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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTAMIRA FACULDADE DE MEDICINA ELUSA PAIVA – IV/A1 Roteiro de Aprendizagem – CFSH IV Prof. Denis VG FERREIRA ROTEIRO 1 (30/06/2021) 1) Com o auxílio do livro de histologia e biologia celular identifique e caracterize as condições patológicas que afetam a espermatogênese: a. Temperatura a temperatura ideal é 4ºC a menos que a temp. corporal; 35º C é a temperatura crítica para a espermatogênese; o plexo pampiniforme tem função termo-reguladora e dissipa o calor (das veias do funículo espermático com a artéria espermática); os músculos cremaster do funículo espermático e o dartos no saco escrotal se contraem para aproximar os testículos do corpo se a temperatura estiver abaixo b. Criptoquirdia não descida dos testículos para o saco escrotal; se for bilateral, a temp. corporal (+/- 37ºC) inibe a espermatogênese Descida do testículo – 2 fases: 1. Descida transabdominal controlada pelo inibidor (produzido pelas cél. Sertoli) dos ductos de Muller 2. Descida inguinal-escrotal controlada pela secreção de andrógenos gonadais pelo eixo hipotálamo-hipofisário Bilateral pode estar relacionada com mutação nos genes fator 3 semelhante a insulina e hoxa-10 c. Quimioterapia para o câncer pode atingir temporariamente a mitose das espermatogonias e a meiose dos espermatócitos; células-tronco podem repovoar o epitélio seminífero após o tratamento d. Caxumba pode gerar inflamação dos testículos (orquite aguda) que comprometa a espermatogênese (não comum) e. Torção do funículo espermático interrompe irrigação arterial e drenagem venosa do testículo; se não tratado, gera infarto hemorrágico e necrose de todo o testículo Temas de Aprendizagem - Condições patológicas que afetam a espermatogênese - Transporte e maturação de espermatozoides - Bacteriologia básica: estruturas celulares e suas funções UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTAMIRA FACULDADE DE MEDICINA ELUSA PAIVA – IV/A1 f. Varicocele causada pela dilatação anormal das veias do funículo espermático afeta a função termo-reguladora das veias do funículo espermático com a artéria espermática; gera oligospermia g. Células de Leydig aglomerados de células de Leydig no espaço intertubular associadas a vasos sangüíneos e linfáticos; LH e prolactina estimulam produção de testosterona; esterificação do colesterol pela acetil-coA e armazenamento como gotículas lipídicas citoplasmáticas; transporte do colesterol pras mitocôndrias pela proteína reguladora esteroidogênica aguda (StAR) para produzir pregnenolona; conversão pregnenolona em progesterona pelas enzimas do retículo endoplasmático agranular e, depois, em testosterona 2) Com o auxílio do livro de histologia e biologia celular descreva as etapas de migração das células germinativas primordiais a partir do saco vitelino para as cristas gonadais. Cél. germinativas primordiais origem extra-embrionária; são precursoras dos gametas X e Y Aparecem inicialmente na parede do saco vitelino do embrião de 4 semanas Entre a 4ª e 6ª semana, elas migram para as cristas gonadais por meio da translocação do saco vitelino até o intestino posterior, seguida da migração do intestino posterior até as cristas gonadais por meio do mesentério e, por fim, colonização das cristas gonadais. O receptor c-kit (é uma tirosina-quinase) e o ligante do receptor c-kit (é um fator de célula-tronco) participam da migração Se um deles faltar, ocorre um déficit de cél. germinativas primordiais nas cristas gonadais e nas gónadas Cristas gonadais células germinativas primordiais XX estão no córtex e as XY estão na medula (porção central das cristas) Depois de 7 semanas, a gônada indiferenciada contém um córtex que se desenvolve em ovário, e uma medula, que se desenvolve em testículo (controlado pelo fator determinante do testículo presente no cromossomo Y) UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTAMIRA FACULDADE DE MEDICINA ELUSA PAIVA – IV/A1 3) Com o auxílio do livro de histologia e biologia celular descreva o desenvolvimento da genitália interna masculina e feminina. Observando o papel da substância inibidora dos ductos de Muller e da testosterona. Cordões testiculares componentes iniciais do testículo fetal Um cordão testicular tem cél. de Sertoli e pré-espermatagonias/gonócitos oriundos das cél. germinativas primordiais. As cél. Leydig estão entre os cordões Cél. Sertoli fetais secreção da subst. inibidora