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MONOGRAFIA DE MATOI VERSAO FINAL- 2020

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0 
 
 
Manuel José Matoi 
 
 
 
 
Avalição do Nível do Conhecimento dos Comerciantes e Compradores em Relação as 
Formas de Armazenamento dos Grãos de Milho (Zea mays L.) e Sua Influência Para a 
Saúde: Estudo de Caso no Bazar Filipe, Bairro de Ndunda - Cidade da Beira 
 
 
 
Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilitações em Ensino de Química 
 
 
 
Universidade Licungo 
Extensão da Beira 
2020 
1 
 
 
Manuel José Matoi 
 
 
 
Avalição do Nível do Conhecimento dos Comerciantes e Compradores em Relação as 
Formas de Armazenamento dos Grãos de Milho (Zea mays L.) e Sua Influência Para a 
Saúde: Estudo de Caso no Bazar Filipe, Bairro de Ndunda - Cidade da Beira 
 
 
Monografia científica apresentado no 
Departamento de Ciências Naturais, para obtenção 
de grau académico de licenciatura em Ensino de 
Biologia com habilitações em Ensino de Química. 
 
Supervisora: Msc. Arminda Uachisso 
 
Universidade Licungo 
Extensão da Beira 
2020
0 
 
Índice 
LISTA DE FIGURAS ..................................................................................................................... v 
LISTA DE TABELAS .................................................................................................................... v 
LISTA DE GRÁFICOS .................................................................................................................vi 
LISTA DE ABREVIATURAS, ACRÔNIMOS E SÍMBOLOS .................................................. vii 
DECLARAÇÃO .......................................................................................................................... viii 
DECLARAÇÃO DE HONRA ....................................................................................................... ix 
DEDICATÓRIA ............................................................................................................................. x 
AGRADECIMENTO ..................................................................................................................... xi 
RESUMO ...................................................................................................................................... xii 
ABSTRACT ................................................................................................................................. xiii 
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO ................................................................................................... xiii 
1.1. Justificativa....................................................................................................................... 1 
1.2. Problematização ............................................................................................................... 2 
1.3. Hipóteses .......................................................................................................................... 4 
1.4. Objectivos......................................................................................................................... 4 
1.5. Variáveis ........................................................................................................................... 4 
1.6. Metodologia.......................................................................................................................5 
1.7. A técnica para a colecta de dados.......................................................................................6 
1.8. Enquadramento da pesquisa .............................................................................................. 8 
1.9. Relevância do tema .......................................................................................................... 8 
1.10. Delimitação do estudo ...................................................................................................... 9 
CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................... 11 
2. Fundamentação teórica ................................................................................................... 11 
1 
 
2.1. Noção de armazenamento .............................................................................................. 11 
2.2. Importância do bom armazenamento ............................................................................. 11 
2.3. Tipos de armazenamento do milho ................................................................................ 12 
2.3.1. Armazenamento a granel ................................................................................................ 12 
2.3.2. Armazenamento em sacaria ........................................................................................... 12 
2.3.3. Armazenamento em espigas ........................................................................................... 13 
2.4. As características da massa de grãos de milho armazenados ......................................... 13 
2.5. As perdas que ocorrem na armazenagem dos grãos ....................................................... 13 
2.6. Fungos associados aos grãos de milho armazenados ..................................................... 14 
2.7. Factores que favorecem o desenvolvimento de fungos .................................................. 14 
2.7.1. Humidade dos grãos ....................................................................................................... 15 
2.7.2. Humidade relativa do ar e do substrato .......................................................................... 15 
2.7.3. PH ................................................................................................................................... 15 
2.7.4. Interação microbiana ...................................................................................................... 15 
2.7.5. Temperatura ................................................................................................................... 16 
2.7.6. Substrato ......................................................................................................................... 16 
2.7.7. Atmosfera ....................................................................................................................... 16 
2.8. Principais micotoxinas em produtos alimentares ........................................................... 17 
2.8.1. Aflatoxinas (AF) ............................................................................................................ 18 
2.8.2. Citrina ............................................................................................................................. 19 
2.8.3. Zearalenona (ZEA) ......................................................................................................... 19 
2.8.4. Fumonisinas ................................................................................................................... 20 
2.9. Legislação para fungos ................................................................................................... 21 
CAPÍTULO - III: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS .............................................. 22 
3. Caracterização do Bazar Filipe .......................................................................................... 22 
2 
 
3.1. Breve descrição dos comerciantes dos grãos de milho .................................................. 22 
3.1. Respostas resultantes do inquérito aplicados aos comerciantes ............................................ 22 
3.2. Breve descrição dos compradores de grãos de milho ........................................................ 28 
3.2.1. Respostas resultantes do inquérito aplicados aos compradores ..................................... 29 
3.3. Resultados resultantes das fichas de observação de armazéns dos grãos de milho ....... 35 
3.4. Palestra de sensibilização aos comerciantes sobre a promoção de boas práticasde 
armazenamento dos grãos de milho .............................................................................................. 40 
CAPÍTULO IV: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ......................................................... 42 
4.1. Conclusão ............................................................................................................................... 42 
4.2. Recomendações...................................................................................................................... 42 
5. Referências bibliográficas .................................................................................................. 44 
Apêndices ....................................................................................................................................xiv 
Apêndice I: Guião de inquérito dirigido aos comerciantes dos grãos de milho do Bazar Filipe...xv 
Apêndice II Guião de inquérito dirigido aos comerciantes dos grãos de milho do Bazar 
Filipe............................................................................................................................................xvii 
Apêndice III: Ficha de observação de armazéns no campo ......................................................... xix 
Apêndice IV: cronograma de atividades ...................................................................................... xix 
Apêndice V: Orçamento ............................................................................................................... xx 
Apêndice VI: Evidências da invasão de grãos de milhos armazenados por fungos toxigênicos...xx 
 
v 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1: A esquerda, ilustra-se a infecção dos grãos de milho por fungos toxigênicos, no Bazar 
Filipe e a direita, estão ilustradas as respectivas condições de armazenamento feitas nas sacarias 
embalados por lonas e num espaço aberto. ..................................................................................... 3 
Figura 2: Estruturas químicas das aflatoxinas B1, B2, G1 e G2................................................... 19 
Figura 3: Estrutura química da zearalenona.................................................................................. 20 
Figura 4: Estruturas químicas das principais fumonisinas ............................................................ 21 
Figura 5: Comparação de amostras de grãos de milho ardidos (A) e sadios (B) .......................... 21 
Figura 6: A- Grãos de milho armazenado nas sacarias e embalados temporariamente impedindo a 
circulação do ar, B- Grãos de milho armazenado nas sacarias com uma porção da lona aberta para 
facilitar a circulação de ar. ............................................................................................................ 35 
Figura 7: Grãos degradados por acções mecânicas ....................................................................... 36 
Figura 8: Grãos degradados por insectos ...................................................................................... 37 
Figura 9: Alguns grãos ardidos comercializados no Bazar Filipe. ............................................... 37 
Figura 10: Grãos de milho armazenados em sacarias sobre as sapatas ........................................ 39 
Figura 11: Impacto da humidade sobre os grãos de milho. .......................................................... 39 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1: Principais micotoxinas com os seus respectivos fungos produtores, substratos e efeitos 
no homem e animais. .................................................................................................................... 17 
 
 
 
 
 
vi 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
Gráfico 1: Referente aos resultados dos comerciantes sobre conhece as BPAGM. ..................... 23 
Gráfico 2: O tempo que os grãos de milho ficam armazenados, antes da reposição, no Bazar Filipe.
....................................................................................................................................................... 24 
Gráfico 3: Referente aos resultados dos comerciantes sobre nos períodos chuvosos os grãos de 
milho têm obtido humidade .......................................................................................................... 26 
Gráfico 4: A percepção dos comerciantes sobre o perigo que pode advir com o contacto directo 
entre a humidade e os grãos de milho ........................................................................................... 27 
Gráfico 5: Representação dos resultados dos compradores sobre já comprou os grãos de milho que 
possuem manchas.......................................................................................................................... 29 
Gráfico 6: A percepção dos compradores sobre o significado da presença de manchas nos grãos de 
milho ............................................................................................................................................. 30 
Gráfico 7: O interesse dos compradores no momento de compra dos grãos de milho ................. 31 
Gráfico 8: Local de armazenamento dos grãos de milho no estabelecimento comercial que os 
compradores fazem suas compras ................................................................................................. 32 
Gráfico 9: Representação dos resultados dos compradores sobre já ouviu falar de micotoxina .. 33 
Gráfico 10: Representação dos resultados dos compradores sobre será que o consumo de grãos de 
milho infectados por fungos toxigénicos pode causar doenças .................................................... 34 
 
 
 
 
 
 
vii 
 
LISTA DE ABREVIATURAS, ACRÔNIMOS E SÍMBOLOS 
AF Aflatoxinas 
AFM aflamicotoxinas 
AFM1 Aflamicotoxinas do Tipo 1 
aw Actividade de Água 
BPA Boas Práticas de Armazenamento 
BPAGM Boas Práticas de Armazenamento dos Grãos de Milho 
CO2 Dióxido de carbono 
DNA Ácido Desoxirribonucleico 
DON Desoxinivalenol 
FIB Food Ingredients Brasil 
GMC Grãos de Milho Comerciais 
IARC International Agency for Research on Câncer 
INS Instituto Nacional de Estatística 
Kg Quilograma 
LMT Limites Máximos Tolerados 
MINAG Ministério da Agricultura 
Msc. Mestre 
O2 Oxigénio 
oC Graus celso 
PH Potencial Hídrico 
SNE Sistema Nacional de Educação 
UV Ultra Violeta 
ZEA Zearalenona 
viii 
 
DECLARAÇÃO 
Declaro por minha honra que esta Monografia é resultado da minha investigação pessoal e das 
orientações da minha supervisora, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão 
devidamente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final. 
Declaro também que o mesmo trabalho nunca foi apresentado em nenhuma outra instituição para 
a obtenção de qualquer grau académico. 
 
