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SEGURANÇA INTERNACIONAL - AULA 4

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SEGURANÇA INTERNACIONAL 
AULA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Caroline Cordeiro Viana e Silva 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Até agora, já entendemos a evolução do conceito de segurança, nas 
relações internacionais; verificamos como a comunidade internacional encara 
um tema de segurança e como esse conceito foi se moldando à nova realidade 
dos Estados. 
Nesta aula, veremos como foi esse processo no Brasil, em específico. 
Verificaremos como a política brasileira encarou as ameaças internacionais e 
como o Brasil enfrentou essas ameaças, passando pela fase reativa e pela 
assertiva. Depois disso, analisaremos a participação do Brasil em organizações 
internacionais, especialmente naquelas vinculadas a temas de segurança. E, por 
fim, estudaremos um dos grandes temas de segurança para o Brasil, o 
narcotráfico. 
TEMA 1 – AMEAÇAS INTERNACIONAIS 
Para entendermos as ameaças internacionais que entraram na nossa 
agenda, precisamos levar em consideração o contexto em que o Brasil está 
inserido, ou seja, a segurança internacional na América Latina. Ao compreender 
esse contexto, teremos competência para entender como a agenda brasileira 
hierarquiza os temas de segurança. 
O contexto da América Latina pode ser mais bem entendido se 
lembrarmos das correntes teóricas que vimos nas aulas passadas. Chamamos 
atenção, especialmente, para as correntes teóricas que pararam para pensar na 
realidade dos países em desenvolvimento e subdesenvolvidos. Isso porque 
nossa região é formada por países que ainda buscam o desenvolvimento. 
Precisamos, então, relembrar as seguintes correntes teóricas: segurança 
humana e pós-colonialismo. 
A agenda de segurança do Brasil e da América Latina como um todo 
passa pela ideia da segurança humana ao depositar esforços na melhora dos 
seus Índices de Desenvolvimento Humano (IDHs). Todos os países em nossa 
região têm focado as suas agendas em melhorar a qualidade de vida de sua 
população e isso significa encarar como uma questão de segurança do país a 
nutrição, a escolaridade e a expectativa de vida. 
A outra corrente teórica que nos ajuda a entender o contexto da América 
Latina é o pós-colonialismo. Essa corrente teórica nos ensinou que é necessário 
 
 
3 
observar as especificidades dos países em desenvolvimento e 
subdesenvolvidos, pois a história da formação dos Estados é diferente, assim 
como, em cada local, o padrão de recrutamento das elites e os regimes políticos. 
A desigualdade econômica e a diferença na distribuição de renda, junto com os 
elementos anteriores, mostram uma formação de agenda internacional singular 
na região – o resultado disso é que a América Latina é considerada uma região 
de paz. O subcontinente é a região de menor gasto militar no mundo. Entretanto, 
várias ameaças surgiram, se intensificaram e fazem parte da agenda de 
segurança dos países da região, com destaque para o narcotráfico e o crime 
organizado (Villa, 2019). 
Apesar de a América Latina ser conhecida por ser uma região de paz, com 
poucos conflitos interestatais em sua história, existe um aumento no 
investimento militar na região, isso porque algumas ameaças se mostram 
maiores e cada vez mais transnacionais, principalmente, como já falamos, em 
relação ao narcotráfico e ao crime organizado. Nos últimos anos, vários países 
da América do Sul aumentaram notavelmente seus gastos militares. Embora a 
despesa militar total na América do Sul tenha uma média de US$ 36,3 bilhões 
entre 1991 a 2000, entre 2001 e 2005 essa média subiu para US$ 46,1 bilhões 
e desde então aumentou constantemente, chegando a US$ 67,7 bilhões em 
2012. Alguns dos principais atores regionais, como Brasil, Colômbia e 
Venezuela, estão engajados em compra de armamentos e em estabelecimento 
de parcerias estratégicas com potências externas, a saber, França, Estados 
Unidos e Rússia (Villa; Weiffen, 2014). 
Duas condições promovem o surgimento desse aumento da militarização 
na região. Primeiro, a governança de segurança ali é adequadamente descrita 
como uma combinação de discursos e práticas da comunidade de poder e 
segurança. Os Estados ainda veem a força militar como uma ferramenta legítima 
para influenciar suas relações com outros Estados da região, ao mesmo tempo 
que usam sua diplomacia e instituições cooperativas para manter a paz. 
Segundo, a América Latina é uma região em transformação, de uma influência 
global para um aumento da sua inserção internacional. Os Estados latino-
americanos se libertaram da interferência tradicional norte-americana e europeia 
e reforçaram sua identidade latino-americana ou sul-americana. O Brasil, como 
um dos países do Brics, é uma potência regional com aspirações globais, 
enquanto Estados como Argentina, Chile, Colômbia e Venezuela se tornam 
 
