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Sanndy Emannuelly – 3° Período 1 Tutorial 6 OBJETIVO 1: DESCREVER A MORFOLOGIA DAS HEMÁCIAS E GLÓBULOS BRANCOS. HEMÁCIAS Hematologia – Zago - Embora as hemácias sejam células anucleadas, constituídas apenas por membrana plasmática e citoplasma, elas são bastante complexas. Originam-se na medula óssea pela proliferação e maturação dos eritroblastos, fenômeno chamado eritropoese. - A eritropoese leva à produção de hemácias de modo a manter constante a massa eritrocitária do organismo, indicando que o processo é finamente regulado, sendo a eritropoetina o principal e mais bem conhecido fator de crescimento envolvido. - As hemácias presentes no sangue periférico tomam a sua forma final anucleada após o eritroblasto na medula óssea sofrer o fenômeno de enucleação. A hemácia originada deste fenômeno ainda contém grande quantidade de RNA em seu citoplasma, preservando a capacidade de síntese proteica e é chamada de reticulócito, que sai da medula óssea e é liberado para a corrente sanguínea. -Uma vez que o reticulócito amadurece completamente e perde o seu conteúdo de RNA, transforma-se em uma hemácia madura incapaz de sintetizar hemoglobina, cuja vida em circulação é de aproximadamente 120 dias. - As hemácias têm a forma homogênea circular, bicôncavas, de tamanho relativamente uniforme e constituem a maior população de células do sangue. - As funções primordiais dos glóbulos vermelhos são as de transportar oxigênio dos pulmões aos tecidos, mantendo a perfusão tissular adequada, e transportar CO, dos tecidos aos pulmões. A hemoglobina, que constitui 95% das proteínas das hemácias, é a responsável por essas funções. -No adulto, a hemoglobina encontrada nas hemácias é predominantemente a hemoglobina A (HbA), constituída de duas cadeias alfa e duas cadeias beta. Guyton - A principal função das hemácias/eritrócitos, consiste no transporte de hemoglobina, que, por sua vez, leva oxigênio dos pulmões para os tecidos e que deve permanecer dentro dos glóbulos vermelhos para executar eficazmente as suas funções nos seres humanos. - As hemácias desempenham outras funções, além do transporte da hemoglobina. Por exemplo, contêm grande quantidade de anidrase carbônica, enzima que catalisa a reação reversível entre o dióxido de carbono (CO2) e a água para formar ácido carbônico (H2CO3), aumentando, por milhares de vezes, a velocidade dessa reação.- A rapidez dessa reação possibilita que a água do sangue transporte quantidade enorme de CO2 na forma de íon bicarbonato (HCO3−), dos tecidos para os pulmões, onde é reconvertido em CO2 e eliminado para a atmosfera como produto do metabolismo corporal. - A hemoglobina nas células é excelente tampão ácido-base, devido a isso, a hemácia é responsável pela maior parte da capacidade do tamponamento ácido-base de todo o sangue. - A forma das hemácias pode variar muito conforme as células sejam espremidas ao passarem pelos capilares. De fato, a hemácia é um “saco” que pode ser deformado, assumindo praticamente qualquer forma. Isso acontece pq ela possui excesso de memb celular, a deformação então n distende muito a memb, e por isso não causa a ruptura da célula, como aconteceria com outras. - No homem saudável, o número médio de hemácias por milímetro cúbico é de 5.200.000 e, na mulher, é de 4.700.000. Porém, pessoas que vivem em grandes altitudes apresentam um número maior de hemácias. - Nas primeiras semanas da vida embrionária, hemácias nucleadas primitivas são produzidas no saco vitelino. Durante o segundo trimestre da gestação, o fígado passa a constituir o principal órgão de produção de hemácias, embora número razoável também seja produzido pelo baço e pelos linfonodos. Posteriormente, durante o último mês de gestação e após o nascimento, as hemácias são produzidas exclusivamente na medula óssea. - A medula óssea de quase todos os ossos produz hemácias até que a pessoa atinja a idade de 5 anos. A medula óssea dos ossos longos, exceto pelas porções proximais do úmero e da tíbia, fica muito gordurosa, deixando de produzir hemácias aproximadamente aos 20 anos de idade. Após essa idade, a maioria das hemácias continua a ser produzida na medula óssea dos ossos membranosos, como vértebras, esterno, costelas e íleo. - As hemácias iniciam suas vidas, na medula óssea, por meio de tipo único de célula referido como célula-tronco hematopoética pluripotente, da qual derivam todas as células do sangue circulante.