 
Beira, Julho de 2020 
 
 
 
O Candidato 
_______________________________________________________ 
(Manel José Matoi) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ix 
 
DECLARAÇÃO DE HONRA 
Eu ___________________________________________________, supervisora da presente 
monografia, declaro que acompanhei o estudante em todas as fases da realização deste trabalho 
que me identifico com o conteúdo e os resultados alcançados e concordo que seja defendido pelo 
candidato_______________________________________________, na Faculdade de Ciências e 
Tecnologias, curso de Biologia da Universidade Licungo - Extensão da Beira. 
 
 
Beira, ____ de _________ de 2020 
 
 
A supervisora 
_______________________________________________________ 
(Arminda Fernando Uachisso) 
 
 
 
 
 
 
 
 
x 
 
DEDICATÓRIA 
Dedico este trabalho, aos meus pais José Matoi Nhafoco e Marta Isaías João, pois foram eles que 
deram a primeira educação e me ensinaram a importância do estudo. Lembro de todos seus 
ensinamentos, com eles também aprendi a amar o próximo e o meio que nos rodeia. 
Com obrigaçãoe muito amor devo dedicar ao senhor Engenheiro Martinho Artur juntamente com 
a sua esposa, senhora Soniza Rungo que tanto deram-me apoio e conselhos durante essa minha 
jornada. 
Também dedico ao meus irmãos e todos familiares que directamente ou indirectamente me 
apoiaram, deram força e encorajamento para o sucesso dos meus estudos. 
A dedicatória é extensiva a todos amigos e colegas que ajudaram no desenvolvimento de um bom 
ambiente para dialogar saberes de modo a ter novas percepções na área de biologia. 
Dedico de igual modo este trabalho aos meus docentes do curso de biologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
xi 
 
AGRADECIMENTO 
Em primeiro lugar agradeço à Deus, pela saúde e por me proteger em todas as circunstâncias da 
vida. 
A todos os docentes do Curso de Biologia, em especial a minha supervisora Msc. Arminda 
Uachisso pela forma paciente e sábia na orientação do trabalho, e por ser um foco de inspiração 
na minha actividade docente. 
Aos meus colegas e amigos, que pelo amor, carinho deram-me a força para estimular conversas 
acerca da vida académica e também pela cumplicidade em todos os momentos. 
A todos que de forma directa ou indirecta deram-me força, sobretudo coragem e fé muitíssimo 
obrigado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
xii 
 
RESUMO 
O presente trabalho de pesquisa científica teve como objectivo fundamental de avaliar o nível do conhecimento dos 
comerciantes e compradores em relação as formas de armazenamento dos grãos de milho e sua influência para a saúde 
do consumidor. Para sua materialização usou-se o inquérito que constituiu a principal técnica utilizada para a recolha 
de dados. De modo que a pesquisa pudesse ser concebida com maior compreensão e precisão na busca dos resultados, 
usou-se a pesquisa de campo e o método crítico-reflexivo, enquanto que, para familiarizar-se com o fenómeno 
investigado usou-se também o método de pesquisa bibliográfica. Realizada a análise e interpretação das fontes de 
pesquisa que abordam sobre o conteúdo pesquisado, aplicou-se um questionário a cem (100) compradores e dezanove 
(19) comerciantes dos grãos de milho. Com ajuda do chefe do bazar Filipe, o autor realizou a palestra de sensibilização 
aos comerciantes sobre a promoção de boas práticas de armazenamento dos grãos de milho. Após a realização da 
palestra algumas palavras como: micotoxina e fungos toxigênicos criaram espanto e admiração nos comerciantes, 
porque nunca ouviram falar, por isso todos eles sentiram-se gratos pela informação adquirida. Todas as informações 
colhidas na observação, inquérito, entrevistas, livros e documentos foram tratadas de forma quantitativa através da 
análise dos dados. Quanto ao nível de conhecimento, verificou-se que os comerciantes, assim como os compradores, 
têm baixo nível de conhecimento em relação as formas de armazenamento dos grãos de milho (Zea mays L.) e sua 
influência para a saúde do consumidor. Desta feita, as campanhas de sensibilização para a promoção das boas práticas 
de armazenamento dos grãos de milho não são realizadas no bazar Filipe. 
Palavras – Chave: micotoxina, armazenamento, saúde, comprador e comerciante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
xiii 
 
ABSTRACT 
The present work of scientific research had the fundamental objective of evaluating the level of knowledge of 
merchants and buyers in relation to the ways of storing corn kernels and their influence on consumer health. For its 
materialization, the survey was used, which was the main technique used for data collection. So that the research could 
be conceived with greater understanding and precision in the search for results, field research and the critical-reflective 
method were used, while, in order to become familiar with the phenomenon investigated, the method of bibliographic 
research. After analyzing and interpreting the research sources that address the researched content, a questionnaire 
was applied to one hundred (100) buyers and nineteen (19) corn grain traders. with the help of the Filipe market head 
master, the author gave a lecture to raise awareness among traders about the promotion of good corn grain storage 
practices. After the lecture, some words like: mycotoxin and toxigenic fungi created awe and admiration in the traders, 
because they never heard of it, so they were all grateful for the information acquired. All information collected in the 
observation, inquiry, interviews, books and documents were treated in a quantitative way through data analysis. As 
for the level of knowledge, it was found that traders, as well as buyers, have a low level of knowledge in relation to 
the forms of storage of corn grains (Zea mays L.) and their influence on consumer health. This time, awareness 
campaigns to promote good corn grain storage practices are not carried out at the Filipe market. 
 
Keywords: mycotoxin, storage, health, buyer and trader. 
 
 
 
 
 
 
1 
 
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO 
A partir do momento em que o homem deixou de ser nómada e passou a cultivar seu próprio 
alimento ele passou também a utilizar o armazenamento como uma actividade fundamental a fim 
de se conservar as sementes para o próximo plantio. No começo tal actividade buscava apenas 
proteger as mesmas contra aves, insectos e micro-organismos e, mais tarde, dos aspectos ligados 
à viabilidade e aos factores ambientais que interferem a sua longevidade (DANTAS, 2011). 
Moçambique é um país com grande potencial para produção e comercialização de alimentos, 
devido a sua vasta extensão territorial, climas diferenciados por região e amplas bacias 
hidrográficas, onde várias culturas podem se adaptar nos diferentes climas. Todavia, esta 
diversidade deve ser cuidadosamente estudada, uma vez que elevadas temperaturas combinadas 
com alta humidade podem favorecer o desenvolvimento de contaminantes naturais como os 
fungos. Estes podem se desenvolver tanto no campo, quanto durante o armazenamento de 
matérias-primas produzidas na região para o processamento. Quando este desenvolvimento não é 
limitado, pode causar sérios danos à saúde do consumidor, pois podem produzir as micotoxinas. 
O presente trabalho de pesquisa científica intitulado: Avalição do nível do conhecimento dos 
comerciantes e compradores em relação as formas de armazenamento dos grãos de milho 
comerciais (Zea mays L.) e sua influência para a saúde: estudo de caso no bazar Filipe, bairro de 
Ndunda - cidade da Beira, está estruturado em quatro (4) capítulos, dos quais o primeiro formaliza 
as teorias básicas introdutórias, seguido do segundo que faz menção do marco teórico, 
caracterizado por conceitos básicos sobre o tema estudado, em diante apresenta-se o terceiro 
capítulo referente a análise, interpretação e discussão dos resultados e finalmente o quarto capítulo 
referente a conclusões e recomendações. 
1.1.Justificativa 
Os grãos de milho comercializados no bazar Filipe, possuem maiores índices de contaminação por 
fungos, porque o armazenamento é feito nas sacarias embaladas com lonas e num espaço aberto, 
isso faz com que os grãos sejam armazenados num local com alto teor de humidade, então, estes 
grãos podem ser classificados como apresentando potencial risco de crescimento de fungos na 
armazenagem porque onde a humidade é alta os riscos de contaminação por fungos se tornam 
bastante significativos. 
2 
 
A escolha deste tema para pesquisa deve-se a observação prévia feita no terreno, na qual constatou-
se que quando os comerciantes notam a presença de fungos nos grãos armazenados, de modo a 
não perder 50Kg (um saco) dos grãos de milho é feita a peneiração para separar os grãos ardidos 
(infectados por fungos) dos sadios, com objectivo de reaproveitar os grãos sadios para venda, o 
que não elimina os agentes toxigênicos ou fungos, constituindo neste caso um risco para a saúde 
do consumidor, pois o consumo de alimentos contaminados por fungo causa muitas doenças. Feita 
a observaçãoo autor pretende avaliar do nível do conhecimento dos comerciantes e compradores 
em relação as formas de armazenamento dos grãos de milho (Zea mays L.) e sua influência para a 
saúde. 
A relevância do tema justifica-se principalmente pela preocupação constante da saúde da 
população da cidade da Beira que se beneficia dos grãos de milho comercializados a nível do Bazar 
Filipe com intuito de procurar a redução dos elevados índices da proliferação de doenças nesta 
cidade, pelo facto de consumo de produtos alimentares contaminados por microrganismos, os 
fungos toxigênicos. 
1.2.Problematização 
Os fungos são elementos microbianos encontrados em todos os lugares, seja, na água, no ar ou no 
solo. Existem milhares de espécies de fungos e, dentre estes milhares, algumas espécies atacam ou 
apenas sobrevivem em produtos agrícolas. Alguns destes fungos têm a capacidade de produzir 
toxinas1, chamadas de micotoxinas 2(FIB No7 2009). 
Normalmente em todos anos a cidade da Beira, concretamente no Bazar Filipe regista precipitação 
muitas vezes causa alagamentos e deslizamentos de terra, provocando deste modo a humidades 
dos grãos de milho encontrados nos locais de armazenamento inadequados. Os cereais 
armazenados com alto teor de humidade, tal como o milho, podem ser classificados como 
apresentando potencial risco de crescimento de fungos na armazenagem. Da mesma forma, em 
regiões onde a humidade é alta os riscos de contaminação por fungos se tornam bastante 
significativos. 
 
