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Doença de Paget e osteopetrose Doença de Paget A doença de Paget do osso é um transtorno crônico do esqueleto que impede a substituição de tecido ósseo antigo por tecido ósseo novo, resultando em áreas de osso expandido e amolecido. A doença de Paget pode afetar qualquer osso, mas os ossos mais comumente afetados são os ossos da pelve, da coxa (fêmur) e do crânio. Os ossos da canela (tíbia), coluna (vértebras), colar cervical (clavícula) e da parte superior do braço (úmero) são menos comumente afetados. Os sintomas podem estar ausentes ou podem incluir dor óssea, deformidade óssea, artrite e compressão nervosa dolorosa, e apesar da composição e a formação do osso aumentarem, os ossos com essa patologia ficam mais fracos do que o normal. A doença de Paget raramente ocorre em pessoas com menos de 40 anos. Causas Normalmente, as células que degradam ossos velhos (osteoclastos) e as células que formam novos ossos (osteoblastos) trabalham em equilíbrio para manter a estrutura e a integridade óssea. Na doença de Paget, tanto os osteoclastos como os osteoblastos se tornam hiperativos em algumas áreas do osso e a velocidade em que os ossos são degradados e reconstruídos nessas áreas aumenta significativamente. Aspecto Clínico O crânio pode aumentar de tamanho e dar um aspecto proeminente às sobrancelhas e à testa (chamado protuberância frontal). Uma pessoa pode perceber esse aumento quando for necessário usar um chapéu maior. O crescimento dos ossos do crânio pode danificar o ouvido interno (cóclea) e, consequentemente, causar perda auditiva e tontura. O crescimento dos ossos do crânio pode comprimir nervos e provocar dores de cabeça. As veias no couro cabeludo podem apresentar protuberâncias, possivelmente por causa do aumento do fluxo de sangue nos ossos do crânio. Os ossos na parte superior do braço, coxa ou panturrilha podem ter um aspecto arqueado e correm um risco maior de fratura, porque o osso está enfraquecido pela doença de Paget. As vértebras podem aumentar de tamanho, sofrer colapso ou ambos, porque os ossos afetados pela doença de Paget são fracos. Vértebras enfraquecidas poderiam resultar em perda de altura, postura curvada ou no pinçamento de nervos da medula espinhal, causando dor, dormência ou fraqueza. Na maioria das pessoas, a causa da doença de Paget é desconhecida e o distúrbio tende a ser hereditário. Além disso, algumas evidências sugerem que um vírus esteja envolvido. No entanto, não há nenhuma evidência de que ela seja contagiosa. Diagnóstico e Aspecto Radiográfico O diagnóstico dessa doença pode ser feito por radiografias, exames de sangue e cintilografia óssea. Tipicamente, pode-se observar na radiografia espessamento ósseo alternado com áreas de osteólise e alternado com áreas nodulares algodonosas de esclerose óssea. Figura 1- Radiografia do crânio na doença de Paget Fonte:<https://images.app.goo.gl/1WzRSGeiR 9ABWxv79> Tratamento Uma pessoa com a doença de Paget necessita de tratamento se os sintomas causarem desconforto ou se houver risco significativo de complicações, como perda auditiva, osteoartrite e deformidade. Os analgésicos comumente usados, como paracetamol e anti‑inflamatórios não esteroides (AINEs), ajudam a reduzir a dor óssea. Às vezes, é necessário realizar uma cirurgia para aliviar a compressão de nervos ou para substituir uma articulação que se tornou artrítica devido à doença de Paget. Outros medicamentos que também podem ser utilizados no tratamento são os bifosfonatos, pois eles atuam diretamente na inibição do turnover ósseo. Os médicos incentivam o suporte do peso corporal (como ficar de pé e caminhar). Repouso excessivo no leito (exceto para dormir à noite) deve ser evitado, se possível, para evitar a hipercalcemia. Como o osso está sendo remodelado rapidamente, as pessoas precisam consumir quantidades adequadas de cálcio e vitamina D em sua dieta. A vitamina D ajuda o corpo a absorver cálcio levando esse cálcio aos ossos (um processo chamado de mineralização óssea). Suplementos de vitamina D e cálcio são frequentemente necessários. Caso contrário, pode ocorrer