 
4 
potências regionais secundárias. A transformação regional envolve tanto a 
renegociação das relações de poder, de acordo com o pensamento do equilíbrio 
de poder, quanto os esforços para melhorar a integração regional e construir 
uma comunidade de segurança regional (Villa; Weiffen, 2014). 
Dessa forma, podemos perceber que os temas que são pauta na agenda 
de segurança na América Latina advêm da necessidade de os países se 
desenvolverem e de melhorarem sua posição econômica dos países e também 
das singularidades enfrentadas na região. Essa agenda se junta com um 
constante desejo de crescimento no cenário internacional dos países da região. 
Os países enfrentam temas de segurança e também nutrem o interesse em 
serem mais atuantes no cenário internacional. Isso fez com que o seu 
investimento em capacidade militar aumentasse, assim como o enfrentamento 
dos temas de segurança em foco na região. 
TEMA 2 – FASE REATIVA DA POLÍTICA DE SEGURANÇA BRASILEIRA 
Para entendermos como alguns temas da segurança internacional 
passaram a fazer parte da política brasileira, precisamos conversar sobre a 
política externa nacional. Estamos falando do alinhamento entre a política 
externa brasileira e a segurança internacional. 
Seguindo a mesma linha que adotamos na aula passada, vamos pensar 
essa relação no pós-Guerra Fria. Esse recorte temporal tem duas finalidades: a 
primeira é pensar na inserção internacional do Brasil após a Guerra Fria, levando 
em consideração o contexto internacional; a segunda é analisar a política externa 
brasileira no período de redemocratização do país, após o governo militar. 
Lopes (2011) expõe que é possível perceber uma mudança no 
insulamento da política externa a partir do governo Collor e, de maneira mais 
acentuada, no governo Fernando Henrique Cardoso. O Itamaraty torna então 
público o seu desejo de contar com a participação popular na formulação da 
agenda da política externa; porém, a instituição também deixa claro que cabe a 
ela decidir quais dos temas realmente serão incorporados à agenda. 
A abertura à sociedade dos antes opacos debates da PEB agora se 
apresenta como uma “inevitabilidade”, no dizer dos participantes dos 
encontros. Dois aspectos do trecho reproduzido saltam aos olhos: a 
indisfarçada pretensão de tutela política itamaratyana (“o Itamaraty 
pode escolher o que lhe interessa discutir publicamente...”) e a 
constatação de que existe um agenda da opinião pública (ainda que 
 