1 Toxina – substância de origem biológica que provoca danos à saúde. 
 
2 Micotoxinas – Substâncias tóxicas produzidas por fungos. 
3 
 
Figura 1: A esquerda, ilustra-se a infecção dos grãos de milho por fungos toxigênicos3, no Bazar 
Filipe e a direita, estão ilustradas as respectivas condições de armazenamento, feitas nas sacarias 
embalados com lonas e num espaço aberto. 
 
Fonte: Autor, 2019. 
Os piores efeitos das micotoxinas no homem tendem a ser os crónicos de difícil associação com o 
consumo de alimentos contaminados. Os principais efeitos registrados são: indução de câncer, 
lesão renal e depressão do sistema imune (FIB No7, 2009). 
A presente pesquisa procura avaliar o nível do conhecimento dos comerciantes e compradores em 
relação as formas de armazenamento dos grãos de milho (Zea mays L.) e sua influência para a 
saúde do consumidor, por ser os mesmos que conduzem um problema de infecção dos grãos de 
milho por fungos produtores de micotoxinas que são resultantes da actividade metabólica dos 
fungos, que podem causar severas intoxicações em decorrência do consumo destes grãos 
contaminados, tanto em seres humanos como em animais. Estas intoxicações podem decorrer 
quando é utilizado na alimentação, um produto derivado dos grãos de milho infectados por fungos. 
Neste contexto, considera-se a seguinte questão norteadora: 
Qual é o nível do conhecimento dos comerciantes e compradores em relação as formas de 
armazenamento dos grãos de milho e sua influência para a saúde do consumidor? 
 
 
 
3 Fungos toxigênicos – microrganismos filamentosos e multicelulares que podem atacar alimentos e produzir 
substâcias toxicas. 
4 
 
1.3.Hipóteses 
Da questão acima levantada são colocadas as seguintes hipóteses: 
 Provavelmente os comerciantes dos grãos de milho do bazar Filipe possuem baixo nível 
do conhecimento em relação as formas de armazenamento dos grãos de milho e sua 
influência para a saúde do consumidor. 
 É provável que os compradores possuem um alto nível do conhecimento sobre as 
consequências do consumo de um produto mal conservado. 
 Acredita-se que no bazar Filipe não existem as campanhas de sensibilização aos 
comerciantes para a promoção das boas práticas de armazenamento dos grãos de milho. 
1.4.Objectivos 
1.4.1. Geral 
 Avaliar o nível do conhecimento dos comerciantes e compradores em relação as formas de 
armazenamento dos grãos de milho e sua influência para a saúde do consumidor. 
1.4.2. Específicos 
 Verificar se os compradores sabem que o consumo dos grãos de milho mal armazenados 
causa doenças. 
 Observar as formas de armazenamento dos grãos de milho. 
 Sensibilizar aos comerciantes a promover as boas práticas de armazenamento dos grãos de 
milho. 
1.5.Variáveis 
1.5.1. Variáveis de pesquisa 
 Formas de armazenamento dos grãos de milho; 
 Campanhas de sensibilização no que diz respeito a boas práticas de armazenamento dos 
grãos de milho; 
 Comerciantes e 
 Compradores. 
1.5.2. As variáveis de atributo 
 Sexo; 
5 
 
 Idade e 
 Escolaridade. 
1.6. Metodologia 
1.6.1. Quanto a abordagem 
A abordagem do estudo é quantitativa. 
1.6.1.1. Abordagem quantitativa 
A pesquisa é quantitativa desde o momento que procura recolher, analisar e interpretar dados 
usando métodos estatísticos, com o objectivo de conhecer o nível do conhecimento dos 
comerciantes e compradores em relação as formas de armazenamento dos grãos de milho (Zea 
mays L.) e sua influência para a saúde do consumidor. Neste tipo de pesquisa, os dados serão 
tratados através de técnicas estatísticos, empregando neste caso, a quantificação, tanto nas 
modalidades de colecta de informações, desde as mais simples até mesmo as mais complexas. 
1.6.2. Quanto a pesquisa 
1.6.2.1. Método bibliográfico 
O método bibliográfico, empregou-se na leitura criteriosa dos textos (livros), revistas, teses, 
dissertações e monografias de autores que abordam de forma abrangente sobre armazenamento 
dos grãos de milho, tomando os mesmos como suporte da fundamentação teórica. 
1.6.2.2. Pesquisa de Campo 
Este método foi usado para colecta de dados no local de estudo, apoiando-se das técnicas e 
conhecimentos básicos aprendidos durante a formação académica na Universidade Licungo. 
Inicialmente realizou-se visitas informais ao mercado Filipe, com a finalidade de criar uma 
aproximação com o chefe do mercado, de modo a fornecer seus contactos, assim como a 
estruturação do local de venda dos grãos de milho. Além disso, procurou-se cultivar um espírito 
de identificar aqueles compradores que tinham interesse em participar voluntariamente no estudo. 
 
6 
 
1.6.2.3. Método crítico-reflexivo 
O autor usou este método na argumentação dos aspectos discutidos, como afirma Barros (1999), 
“uma pesquisa veicula também o cunho pessoal do pesquisador como sujeito activo e integrante 
da mesma”. É a partir deste método onde vai se distinguir a criatividade e sugestões, bem como a 
crítica e reflexão de alguns aspectos inerentes às realidades encaradas pelos comerciantes e 
compradores dos grãos de milho, fazendo-se a confrontação com o material teórico consultado. 
1.7. A técnica para a colecta de dados 
1.7.1. Técnica de inquérito 
Os dados deste estudo foram obtidos no Bazar Filipe, bairro de Ndunda - Cidade da Beira. O 
inquérito constituiu a principal técnica a utilizar para a recolha de dados, a qual permitiu proceder 
o interrogatório directo com os comerciantes e compradores dos grãos de milho, com base num 
guião de perguntas abertas. Durante o inquérito foram solicitados os comprovativos de dados 
referentes ao nível do conhecimento que os comerciantes e compradores possuem em relação as 
formas de armazenamento dos grãos de milho e sua influência para a saúde do consumidor. 
Disponibilizaram-se para o inquérito todos os comerciantes dos grãos de milho que estavam 
presentes no momento da pesquisa, que foram em número de dezanove (19) e cem (100) 
compradores dos grãos de milho dos sexos opostos. 
1.7.2. Técnica de entrevista 
Esta técnica, foi usada para colher informações de âmbito geral e particulares, relacionados ao 
tema em causa, que vai facilitar deste modo uma conversa aberta com os compradores e 
comerciantes dos grãos de milho, tendo em conta ela estar a apresentar como a principalvantagem 
para obtenção de dados diversificados. 
1.7.3. Técnica de observação 
O uso desta técnica permitiu ao autor observar as condições ou formas de armazenamento dos 
grãos de milho, a existência dos grãos de milho ardidos ou infectados por fungos e o conforto dos 
sistemas de armazenagem dos grãos de milho. 
7 
 
1.7.4. Tratamento de dados 
Após a realização do inquérito e do trabalho de campo, o autor representou os resultados da 
pesquisa em forma de gráficos, para tal usou-se também os programas Microsoft Word e Excel de 
modo a representar os dados obtidos. 
1.7.5. Universo e amostra 
Faz parte do universo dezanove (19) comerciantes, que é o número total dos comerciantes que 
estavam presente no momento da pesquisa e todos compradores dos grãos de milho, enquanto que 
a amostra foi de cem (100) compradores dos grãos de milho dos sexos opostos. E pelo facto do 
tamanho do universo dos comerciantes ser menor o autor preferiu trabalhar com todos. 
1.7.5.1. Escolha da amostra para pesquisa 
O autor trabalhou com uma amostragem não probabilística, que consistiu em trabalhar com os 
comerciantes e compradores disponíveis no período da recolha dos dados. 
No caso dos comerciantes, trabalhou-se com todos eles, por serem poucos e estarem no mesmo 
local, eles foram no total dezanove (19) comerciantes, constituídos por nove (9) indivíduos do sexo 
masculino e dez (10) do sexo feminino. 
Só que, para os compradores dos grãos de milho, não foi possível obter a lista ou o número total 
do universo a ser pesquisado. O sector de comercialização dos grãos de milho do bazar Filipe, é 
uma área frequentada por muitas pessoas de vários bairros da cidade da Beira que compra este 
cereal para vários fins, é comum ver as mudanças constantes da população que pode aumentar ou 
reduzir em consequência da necessidade que as pessoas têm com este produto, por isso, não há um 
universo definido dos compradores dos grãos de milho neste Bazar. 
 Tendo em conta a abrangência do tema, e a característica da população, especificamente, os 
compradores dos grãos de milho, recorreu-se a amostra não probabilística intencional que de 
acordo com LAKATOS & MARCONI (2003:224), o pesquisador está interessado na opinião de 
determinados elementos da população, mas não representativos dela. O pesquisador não se dirige, 
portanto, à massa, mas àqueles que, segundo seu entender, pela função desempenhada, cargo 
ocupado, prestígio social exercem as funções de líderes de opinião na comunidade. Pressupõe-se 
8 
 