uma mineralização óssea inadequada e enfraquecimento ósseo (osteomalácia). Osteopetrose Causas e Aspecto Clínico A osteopetrose consiste em uma rara doença hereditária, na qual os ossos tornam-se exageradamente densos, em decorrência de uma deficiência no processo de reabsorção óssea que ocorre por alteração da função dos osteoclastos. Esta condição patológica é dividida em duas formas: a adulta benigna, de transmissão autossômica dominante e a infantil maligna, de transmissão autossômica recessiva. A forma benigna foi descrita pela primeira vez pelo radiologista alemão Albert Schönberg , no ano de 1904, que apontou a presença de alterações ósseas escleróticas em crianças e adultos, tipicamente assintomáticas, com expectativa de vida dentro da normalidade, porém com maior propensão a fraturas. A forma típica da osteopetrose maligna infantil inicia-se precocemente e resulta de uma disfunção osteoclástica, ocasionando em incapacidade de reabsorção e remodelação óssea por parte do organismo. Caracteristicamente, o quadro apresentado pela forma maligna da osteopetrose clássica aponta ossos densos, escleróticos e radiopacos, com cavidade medular dos ossos longos ausentes. Também podem ser observados: hematopoiese extramedular, obliteração dos forames dos nervos cranianos, podendo levar à cegueira, surdez e paralisia facial; macrocefalia, protrusão da fronte, hipertelorismo, aumento da pressão intracraniana, atraso da erupção dentária e retardo do desenvolvimento neuropsicomotor. Os pacientes evoluem para o óbito dentro dos primeiros anos de vida, geralmente em decorrência de anemia, sangramento ou infecção. Sintomas Os sintomas da osteopetrose estão relacionados com o fato de haver maior deposição de material ósseo no organismo, podendo resultar em alterações em todo o organismo, sendo os principais sintomas: visão embaçada, dificuldade para ouvir, infecções recorrentes nos dentes e gengivas, aumento do fígado e do baço, resultando na alteração da produção das células do sangue; alteração no desenvolvimento neuronal, atraso para o nascimento dos dentes e aumento da pressão intracraniana. Diagnóstico e Aspecto Radiográfico O diagnóstico da osteopetrose é feito pelo ortopedista por meio da realização de exames de imagem como o raio-X e a densitometria óssea, no entanto, para confirmar o tipo e as complicações da osteopetrose, o médico pode ainda pedir outros exames de diagnóstico, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética para avaliar a presença de lesões em alguns órgãos como olhos e ouvidos, além de exames de sangue. Radiologicamente, nessa patologia o osso apresenta uma coloração mais radiopaca que o normal, com o mesmo se assemelhando à mármore. Dessa forma, evidenciando a origem etimológica dessa doença, que significa literalmente osso de pedra, que também é conhecido como osso de mármore. Figura 2- Aspecto radiográfico da osteopetrose Fonte<https://images.app.goo.gl/5dd8ARnrBo EmcCuB7> Tratamento Atualmente, o tratamento mais efetivo para a osteopetrose é o transplante de medula óssea, uma vez que as células que estão desreguladas são produzidas nesse órgão, mas também pode ser recomendado outros tratamentos com o objetivo de promover alívio dos sintomas, como: injeções com Interferon gamma-1b, ingestão de Calcitriol, ingestão de Prednisona e sessões de fisioterapia. Além disso, é importante fazer consultas regulares no oftalmologista, otorrinolaringologista e dentista para avaliar o desenvolvimento e o possível surgimento de algumas lesões ou malformações nos olhos, dentes, nariz, ouvidos e garganta, por exemplo. O médico também pode aconselhar consultar um nutricionista para adaptar a dieta de forma a incluir alimentos que ajudem e facilitem o desenvolvimento corporal e dos ossos. REFERÊNCIAS: https://www.msdmanuals.com/pt-br/ca sa/dist%C3%BArbios-%C3%B3sseos,- articulares-e-musculares/doen%C3%A 7a-de-paget-do-osso/doen%C3%A7a- de-paget-do-ossohttps://www.tuasaude.com/como-tratar -a-osteopetrose/ https://www.infoescola.com/doencas/o steopetrose/ https://www.youtube.com/watch?v=Az NtzLroR-4
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