dos ductos de Muller (MIS) função: impedir o desenvolvimento dos ductos de Muller (ductos paramesonéfricos) - MIS ausente = persistência dos ductos de Muller = formam genitália interna feminina Cél. de Leydig estimuladas pela HCG secreção de testosterona Enzima 5alfa-redutase converte testosterona em diidroxitestosterona (DHT) Testosterona estimula as extremidades cefálicas dos duetos de Wolff (dudos mesonéfricos) a se desenvolverem no epidídimo, canal deferente, ducto ejaculatório e vesícula seminal DHT estimula o desenvolvimento da próstata e uretra a partir do seio urogenital Ligação da testosterona e da DHT a um receptor de andrógenos (proteína) que está no núcleo e no citosol e é codificado por um gene de X Ausência de andrógenos = ductos de Wolff regridem e próstata não se desenvolve Se altos níveis de andrógenos estão presentes no feto feminino, tanto os ductos de Muller como os duetos de Wolff podem persistir 4) Com o auxílio do livro de histologia e biologia celular descreva as condições para a ocorrência da síndrome da insensibilidade a andrógenos (feminilização testicular). Síndrome da insensibilidade a andrógenos (AIS) / síndrome da feminilização testicular (SFT) mutação/defeito na expressão do gene do receptor de testosterona (está localizado no cromossoma X) impede que o receptor se ligue ao hormônio cél. não respondem ao hormônio Ausência do desenvolvimento dos ductos de Wolff e da regressão dos ductos de Muller; testículos permanecem no abdome, mesmo que o indv. seja geneticamente do sexo masculino, ele desenvolve as características UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTAMIRA FACULDADE DE MEDICINA ELUSA PAIVA – IV/A1 sexuais secundárias do sexo feminino; níveis altos de andrógenos e estradiol sanguíneos 5) Com o auxílio do livro de histologia e biologia celular descreva as características e significado clínico da hiperplasia prostática benigna e do câncer de próstata. Hiperplasia prostática benigna (HPB) aumento das glândulas prostáticas periuretrais da mucosa e da submucosa e aumento do estroma circundante (hiperplasia nodular em homens idosos) HPB não é canceroso Causada por fatores de crescimento com função mitogênica produzidos por cél. do estroma prostático e cél. epiteliais glandulares (estimuladas pela DHT) A DHT é produto da conversão da testosterona pela 5alfa-redutase Hiperplasia nodular em homens idosos gera dificuldade na micção e obstrução urinária (devido a compressão da uretra prostática) e retenção de urina na bexiga ou incapacidade de esvaziamento completo da bexiga urinária - cistite e pielonefrite Bloqueadores/inibidores da 5alfa-redutase e antiandrógenos são utilizados no tratamento não-cirúrgico da HPB Câncer de próstata ocasionado pela transformação maligna das glândulas prostáticas principais Níveis sanguíneos de PSA (antígeno prostático específico) elevados Os andrógenos também estão relacionados com o desenvolvimento do carcinoma de próstata - crescimento do tumor pode ser controlado pela redução da produção de andrógenos (agonistas do hormônio liberador do harmônio luteinizante [LH-RH] e antiandrógenos); remoção dos testículos - maior fonte deandrógenos (orquidectomia); quimioterapia 6) Com o auxílio do livro de histologia e biologia celular explique a importância do óxido nítrico para a ereção peniana. Ereção controlada pelo óxido nítrico e pela rosrodiesterase NO produzido por ramos do nervo dorsal - se espalha por meio das junções comunicantes das células musculares lisas dos espaços cavernosos Ativa guanilil-ciclase produção de monofosfato cíclico de guanosina (GMPc) a partir do trifosfato de guanosina (GTP) UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTAMIRA FACULDADE DE MEDICINA ELUSA PAIVA – IV/A1 GMPc relaxamento do músculo liso por meio do armazenamento de Ca em sítios intracelulares acumulo de sangue arterial nos espaços cavernosos distendidos ereção Degradação do GMPc pela fosfodiesterase fim da ereção Sildenafil inibidor da fosfodiesterase; usado para impedir a rápida degradação do GMPc (disfunção erétil) 7) Com o auxílio do livro de microbiologia identifique as principais morfologias bacteriana, observando sua classificação individual e agrupada. Morfologias bacterianas são caracterizadas por: tamanho, forma e arranjo Formas: - cocos esférica * grupo homogêneo de tamanho; cél. pequenas (0,8 a 1,0 m) - bacilos cilíndrica * forma de bastão, longos ou delgados, pequenos ou grossos, extremidade arredondada