que estas pessoas, por palavras, actos ou actuações, têm a propriedade de influenciar a opinião dos 
demais. Os elementos selecionados para a amostra ou o tamanho amostrar duma população infinita 
são selecionados pelos critérios do investigador. Vele ressaltar que os pesquisadores acreditam que 
podem obter uma amostra representativa usando um bom senso. 
Do universo desconhecido da população dos compradores dos grãos de milho que frequentam este 
Bazar, extraiu-se uma amostra de cem (100). Dos quais trinta e quatro (34) são indivíduos do sexo 
masculino e sessenta e seis (66) do sexo feminino. 
1.8. Enquadramento da pesquisa 
A presente pesquisa enquadra-se na cadeira de Educação Ambiental e Saúde Pública quando se 
aborda os conteúdos relacionados com a promoção da saúde, espelhando-se ainda nos 
ensinamentos das cadeiras de Microbiologia, nos conteúdos relacionados com a presença de 
micotoxinas em produtos alimentares; Botânica Sistemática, nos conteúdos relacionados com a 
sistemática e classificação dos seres vivos do reino fungi e Química Ambiental, leccionadas na 
Universidade Licungo. No SNE enquadra-se na 2ª unidade temática da 11ª classe que trata sobre 
estudo e classificação dos seres vivos do reino monera ao reino plantae, nos assuntos relacionados 
ao reino dos fungos. Enquadra-se também na cadeira de Patologia e nos cursos de nutrição 
leccionados em várias instituições académicas existente em Moçambique. Neste âmbito, 
estabelece-se directrizes para a implementação da mobilização comunitária para a resolução de 
problemas específicos às comunidades e aprende-se também os processos através dos quais os 
indivíduos e a sociedade constroem valores, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências 
voltadas à conservação do meio ambiente como um espaço colectivo, essencial à qualidade de vida 
presente e futura dos meios físicos e sociais. 
1.9.Relevância do tema 
1.9.1. Relevância social 
O factor social aqui referido inclui o nível de escolaridade e a condição de vulnerabilidade da 
mulher, homem e da criança. Podemos citar também estatuto sócio-económico da mulher bem 
como a extensão dos serviços sociais na cidade em destaque. 
9 
 
A educação tem uma distribuição assimétrica favorecendo aos homens. De facto enquanto ao nível 
nacional 1/3 (33%) das mulheres não tem nenhum nível de escolaridade nos homens a percentagem 
é de 19% (INE, 2018). 
Esta situação desigual se reproduz na cidade da Beira, facto que tem, por sua vez, condições 
negativas na nutrição não só das próprias mulheres como também das próprias crianças e dos 
homens. Um exemplo que ilustra isso é o facto de que a percentagem maior dos comerciantes e 
compradores dos grãos de milho no bazar Filipe é de mulheres e muitos apresentam nível de 
escolaridade baixo. 
1.9.2. Relevância científica 
As pesquisas revelam os efeitos neurotóxicos, hepatotóxicos e carcinogênicos das micotoxinas em 
humanos e animais, pela ingestão de alimentos contaminados por fungos, como os grãos de cereais 
(milho, trigo, arroz, dentre outros), as frutas (uva, café e maçã) e sementes oleaginosas (amendoim, 
castanha e nozes). 
Neste caso, torna-se importante o estudo sobre a avalição do nível do conhecimento dos 
comerciantes e compradores em relação as formas de armazenamento dos grãos de milho (Zea 
mays L.) e sua influência para a saúde: estudo de caso no bazar Filipe, bairro de Ndunda - cidade 
da Beira, com vista a compreender a eficácia dos mesmo para o controlo de incumprimento de 
armazenagem. 
1.10. Delimitação do estudo 
1.10.1. Espacial 
A pesquisa foi efectuada na Província de Sofala, Cidade de Beira, Bairro de Ndunda, 
concretamente no Bazar Filipe. A pesquisa faz a análise do objecto de estudo de modo que se 
conheça o nível de conhecimento dos comerciantes e compradores do local supracitado em relação 
as formas de armazenamento dos grãos de milho (Zea mays L.) e sua influência para a saúde do 
consumidor de modo a garantir que os GMC não estejam sujeitos à invasão por fungos e à 
contaminação com micotoxinas no campo comercial, durante a armazenagem. 
 
10 
 
1.10.2. Temporal 
A pesquisa avaliou o nível do conhecimento dos comerciantes e compradores em relação as formas 
de armazenamento dos grãos de milho (Zea mays L.) e sua influência para a saúde do consumidor 
num período de três (3) meses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA 
2. Fundamentação teórica 
2.1.Noção de armazenamento 
De acordo com Elias (2003), citado por Ensinas et al (s/d), a armazenagem é o processo de guardar 
o produto, associada a uma sequência de operações, tais como limpeza, secagem, tratamento 
fitossanitário4, transporte, classificação, dentre outros, com o intuito de preservar as qualidades 
físicas e químicas da colheita, até o abastecimento. 
2.2.Importância do bom armazenamento 
De acordo com Ensinas et al (s/d), dentre as importâncias do bom armazenamento de grãos, devem 
ser citadas: 
 Minimização das perdas quantitativas e qualitativas que ocorrem no campo, pelo atraso da 
colheita ou durante o armazenamento em locais inadequados; 
 Economia do transporte, uma vez que os fretes 5alcançam seu preço máximo no "pico de 
safra6". Quando o transporte for necessário, terá o custo diminuído, devido à eliminação 
das impurezas e do excesso de água pela secagem; 
 Maior rendimentona colheita por evitar a espera dos caminhões nas filas nas unidades 
coletoras ou intermediárias; 
 Melhor qualidade do produto, evitando o processamento inadequado devido ao grande 
volume a ser processado por período da safra, por exemplo, a secagem à qual o produto é 
submetido, nas unidades coletoras ou intermediárias; 
 Obtenção de financiamento por meio das linhas de crédito específicas para a pré-
comercialização; 
 
4 Fitossanitário - é o conjunto de medidas adoptadas pelo agriculturpara evitar a propagação de pragas e doenças. 
5 Fretes - o preço que paga pelo uso de meio de transporte pertencente ao outro. 
6 Safra - conjunto de produtos agrícolas colhidos em determinado período. 
12 
 
 Disponibilidade do produto para utilização oportuna; 
 Menor dependência do suprimento de produtos de outros locais; e 
 Aumento do poder de barganha 7dos produtores quanto à escolha da época de 
comercialização dos seus produtos. 
 
Segundo Baudet e Vilela (2000), citado por Ensinas et al (s/d), é importante ressaltar que durante 
o armazenamento os grãos não melhoram sua qualidade e sim no máximo a mantém. Logo, 
somente boas práticas de armazenamento conservam a qualidade física e fisiológica dos grãos. 
2.3.Tipos de armazenamento do milho 
2.3.1. Armazenamento a granel 
O armazenamento de milho a granel, em estruturas com sistemas de termometria 8e aeração 
forçada, é o método que permite melhor qualidade do produto. Para se ter sucesso nesse tipo de 
armazenamento são necessários alguns procedimentos, como a limpeza e a secagem dos grãos, a 
aeração e o controle das pragas (SANTOS,2006). 
2.3.2. Armazenamento em sacaria 
De acordo com Santos (2006), o armazenamento de milho em sacaria, em armazéns convencionais, 
pode ser empregado com sucesso, desde que as estruturas armazenadoras atendam às condições 
mínimas. O milho deve estar seco (13 a 13,5% de humidade) e deve haver boa ventilação na 
estrutura. O piso deve ser concretado e cimentado e a cobertura perfeita, com controle e proteção 
anti-ratos, as pilhas de sacos devem ser erguidas sobre estrados de madeira e afastadas das paredes. 
O combate aos insetos deve ser através de expurgo periódico e pulverização externa das pilhas de 
sacos. 
 