- À medida que essas células se reproduzem, pequena parcela permanece exatamente como as células pluripotentes originais, retidas na medula óssea como reserva, embora seu número diminua com a idade. - Crescimento e a reprodução das diferentes células-tronco são controlados por múltiplas proteínas, denominadas indutores de crescimento. Os indutores de crescimento promovem o crescimento das células, mas não sua diferenciação, que é a função de outro grupo de proteínas, denominado indutores de diferenciação. Sanndy Emannuelly – 3° Período 2 - A formação dos indutores de crescimento e de diferenciação é controlada por fatores externos à medula óssea. Por exemplo, no caso de hemácias, a exposição do sangue a baixas concentrações de oxigênio, por longo período, resulta na indução do crescimento, da diferenciação e da produção de número muito aumentado de hemácias. - As hemácias têm capacidade de concentrar a hemoglobina no líquido celular por até 34 gramas em cada 100 mililitros de células. Quando a produção de hemoglobina é deficiente, a porcentagem de hemoglobina nas células pode diminuir, consideravelmente, abaixo desse valor, e o volume da hemácia pode também diminuir, devido à falta de hemoglobina para encher a célula. - As condições que causem diminuição da quantidade de oxigênio transportado para os tecidos normalmente aumentam a intensidade da produção de hemácias. Assim, quando a pessoa fica extremamente anêmica, como consequência de hemorragia ou de outra condição, a medula óssea, de imediato, inicia a produção de grande quantidade de hemácias. - Nas grandes altitudes, onde a quantidade de oxigênio no ar está bastante diminuída, o oxigênio é transportado para os tecidos em quantidade insuficiente e ocorre aumento significativo da produção de hemácias. Nesse caso, não é a concentração de hemácias no sangue que controla sua produção, mas, sim, a quantidade de oxigênio transportado para os tecidos, em relação à demanda tecidual por oxigênio. - O principal estímulo para a produção de hemácias nos estados de baixa oxigenação é o hormônio circulante referido como eritropoetina, glicoproteína. Na ausência de eritropoetina, a hipoxia tem pouco ou nenhum efeito sobre a estimulação da produção eritrocitária. Entretanto, quando o sistema da eritropoetina está funcional, a hipoxia promove aumento importante da produção de eritropoetina, e, por sua vez, a eritropoietina aumenta a produção eritrocitária até o desaparecimento da hipoxia. - Duas vitaminas, a vitamina B12 e o ácido fólico, são de grande importância para a maturação final das células da linhagem vermelha. Ambas as vitaminas são essenciais à síntese de DNA, visto que cada uma delas, por modos diferentes, é necessária para a formação de trifosfato de timidina uma das unidades essenciais da produção do DNA. - A deficiência de vitamina B12 ou de ácido fólico resulta em diminuição do DNA e, consequentemente, na falha da maturação nuclear e da divisão celular. Além disso, as células eritroblásticas da medula óssea, além de não conseguirem se proliferar com rapidez, produzem hemácias maiores que as normais, referidas como macrócitos, que têm membrana muito frágil, irregular,grande e ovalada em vez do disco bicôncavo usual. - Essas células recém-formadas, após entrarem na circulação sanguínea, são capazes de transportar normalmente oxigênio, porém sua fragilidade faz com que tenham sobrevida curta, de metade a um terço da normal. - falha de maturação na eritropoese. - Quando as hemácias são transportadas da medula óssea para o sistema circulatório, elas, em geral, circulam por 120 dias em média antes de serem destruídas. - Embora as células maduras da linhagem vermelha não tenham núcleo, mitocôndrias ou retículo endoplasmático, elas contêm enzimas citoplasmáticas capazes de metabolizar glicose e formar pequenas quantidades de trifosfato de adenosina. Essas enzimas também mantêm (1) a flexibilidade de sua membrana celular; (2) o transporte de íons através da membrana; (3) o ferro das hemoglobinas na forma ferrosa, em vez de na forma férrica, além de (4) impedirem a oxidação das proteínas presentes nas hemácias. LEUCÓCITOS Hematologia- Zago - Os glóbulos brancos formam o grupo mais heterogêneo de células do sangue. Embora os leucócitos desempenhem papel de defesa do organismo, cada subtipo leucocitário detém funções bastante específicas e distintas entre si, que, em conjunto, estruturam o sistema imunológico. -Os leucócitos são agrupados em duas categorias diferentes: os leucócitos mononucleares e os polimorfonucleares. Os primeiros incluem os linfócitos, plasmócitos e os monócitos, cuja característica peculiar é a de possuir um núcleo único e uniforme. Os últimos, também chamados de granulócitos, pela presença de granulação citoplasmática, incluem os neutrófilos, eosinófilos e basófilos e possuem um núcleo multiforme e segmentado. - Apesar de todos os leucócitos se originarem de um precursor hematopoético comum na medula óssea, os precursores intermediários são distintos e são influenciados por diferentes fatores de crescimento. - Em recém-nascidos e crianças, existe entre os leucócitos um predomínio de células mononucleares, principalmente de linfócitos em relação aos granulócitos; com a idade essa relação se inverte, e em adultos existe predomínio de polimorfonucleares, principalmente de neutrófilos. Linfócitos: são células de tamanho pequeno, regulares e arredondadas, relação nucleocitoplasmática elevada com o núcleo ocupando cerca de 90% da