 
5 
essa “opinião pública” se restrinja a “setores da elite”) da qual o MRE 
terá, circunstancialmente, de dar conta (Lopes, 2011, p. 3). 
O autor afirma ainda que o Itamaraty opta por essa abertura justificando-
se nas circunstâncias democráticas. O Itamaraty deixa claro que essa abertura 
não poderia ser considerada uma opção, mas sim uma necessidade imposta 
pelos mecanismos e princípios democráticos. O Ministério das Relações 
Exteriores admitiu existir um descompasso entre o processo de democratização 
do país e a condução da política externa. Era visível que a política externa 
brasileira era elaborada de forma insular, sem a participação popular, o que iaclaramente contra os preceitos democráticos. 
Porém, Lopes (2011) assinala que, ainda assim, a literatura brasileira de 
análise de nossa política externa denuncia esse processo como 
descompassado; ou seja, a política externa brasileira não era tão democrática 
quanto se dizia. Ela ouvia a opinião pública, mas não necessariamente esse 
movimento fazia parte da formulação da política externa em si: 
Tal perspectiva encontraria guarida na proposição de Zairo Cheibub 
(1985) de que, a partir da década de 1960, os diplomatas brasileiros 
do Itamaraty teriam deixado de se preocupar com aspectos 
organizacionais ou estilísticos para centrar o foco da sua atuação 
profissional na formulação da PEB. Isso teria colaborado para o 
fechamento da corporação em torno de si, bem como para a 
emergência de um senso comum entre os diplomatas de carreira de 
pertencimento à “elite burocrática” da nação. (Lopes, 2011, p. 5) 
Dessa forma, é possível perceber que, se os preceitos democráticos 
pregam a participação popular no processo decisório, o Itamaraty admite a 
necessidade de incorporar isso ao seu processo de elaboração da política 
externa e introduz, ao menos em seu discurso, essa participação. Porém, o que 
depreendemos é que a instituição na verdade se manteve fechada em si, 
restringindo a seus diplomatas o centro do processo de elaboração da política 
externa brasileira, ao longo dos anos 1990. 
Por fim, Lopes (2011) resgata a análise crítica de acadêmicos brasileiros 
e ressalta que houve uma mudança na formulação da política externa e que a 
tendência seja ocorrer uma alteração ainda maior. O autor afirma que o próprio 
cenário internacional pressionará o Ministério das Relações Exteriores a se 
revisar: 
 
 
 
6 
Minha primeira observação diz respeito ao próprio interesse que os 
processos diplomáticos despertam na cidadania. Em regra, o país é 
introvertido. São de tal ordem os problemas internos [...] que 
'tradicionalmente' a diplomacia não tem sido objeto de um debate 
'organizado' na imprensa, no Parlamento, nos meios de comunicação 
de massa. A situação tende, contudo, a se alterar. Amplia-se a 
consciência de que qualquer projeto nacional é afetado pelas 
condições internacionais, pelas opções políticas que fazemos. O 
fenômeno qualifica não só aqueles temas que modificam interesses 
concretos, [...] mas também outros, mais precipuamente políticos 
(Lopes, 2001, p. 8, grifo nosso). 
Faria (2008) corrobora com essa visão de que o processo insular da 
formulação da política externa brasileira passa por uma revisão. Segundo o 
autor, ainda não é possível afirmar que presenciamos uma total mudança de 
paradigma, porém existem indícios de que, aos poucos, o Itamaraty caminhe 
para uma mudança: [...] “como já diria o Itamaraty: a melhor tradição do Itamaraty 
é saber renovar-se” (Faria, 2008, p. 83). 
O principal fator a pressionar essa mudança é o duplo processo iniciado 
nos anos 1990. Ou seja, a alteração do modelo de desenvolvimento e do padrão 
de inserção internacional do Brasil. O país diversifica e intensifica sua 
participação nas instâncias multilaterais e passa a se envolver em uma 
multiplicidade de negociações internacionais. Ao mesmo tempo, o processo de 
globalização, de aumento da liberdade econômica e a revolução nos meios de 
comunicação têm ampliado o coeficiente de internacionalização da sociedade 
brasileira (Faria, 2008, p. 84). 
Esse momento específico da política externa brasileira faz com que a 
postura do Brasil diante de temas de segurança internacional seja reativa. Ou 
seja, o Brasil apenas reage a demandas internacionais sobre alguns temas, pois 
o Itamaraty está preocupado com pensar na sua renovação e aprendendo como 
organizar um processo de política externa que seja mais democrático e ao 
mesmo tempo posicione o país no cenário internacional. 
TEMA 3 – FASE ASSERTIVA DA POLÍTICA DE SEGURANÇA BRASILEIRA 
Nos anos 2000, também é possível perceber a política doméstica e a 
política externa mais entrelaçadas que em outros momentos da história do país. 
Isso em função, também, das mudanças nos padrões de impacto doméstico da 
política externa brasileira. Como desdobramento desse processo, verifica-se a 
mobilização de novos atores no que diz respeito a essa política, por exemplo as 
organizações da sociedade civil. Isso fez da política externa questão relevante 
 