7 Barganha - uma negociação vantajosa envolvendo compra, venda ou troca. 
8 Termometria - parte da termologia voltada ao estudo das temperatura e sua medicão. 
13 
 
2.3.3. Armazenamento em espigas 
Cerca de 40% permanecem armazenados no meio rural, em espigas nos paióis9, para alimentação 
dos animais domésticos ou comercialização posterior. Esse milho, durante o armazenamento, sofre 
ataque de insetos e roedores, que causam grandes prejuízos. Somente insetos como o Sitophilus 
zeamais e Sitophilus oryzae e a Sitotroga cerealella provocam perdas que atingem até 15% do 
peso. Essas pragas comprometem, ainda, a qualidade nutritiva do milho (SANTOS,2006). 
2.4.As características da massa de grãos de milho armazenados 
Segundo SENAR (2018), a massa de grãos possui determinadas características que poderão 
comprometer ou garantir sua qualidade devendo, portanto, ser observada: 
 Porosidade da massa: quando armazenados em silos, vasilhas ou sacos, os grãos formam 
uma massa porosa constituída por eles próprios e pelo espaço ocupado com ar, que 
representa em torno de 40 a 45% do volume total. 
 Condutibilidade térmica: os grãos trocam calor entre si e sua massa porosa. O calor passa 
de uma região mais quente para uma mais fria, de grão para grão – pois estes estão em 
contato (condução) – e pelo fluxo de ar que passa pela massa porosa (microconvecção). 
 Equilíbrio da humidade dos grãos: a humidade da massa de grãos mantém-se em 
equilíbrio quando há uma relação positiva entre a umidade relativa do ar e a temperatura. 
Se a humidade relativa do ar e a temperatura variam muito, os grãos perdem ou ganham 
humidade de acordo com a baixa ou alta humidade relativa do ar. 
2.5.As perdas que ocorrem na armazenagem dos grãos 
2.5.1. Perda física ou quebra 
Ocorre quando o produto sofre uma perda de peso pelos danos causados, principalmente, por 
ataque de insetos. Outros animais, como os roedores e os pássaros, também ocasionam perdas, 
mas são menores se comparadas àquelas provocadas por insetos (SENAR, 2018). 
2.5.2. Perda de qualidade 
Ocorre quando a qualidade do produto muda, principalmente pela ação de fungos, que causam 
fermentação, alteração do gosto e do cheiro natural do produto e redução do valor nutritivo dos 
 
9 Paióis - celeiros 
14 
 
grãos. A contaminação por matérias estranhas e outros danos que afetam a qualidade dos grãos 
para a agroindústria estão entre os fatores que levam às perdas de qualidade. A contaminação pode 
se dar de forma biológica, física e química, podendo ocorrer sozinha ou agrupadas (SENAR, 
2018). 
2.6.Fungos associados aos grãos de milho armazenados 
Segundo Taniwak (2001), citado por Valmorbida (2016), os fungos ou bolores são organismos 
multinucleados que aparecem como filamento. O corpo ou talo de um fungo filamentoso consiste 
em um micélio e nos esporos. Cada micélio é uma massa de filamentos chamada hifa. Cada hifa é 
formada pela reunião de muitas células. As paredes rígidas das hifas são formadas de quitina, 
celulose e glicose. 
Sob condições ambientais favoráveis, fungos toxigênicos tais como Fusarium, Aspergillus e 
Penicillium spp podem produzir micotoxinas em produtos agrícolas durante o crescimento da 
planta, ou após a colheita em armazenagem e expedição. Estes compostos podem estar presentes, 
mesmo após a remoção do micélio e uma vez que a maior parte deles são resistentes a tratamentos 
físicos e químicos; eles costumam ficar no alimento durante o processamento e armazenamento. 
Actualmente estudos apontam a existência de mais de 80 espécies fúngicas micotoxígenas, que 
podem produzir mais de 300 diferentes tipos de micotoxinas, sendo que algumas espécies são 
capazes de produzir mais de um tipo de micotoxinas, podendo ser encontradas simultaneamente 
em um único produto. Os principais fungos produtores pertencem aos gêneros: Alternaria, 
Aspergillus, Fusarium, Penicillium, Rhizoctonia e Stachybotrys, dentre eles destacam-se os 
gêneros Aspergillus, Penicillium e Fusarium, que são considerados os de maior importância para 
alimentos e ração10, por serem os mais encontrados e os maiores produtores de micotoxinas 
(VALMORBIDA, 2016). 
2.7.Factores que favorecem o desenvolvimento de fungos 
O conhecimento das condições que governam a produção de toxinas pode contribuir na prevenção 
das mesmas no alimento. Os factores principais serão discutidos. Dentre os fatores envolvidos na 
produção de micotoxinas existem os relacionados a própria fisiologia e bioquímica dos fungos 
 
10 Racão – nome que se dá ao alimentos dos animais. 
15 
 
toxigênicos e os fatores extrínsecos (ambientais), tais como: humidade, composição química do 
alimento (substrato), temperatura, PH, interação microbiana, entre outros (IAMANAKA et al, 
2010). 
2.7.1. Humidade dos grãos 
Um dos elementos climáticos mais importantes é a precipitação, pois ela afeta diretamente o ciclo 
da água e outros elementos climáticos. A precipitação muitas vezes causa alagamentos e 
deslizamentos de terra. Os cereais colhidos com alto teor de umidade, tal como o arroz e o milho, 
podem ser classificados como apresentando potencial risco de crescimento de fungos na 
armazenagem. Da mesma forma, em regiões onde a humidade é alta e as secagens no campo são 
deficientes os riscos de contaminação por fungos se tornam bastante significativos. É importante 
salientar que muitas espécies de Aspergillus se desenvolvem lentamente em locais com conteúdo 
de humidade abaixode 18% (VALMORBIDA, 2016). 
2.7.2. Humidade relativa do ar e do substrato 
A maioria dos fungos necessita de humidade relativa acima de 80% e um mínimo de atividade de 
água (wa) para crescer. A produção de toxina pode não ocorrer em humidade relativa abaixo 
daquele valor. As toxinas podem ser produzidas em atividades de água que vão de 0,60 a 0,90 em 
alimentos de humidade intermediária. O conteúdo de água é dependente da humidade relativa do 
ar à uma determinada temperatura. Os fungos são mais resistentes aos efeitos das condições de 
baixa wa (IAMANAKA et al, 2010). 
2.7.3. PH 
De acordo com Sousa (2014), a maioria dos fungos são pouco afectados pelo PH na faixa entre 3-
8. No entanto quando PH se afasta desta faixa ideal, alguns factores limitantes podem se tornar 
evidentes se sobrepondo ao PH. 
2.7.4. Interação microbiana 
Em condições naturais há uma interação de fungos, leveduras e bactérias. A toxina produzida pode 
afetar outros microrganismos, tornando um problema à microbiota, por outro lado, certos 
16 
 
microrganismos podem reduzir, remover ou degradar a toxina. Existem evidências de que as 
toxinas são produzidas em menor quantidade quando os fungos toxigênicos crescem em presença 
de outros microrganismos. Algumas espécies de Trichoderma spp. são conhecidas por produzir 
diversos metabólitos com atividade antifúngica e são utilizadas no controle biológico e prevenção 
de patógenos de plantas 11(IAMANAKA et al, 2010). 
2.7.5. Temperatura 
O aumento da temperatura é outro fator que afeta a armazenagem de grãos que pode ser ocasionado 
pelos demais fatores no que diz respeito à perda de qualidade. Assim, seu controle pode impedir 
um rápido processo de deterioração. O aquecimento da massa de grãos armazenada é produzido 
pelo ataque dos fungos e ocorre quando o teor de água dos grãos se encontra acima do nível correto 
para armazenamento (SENAR, 2018). 
2.7.6. Substrato 
As micotoxinas podem ser encontradas em vários alimentos, contudo certos alimentos são mais 
susceptíveis que outros. Em geral alimentos com alto teor de carboidratos são mais favoráveis à 
produção de toxinas. Contudo as espécies de Aspergillus section Flavi têm mostrado uma 
preferência às oleaginosas como amendoim, castanhas, pistácias e amêndoas (IAMANAKA et al, 
2010). 
2.7.7. Atmosfera 
Para Pitt e Hocking (2009), citado por Iamanaka et al (2010), a maioria dos fungos são aeróbios, 
contudo alguns fungos que causam deterioração de grãos armazenados podem crescer em 
atmosfera contendo somente 0,1 a 0,2% de oxigênio, ou em atmosfera contendo mais que 80% de 
dióxido de carbono. Byssochlamys nivea produtora de patulina, que comumente causa deterioracão 
de sucos e polpas de frutas pasteurizadas12, foi capaz de crescer em ambiente com 60% CO2 e 
teores menores que 0,5% O2, formando colônias de 40mm de diâmetro após 30 dias Fusarium 
oxysporium, produtor de moniliformina, foi capaz de crescer em atmosfera com 99% de CO2. 
 
11 Patógenos de plantas – doenças de plantas 
12 Frutas paustarizadas – futas com carga microbiana reduzida. 
17 
 
2.8.Principais micotoxinas em produtos alimentares 
Micotoxinas são metabólitos secundários que frequentemente contaminam produtos agrícolas, no 
campo, ou durante a colheita, transporte e estocagem. São produzidas por fungos, com estruturas 
químicas diversas, incluindo muitas espécies do gênero Fusarium, Aspergillus e Penicillium. Sua 
entrada no organismo comumente se dá pela via digestiva e sua absorção geralmente causa reações 
sob a forma de hemorragias, ou mesmo, necroses13. Muitas destas toxinas têm afinidade por 
determinado órgão ou tecido, sendo o fígado, os rins e o sistema nervoso frequentemente os mais 
atingidos (VALMORBIDA, 2016). 
As micotoxinas também são definidas por Dikin (2002) citado por Nones (2010) dizendo que elas 
são substâncias tóxicas resultantes do metabolismo secundário de diversas cepas de fungos 
filamentosos. 
Afirma Valmorbida (2016) que as micotoxinas podem ser encontradas em vários alimentos 
(Tabela 1), contudo, alguns são mais favoráveis que outros e em geral, naqueles que contém maior 
teor de carboidratos. No entanto, as espécies de Aspergillus section Flavi, têm mostrado maior 
preferência às oleaginosas como amendoim, castanhas do Brasil, pistácias e amêndoas. Cereais 
contaminados podem representar uma direta fonte de exposição humana, pelo seu consumo direto, 
ou uma fonte indireta através do consumo de produtos derivados de animais alimentados com 
contaminada alimentar. Alguns gêneros de fungos são responsáveis pela produção de toxinas, as 
micotoxinas, entre as quais, destacam-se: a aflatoxina, ocratoxina A, zearalenona, patulina, 
fumonisina, tricoteceno e citrinina. 
Tabela 1: Principais micotoxinas com os seus respectivos fungos produtores, substratos e 
efeitos no homem e animais. 
Principais 
substratos 
Principais fungos 
produtores 
 
