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1. INTRODUÇÃO
Este trabalho propõe-se estudar o controle de vetores realizado pela Secretaria Municipal de Rio Branco no Acre, por meio dos setores de vigilância epidemiológica e centro de zoonoses, a fim de coletar informações sobre como funciona os programas de saúde publica, serviços e ações desenvolvidas para o controle dos principais vetores existentes na cidade. Neste podemos considerar programas de saúde pública, como um conjunto de ações realizadas conforme um ordenamento de recursos com destino especifico seguindo um objetivo prefixado sob normativa. São exemplos desses programas Saúde da Família, Saúde da Mulher, imunização dentre outros segundo Testa (1995:74) citado por Klein, 2015 em sua obra Antropologia, cultura, estado e saúde publica.
Vetores são seres vivos capazes de transmitir agentes infectantes, causadores de doenças, os mais conhecidos no perímetro urbano são os mosquitos Aedes Aegypti transmissor da dengue, chikungunya, febre amarela e zika vírus, o Flebótomo, conhecido como mosquito palha, birigui ou tatuquira transmissor da leishmaniose, entres outras (Tauil2006); os Roedores causadores da leptospirose, Peste bubônica ou peste negra, Tifo murino ou febre murina, Febre da mordida do rato, Hantavirose, Sarnas, alergias; os Pombos transmissores de Criptococose, Histoplasmose, Salmonelose, Ornitose, Toxoplasmose, Dermatites, Alergias, Psitacose, Tuberculose avícola.
É de extrema importância à realização de ações de controle desses e demais vetores tendo em vista que atualmente causam mortes em números elevados e sérios problemas a saúde da população. O investimento em ações estratégicas principalmente voltadas para a educação em saúde de forma continuada a população, maximizaria as seguintes ações de combate direto a esses vetores, pois a conscientização da população sem duvida resultaria na queda dos índices de infestações dos principais vetores no município que na maioria dos casos são atraídos pelos pequenos descuidos dos humanos como água parada e lixo em locais impróprios por exemplo.
O sucesso das ações e serviços para o controle de vetores depende da forma pelo qual são estruturados, sendo assim, entender como esses planos são organizados, executados e se estão de acordo com o que estabelece o Ministério da Saúde é de fundamental importância para que possam surgir considerações construtivas ao resultado final deste trabalho.
2. OBJETIVOS
· GERAL:
· Levantar a organização dos setores da Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco no Acre que estão envolvidos no controle de vetores.
· ESPECIFICO:
· Verificar o funcionamento e descrever as ações desenvolvidas pelos setores para o controle de vetores no município.
· Identificar se a organização desses setores está adequada ao que as normas do Ministério da Saúde estabelecem para o controle de vetores.
3. JUSTIFICATIVA
A urbanização acelerada de áreas que até então eram de mata fechada é a principal causa da aproximação de animais hospedeiros ou transmissores de doenças as casas da população e consequentemente ocorre o aumento no número de casos confirmados de contaminação em humanos. Doenças consideradas de áreas rurais surgem com maior frequência em áreas urbanas como o caso da leishmaniose e doença de chagas. A elevação desses números requer maior atenção por parte das autoridades de saúde publica no que diz respeito a um planejamento estratégico cada vez mais elaborado visando o controle de vetores nos estados e municípios e evitando epidemias dessas doenças.
Na cidade de Rio Branco/AC o controle dos vetores transmissores de doenças é realizado pelo Centro de Zoonoses e pela Vigilância Epidemiológica Municipal. Entender como os programas atuam, quais suas principais ações e estratégias que foram adotadas é importante para que se possa (re)pensar estratégias capazes de auxiliar nesse controle.
Diante desses fatos esse estudo é justificável, pois, por ser um assunto pouco conhecido na cidade de Rio Branco/AC, saber quais os vetores existentes no município, as doenças transmitidas e quais são as ações de controle é muito importante, haja vista que esse trabalho irá ampliar os conhecimentos existentes nessa temática.