 
7 
no debate eleitoral brasileiro, ampliando a visibilidade social das estratégias de 
inserção internacional do país. 
Essa mobilização doméstica tem gerado pressão no sentido de reversão 
do padrão insulado de produção da política externa brasileira e, por outro, 
reações adaptativas da presidência e do Itamaraty. “As duas décadas de 
globalização e de redemocratização fizeram que a política externa seja hoje mais 
transparente e permeável à sociedade brasileira. O relacionamento entre o 
Estado e os atores sociais mostra-se efetivo e crescente” (Faria, 2008). 
A política externa de Lula, em comparação com a de Fernando Henrique 
Cardoso, apresenta elementos de mudança na continuidade, ou seja, produz 
ajustes e alterações de programas. A administração de Lula não se afastou do 
princípio historicamente assentado para a diplomacia de que a política externa é 
um instrumento para o desenvolvimento econômico e para a consequente 
preservação e ampliação da autonomia do país. Há mudanças de ideias e de 
estratégias para lidar com os problemas e objetivos, mas não mudanças 
essenciais (Vigevani; Cepaluni, 2007). 
Nesse contexto, percebemos uma inserção internacional do Brasil de 
forma assertiva, ou seja, o Brasil opta por protagonizar a sua participação no 
cenário internacional e deixa de apenas reagir a demandas de segurança 
internacional, havendo, para isso: 
a. reforço do poder militar convencional e participação em operações de paz; 
b. tentativa de influenciar o processo de reforma das instituições 
internacionais de segurança; 
c. construção regional de instituições de segurança (Villa, 2019). 
Para o reforço militar convencional, o Brasil iniciou os anos 2000 com um 
projeto de modernização das Forças Armadas, o que incluiu a compra de aviões 
caças Gripen, da Suécia, e também o desenvolvimento de um submarino nuclear 
com tecnologia francesa. Além disso, começou no Brasil um movimento para a 
elaboração de ações para a criação da Política de Defesa Nacional (PDN), da 
Estratégia Nacional de Defesa (END) e da Doutrina Militar de Defesa (DMD). 
Interessante notar que essas iniciativas demonstraram um avanço no 
posicionamento brasileiro, uma ação assertiva, não apenas pensando em 
segurança, mas também em novas parcerias comerciais e na projeção do Brasil 
como um ator político global emergente (Brasil, 2005, 2007, 2008). 
 
