que é transferido de cujus, sendo este 
compreendido em sua universalidade. Dados os fatos, não importa se a pessoa falecida deixou bens móveis 
ou imóveis, pois, antes da partilha de bens, tais bens se enquadram todos no Art. 80, sendo considerados 
imóveis. Obviamente, após a partilha os bens retomam a ser novamente considerados separadamente. 
Afirmativa III é correta, pois de acordo com o art. 83 e seus incisos I, II e III, consideram-se bens móveis, para 
os efeitos legais, as energias que tenham valor econômico, os direitos reais sobre objetos móveis e as ações, 
como disposto no Código Civil: 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
I - as energias que tenham valor econômico; 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
A alternativa A está incorreta, pois não contém a afirmativa II. 
A alternativa B está incorreta, pois não são apenas a II e III que estão corretas, a I também está.A alternativa C está incorreta, pois traz apenas a afirmativa I, faltando a II e III. 
A alternativa D está incorreta, pois exclui a III. 
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A alternativa E está correta, pois apresenta as três afirmativas. 
12. (FCC / TJ-AP – 2014) Carlos construiu uma casa em terreno que recebeu de seu pai. Posteriormente, 
empreendeu reforma na casa, retirando-lhe as portas a fim de pintá-las e reempregá-las na construção. 
No terreno, incorporou-se, naturalmente, uma goiabeira. Consideram-se imóveis 
a) A casa e a goiabeira. 
b) O terreno, a casa e a goiabeira. 
c) O terreno, apenas. 
d) O terreno e a casa. 
e) O terreno, a casa, as portas e a goiabeira. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, visto que falta acrescentar o terreno e as portas. 
A alternativa B está incorreta, em razão de que falta acrescentar as portas. 
As portas (neste caso) é um bem imóvel, de acordo com o art. 79 do Código Civil: 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. 
As portas a fim de pintá-las e reempregá-las na construção não pedem a qualidade de imóveis. 
O dispositivo rege acerca da imobilização de edificações separadas do solo e dos materiais separados de um 
prédio, ressalvando-se o solo em si e os bens imóveis por atribuição legal. Eventualmente os demais bens 
contidos podem ser destacados do solo ou do imóvel em si, como no caso apresentado, sem serem 
destruídos, dando a este bem um caráter móvel até que seja novamente aderido em outro lugar, 
recuperando sua natureza como bem imóvel. 
A alternativa C está incorreta, pois diz que o terreno apenas é imóvel, contudo a casa, as portas e a goiabeira 
também são caracterizadas como bens imóveis. 
A alternativa D está incorreta, pois falta acrescentar as portas e a goiabeira. 
A alternativa E está correta, pois consideram-se imóveis o terreno, a casa, as portas e a goiabeira. 
A casa é um bem imóvel, de acordo com o art. 79 do Código Civil: 
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. 
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Consideram-se imóveis por acessão artificial ou industrial: tudo que o homem incorporar permanentemente 
ao solo. Por isso chama-se artificial, porque não veio da natureza e sim do homem. 
A goiabeira é um bem imóvel, de acordo com o art. 79 do Código Civil: 
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. 
Consideram-se imóveis por acessão natural: aqui estão incluídas as árvores com seus frutos, desde que ainda 
pendentes (enquanto não se destacarem da árvore); as águas, as pedras, as fontes (naturais). Enfim, tudo 
que for ligado ao solo de forma natural entra nesta classificação. 
O terreno é um bem imóvel, de acordo com o art. 79 do Código Civil: 
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. 
Consideram-se imóveis por natureza: o solo, incluídos a sua superfície o seu subsolo e o seu espaço aéreo. 
A porta, neste caso, é um bem imóvel, de acordo com o art. 81 do Código Civil: 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. 
As portas retiradas para pintá-las, sabendo-se que serão reempregadas novamente na construção não 
perdem a qualidade de imóveis. 
13. (FCC / TRF - 4ª REGIÃO – 2014) Considere as seguintes hipóteses: 
I. Mario removeu sua casa pré-fabricada para outro local, retirando-a do solo e colocando-a em veículo 
especial. 
II. Maria possui direito real sobre o veículo marca X, modelo Y, ano 2012. 
III. Carmelita possui direito à sucessão aberta. 
IV. Marta removeu as janelas de sua moradia e colocou-as, durante a realização de outros serviços, em um 
depósito para posterior recolocação no local em que se encontravam. 
Nestes casos, de acordo com o Código Civil brasileiro, são exemplos de bens imóveis os indicados APENAS 
em 
a) I, III e IV. 
b) II e IV. 
c) I e II. 
d) II, III e IV. 
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e) I e III. 
Comentários: 
Hipótese I é correta, dado que Mario removeu sua casa pré-fabricada para outro local, retirando-a do solo e 
colocando-a em veículo especial. De acordo com o Código Civil brasileiro, são exemplos de bens imóveis as 
edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local: 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; 
O inciso I se refere, por exemplo, àquelas situações mais comuns em outros países, onde uma casa 
(normalmente de madeira) é transportada com toda a sua estrutura (conservando a sua unidade). 
Hipótese II é errada, pois, de acordo com o Código Civil, em seu Art. 80, são exemplos de bens imóveis os 
direitos reais: 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 
No art. 80 temos a atribuição da característica de bem imóvel a um bem que por sua natureza não o é. Os 
direitos são coisas imateriais e, por este motivo, não entram diretamente na classificação de bens móveis ou 
imóveis. Entretanto, tendo em vista a segurança das relações jurídicas, os direitos reais sobre imóveis são 
tratados como se fossem imóveis. 
Hipótese III é correta, pois, de acordo com o Código Civil, são exemplos de bens imóveis o direito à sucessão 
aberta: 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
II - o direito à sucessão aberta. 
“O direito abstrato à sucessão aberta é considerado bem imóvel, ainda que os bens deixados pelo de cujus 
sejam todos móveis. Neste caso, o que se considera imóvel não é o direito aos bens componentes da herança, 
mas o direito a esta, como uma unidade. A lei não cogita das coisas que estão na herança, mas do direito a 
esta”. 
Hipótese IV é correta, pois de acordo com o Código Civil, são exemplos de bens imóveis os materiais 
provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem: 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. 
Segundo o inciso II do art. 81, os materiais nem chegam a perder a qualidade de imóveis desde que a 
finalidade seja o reemprego no mesmo prédio. 
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A alternativa A está correta, pois traz as hipóteses I, III e IV todas corretas. 
Alternativa B, C, D e E estão incorretas consequentemente. 
14. (FCC / MPC-MS – 2013) A colheita de uma plantação é considerada bem 
a) Móvel por antecipação. 
b) Imóvel por natureza. 
c) Móvel por natureza ou essência. 
d) Móvel por destinação legal. 
e) Imóvel por destinação legal 
Comentários: 
A alternativa A está correta, pois são móveis por antecipação os bens que foram incorporados ao solo, mas 
com a intenção de oportunamente separá-los, transformando-os, assim, em bens móveis, com finalidade 
econômica. 
Da mesma forma que as árvores, também os frutos, pedras e metais enquanto aderentes ao imóvel são 
imóveis, e uma vez que forem separados para fins humanos tornam-se móveis. São estes os chamados bens 
móveis por antecipação. 
A alternativa B está incorreta, pois os bens móveis por natureza são os bens que podem ser transportados 
sem qualquer dano, por força própria ou alheia¸

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