4. REFERENCIAL TEORICO
No ano de 2016 a Organização Mundial de Saúde, na edição da Nota Descritiva nº 387, afirmou que em todo o mundo são registrados a cada ano mais de 1 bilhão de casos e 1 milhão de mortes como resultado das doenças transmitidas por vetores. Estão entre as com maior incidência a malária, dengue, esquistossomose, tripanossomíase humana Africano, leishmaniose, doença de Chagas, Febre Amarela, encefalite japonesa e oncocercose (OMS, 2016).
4.1 PRINCIPAIS VETORES E DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
Os vetores são organismos que podem transmitir doenças infecciosas entre humanos ou entre animais e pessoas. Muitos destes vetores são insetos hematófagos que ao sugar o sangue do hospedeiro (pessoa ou animal) acabam por ingerir os microrganismos patógenos, e, em seguida, o inocula a um novo portador ao sugar seu sangue.
Os mosquitos são os vetores das doenças mais conhecidas, entretanto, carrapatos, moscas, mosquitos-pólvora, pulgas, triatomíneos e alguns caramujos de água doce também são vetores de diversas doenças.
4.2 DOENÇAS TRANSMITIDAS POR VETORES
Doenças transmitidas por vetores são doenças causadas por patógenos, incluindo parasitas, em seres humanos. De todas as doenças infecciosas registradas no mundo, de acordo com a OMS (2016), as doenças transmitidas por vetores são responsáveis ​​por mais de 17% delas. A distribuição destas doenças é determinada por um complexo dinâmico de fatores ambientais e sociais.
Nos últimos anos, a globalização das viagens e do comércio, a urbanização não planejada e problemas ambientais, incluindo as alterações climáticas, influenciaram significativamente no aumento de registro de casos de transmissão de doenças vetoriais. Especificamente, algumas como dengue, chikungunya e febre do Nilo Ocidental, estão aparecendo em países que até recentemente eram desconhecidas. A Tabela 01 logo abaixo nos mostra os principais vetores e quais as doenças que são transmitidas.
Quadro 01 – Principais doenças transmitidas por vetores
	Tipo de animal (Vetor)
	Doença transmitida
	· Aedes Aegypt
	· Dengue
· Febre do Vale do Rift
· Febre amarela
· Chikungunya
· Zika
	· Anopheles (Mosquito prego)
	· Malária
	· Cullex
	· Encefalite japonesa
· Filariose linfática
· Febre do Nilo Ocidental
	· Flebotomíneo
	· Leishmaniose
· Febre de Sandfly
	· Carrapatos
	· Febre hemorrágica da Crimeia-Congo
· Doença de Lyme
· Febre maculosa e febre Q
· Encefalite
· Tularemia
	· Barbeiro (Triatoma infestans)
	· Doença de Chagas
	· Mosca tsé-tsé (Glossina)
	· Doença do sono
	· Pulgas
	· Peste Bubônica
	· Mosca Negra (Simuliidae)
	· Oncocercose (cegueira do rio)
· Mansonelose
	· Caramujo
	· Esquistossomose
	· Cão, gato, morcego
	· Raiva
	· Roedores sinantrópicos comensais (Rattus norvegicus (ratazana ou rato de esgoto), Rattus rattus (rato de telhado ou rato preto) e camundongo (Mus musculus)
	· Leptospirose
Fonte: OMS, 2016; BRASIL, 2009.
De acordo com a OMS, mais de 2,5 bilhões de pessoas em cerca de 100 países estão em risco de contaminação, somente pelo vírus da dengue e anualmente a malária causa mais de 600.000 mortes no mundo, a maioria delas são crianças menores de cinco anos (OMS, 2016).
Em 2015 tanto o Brasil como boa parte da América Latina tiveram um surto de Zika, um vírus que tem como principal vetor o mosquito Aedes Aegypt. Milhares de casos foram detectados, sendo o Brasil e a Colômbia os países mais afetados da América do Sul. Foi confirmada transmissão autóctone de febre pelo vírus Zika no país a partir de abril de 2015 (Brasil, 2016b).