 
8 
A PDN é um documento produzido pelas Forças Armadas e promulgado 
pelo presidente da República sob a forma do Decreto n. 5.484/2005, 
condicionante do planejamento estratégico nacional com vistas à defesa dos 
interesses internos e contra as ameaças externas (Brasil, 2005). Já a END é 
documento formalizado pelo Decreto n. 6.703/2008, mas do qual participou, na 
sua elaboração, um comitê ministerial criado com essa finalidade específica e 
mediante consultoria especializada de cidadãos nacionais renomados no 
assunto, bem como dos comandantes das três Forças Armadas – Aeronáutica, 
Exército e Marinha (Brasil, 2008). A END tem por finalidade definir ações 
estratégicas de médio e longo prazos, atuando por meio de eixos fundamentais 
com vistas à atuação interna das Forças Armadas na promoção da defesa 
nacional (Silva; Oliveira, 2011). 
A PDN foi elaborada com o objetivo de ser condicionante dos conceitos 
e das diretrizes de atuação brasileira, em defesa, em ambiente nacional e, 
sobretudo, internacional. Destaque-se a sua orientação inovadora na esfera de 
planejamento estratégico, na matéria (Brasil, 2005). Deve, ainda, ser 
mencionada a importância, ressaltadano Decreto 5.484/2005, da necessidade 
de conscientização nacional sobre as ameaças externas, as quais, embora não 
tenham resultado, ao menos recentemente, em conflitos internacionais que 
afetem diretamente o território, ignorá-las seria no mínimo imprudente, ante a 
extensão do país e sua proeminência no cenário internacional (Silva; Oliveira, 
2011). 
Diferentemente da PDN, a END não tem vínculo tão direto sobre a 
atuação externa do Estado, mas é possível verificar que se preocupa com o 
contexto internacional e a inserção do país no continente, com o objetivo de 
chegar ao desenvolvimento nacional e à independência estratégica brasileira. O 
Decreto n. 6.703/2008 tem por orientação estratégica a atuação em três linhas 
fundamentais, quais sejam: 
1. reorganização das Forças Armadas; 
2. reestruturação da indústria brasileira de material de defesa; 
3. composição dos efetivos das Forças Armadas. 
Já a DMD, de 2007, foi estabelecida com o propósito de orientar as 
ações brasileiras e estabelecer os fundamentos para emprego das Forças 
Armadas nacionais. O documento, inicialmente restrito a 13 exemplares 
entregues às chefias dos gabinetes das principais secretarias do Ministério da 
 
 
9 
Defesa e aos comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, assim como 
aos Estados-Maiores da Armada, do Exército, da Aeronáutica e da Escola 
Superior de Guerra, foi divulgado e tornado público à população civil como 
resultado dos princípios de orientação democrática do Estado brasileiro. A DMD 
é dividida em seis capítulos, nos quais os três primeiros são conceituais, os dois 
seguintes contêm disposições de manobras de crise e o último estabelece as 
hipóteses de emprego das Forças Armadas (Brasil, 2007). 
TEMA 4 – POLÍTICA DE SEGURANÇA BRASILEIRA EM ORGANIZAÇÕES 
INTERNACIONAIS 
Para entender a política de segurança do Brasil em organizações 
internacionais, falaremos de duas principais, a Organização das Nações Unidas 
(ONU) e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul). 
No início dos anos 2000, a política externa brasileira traçou novos 
objetivos, pensando na ampliação da inserção internacional do Brasil. Ao fazer 
esse movimento, o Brasil optou por uma abordagem mais assertiva nos temas 
de segurança internacional e isso ficou evidente quando o país retomou a 
manifestação de desejo de ser um membro permanente no Conselho de 
Segurança da ONU. Importante notar que a reivindicação por um assento 
permanente no Conselho de Segurança não era um objeto novo – esse ponto 
está presente na política externa desde o governo de Itamar Franco. Contudo, o 
governo Lula opta por dar mais ênfase a esse aspecto. 
Esse pleito não é somente por um assento permanente, mas sim por uma 
reforma em todo o Conselho de Segurança da ONU. O argumento do corpo 
diplomático brasileiro era de que a ordem internacional, nos anos 2000, era 
diferente do pós-Segunda Guerra Mundial. A sua retórica estava baseada na 
democratização do multilateralismo internacional, com ênfase na participação 
permanente do Brasil no Conselho de Segurança. O Brasil seria o representante 
dos países em desenvolvimento e outros países também se juntaram a esse 
pleito, como Alemanha, Japão e Índia. Essa proposta foi barrada pelos Estados 
Unidos e China. 
A segunda organização internacional que estudaremos é a Unasul. A 
Unasul foi estabelecida em 2008 e é estruturada em dois níveis: de órgãos 
políticos e de órgãos setoriais. Em 2015, foi inaugurada sua sede, em Quito, e 
em abril de 2019 o Brasil formalizou a sua saída da organização. Apesar de não 
 