Principal 
toxina 
 
 
Efeitos 
Amendoim e 
milho 
 
 
Aspergillus flavus e 
Aspergillus 
parasíticos 
Aflatoxina B1 
 
Hepatotóxica, nefrotóxica 
e carcinogênica 
 
 
13 Necroses – morte de um grupo de células, possuindo resposta inflamatória. 
18 
 
Trigo, aveia, 
cevada, 
milho e arroz 
 
 
Penicilium citrinum 
 
Citrina Nefrotóxica para suínos 
 
Centeio e grãos 
em geral 
 
Claviceps purpúrea 
 
Ergotamina 
 
Gangrena de extremidades 
ou convulsões 
 
Milho 
 
Fusarium 
verticilioides 
 
Fumonisinas Câncer de esôfago 
 
Milho, 
cevada, 
aveia, 
trigo e 
centeio 
 
 
Fusarium sp; 
Myrothecium sp; 
Stachybotrys sp e 
Trichotecium sp. 
Tricotecenos: 
T2, neosolaniol, 
Fusanona x, niva-
lenol, 
deoxivalenol 
Hemorragias, vômito e 
dermatites 
 
Cereais 
 
Fusarium 
graminearum 
 
Zearalenona 
 
Baixa toxidade, síndrome 
de mascunilização e 
feminil-zação em suínos 
 
Fonte: FIB No7 (2009) 
2.8.1. Aflatoxinas (AF) 
Segundo Hesseltine (1976) citado por Santana e Cristina (2012), as aflatoxinas são produzidas 
principalmente por Aspergillus flavus, Aspergillus parasiticus e Aspergillus nomius. Os fungos 
gênero Aspergillus tem mais de 200 espécies e geralmente contaminam os alimentos durante a 
armazenagem. A temperatura mínima necessária para o seu desenvolvimento e produção de 
micotoxinas é 10 - 12oC. O Aspergillus cresce e pode produzir aflatoxinas de forma ótima a 25oC, 
com uma atividade de água de 0,95. 
As Aflatoxinas são metabólitos extremamente tóxicos podem causar danos no fígado, diminuir o 
desempenho reprodutivo, reduzir a produção de leite, saúde embrionária, defeitos de origem, 
tumores e diminuir as funções imunológicas, tanto para humanos e como os animais. Sua estrutura 
policíclica deriva de um núcleo cumarínico, ligado a um sistema reativo bifurânico de um lado, e 
do outro a uma pentanona (característica da série B) ou uma lactona de seis membros 
(característica da série G). São conhecidos 18 compostos que podem ser denominados aflatoxinas 
19 
 
sendo as mais comuns as aflatoxinas B1, B2, G1 e G2, conforme a fluorescência 14que emitem 
quando expostos à luz ultravioleta (B= Blue e G= Green) (SANTANA e CRISTINA, 2012). 
Figura 2: Estruturas químicas das aflatoxinas B1, B2, G1 e G2 
 
Fonte: Kawashima (2004), citado por Valmorbida (2016). 
2.8.2. Citrina 
Citrina é produzida por penicillium citrinum. p. viridicatum e outros fungos. Essa micotoxina tem 
sido detetado em arroz polido, pão mofado, presunto curado, trigo aveia, centeio e outros produtos 
similares. Sob luz UV de comprimento longo, a citrina floresce amarelo-limão. Essa micotoxina é 
o conhecimento circanogénica15. Em estudo a partir de presunto curado, foram isoladas sete 
linhagens de P. viridicatum. A citrina foi identificada a partir de produtos alimentícios mofados e 
pode ser produzida em meios sintéticosjuntamente com outras micotoxinas (FIB No7- 2009.) 
2.8.3. Zearalenona (ZEA) 
A zearalenona ocorre principalmente, no milho contaminado por F. graminearum e F. culmorum. 
Esta toxina é um análogo do estrógeno e causa o hiperestrogenismo16 em suínos femininos. A 
zearalenona tem sido implicada em vários incidentes nas mudanças da puberdade em crianças. Os 
sintomas nos suínos incluem inchação e avermelhamento da vulva, super desenvolvimento do 
útero e glândulas mamárias, prolapsos da vagina17 e reto. Em gado os efeitos reprodutivos são 
 
14 Fluorescência – fenômeno pelo qual uma substância emite luz quando expostas a radiações do tipo UV. 
15 Circanogénica – qualidade daquilo capaz de provocar o aparecimento de câncer em um organismo. 
16 Hiperestrogenismo – produção excessiva de hormônios sexuais. 
17 Prolapsos da vagina – escorregamento da vagina para fora do lugar. 
20 
 
menos pronunciados do que em porcos, mas afetam a fertilidade, causa um desenvolvimento 
atípico secundário nas características sexuais de novilhos e decréscimo na produção do leite 
(IAMANAKA et al, 2010). 
 
O IARC(1993) avaliou a carcinogenicidade da zearalenona e encontrou ser um possível 
carcinógeno humano. Os resíduos de zearalenona não parecem ser um problema se for consumido 
(IAMANAKA et al, 2010). 
Figura 3: Estrutura química da zearalenona 
 
 Fonte: Ferreira et al (2013), citado por Valmorbida (2016). 
2.8.4. Fumonisinas 
Fumonisinas são micotoxinas produzidas por várias espécies de Fusarium, principalmente 
Fusarium verticillioides (Sacc.) Nirenberg (= Fusarium moniliforme Sheldon), um dos fungos 
mais comumente associado ao milho. Estão amplamente distribuídas e sua ocorrência natural em 
milho e produtos derivados é constatada em muitas regiões do mundo. Altas concentrações de 
fumonisinas têm sido registradas em milho cultivado e particularmente consumido por populações 
de países em desenvolvimento, tais como em culturas de subsistência. Por outro lado, também são 
verificadas consideráveis variações anuais nos níveis de contaminação por fumonisinas 
(VALMORBIDA, 2016). 
Segundo Valmorbida (2016), as fumonisinas são hidrossolúveis18, o que tem dificultado seu 
estudo. É provável que muitas outras micotoxinas permaneçam ainda desconhecidas, graças a essa 
característica de hidrossolubilidade. 
 
18 Hidrossolúveis – solúveis em água. 
21 
 
Figura 4: Estruturas químicas das principais fumonisinas. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Kawashima (2004), citado por Valmorbida (2016). 
2.9.Legislação para fungos 
Fungos são organismos multicelulares filamentosos que podem crescer em grãos e alimentos e 
produzem substâncias tóxicas chamadas de micotoxinas. No que diz respeito aos parâmetros 
microbiológicos relativos à contagem padrão em placa, não há uma resolução nacional que 
estabeleça um limite máximo para fungos em cereais. Entretanto, a presença de fungos no milho 
(também chamado de grãos ardidos, conforme figura abaixo), especialmente fungos toxigênicos 
podem ser indicativos de deterioração e contaminação por micotoxinas (VALMORBIDA, 2016). 
Figura 5: Comparação de amostras de grãos de milho ardidos (A) e sadios (B) 
 
Fonte:Valmorbida (2016). 
 
22 
 
CAPÍTULO - III: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS 
3. Caracterização do Bazar Filipe 
O Bazar Filipe localiza-se na Província de Sofala, Cidade de Beira, Bairro de Ndunda, um Bazar 
atravessado pela Estrada Nacional número seis (6). Quanto a população do trabalho, faz parte 
dezanove (19) comerciantes e todos compradores. A amostra é de cem (100) compradores dos 
grãos de milho. O autor trabalhou com todos comerciantes que estavam presente no momento de 
colecta de dados. 
3.1.Breve descrição dos comerciantes dos grãos de milho 
Segundo dados obtidos no inquérito aplicado aos dezanove (19) comerciantes dos grãos de milho 
do Bazar Filipe que se presenciaram no momento da pesquisa, constatou-se que eles possuem uma 
idade média de quarenta (40) anos, constituídos por nove (9) indivíduos do sexo masculino e dez 
(10) do sexo feminino. Quanto ao nível acadêmico, dois (2) são analfabetos, porque não tiveram a 
possibilidade de frequentar nenhum SNE, enquanto que dez (10) frequentaram o ensino primário, 
cinco (5) ensino básico e dois (2) ensino médio. 
3.1. Respostas resultantes do inquérito aplicados aos comerciantes 
Questão 1: No seu Bazar, há campanhas de sensibilização no que diz respeito a boas práticas 
de armazenagem dos grãos de milho? 
Os dezanove (19) inqueridos todos foram unânimes ao afirmar que, não são realizadas as 
campanhas de sensibilização no que diz respeito a boas práticas de armazenagem dos grãos de 
milho. 
Os resultados ilustram que no Bazar Filipe, não são realizadas as campanhas de sensibilização no 
que diz respeito a boas práticas de armazenagem dos grãos de milho, pois são elas que podem 
promover a saúde de muitos cidadãos da cidade da Beira que beneficiam deste cereal para o 
consumo. 
 
 
 
 
23 
 
Questão 2: Conhece as boas práticas de armazenagem dos grãos de milho? 
Gráfico 1: Referente aos resultados dos comerciantes sobre conhece as BPAGM. 
 