área da célula, citoplasma escasso e basófilo, núcleo regular e esférico. -A estimulação ou ativação dos linfócitos leva a alterações fisiológicas que culminam também por alterar a sua morfologia, assumindo uma forma mais imatura (linfoblasto). O citoplasma torna-se mais abundante e basófilo, e o núcleo passa a apresentar nucléolo mais evidente, com cromatina mais frouxa. Sanndy Emannuelly – 3° Período 3 - Do ponto de vista fisiológico, os linfócitos incluem pelo menos três diferentes subpopulações celulares: os linfócitos T, linfócitos B e linfócitos NK. Os linfócitos T correspondem de 65 a 80% dos linfócitos circulantes e originam-se de um precursor na medula óssea que posteriormente migra para o timo (daí o T da nomenclatura), onde a maturação dessas células se completa, e são divididos em T8 (citotóxico) e T4 (auxiliar). Por outro lado, os linfócitos B correspondem a um valor entre 5 e 15% dos linfócitos circulantes e originam-se de um precursor na medula óssea onde, em mamíferos, se dá o processo de maturação. A sua característica fundamental é a de possuir moléculas de imunoglobulina inseridas na membrana plasmática que são produzidas endogenamente e funcionam como receptores para antígenos específicos. Os linfócitos NK são a minoria de células linfoides em circulação e originam-se, como as demais, de um precursor linfoide na medula óssea. O seu processo de maturação ainda é pouco conhecido. Plasmócitos: são originados dos linfócitos B maduros e normalmente circulam no sangue em pequenas quantidades (0 a 0,25%), sendo encontrados primordialmente na medula óssea, nos linfonodos e no baço, responsáveis pela síntese de imunoglobulinas. São células esféricas ou ovoides, com tamanho variado. O citoplasma é abundante, basófilo, normalmente azul-escuro, de caráter granular. A relação nucleocitoplasmática é baixa, o núcleo é redondo ou oval, de cromatina bastante densa. Monócitos: Os monócitos, macrófagos e seus precursores originam-se na medula óssea. Após entrarem em circulação, os monócitos têm meia-vida curta de 8,4 horas, logo migrando para diferentes tecidos, onde recebem o nome de macrófagos de morfologia e fisiologia semelhantes às dos monócitos. Nos diferentes tecidos, participam da fagocitose de células mortas, corpos estranhos, regulação da função de outras células, processamento e apresentação de antígenos, reações inflamatórias e destruição de micróbios e células tumorais. São células que variam bastante em forma, mas são distinguíveis dos outros leucócitos do sangue. O citoplasma é abundante, de coloração cinza ou azul-claro acinzentada, com fina granulação. O núcleo é grande, oval, posicionado no centro da célula e o nucléolo não é visível em colorações usuais. A cromatina é delicada, predominantemente frouxa. Neutrófilos: são assim chamados pela sua tonalidade neutra nas colorações, enquanto que os eosinófilos possuem grande avidez pela eosina e os basófilos são facilmente identificados pelos grandes grânulos de cor escura no citoplasma. Os neutrófilos possuem quatro tipos diferentes de grânulos em seu citoplasma, originam-se na medula óssea, sendo o seu precursor mais imaturo vinculado à linhagem mieloide chamado de mieloblasto. Os neutrófilos bastonetes são encontrados em pequena quantidade no sangue periférico, em condições normais, e diferenciam-se das formas mais imaturas por maior condensação da cromatina e modificação da morfologia nuclear que assume a forma de uma salsicha ou de um bastão. O neutrófilo segmentado apresenta-se como uma célula de núcleo multilobulado (2 a 4 lóbulos) de cromatina purpúrea escura e densa, cujos lóbulos são interligados por um tênue filamento de cromatina. Têm papel crucial na defesa do organismo, fagocitando e digerindo micro-organismos. Eosinófilos: originam-se na medula óssea e têm a característica peculiar de apresentar no citoplasma grânulos com alta afinidade pela eosina. Têm função importante na mediação de processos inflamatórios associados à alergia e à defesa contra parasitas. Possuem citoplasma abundante, rico em grânulos eosinofílicos (em torno de vinte por célula) e núcleo de cromatina densa bilobulado. Basófilos: se originam e amadurecem na medula óssea e, após os últimos passos de diferenciação, são colocados na corrente sanguínea. São caracterizados pela presença de grânulos citoplasmáticos basófilos, célula relativamente grande, citoplasma abundante, róseo. O núcleo multilobulado apresenta cromatina densa. Produzem diversos mediadores inflamatórios, sendo um dos principais deles a histamina, além de possuírem receptores de IgE na membrana plasmática. Guyton - Os leucócitos/ glóbulos brancos são as unidades móveis do sistema protetor do corpo. Eles são formados, em parte, na medula óssea (granulócitos, monócitos e alguns linfócitos) e, em outra, no tecido linfático (linfócitos e plasmócitos). Após sua formação, eles são transportados pelo sangue para diversas partes do corpo, onde forem necessários. Em sua maioria, eles