 
10 
fazer mais parte da Unasul, a participação nessa organização foi importante para 
a política de segurança brasileira, conforme veremos a seguir. 
Em especial, a área de defesa foi uma das que mais avançou no contexto 
da Unasul. No âmbito da Unasul foi criado o Conselho de Defesa Sul-Americano 
(CDS). O CDS é baseado no respeito à soberania e à não intervenção, com o 
objetivo de consolidar a América do Sul como uma região pacífica, livre de armas 
nucleares e de destruição em massa. Ele se propõe a construir uma identidade 
sul-americana de defesa, reforçando a cooperação regional. Surge como um foro 
de consultas e diálogo, na área de defesa (Bragatti; Gonçalves, 2018). 
O CDS se destaca por ter sido pioneiro na tentativa de cooperação para 
a defesa, na América do Sul. Para atingir os seus objetivos, o conselho foi 
estruturado em quatro eixos: 
1. política de defesa; 
2. cooperação militar, realização de ações humanitárias e operações de paz; 
3. indústria e tecnologia de defesa; 
4. formação e capacitação. 
Apesar de receber críticas por sua consolidação ter sido vagarosa, os 
cinco primeiros anos do CDS tiveram avanços positivos; já os cinco anos 
seguintes demonstraram uma inflexão, até que, em seu 11º ano, o Brasil deixa 
de participar do foro. De qualquer forma, o CDS preenche uma lacuna 
relacionada a iniciativas para questões de segurança, na América do Sul. 
TEMA 5 – O BRASIL E O NARCOTRÁFICO 
A legislação brasileira lida com o tema do chamado tráfico ilícito de drogas 
há muitos anos. O primeiro registro nesse sentido é de 1890, demonstrando que 
o tema existe na agenda legislativa do país, mas ainda não apresentava maiores 
preocupações, sendo caracterizado como não politizado. É possível sistematizar 
o histórico legislativo referente às drogas identificando, também, as etapas do 
processo de securitização do tema. O Quadro 1 apresenta uma sistematização 
desse histórico (Silva; Pereira, 2019). 
 
 
 
11 
Quadro 1 – Compilação da legislação brasileira sobre drogas 
ETAPA DA 
SECURITIZAÇÃO 
ANO LEGISLAÇÃO CONTEÚDO 
Não politizada 
1890 Código Penal, art. 159 Tipificou a conduta referente ao 
uso de substâncias psicotrópicas. 
1936 Decreto n. 780 Criou a Comissão Permanente de 
Fiscalização. 
1938 Decreto n. 2.953 Criou a Comissão Nacional de 
Fiscalização de Entorpecentes. 
1938 Decreto-Lei n. 891 Regulamentação de tóxicos. 
1940 Decreto-Lei n. 2.848, 
art. 281 
Regulamentou a produção, tráfico 
e consumo de entorpecentes. 
1964 Decreto n. 54.216 Instaurou Convenção Única sobre 
Entorpecentes. 
1967 Decreto-Lei n. 159 Equiparou substâncias capazes 
de determinar dependência física 
ou psíquica aos entorpecentes. 
1968 Decreto-Lei n. 385 Regulamentou o comércio, posse 
ou facilitação destinados a 
entorpecentes. 
1971 Lei n. 5.726 Adequou a legislação brasileira às 
orientações internacionais. 
Politizada 
1976 Lei n. 6.368 Criou figuras penais de posse, 
tráfico e uso de entorpecentes. 
1977 Decreto n. 79.388 
 
 
Instaurou a Convenção sobre 
Substâncias Psicotrópicas. 
1986 
 
 
 
Lei n. 7.560 Criou o Fundo de Prevenção, 
Recuperação e Combate às 
Drogas de Abuso (Funcab). 
 