Somente casos notificados de Dengue no Brasil em 2015 foram 1.649.008 (até a semana epidemiológica nº 52), ou seja, muito superior ao registrado em todo o ano anterior (2014) que totalizaram 591.080 casos (BRASIL, 2015; 2016a).
O que ocorreu foi que não somente aumentou o número de casos de dengue no território nacionalem 2015, como também uma nova doença passou a ser transmitida pelo mesmo vetor dela, o Zika Vírus.
Casos de malária, diferente dos de Dengue, Zika e Chikungunia, estão em queda no nosso País. Pode-se verificar de acordo com a OMS que em 2012 houveram 241.806 casos notificados enquanto em 2013 foram 177.789, ou seja, uma redução de 26,47% no número de casos com relação ao ano anterior. 
4.3 TIPOS DE CONTROLE
Várias medidas podem ser desenvolvidas no controle de vetores em ações de saúde pública. Tais ações devem, sempre que possível, ser colocada em prática da maneira mais racional possível, na perspectiva de evitar ou minimizar maiores danos (BRASIL, 2001).
Quadro –02 Os principais tipos de controle são:
	TIPOS DE CONTROLE
	DESCRIÇÃO
	Controle mecânico
	Compreende técnicas bastantes simples e eficazes, representando algumas vezes, alto investimento inicial, porém com resultados prementes, pois envolvem saneamento básico e educação ambiental.
	Controle biológico
	Consiste na repressão de pragas utilizando inimigos naturais específicos com predadores, parasitas ou patógenos.
	Controle legal
	Implica no uso de instrumentos jurídicos (leis e portarias) que exigem, regulamentam ou restrugem ações, podendo lançar mão com eficácia, nas questões de saúde pública, sobretudo pelas autoridades municipais. 
	Controle químico
	Pressupões o uso de produtos para eliminar ou controlar vetores de doenças ou praga agrícolas. É a ultima alternativa de controle a ser utilizada, uma vez que outras ações menos agressivas e eficazes devem ser prioritárias. Recomenda-se que a utilização de substâncias químicas seja restrita as situações de emergências ou quando dispuser de outra forma de intervenção.
	Controle integrado ou manejo integrado
	Define a combinação de vários métodos que relacionam e integram diversas alternativas de controle. Configura-se em enfoque ecológico para controle de pragas e consiste no uso integrado e racional de varias técnicas disponíveis e necessárias a um programa unificado.
	Ações educativas
	Trata-se da conscientização da população através da educação em saúde a colaborar no combate a vetores e conscientizar o próprio trabalhador a fazer uso do equipamento de proteção individual.
FONTE: Ministério da saúde, Controle de Vetores 2001.
Dentre as ações elencadas acima, as ações educativas são de fundamental importância para o controle de doenças disseminadas por vetores, principalmente em áreas urbanas.
5. METODOLOGIA
Este trabalho trata-se de um estudo de campo com características descritivas e foi realizada uma pesquisa institucional no Centro de Zoonoses e na Vigilância Epidemiológica do município de Rio Branco/AC com entrevista semiestruturada cujas respostas foram estudadas através do método de analise de discurso que se trata da busca em contexto falado relações que façam sentido e que favoreçam a compressão. A partir dessas técnicas o trabalho foi organizado considerando os objetivos descritos a cima (QUIVI R; CAMPENHOUDT L., 1998).
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
CENTRO DE ZOONOSES
Em visita ao centro de zoonoses em Rio Branco no acre, através de dialogo com a direção do local, foram colhidas informações sobre o funcionamento e organização das ações realizadas pelos mesmos. Pode-se constatar que atualmente não há programas específicos voltados para o controle de vetores junto ao centro, mas há ações programáticas de vacinação anuais para prevenção da raiva e leishmaniose, iniciando-se pela zona rural e ribeirinha até atingir a área urbana. Recentemente iniciou-se parceria com as ONG’s existentes na capital, para realização de castração de cães e gatos, de forma seletiva devido à estrutura física do ambiente não comportar grandes números de procedimentos que visam à redução populacional onde esperasse serem perceptíveis os impactos positivos dessa ação com o passar dos anos.