são especificamente transportados para áreas de infecção e inflamação graves, promovendo a rápida e potente defesa contra agentes infecciosos - Os granulócitos e os monócitos protegem o corpo contra micro-organismos invasores, principalmente por meio de sua ingestão (fagocitose)ou por liberação de substâncias antimicrobianas ou inflamatórias que apresentam múltiplos efeitos que ajudam a destruir o organismo agressor. Os linfócitos e os plasmócitos atuam principalmente em conexão com o sistema imune. Por fim, a função das Sanndy Emannuelly – 3° Período 4 plaquetas é, especificamente, a de ativar o mecanismo da coagulação sanguínea. - O ser humano adulto tem cerca de 7.000 leucócitos por microlitro de sangue (em comparação com 5 milhões de hemácias por microlitro). - Do total de leucócitos, as porcentagens normais dos diferentes tipos de células são as seguintes: Neutrófilos polimorfonucleares 62,0% Eosinófilos polimorfonucleares 2,3% Basófilos polimorfonucleares 0,4% Monócitos 5,3% Linfócitos 30,0% - O número de plaquetas, que são somente fragmentos de células em cada microlitro de sangue, é normalmente cerca de 300.000. - Os granulócitos e os monócitos só são formados na medula óssea. Os linfócitos e os plasmócitos são produzidos, principalmente, nos diversos tecidos linfogênicos — de modo especial, nos linfonodos, no baço, no timo, nas tonsilas e em vários bolsões de tecido linfoide em outras partes do corpo. - Os leucócitos formados na medula óssea ficam armazenados na medula até que sejam necessários no sistema circulatório. Quando surge essa necessidade, vários fatores provocam a liberação dos leucócitos. - A vida dos granulócitos, após sua liberação pela medula óssea, é normalmente de 4 a 8 horas circulando pelo sangue, e de mais 4 a 5 dias nos tecidos onde são necessários. - Durante as infecções graves, essa duração total da vida dos leucócitos se encurta para algumas horas, pq os granulócitos se dirigem com rapidez ainda maior para a área infectada para exercerem suas funções e, no processo, serem destruídos. - Os monócitos têm também curto tempo de trânsito, de 10 a 20 horas no sangue, antes de atravessar as membranas capilares em direção aos tecidos. Uma vez nos tecidos, essas células aumentam seu volume para se transformar em macrófagos teciduais e, nessa forma, podem viver por meses, a menos que sejam destruídos durante a execução de suas funções fagocíticas. - Os linfócitos entram de forma contínua no sistema circulatório, junto com a drenagem da linfa dos linfonodos e de outros tecidos linfoides. Depois de algumas horas, passam do sangue de volta para os tecidos por diapedese. Então, passado algum tempo, eles reentram na linfa e retornam várias vezes para o sangue; assim, existe circulação contínua de linfócitos por todo o corpo. Os linfócitos têm sobrevida que varia de semanas a meses, dependendo da necessidade pelo corpo dessas células. - As plaquetas no sangue são substituídas a cada 10 dias; em outras palavras, aproximadamente 30.000 plaquetas são formadas a cada dia para cada microlitro de sangue. - São sobretudo os neutrófilos e os macrófagos teciduais que atacam e destroem as bactérias, os vírus e outros agentes invasores. Os neutrófilos são células maduras que podem atacar e destruir bactérias, mesmo no sangue circulante. De modo inverso, os macrófagos teciduais começam sua vida como monócitos no sangue, os quais são células imaturas que, ainda no sangue, têm pouca capacidade de combater os agentes infecciosos. Entretanto, assim que essas células entram nos tecidos, elas começam a aumentar de volume e são agora denominadas macrófagos e são extremamente capazes de combater os agentes patológicos intrateciduais. - A função mais importante dos neutrófilos e dos macrófagos é a fagocitose, que significa ingestão celular do agente agressor. Os fagócitos devem ser seletivos quanto ao material que é fagocitado; caso contrário, células e estruturas normais do corpo poderiam ser ingeridas. - A ocorrência de fagocitose depende de três procedimentos seletivos: Primeiro, a maioria das estruturas naturais nos tecidos tem superfícies lisas que resistem à fagocitose. Entretanto, se a superfície é áspera, a probabilidade de fagocitose aumenta. Segundo, a maioria das substâncias naturais do corpo tem revestimentos proteicos protetores que repelem os fagócitos. De forma inversa, a maioria dos tecidos mortos e das partículas estranhas ao corpo não apresenta esse revestimento protetor, o que os faz sujeitos à fagocitose. Terceiro, o sistema imune do corpo desenvolve anticorpos contra os agentes infecciosos, como as bactérias. Os anticorpos aderem às membranas bacterianas tornando-as especialmente suscetíveis à fagocitose. Para isso, a molécula do anticorpo também se combina com o produto C3 da cascata de complemento, as moléculas C3, por sua vez, se prendem a receptores da membrana do fagócito, iniciando o processo de fagocitose. Esse processo pelo patógeno selecionado para