ou reta - espirilos espiralada * corpo rígido e flagelos para movimentação - espiroquetas espiralada * corpo flexível e contrações do citoplasma para movimentação Formas de transição: - cocobacilos bacilos muito curtos - vibrões espirilos muito curtos, forma de vírgula Arranjos de Cocos: - diplococos cocos agrupados em 2 (ex: neisseria) - estreptococos cocos agrupados em cadeias (ex: streptococcus) - tétrades cocos agrupados em 4 - sarcina cocos agrupados em 8 de forma cúbica - estafilococos cocos agrupados irregularmente (ex: staphylococos) Arranjos de Bacilos: - isolado - diplobacilos agrupados em 2 - estreptobacilos agrupados em cadeia - paliçada agrupados lado a lado UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTAMIRA FACULDADE DE MEDICINA ELUSA PAIVA – IV/A1 8) Com o auxílio do livro de microbiologia identifique as principais características da estrutura da membrana bacteriana, observando a composição das membranas e proteínas de membrana. Membrana citoplasmática: - barreira de permeabilidade seletiva - constituição bicamada fosfolipídica [fosfolipídeos >> á. graxos (hidrofóbicos) e glicerol fosfato (hidrofílico)] + proteínas (imersas na bicamada) * internamente hidrofóbica * externamente hidrofílica - em bactérias os ácidos graxos são ligados ao glicerol (ligação éster) Funções: - permeabilidade seletiva impede extravasamento e é “porta” do transporte de subst. e nutrientes - ancoragem de proteínas sítio de proteínas envolvidas no transporte, bioenergética e quimiotaxia - transporte de subst. - obtenção/conservação de energia respiração mesossomos - duplicação de DNA - biossíntese lipídeos de membrana, peptideoglicanos, LPS... Proteínas de membrana: - funções: transporte de substâncias, atividades enzimáticas e comunicação entre células UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTAMIRA FACULDADE DE MEDICINA ELUSA PAIVA – IV/A1 - os tipos e as quantidades de proteínas dependem da atividade realizada pela cél. - proteínas integrais penetram na bicamada fosfolipídica * proteínas transmembranas proteínas integrais que atravessam completamente a membrana (1 ou mais vezes) - proteínas periféricas não penetram na membrana plasmática; tem apenas uma conexão fraca com ela podem ser dissociadas da membrana facilmente 9) Com o auxílio do livro de microbiologia descreva as principais funções da membrana bacteriana, observando a barreira de permeabilidade, ancoragem de proteínas e conservação de energia. Permeabilidade seletiva impede extravasamento e é “porta” do transporte de subst. e nutrientes Ancoragem de proteínas sítio de proteínas envolvidas no transporte, bioenergética e quimiotaxia Conservação de energia sítio de geração e dissipação da força próton-motiva 10) Com o auxílio do livro de histologia descreva o transporte de nutrientes bacteriano, observando o transporte simples, translocação de grupo e transportador ABC. O transporte requer energia de um composto rico em energia (como o ATP) ou da força próton-motiva para realizar a acumulação de solutos contra um gradiente de concentração Transporte simples: - consiste em apenas permeases proteína transportadora transmembranica - elas se ligam a subst. a transportar, alterando sua forma e a transferem para dentro da cél. - é promovido pela força próton motiva Translocação de grupo: - várias proteínas envolvidas - ocorre modificação química da subst. transportada fosforilada pelo sist. fosfotransferase - mediada pelo fosfoenolpiruvato (sistema fosfoenolpiruvato-fosfotransferase) - transporte unidirecional de carboidratos, ácidos-graxo e nucleotídeos - o sistem a fosfotransferase corresponde a 5 proteínas Enz I, HPr, Enz IIa, Enz IIb e Enz IIc - Enz I e HPr são inespecíficas e transportam qualquer açúcar - Enz II são específicos para cada açúcar em particular - A energia do sist. vem do fosfoenolpiruvato UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTAMIRA FACULDADE DE MEDICINA ELUSA PAIVA – IV/A1 * fosfato é transferido do fosfoenolpiruvato por meio de todas as proteínas até a Enz IIc, que de fato transporta e fosforila o açúcar, formando uma molécula de glicose-6-fosfato, que entrará na via glicolítica Sistema ABC: - formado por 3 componentes: * proteína periplasmática proteína de ligação ao substrato * permease transportador integrado a membranaum proteína de ligação ao substrato * ATPase proteína que hidrolisa ATP - as proteínas periplasmáticas estão envolvidas e a energia para o transporte é