As principais zoonoses trabalhadas no departamento são raiva e leishmaniose pigmentar e visceral. As ações de recolhimento ocorrem esporadicamente conforme necessidade, sendo realizadas apenas quando o animal de rua oferece risco à população, já estando adoecido. Após o recolhimento todo animal passa pela avaliação medica no próprio centro, onde se determina a condição de saúde do mesmo, e em casos suspeitos de leishmaniose ou raiva, após período de observação e posteriormente ao falecimento do animal, o cérebro é submetido a exames laboratoriais externos a capital para que se confirme ou não o caso de umas das doenças. Já em casos menos graves se possível tratamento o animal é submetido ao processo e após recuperação é disponibilizado para adoção, caso contrario, se o animal já apresentar características de sofrimento é realizada eutanásia.
Quanto ao combate de roedores, são realizadas ações apenas em períodos chuvosos e nos principais bairros alagadiços, onde são colocadas presas comestíveis para o roedor, sem oferecer “qualquer risco” à população. Se levarmos em conta as condições de saneamento da capital, realizar ações de combate a roedores apenas em períodos alagadiços é uma forma de negligencia das doenças transmitidas por esses animais ao ser humano. Roedores estão presentes durante o ano todo até mesmo no centro da cidade principalmente nos mercados municipais, e mercados comerciários que também não recebem ações de educação em saúde, por exemplo, e segundo dados da vigilância epidemiológica, casos de leptospirose confirmados são tantos quantos os registrados de casos de dengue. Sendo assim fica confirmada a carência de ações programáticas direcionadas para controle de roedores em Rio Branco. Estas constatações não coincidem com o preconizado pelo Ministério da saúde através do Manual de vigilância, prevenção e controle de zoonoses que instrui em um de seus parágrafos que: 
Rotineiramente, a área de vigilância de zoonoses deve desenvolver e executar ações, atividades e estratégias de vigilância de zoonoses e, dependendo do contexto epidemiológico, também de prevenção, em seu território de atuação[...] Para qualquer grupo de zoonoses, as ações, as atividades e as estratégias de vigilância, prevenção e controle de zoonoses executadas pela área de vigilância de zoonoses se pautam em atuar e intervir, direta ou indiretamente, sobre as populações de animais alvo, de modo a refletir em beneficio direto (quanto à redução ou eliminação, quando possível, do risco iminente de transmissão de zoonose) a saúde da população humana.
Além de ressaltar a necessidade de comunicação do departamento com as demais instituições publicas e privadas que possam ter contato com animais diariamente, como é o caso dos laboratórios, clínicas veterinárias, pets shops, universidades, órgãos ambientais dentre outros. Característica essa que também não foram identificadas.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLOGICA 
Em visita a vigilância epidemiológica de Rio Branco no Acre, após dialogo com os responsáveis, nós foi disponibilizadas informações sobre como o setor está organizado para o controle de vetores na capital desde sua estrutura em recursos humanos a materiais e ações programáticas.
 Atualmente o departamento trabalha com 226 agentes de endemias entre os de campo focais responsáveis pelas visitas domiciliares e os agentes responsáveis pela visita em pontos estratégicos (borracharias, açougues etc.), e realiza ações diárias de controle a vetores, por meio de visitas domiciliares feitas por um total de 159 agentes comunitários de saúde subdivididos entre as unidades de saúde da capital visando à cobertura de toda área. Cada agente é responsável por visitar 25 residências diariamente e através dessas apurasse o total de casos de dengue entre casos suspeitos e os confirmados através de exames. Todas as informações coletadas pelos agentes são repassadas as unidades de suas áreas que por fim, repassam ao departamento de vigilância epidemiológica para que possam avaliar e montar as ações conforme as necessidades de cada local, podendo ser realizado bloqueio químico no raio de 300m dos locais onde foram confirmados casos. Mas não foi identificadodurante essas ações, o envolvimento dos demais departamentos responsáveis pelo controle de vetores na capital, o que comprova a falta de atividades em conjunto, principalmente em educação em saúde.