fagocitose e destruição é referido como opsonização. - Macrófagos são fagócitos muito mais potentes que os neutrófilos, capazes de fagocitar até 100 bactérias. Têm também a capacidade de envolver partículas muito maiores, até mesmo hemácias inteiras ou, ocasionalmente, parasitas da malária, enquanto os neutrófilos não são capazes de fagocitar partículas muito maiores do que bactérias. Além disso, após a digestão das partículas, os macrófagos podem eliminar os produtos residuais e, com frequência, sobrevivem e funcionam por muitos mais meses. (Um só neutrófilo pode, em geral, fagocitar cerca de 3 a 20 bactérias, antes de ser inativado e morrer.) Sanndy Emannuelly – 3° Período 5 - Os neutrófilos e os macrófagos contêm grande número de lisossomos repletos de enzimas proteolíticas, especificamente voltadas para a digestão de bactérias e de outras matérias proteicas estranhas. Os lisossomos dos macrófagos, contêm também grande quantidade de lipases, que digerem as espessas membranas lipídicas de bactérias como o bacilo da tuberculose. - Além da digestão das bactérias ingeridas nos fagossomos, os neutrófilos e macrófagos contêm agentes bactericidas que destroem a maioria das bactérias, mesmo quando as enzimas lisossômicas não conseguem digeri-las. Essa característica é especialmente importante, porque algumas bactérias têm revestimentos protetores ou outros fatores que impedem sua destruição pelas enzimas digestivas. - Eosinófilos : normalmente constituem cerca de 2% de todos os leucócitos encontrados no sangue. Os eosinófilos são fagócitos fracos, apresentam quimiotaxia, mas, em comparação aos neutrófilos, eles não dão proteção significativa contra os tipos usuais de infecção. Entretanto, os eosinófilos são produzidos, em grande escala, em pessoas com infecções parasitárias e migram para os tecidos acometidos pelos parasitas. Apesar de a maioria dos parasitas ser demasiadamente grande para ser fagocitada pelos eosinófilos ou qualquer outra célula fagocítica, os eosinófilos se prendem aos parasitas por meio de moléculas especiais de superfície e liberam substâncias que destroem muitos dos parasitas. Eles executam essa defesa por vários meios: (1) pela liberação de enzimas hidrolíticas de seus grânulos, que são lisossomos modificados; (2) provavelmente também pela liberação de formas altamente reativas de oxigênio que são especialmente letais para os parasitas; e (3) pela liberaçãonpelos grânulos de polipeptídeo altamente larvicida, chamado proteína básica principal. - Os basófilos no sangue circulante são semelhantes aos mastócitos situados imediatamente por fora de muitos capilares do corpo. Tanto os mastócitos quanto os basófilos liberam heparina no sangue. A heparina é uma substância que pode impedira coagulação sanguínea. Os mastócitos e os basófilos liberam também histamina, bem como pequenas quantidades de bradicinina e serotonina. Na verdade, são principalmente os mastócitos nos tecidos inflamados que liberam essas substâncias durante a inflamação. Os mastócitos e os basófilos têm um papel extremamente importante em alguns tipos de reações alérgicas, porque o tipo de anticorpo que causa as reações alérgicas, a imunoglobulina E (IgE), tem propensão especial para se prender aos mastócitos e basófilos. A fixação resultante do antígeno ao anticorpo promove a ruptura do mastócito ou do basófilo, liberando quantidade enorme dessas substâncias que causam reações vasculares e teciduais locais responsáveis pela maioria das manifestações alérgicas. OBJETIVO 2: DISCORRER SOBRE A FORMAÇÃO DA HEMOGLOBINA E SUA FUNÇÃO NO TRANSPORTE DE GASES. FORMAÇÃO DA HEMOGLOBINA Guyton - A síntese de hemoglobina começa nos proeritroblastos e prossegue até mesmo no estágio de reticulócitos. Portanto, quando os reticulócitos deixam a medula óssea e penetram na corrente sanguínea, continuam formando quantidades diminutas de hemoglobina, até que após 1 dia ou mais se transformem em hemácias maduras. - Em primeiro lugar, a succinil-CoA, que se forma no ciclo de Krebs se liga à glicina para formar a molécula de pirrol. Por sua vez, quatro pirróis se combinam para formar protoporfirina IX que a seguir, se combina com o ferro, para formar a molécula do heme. Por fim, cada molécula de heme se combina com a longa cadeia polipeptídica denominada globina, sintetizada pelos ribossomos, formando a subunidade da hemoglobina referida como cadeia de hemoglobina. - Por sua vez, quatro dessas cadeias se ligam frouxamente para formar a molécula completa de hemoglobina. - Existem diversas variações sutis nas diferentes subunidades da cadeia de hemoglobina, dependendo da composição em aminoácidos da porção polipeptídica. Os diferentes tipos de cadeias são designados como cadeias alfa, beta, gama e delta. Obs: A forma mais comum de hemoglobina no ser humano adulto, a hemoglobina A, é a combinação de duas cadeias alfa e duas cadeias beta. - Pelo fato de cada cadeia de hemoglobina ter um grupo prostético heme contendo um átomo de