De acordo com a questão acima e os dados representados, no total dos dezanove (19) comerciantes 
inquiridos sobre conhece as boas práticas de armazenagem dos grãos de milho, treze (13) que 
corresponde a 68% responderam que não conhecem e sete (7) que corresponde a 32% responderam 
que conhecem. 
Questão 2.1: Se sim, quais são? 
Dos treze (13) comerciantes que falaram que conhecem as BPAGM, três (3) afirmaram que é 
preciso introduzir os grãos de milho dentro do saco para evitar a humidade e infecção, quatro (4) 
disseram que os grãos de milho devem ser colocados nos sacos, adicionando deste modo, 
insecticida de modo a evitar a degradação destes grãos por insectos e posteriormente arrumar sobre 
as sapatas, de modo a evitar o contacto directo do solo e os grãos de milho. Enquanto que outros 
três (3) comerciantes responderam que basta colocar os grãos de milho no saco estaremos a seguir 
com as BPAGM e apenas um (1) disse que o principal segredo do armazenamento dos grãos de 
milho é introduzir insecticidas nos grãos armazenados. 
Na visão de ALVAREZ (2014), por causa dos efeitos, muitas vezes nefastos19, das pesticidas 
sintéticas sobre o ambiente e sobre as pessoas, recomenda-se fortemente o uso de insecticidas 
naturais, particularmente para os agricultores de pequena escala, comunidades locais, escolas e 
segmentos vulneráveis da população que podem não estar devidamente preparados e equipados 
para usar pesticidas. As insecticidas naturais incluem materiais tradicionais, tais como poeiras 
 
19 Nefastos – substâncias de teor ruim que pode ser tóxico ou nocivo. 
68%
32%
Respostas dos comercantes sobre conhece as boas práticas de 
armazenagem dos grãos de milho
Sim Não
24 
 
minerais abrasivas, dessecantes naturais tais como cinza de madeira, materiais de plantas com 
propriedades repelentes ou insecticidas (tais como as partes da árvore Azadirachta indica) ou óleos 
de cozinha vegetais (óleo de palma, óleo de amendoim ou óleo de coco). 
Acrescenta Santos (2006) dizendo que para se prevenirem perdas durante a armazenagem a granel, 
alguns princípios básicos devem ser observados: a) construção de estruturas armazenadoras 
tecnicamente adequadas e dispondo de equipamento de termometria e aeração; b) baixo teor de 
humidade nos grãos; c) baixa presença de impurezas no lote de grãos; d) ausência de pragas e 
microrganismos, e) manipulação correta dos grãos. 
 
Questão 3: Em média, quanto tempo fica armazenado os grãos de milho, antes da reposição, 
no estabelecimento comercial? 
Gráfico 2: O tempo que os grãos de milho ficam armazenados, antes da reposição, no Bazar 
Filipe. 
 
58%
10%16%
16%
Resposta sobre quanto tempo fica armazenado os grãos de milho, 
antes da reposição, no estabelecimento comercial
Duas semanas Um mês Três meses Mais de três meses
25 
 
No sentido de perceber quanto tempo fica armazenado os grãos de milho, antes da reposição, no 
estabelecimento comercial foram colhidos os seguintes dados a saber: nos dezanove (19) 
inqueridos, onze (11) que corresponde a 58% responderam fica duas semanas, três (3) que 
corresponde a 16% responderam que fica três meses, outros três (3) que corresponde também a 
16% responderam que fica mais de três meses e dois (2) que correspondem a 10% responderam 
que fica um mês. 
Os dados ilustrados no gráfico acima, mostram claramente que mesmo com as condições precárias 
de armazenamento existentes no Bazar Filipe, os grãos de milho ficam armazenados no mínimo 
duas semanas no estabelecimento comercial, antes da reposição. Segundo os comerciantes, as 
vezes pelo motivo de pouca aderência deste cereal, por parte dos compradores locais, os grãos 
podem até ficar armazenados por um intervalo de mais de um trimestre. 
Questão 4: Porque é importante armazenar o milho num local adequado? 
Segundo os resultados do inquérito, nove (9) comerciantes responderam que é importante 
armazenar os grãos de milho num local adequado para evitar o seu roubo e humidade, com isso, 
estaremos a evitar perca de mercadorias para o sucesso da comercialização, sete (7) responderam 
que é importante armazenar os grãos num lugar adequado para que não sejam atacados por 
insectos, além disso, também evita a infeção dos grãos por fungos e três (3) responderam que 
armazenar os grãos milho no local adequado protege a sua qualidade. 
Na perspectiva de SENAR (2018), a principal importância das BPAGM é para evitar a perda de 
qualidade. Esta perda ocorre quando a qualidade do produto muda, principalmente pela ação de 
fungos, que causam fermentação, alteração do gosto e do cheiro natural do produto e redução do 
valor nutritivo dos grãos. 
Na visão de Mantovani (s/d), o objetivo de armazenar adequadamente os grãos é mantê-los, 
durante todo o período de armazenamento, com as características que apresentavam após a colheita 
e a secagem. Durante o armazenamento, não se pode melhorar a qualidade: grãos colhidos e secos 
inadequadamente permanecerão com baixa qualidade, não importando quão bem tenham sido 
armazenados. 
 
 
26 
 
Questão 5: Nos períodos chuvosos os grãos de milho têm obtido humidade? 
 Gráfico 3: Referente aos resultados dos comerciantes sobre nos períodos chuvosos os grãos 
de milho têm obtido humidade 
 
De acordo com a questão acima e os dados representados, no total dos dezanove (19) comerciantes 
inquiridos sobre nos períodos chuvosos os grãos de milho tem obtido humidade, quinze (15) que 
corresponde a 80% responderam que o milho tem obtido humidade enquanto que, quatro (4) que 
corresponde a 20% responderam que o milho não obtêm humidade. 
Segundo os dados representados acima, ilustram claramente que no período chuvoso muitos grãos 
de milho armazenados e comercializados no Bazar Filipe são ameaçados pela alta taxa de 
humidade relativa, pois este é um dos factores principais que favorece a acriação de um ambiente 
óptimo ou favorável para o crescimento dos fungos, consequentemente, com o aumento da sua 
actividade metabólica estes fungos conseguem sintetizar toxinas (metabólitos secundários dos 
fungos), que quando consumidos com seres humanos causam vários problemas de saúde. 
Na perspectiva de Santos (2006), o teor de humidade do grão é outro ponto crítico para uma 
armazenagem de qualidade. Grãos com altos teores de humidade tornam-se muito vulneráveis a 
serem colonizados por altas populações de insetos e fungos. 
80%
20%
Resposta dos comerciantes sobre nos períodos chuvosos, os grãos de 
milho tem obtido humidade
Sim Não
27 
 
Questão 6: Qual é perigo que pode advir com o contacto directo entre a humidade e os grãos 
de milho? 
Gráfico 4: A percepção dos comerciantes sobre o perigo que pode advir com o contacto 
directo entre a humidade e os grãos de milho 
 
De modo a tentar explorar o conhecimento dos comerciantes acerca da relação da humidade e os 
grãos de milho, o autor questionou o seguinte: Qual é perigo que pode advir com o contacto directo 
entre a humidade e os grãos de milho? De acordo com os dados representados, no total dos 
dezanove (19) comerciantes inquiridos, oito (8) que corresponde a 42% responderam que causa 
germinação e apodrecimento dos grãos de milho, sem intervenção de fungos, cinco (5) que 
corresponde a 26% responderam causa germinação dos grãos de milho, outros cinco (5) que 
42%
26%
26%
6%
Resposta dos comerciantes sobre qual é perigo que pode advir com o 
contacto directo entre a humidade e os grãos de milho
Germinação e apodrecimento, sem intervenção de fungos
Apodrecimento, sem intervenção de fungos
Germinação
Infecção por fungos e germinação
28 
 
correspondem também a 26% afirmaram que causa apodrecimento sem intervenção de fungos e 
apenas um (1) que corresponde a 6% disse que causa infecção dos grãos por fungos e germinação. 
Apesar de alguns fungos que ocorrem nos grãos de milhos armazenados e comercializados no 
Bazar Filipe, muitos comerciantes afirmaram que o perigo que pode advir com o contacto directo 
entre a humidade e os grãos de milho é germinação e apodrecimento dos grãos de milho, porque 
estes dois grandes factores influenciam negativamente na comercialização dos grãos de milho 
levando a falência ou perca do lucro dos empreendedores locais (comerciantes). Segundo a 
informação avançado por muitos comerciantes, diz que no contacto directo entre a humidade e os 
grãos de milho não ocorre a intervenção e nem o crescimento de fungos toxigénicos nos grãos de 
milho. Isso entra em divergência com as realidades científica e mostra claramente que os 
comerciantes ainda não têm conhecimento rígido sobre a origem dos fungos toxigénicos que 
atacam grãos de milho armazenados. 
Cittadim (2014) afirma que o teor de água é o fator mais importante para determinar a qualidade 
de sementes no armazenamento, pelo fato de interferir em sua actividade biológica, atividade dos 
micro-organismos e sensibilidade à danificação mecânica. 
3.2. Breve descrição dos compradores de grãos de milho 
O autor trabalhou com cem (100) compradores escolhidos intencionalmente na população. 
Segundo dados obtidos no inquérito aplicado aos cem (100) compradores de grãos de milho do 
Bazar Filipe, constatou-se que eles possuem uma idade média igual a vinte e nove (29) anos, 
constituídos por trinta e quatro (34) indivíduos do sexo masculino e sessenta e seis (66) do sexo 
feminino. Quanto ao nível acadêmico, quatro (4) são analfabetos porque não tiveram a 
possibilidade de frequentar nenhum SNE, enquanto que vinte e dois (22) frequentaram o ensino 
primário, trinta e seis (36) ensino básico, vinte e nove (29) ensino médio e nove (9) ensino superior. 
No que diz respeito a profissão, verificou-se que um (1) é chefe na empresa INAS, quarenta e sete 
(47) são estudantes, nove (9) são comerciantes, três (3) são pedreiros, um (1) é carpinteiro, três (3) 
são seguranças, dois (2) são motoristas, três (3) são empregadas doméstica, um (1) é pintor, nove 
(9) são camponeses, cinco (5) não fazem nenhum trabalho, apenas ficam em casa cuidando das 
crianças enquanto seus maridos trabalham e desaseis (16) compradores de grãos de milho 
preferiram não se pronunciar acerca da sua profissão. 
29 
 