 São combatidos vetores de dengue (representa 90% das ações de combate), zica virus, leishmaniose, malária e doenças de chagas. Estão envolvidos nessas ações permanentemente a Secretaria Municipal de Saúde, através do departamento de vigilância em saúde e departamento de vigilância epidemiológica somando mais de 400 profissionais atuantes, e atuaram de forma provisória o exercito brasileiro devido o decreto de emergência em saúde 2015 que se encerrou em junho desse ano.
Para o controle de vetores da dengue, chikungunya, zika vírus, são realizados planejamento baseado em pesquisas de amostragem denominada por LIRAS (Levantamento de índices rápidos para Aedes Aegypti) que direcionam onde devem ser intensificadas as ações de combate utilizando-se bloqueio químico espacial, educação em saúde, através de distribuição de folders, apresentações teatrais e distribuição de tampas para caixas d’água. 
A armazenagem e manipulação de produtos utilizados nas ações para bloqueio químico são realizados na estrada Transacreana 8km da cidade, para evitar danos e transtornos à população. Todas as ações são realizadas conforme o preconizado pelo Ministério da saúde, mas respeitando as especificidades da região, segundo o responsável pelo setor informou. 
Para o controle de vetores da doença de chagas, aguardam-se notificações de casos da doença feitas pelas unidades de saúde à vigilância epidemiológica que por sua vez da inicio a investigação no local onde foi encontrado o inseto transmissor ou ser contaminado. Ações focais de borrifação de inseticidas para esses vetores não é autorizada em perímetros domiciliares a não ser que seja encontrado Triatominae (Barbeiro) em fases de desenvolvimento ou habitação. Sendo assim as ações ocorrem de forma esporádica. 
Da mesma forma ocorre com o vetor da leishmaniose, devido o mesmo aparecer em locais fora do perímetro urbano e de difícil acesso, as ações realizadas são voltadas mais para educação em saúde e prevenção de risco, sendo tomadas medidas mais intensivas somente após notificações de casos, mas vale ressaltar que o interior dos municípios tem alta incidência de casos de leishmaniose.
Os índices mostram que as ações apresentam resultados satisfatórios com a diminuição do número de casos confirmados relacionados aos vetores combatidos. O que não foi informado é se o período climático que passamos está influenciando essa queda nos números de casos, fato que é questionável.
7. CONCLUSÃO
	Ao concluir este trabalho foi possível visualizar de forma clara como é realizado o controle vetorial em nossa capital, notasse que o planejamento e esforço voltado ao combate de mosquito principalmente do Aedes Aegypti transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya, é constante devido a localização do estado propicia a propagação dessa espécie. De fato respeita-se o que preconiza o Ministerio da Saúde no que diz respeito a “planejar ações conforme as especificidades da região”. O setor de vigilância se mostrou organizado no que diz respeito a elaboração e execução de suas ações, que ocorrem diariamente e abrangem a área da capital, através das subdivisões das responsabilidades dentre os funcionários e unidades envolvidos com o departamento.
	Por outro lado, também são notórias algumas deficiências no sistema, como por exemplo, a falta de comunicação entre os dois órgãos responsáveis pelo combate a vetores no município, pois em nenhum momento foram mencionados algum tipo de relação por ambos os setores. A comunicação gera parcerias que são essenciais para que se potencializem as ações de combate e melhore os índices de abrangência de controle em todos os sentidos. Pode-se identificar deficiência em relação à programação de ações, principalmente no centro de zoonoses onde não há agendamento de atividades a serem realizadas diariamente, mensalmente e ocorre tudo muito esporadicamente conforme demanda. Algo muito prejudicial à população que depende desses trabalhos, pois a organização é primordial para sucesso de qualquer ação.