ferro, e como existem quatro cadeias de hemoglobina em cada molécula completa de hemoglobina, são encontrados quatro átomos de ferro em cada molécula de hemoglobina. Cada um desses átomos pode se ligar a uma molécula de oxigênio, perfazendo o total de quatro moléculas de oxigênio, que podem ser transportadas por cada molécula de hemoglobina. Sanndy Emannuelly – 3° Período 6 - A característica mais importante da molécula de hemoglobina consiste em sua capacidade de combinação, frouxa e reversível, com o oxigênio. Pelo fato de que a função primária da hemoglobina no organismo reside em sua capacidade de se combinar com o oxigênio nos pulmões e depois liberá-lo, imediatamente, nos capilares teciduais periféricos, onde a tensão gasosa do oxigênio é muito mais baixa que nos pulmões. - O oxigênio não se combina com as duas valências positivas do ferro na molécula de hemoglobina. Na verdade, ele se liga frouxamente a uma das chamadas ligações de coordenação do átomo de ferro. São ligações extremamente frouxas, de modo que essa combinação é, com grande facilidade, reversível. Além disso, o oxigênio não se transforma em oxigênio iônico, mas é transportado na forma de oxigênio molecular (composto de dois átomos de oxigênio) para os tecidos, onde, devido à sua frouxa ligação prontamente reversível, é liberado nos líquidos teciduais ainda na forma de oxigênio molecular. - A quantidade total de ferro no corpo é, em média, de 4 a 5 gramas, com cerca de 65% na forma de hemoglobina. Cerca de 4% estão na forma de mioglobina, 1% na forma de vários compostos heme que promovem a oxidação intracelular, 0,1% está combinado com a proteína transferrina no plasma sanguíneo, e 15% a 30% estão armazenados para uso futuro, em sua maior parte no sistema reticuloendotelial e nas células parenquimatosas do fígado, sobretudo na forma de ferritina. PAPEL DA HEMOGLOBINA NO TRANSPORTE DE OXIGÊNIO - Cerca de 97% do O2 transportado dos pulmões para os tecidos são transportados em combinação química com a hemoglobina nas hemácias. Os 3% restantes são transportados em estado dissolvido na água do plasma e células sanguíneas. Assim, sob condições normais, o O2 é transportado para os tecidos quase inteiramente pela hemoglobina. - A molécula de O2 se combina frouxamente e de maneira reversível com a porção heme da hemoglobina. Quando a Po2 é alta, como nos capilares pulmonares, o O2 se liga à hemoglobina, mas quando a Po2 é baixa, como nos capilares teciduais, o O2 é liberado da hemoglobina. Essa é a base do transporte de O2 dos pulmões para os tecidos. - Aumento progressivo da porcentagem de hemoglobina ligada ao O2, à medida que a Po2 do sangue se eleva, o que é denominado percentual de saturação de hemoglobina. Na medida em que o sangue que deixa os pulmões e entra nas artérias sistêmicas tem, em geral, a Po2 em torno de 95 mmHg, é possível ver, a partir da curva de dissociação, que a saturação usual de O2 do sangue arterial sistêmico é, em média, de 97%. Por outro lado, no sangue venoso normal que retorna dos tecidos periféricos, a Po2 é cerca de 40 mmHg e a saturação de hemoglobina é, em média, de 75%. - Embora a hemoglobina seja necessária para o transporte de O2 aos tecidos, ela desempenha outra função essencial à vida. É sua função como um sistema “tampão de O2 tecidual”, ou seja, a hemoglobina no sangue é basicamente responsável por estabilizar a Po2 nos tecidos. - Nas condições basais, os tecidos necessitam de cerca de 5 mililitros de O2 de cada 100 mililitros do sangue que passa pelos capilares teciduais. Para os 5 mililitros usuais de O2 serem liberados por 100 mililitros de fluxo sanguíneo a Po2 deve cair para cerca de 40 mmHg. Portanto, a Po2 tecidual normalmente não pode aumentar acima desse nível de 40 mmHg porque, se o fizer, a quantidade de O2 necessitada pelos tecidos não seria liberada pela hemoglobina. Dessa forma, a hemoglobina normalmente estabelece o limite superior da Po2 nos tecidos, em torno de 40 mmHg. - Quando a Po2 alveolar sobe até 500 mmHg, a saturação máxima de O2 da hemoglobina nunca consegue aumentar além de 100%, o que representa apenas 3% acima do nível normal de 97%. Apenas pequena quantidade de O2 adicional se dissolve no líquido do sangue. - O nível do O2 alveolar pode variar muito — desde a Po2 de 60 até acima de 500 mmHg — e, ainda assim, a Po2 nos tecidos periféricos não varia mais do que poucos milímetros acima do normal, demonstrando claramente a função de “tampão do O2” do sistema da hemoglobina no sangue. - Quando o sangue fica ligeiramente ácido, com a queda do pH do valor normal de 7,4 para 7,2, a curva de dissociação de O2- hemoglobina se desloca em média por cerca de 15% para a direita. Por outro lado, o aumento do pH do normal de 7,4 para 7,6 desloca a curva de maneira semelhante para Sanndy Emannuelly – 3° Período 7 a esquerda. Além das variações do pH, sabe-se que vários outros fatores alteram a curva. Três deles, todos deslocando a curva para a direita, são: (1) maior