3.2.1. Respostas resultantes do inquérito aplicados aos compradores 
Questão 1: Já comprou os grãos de milho que possuem manchas? 
Gráfico 5: Representação dos resultados dos compradores sobre já comprou os grãos de 
milho que possuem manchas 
 
De acordo com o gráfico acima, pode se dizer que dos cem (100) compradores inquiridos, trinta e 
seis (36) pessoas nunca compraram grãos de milho que possuem manchas, enquantoque sessenta 
e quatro (64) pessoas já compraram grãos de milho com manchas. 
Portanto, muitos compradores já adquiram grãos de milho que possuem manchas para o consumo. 
Segundo a informação obtida no campo, os compradores forma unânimes dizendo que eles 
adquirem os grãos para o consumo, mas a maioria das vezes, não fazem o consumo do produto 
antes do processamento. Contudo, os grãos de milho passam da moagem e posteriormente do 
cozimento é daí que eles conseguem consumir este produto. Pois, a presença de manchas pretas 
ou amarelas em forma de bolores nos grãos é o sinónimo da presença de fungos. Então segundo 
os dados estatísticos, pode-se concluir que muitas pessoas já consumiram rações proveniente dos 
grãos de milho contendo fungos, facto que pode causar vários problemas de saúde para o tal 
consumidor. 
Taniwak (2001), citado por Valmorbida (2016), afirma que os fungos ou bolores são organismos 
multinucleados que aparecem como filamento. O corpo ou talo de um fungo filamentoso consiste 
em um micélio e nos esporos. Valmorbida (2016) acrescenta dizendo que sob condições 
ambientais favoráveis, fungos toxigênicos tais como Fusarium, Aspergillus e Penicillium spp 
64%
36%
Resposta dos compradores sobre já comprou os grãos de milho que 
possuem manchas
Sim Não
30 
 
podem produzir micotoxinas em produtos agrícolas durante o crescimento da planta, ou após a 
colheita em armazenagem e expedição. 
Questão 2: O que significa a presença de manchas nos grãos de milho? 
Gráfico 6: A percepção dos compradores sobre o significado da presença de manchas nos 
grãos de milho 
 
De acordo com as respostas dos cem (100) compradores inquiridos, sobre o que significa a 
presença de manchas nos grãos de milho, quarenta e cinco (45) responderam que significa infecção 
dos grãos de milho por fungos, doze (12) responderam que significa que os grãos de milho estão 
germinando, quarenta e um (41) disseram que isso pode significar simples apodrecimento, sem 
intervenção de fungos, uma (1) pessoa disse que deve-se ao tipo de plantação no campo agrícola 
ou machamba e a outra pessoa respondeu que existe um tipo do grão de milho que já possui 
manchas naturalmente, mesmo semeando este grão, toda descendência terá manchas . 
Analisando os dados representados graficamente pode se concluir que são poucos compradores, 
apenas quarenta e cinco (45) que conhecem que a presenças de manchas nos grãos de milho (grãos 
ardidos) significa a infecção dos grãos de milho por fungos. Neste caso, os restantes (55 
45%
12%
41%
1%
1%
Resposta dos compradores sobre o que significa a presença de manchas 
nos grãos de milho
Infecção dos grãos de milho por fungos
Germinação dos grãos de milho
Simples apodrecimento, sem intervenção de fungos
Tipo de milho
Tipo de plantacão
31 
 
compradores) pensam que a presença de machas nos grãos de milho significa que os grãos de 
milho estão germinando ou mesmo apodrecendo, sem intervenção de fungos. Até outros tentam 
relacionar este facto com a tipologia de plantação no campo agrícola, alegando que existe um tipo 
do grão de milho que já possui manchas naturalmente, concluindo que estas características podem 
ser transmitidas de geração em geração. 
Portanto, o conhecimento dos efeitos causados por consumo de produtos impróprios ou 
contaminados, que podem colocar em perigo a vida dos consumidores é de extrema importância 
para evitarmos ou prevenirmo-nos de várias doenças que podem causar a morte de pessoas. 
Fazendo isso, estaremos a promover a saúde de todas pessoas que se beneficiam dos grãos de 
milhos vendidos no Bazar Filipe para o consumo. 
Questão 3: O que interessa no momento de compra dos grãos de milho? 
Gráfico 7: O interesse dos compradores no momento de compra dos grãos de milho 
 
Segundo os resultados distribuídos frequencialmente no gráfico, constatou-se que dos cem (100) 
compradores inquiridos sobre o que vos interessa no momento de compra dos grãos de milho, três 
(3) responderam que se preocupam com as boas qualidades dos grãos de milho, trinta e nove (39) 
preocupam-se com as boas condições de armazenamento dos grãos de milho e finalmente 
cinquenta e oito (58) compradores responderam que se preocupam com os grãos comercializados 
com baixo preço. 
Santos (Dezembro de 2006) afirma que para racionalizar o sistema de comercialização e 
informação do mercado de milho, os grãos devem ser classificados segundo a qualidade, definida 
através de padrões pré-fixados representados por tipos de valores decrescentes. A classificação do 
39%
58%
3%
Resposta dos compradores sobre o que interessa no memonto de 
compra dos grãos de milho
Boas condições de armazenamento O preço baixo
Boas qualidades dos grãos de milho
32 
 
milho é feita com base em normas ditadas por portaria do Ministério da Agricultura. Seu objetivo 
é determinar a qualidade do produto, garantindo a comercialização por preço justo. Para cada tipo 
há um valor correspondente. Assim, paga-se mais por um produto de melhor qualidade e penaliza-
se o de qualidade inferior. 
Então, tomando como referência dados representados acima, pode se concluir que a maioria dos 
compradores no momento de adquirir seus grãos de milho interessam-se com aqueles 
comercializados por baixo preço, mas concordando com a ideia do autor do parágrafo anterior 
esses grãos vendido a preço baixo não apresentam boas qualidades, porque normalmente a 
alteração do preço na comercialização dos grãos de milho é acompanhado com a sua própria 
qualidade, pagando-se mais por um produto de melhor qualidade e pouco por produto de qualidade 
inferior. 
Questão 4: Onde armazenam-se os grãos de milho no estabelecimento comercial que faz 
compras? 
Gráfico 8: Local de armazenamento dos grãos de milho no estabelecimento comercial que os 
compradores fazem suas compras 
 
Pelos dados representados, nota-se que dos cem (100) compradores inquiridos sobre onde 
armazena-se os grãos de milho no estabelecimento comercial que faz compras, cinquenta e três 
(53) responderam que é armazenado nas sacarias embaladas com lonas enquanto que quarenta e 
sete (47) responderam que é armazenado no armazém simples, sem ventilação artificial. 
 
 
53%
47%
Resposta dos compradores sobre onde armazena-se os grãos de 
milho no estabelecimeto comerciail que faz compras?
Nas sacarias embaladas com lonas No armazém simples
33 
 
Questão 5: Já ouviu falar de micotoxinas? 
Gráfico 9: Representação dos resultados dos compradores sobre já ouviu falar de micotoxina 
 
Dos 100 compradores inquiridos, retirando os dois compradores que não quiseram responder essa 
questão, treze (13) afirmaram que já ouviram falar de micotoxinas, enquanto que oitenta e cincos 
(85) nunca ouviram falar de micotoxina, alegam eles que se trata de uma palavra nova. 
Algo interessante nestas neste questionário é o caso de que só responderam que já ouviram falar 
de micotoxinas aqueles compradores que tem nível médio e superior do SNE. Todos que tem nível 
primário e básico responderam negativamente a questão, dizendo que nunca ouviram falar de 
micotoxina. 
Quando os treze (13) compradores que responderam que já ouviram a falar das micotoxinas foram 
solicitados a definir o conceito micotoxina, todos foram unânimes em responderam que micotoxina 
trata-se de substâncias tóxicas. Com isso, ninguém tentou inclui fungos nas suas definições. 
Cançado (2004) citado por Cittadim (2014) afirma que micotoxina é o termo usado para descrever 
substâncias tóxicas formadas durante o crescimento de fungos, o que está associado a mudanças 
na natureza física do alimento no sabor, odor e aparência. Acrescenta Valmorbida (2016) dizendo 
que as micotoxinas são metabólitos secundários que frequentemente contaminam produtos 
agrícolas, no campo, ou durante a colheita, transporte e estocagem. 
13%
85%
2%
Resposta dos compradores sobre já ouviu falar de micotoxinas 
Sim Não Não respoderam

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