	Embora a vigilância se esforce para controlar mosquitos vetores, os demais vetores presentes na capital acabam sendo deixados de lado, sendo realizadas apenas ações anuais de vacinação de cães e gatos pelas zoonoses e recentemente controle populacional por meio de castração seletiva em pequena escala devido a estrutura física e de profissionais atuantes no centro. Vetores como os roedores e pombos que são bastantes presentes no município acabam por serem negligenciados e colocando em risco a saúde da população pela falta de ações efetivas de combate aos mesmos ao menos mensalmente devido a grande aglomeração dessas espécies.
8. REFERENCIAS
- GUIVI R.; CAMPENHOHDTL. Manual de investigação em ciências sociais, Lisboa:,1991 GRADIVA, 1998.
- BRASIL. Boletim Epidemiológico. Volume 46. N° 03 – 2015. Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2015ª
 - Boletim Epidemiológico. Volume 46. N° 43 – 2015. Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2015b.
- Boletim Epidemiológico. Volume 47. N° 03 – 2016. Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2016a.
- Boletim Epidemiológico. Volume 47. N° 14 – 2016. Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2016b.
- Vigilância em saúde: zoonoses. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 228 p.
- Procedimentos de Segurança. Ministério da Saúde. Centro Nacional de Epidemiologia. Coordenação Geral de Vigilância Ambiental. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. 208 p.
-GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2008.
- OLIVEIRA. Silvio Luiz de. Tratado de metodologia científica. São Paulo: Pioneira, 2002.
- OMS. Enfermedades transmitidas por vectores. Organização Mundial de Saúde. Nota descriptiva Nº 387. Febrero de 2016. Disponível em http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs387/es/ Acesso em 25 mar. 2016.
- ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de estágio e de pesquisa em administração. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1999.
- TAUIL, Pedro Luiz. Perspectivas de controle de doenças transmitidas por vetores no Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 39(3):275-277, mai-jun, 2006.
- Ministério da Saúde, Controle de Vetores procedimentos de segurança, 2001, disponível<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/controle_vetores.pdf> acesso em 19 de julho de 2016.
- Ministério da Saúde, Manual de vigilância, prevenção e controle de zoonoses, 2016,Disponível<http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2016/julho/08/manual-zoonoses-normas-2v-7julho16-site.pdf> acesso em 19 de julho de 2016.
- Ministério da Saúde, Manual de controle de roedores, 2002, Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_roedores1.pdf acesso em 20 de julho de 2016.
- Ministério da Saúde, Caderno de Atenção Básica, vigilância em saúde: zoonoses, 2009, disponível em<http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2016/junho/17/caderno-atencao-basica-22.pdf acesso em 20 de julho de 2016.
9. ANEXO
QUESTIONÁRIO
1) Quais os programas existentes atualmente voltados para o controle de vetores em Rio Branco?
2) Existem ações mensais e anuais executadas para o controle de vetores? (seja de forma educativa ou intervenção direta) Descrever... (Ex: divulgação de campanhas na mídia, limpeza na cidade, etc.).
3) Que setores organizacionais estão envolvidos nas ações para o controle de vetores na capital? (educação, limpeza, vigilância epidemiológica, centro de zoonoses etc.)
4) Quais tipos de controle de vetores são utilizados em Rio Branco? (controle mecânico, biológico, químico etc.) Descreve-los.
5) De que forma são realizadas as ações para o controle de vetores? (desde o planejamento à execução,passando pela aquisição de materiais utilizados, armazenamento, equipamento de segurança para os funcionários envolvidos etc.) Descrever o processo.
6) Quais os principais vetores combatidos nas ações realizadas?
7) O resultado das ações de controle de vetores tem sido satisfatório em relação às metas estabelecidas? (solicitar algum documento que contenha esses dados estatísticos).
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