concentração de CO2; (2) aumento da temperatura corporal; e (3) aumento do 2,3- bifosfoglicerato (BPG), composto fosfatídico metabolicamente importante presente no sangue em diferentes concentrações, sob diferentescondições metabólicas. - Efeito Bohr: O desvio da curva de dissociação de oxigênio- hemoglobina para a direita, em resposta a aumento do CO2 e dos íons hidrogênio no sangue, tem efeito significativo de intensificar a liberação de O2 do sangue para os tecidos e intensificar a oxigenação do sangue nos pulmões. É o efeito Bohr, que pode ser explicado: enquanto o sangue atravessa os tecidos, o CO2 se difunde das células para o sangue. Essa difusão aumenta a Po2 do sangue que, por sua vez, aumenta a concentração de H2CO3 (ácido carbônico) e dos íons hidrogênio no sangue. Esse efeito desloca a curva de dissociação de oxigênio- hemoglobina para a direita e para baixo, forçando a liberação do O2 pela hemoglobina e, portanto, liberando quantidade maior de O2 para os tecidos. Efeitos exatamente opostos ocorrem nos pulmões, onde o CO2 se difunde do sangue para os alvéolos. Essa difusão reduz a Pco2 do sangue e diminui a concentração dos íons hidrogênio, deslocando a curva de dissociação de oxigênio- hemoglobina para a esquerda e para cima. Portanto, a quantidade de O2 que se liga à hemoglobina em qualquer Po2 alveolar fica consideravelmente maior, permitindo assim maior transporte de O2 para os tecidos. TRANSPORTE DE DIÓXIDO DE CARBONO - O transporte de CO2 pelo sangue não é tão problemático quanto o transporte de O2, pois mesmo nas condições mais anormais o CO2 usualmente pode ser transportado em quantidades bem maiores do que o O2. Entretanto, a quantidade de CO2 no sangue tem muito a ver com o balanço ácido-base dos líquidos corporais. - Para começar o processo de transporte de CO2, ele se difunde, pelas células dos tecidos, na forma de CO2 molecular dissolvido. Ao entrar nos capilares dos tecidos, o CO2 inicia série de reações químicas e físicas quase instantâneas. - Pequena parte do CO2 é transportada, no estado dissolvido, para os pulmões. Apenas cerca de 0,3 mililitro de CO2 é transportado na forma dissolvida por cada 100 mililitros de fluxo sanguíneo, correspondendo a 7% de todo o CO2 normalmente transportado. - O CO2 dissolvido no sangue reage com a água formando ácido carbônico. Essa reação ocorreria bem mais lentamente, para ser relevante, se não fosse pelo fato de existir nas hemácias a enzima denominada anidrase carbônica, que catalisa a reação entre CO2 e água e acelera sua velocidade de reação por cerca de 5.000 vezes. - Em vez de levar muitos segundos a minutos para ocorrer, como no plasma, reação acontece tão rapidamente nas hemácias que atinge equilíbrio quase completo dentro de diminuta fração de segundo. Esse fenômeno permite que quantidades enormes de CO2 reajam com a água das hemácias, até mesmo antes de o sangue deixar os capilares teciduais. - Em outra fração de segundo, o ácido carbônico, formado nas hemácias (H2CO3), se dissocia em íons hidrogênio e íons bicarbonato (H+ e HCO3−). Grande parte dos íons hidrogênio então se combina com a hemoglobina nas hemácias, pois a proteína da hemoglobina é poderoso tampão ácido-base. Por sua vez, grande parte dos HCO3− se difunde das hemácias para o plasma, enquanto íons cloreto se difundem para as hemácias, tomando seu lugar. - Essa difusão é possibilitada pela presença da proteína carreadora de bicarbonato-cloreto especial, na membrana das hemácias, que lança esses dois íons em direções opostas muito rapidamente. - A combinação reversível do CO2 com a água nas hemácias, sob a influência da anidrase carbônica, é responsável por cerca de 70% do CO2 transportado dos tecidos para os pulmões. Assim, esse meio de transporte do CO2 é, sem dúvida, o mais importante. - Além de reagir com a água, o CO2 reage diretamente com radicais amina da molécula de hemoglobina, formando o composto carbaminoemoglobina (CO2Hgb). Essa combinação de CO2 e hemoglobina é uma reação reversível que ocorre com elo fraco, de modo que o CO2 é facilmente liberado para os alvéolos, onde a Pco2 é menor do que nos capilares pulmonares. - A quantidade de CO2 que pode ser carreada dos tecidos periféricos para os pulmões pela combinação de carbamino com hemoglobina e proteínas plasmáticas representa cerca de 30% da quantidade total transportada — ou seja, Sanndy Emannuelly – 3° Período 8 normalmente, cerca de 1,5 mililitro de CO2, em cada 100 mililitros de sangue. - Esse efeito, denominado efeito Haldane, é quantitativamente bem mais importante, na promoção do transporte de CO2 do que o efeito Bohr na promoção do transporte de O2. O efeito Haldane resulta do simples fato de que a combinação do O2 com hemoglobina, nos pulmões, faz com que a hemoglobina passe a atuar como ácido mais forte. Assim, se desloca o CO2 do sangue para os alvéolos de duas maneiras. Em primeiro lugar, quanto mais ácida a hemoglobina, menos ela tende a se combinar com o CO2, para formar