fornecida pelo ATP - essas proteínas estão associadas a membrana externa, ao periplasma (espaço fluido entre a membrana citoplasmática e a membrana externa de bactérias gram-negativas) e a membrana citoplasmática - as proteínas periplasmáticas de ligação possuem alta afinidade ao substrato, podendo se ligar ao substrato mesmo quando presente em concentrações baixas - uma vez que o substrato esteja ligado na proteína periplasmática de ligação, ela interage com seu respectivo transportador transmembrânico, carreando o substrato até o transportador, o qual só permite a passagem da molécula se houver quebra de ATP, como fonte de energia - esse processo é conduzido pela energia da hidrólise de ATP - bactérias gram-positivas não possuem periplasma como as gram-negativas, porém possuem proteínas de ligação ao substrato ancoradas á superfície externa da membrana citoplasmática - entretanto, assim como as bactérias Gram-negativas, uma vez que essa proteínas ligam- se ao substrato, passam a interagir com um transportador de membrana, catalisando a captação do substrato ás custas da hidrólise de ATP 11) Com o auxílio do livro de microbiologia relate as características da parede celular bacteriana, observando a relação com a coloração de gram. Parede celular: - presente só em procariotos - envolve a membrana citoplasmática de quase todos procariotos - relativamente permeável e localiza-se externamente á membrana - é uma camada muito mais resistente do que a própria membrana - confere forma e rigidez estrutural á célula - protege a célula contra choque/lise osmótica. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTAMIRA FACULDADE DE MEDICINA ELUSA PAIVA – IV/A1 - as paredes celulares de bactérias apresentam umacamada rígida, a principal responsável pela rigidez da estrutura - essa camada é constituída por peptideoglicano (também chamado de mucoproteína e mureína ), um polissacarídeo composto por dois derivados de açúcares o N-acetilglicosamina e o ácido N-acetilmirâmico - o esqueleto do peptideoglicano é formado pelo N-acetilglicosamina (NAG) ligado ao ácido N-acetilmurâmico (NAM) alternadamente, através de ligações do tipo ß-1,4 - além disso, ligado ao N-acetilmurâmico há uma cadeia de diferentes peptídeos - esses peptídeos fazem a ligação direta ou através d e pontes peptídicas entre as fitas de NAG- NAM, ou seja, as cadeias longas de peptideoglicanos são interligadas por meio de ligações cruzadas dos aminoácidos - as ligações glicosídicas que unem os açúcares das fitas de glicano são ligações covalentes Gram-positivos parede celular grossa envolvendo a membrana citoplasmática que é composta por peptideoglicanos e ácidos teicoico com o auxílio do livro ode microbiologia relate a importância da formação de endósporo bacteriano. Gram-negativos parede celular mais fina que é envolvida por outra membrana externa, portanto os gram-negativos possuem 2 membranas, a externa difere da interna e contém moléculas de lipopolissacarideos UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTAMIRA FACULDADE DE MEDICINA ELUSA PAIVA – IV/A1 12) Com o auxílio do livro de microbiologia identifique e descreva as principais estruturas de locomoção bacteriana, observando suas característica e tipo de movimento. Motilidade natatória: - presença de flagelo * sem velocidade constante de rotação (pode ou de acordo com a força próton-motiva) * até 300 rotações por segundo * velocidade de até 60 comprimentos celulares por segundo - são apêndices longos e finos, tem uma extremidade livre e outra ligada a cél. - flagelação polar flagelos ligados a uma ou ambas as extremidades da célula - flagelação peritríquia flagelos ligados a vários pontos da superfície da célula Motilidade por deslizamento: - não apresentam flagelos - movimentoao longo do eixo da cél., lento e suave, comparado com a flagelar - cianobactérias deslizamento por secreção de polissacarídeo limoso OBSERVAÇÕES: 1) Esse roteiro deve ser respondido e postado no link da sala virtual, completamente preenchido, na pasta de RESPOSTAS (específica à sua subturma). 2) O prazo para entrega dos roteiros respondidos na pasta do classroom é até o próximo domingo. 3) A identificação dos roteiros respondidos de ve ser: “NOME_ROTEIRO X” ou “NOME_ATIVIDADE X” (por exemplo: MARCOS_Roteiro 1). ATIVIDADE AVALIATIVA DO DIA Crie um mapa conceitual com sobre o desenvolvimento da genitália interna masculina e feminina, enfatizando a ação da substância de Muller e da testosterona.