carbaminoemoglobina, deslocando, assim, grande parte do CO2 presente na forma carbamino do sangue. Em segundo lugar, a maior acidez da hemoglobina também faz com que ela libere muitos íons hidrogênio que se ligam aos íons bicarbonato para formar ácido carbônico, que, por sua vez, o se dissocia em água e CO2, e o CO2 é liberado do sangue para os alvéolos e, finalmente, para o ar. OBJETIVO 3: DESCREVER A ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS GLOBULARES. PROTEÍNAS GLOBULARES - Existem duas classes gerais de moléculas de proteína: proteínas globulares e proteínas fibrosas. As proteínas globulares são geralmente compactas, solúveis e esféricas. As proteínas fibrosas são tipicamente alongadas e insolúveis. - Algumas proteínas contêm duas ou mais cadeias polipeptídicas distintas, ou subunidades, que podem ser idênticas ou diferentes. O arranjo destas subunidades proteicas em complexos tridimensionais constitui a estrutura quaternária. - Considerando esses níveis mais altos de estrutura, é conveniente designar dois grandes grupos nos quais muitas proteínas podem ser classificadas: proteínas fibrosas, com cadeias polipeptídicas arranjadas em longos filamentos ou folhas, e proteínas globulares, com cadeias polipeptídicas dobradas em forma esférica ou globular. - As proteínas globulares normalmente contêm diversos tipos de estruturas secundárias. - A diversidade estrutural reflete a diversidade funcional nas proteínas globulares. Em uma proteína globular, segmentos diferentes das cadeias polipeptídicas se dobram uns sobre os outros, gerando uma forma mais compacta do que a observada para as proteínas fibrosas. - O enovelamento também garante a diversidade estrutural necessária às proteínas para realizar um grande leque de funções biológicas. Proteínas globulares incluem enzimas, proteínas transportadoras, proteínas motoras, proteínas reguladoras, imunoglobulinas e proteínas com muitas outras funções. - Hemeproteínas são um grupo de proteínas especializadas, as quais contêm heme como grupo prostético. O papel do grupo heme é determinado pelo ambiente criado pela estrutura tridimensional da proteína. Por exemplo, na hemoglobina e na mioglobina, as duas hemeproteínas mais abundantes em humanos, o grupo heme serve para ligar, de forma reversível, o oxigênio. -Heme é um grupo prostético que consiste de um átomo de ferro contido no centro de um largo anel orgânico heterocíclico chamado protoporfirina IX. - Mioglobina: é uma hemeproteína presente no coração e no músculo esquelético, funciona tanto como um reservatório quanto como um carreador de oxigênio, que aumenta a velocidade de transporte de oxigênio dentro da célula muscular. Consiste em uma única cadeia polipeptídica, a qual é estruturalmente similar a uma das cadeias polipeptídicas individuais que constituem as subunidadesda molécula da hemoglobina. Proteína que além de aminoácidos contém um grupo hémico com um átomo de de ferro; liga-se reversivelmente ao oxigénio tendo como função armazenar oxigénio nas células dos músculos. É uma molécula compacta, com aproximadamente 80% de sua cadeia polipeptídica dobrada em oito segmentos de hélice α. Essas regiões α-helicoidais, marcadas de A a H, são delimitadas pela presença de prolina ou por curvaturas β e alças estabilizadas por ligações de hidrogênio e ligações iônicas. O interior da molécula de mioglobina é constituído quase que inteiramente por aminoácidos apolares. Eles estão compactados, formando uma estrutura estabilizada por interações hidrofóbicas entre esses resíduos. Em contraste, os aminoácidos carregados estão localizados quase que exclusivamente na superfície da molécula, onde podem formar ligações de hidrogênio entre si e com a água. O grupo heme da mioglobina se situa em uma fenda na molécula, a qual é revestida por aminoácidos apolares. A porção proteica da mioglobina, ou globina, cria assim um microambiente especial para o grupo heme, permitindo a ligação reversível de uma molécula de oxigênio (oxigenação). - Hemoglobina: A molécula tetramérica da hemoglobina, no entanto, é estrutural e funcionalmente mais complexa do que a mioglobina. Por exemplo, a hemoglobina pode transportar H+ e CO2 dos tecidos até os pulmões e pode carregar quatro moléculas de O2 dos pulmões às células dos tecidos do corpo. Além disso, as propriedades de ligação do oxigênio na hemoglobina são reguladas por interações com efetores alostéricos. Sanndy Emannuelly – 3° Período 9 Obs: A mioglobina pode ligar somente uma molécula de oxigênio (O2), porque contém apenas um grupo heme. Em contraste, a hemoglobina pode ligar quatro moléculas de oxigênio – uma para cada um de seus quatro grupos heme. O grau de saturação (nível de oxigenação do sangue) (Y) desses sítios de ligação ao oxigênio em todas as moléculas de mioglobina ou hemoglobina pode variar de zero (quando todos os sítios estão vazios) a 100% (quando todos os sítios estão preenchidos).
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