1988 Constituição Federal, 
art. 5° e 144 
Regulamentação dos crimes 
envolvendo entorpecentes. 
1990 Lei n. 8.072 Equiparou o tráfico de 
entorpecentes aos crimes 
hediondos. 
1991 Lei 8.257 Sobre expropriação de glebas. 
1991 Decreto n. 154 Instaurou a Convenção contra o 
Tráfico Ilícito de Entorpecentes e 
Substâncias Psicotrópicas. 
1993 Lei n. 8.764 Criou a Secretaria Nacional de 
Entorpecentes. 
1995 Lei n. 9.017 Sobre o controle e fiscalização de 
produtos e insumos químicos que 
possam ser usados na elaboração 
da cocaína e seus derivados. 
1998 Portaria n. 344 Publicou o regulamento técnico 
sobre substâncias e 
medicamentos sujeitos a controle 
especial. 
 
2000 Decreto-Lei n. 3.696 Dispõe sobre o Sistema Nacional 
Antidrogas. 
2001 Decreto-Lei n. 3.887 Sobre o emprego das Forças 
Armadas na garantia da lei e da 
ordem. 
2002 Lei n. 10.409 Sobre prevenção, fiscalização, 
tratamento, controle e repressão à 
produção, uso e tráfico de drogas. 
 
 
12 
2003 Resolução Conad n. 1 Dispõe sobre orientações 
estratégicas e diretrizes para o 
Sistema Nacional Antidrogas. 
Em processo de 
securitização 
2004 Decreto n. 5.144 Lei do Abate. Lei que permite a 
destruiçãode aeronaves hostis. 
2005 Resolução Conad n. 3 Instaurou a Política Nacional 
sobre Drogas (Pnad). 
2006 Lei n. 11.343 Instaurou a nova Lei Antidrogas. 
2006 Decreto-Lei n. 5.912 Regulamentou a Lei n. 
11.343/2006 e questões relativas 
ao Conad e ao Sisnad. 
Securitizada 
 
 
 
2011 Decreto n. 7.496 Instaura o Plano Estratégico de 
Fronteira. 
Dessecuritizada 2016 Decreto n. 8.903 Instaura o Programa de Proteção 
Integrada de Fronteiras. 
Fonte: Adaptado de Silva; Pereira, 2019. 
Analisando-se o Quadro 1, pode-se observar que, até o ano de 1976, as 
leis apresentavam um caráter imediatista e buscavam resolver problemas 
pontuais que se destacavam na sociedade. Portanto, a questão do tráfico de 
drogas nesse período pode ser classificada como não politizada: existem leis 
pontuais, mas não havia um envolvimento mais significativo do governo. Em 
1976, foi lançada a primeira lei antidrogas cujo propósito era lidar com problemas 
de tráfico de ilícitos. Dessa maneira, essa lei marca a mudança de status do tema 
que, a partir de então, pode ser classificado como politizado, pois o governo 
começa a produzir políticas específicas para o enfrentamento do tráfico de 
drogas (Brasil, 1976). 
Após 1976, o problema do tráfico foi objeto da política brasileira, cujo 
objetivo foi controlar todas as adversidades sociais resultantes das drogas. Outro 
indício de que a questão passou à etapa politizada aparece em 1988, na 
Constituição Federal (Brasil, 1988). Após a Constituição, o Estado passou a 
adotar não só leis com caráter permanente, mas também políticas públicas 
específicas. O tema segue politizado quando, em 1990, equiparou-se o tráfico a 
crimes hediondos. Além disso, um aparato repressivo começou a se configurar, 
materializado na Secretaria Nacional de Entorpecentes, criada em 1993. 
Para Thiago Rodrigues (2012), a reformulação do aparato antidrogas do 
Estado brasileiro foi iniciada no governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-
2002), por meio da criação da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), vinculada 
à Casa Militar da Presidência da República. Essa secretaria foi estabelecida com 
base na Medida Provisória n. 1.669/1998, que atribuiu competência a Casa 
Militar para 
 
 
13 
[...] coordenar e integrar as ações do governo nos aspectos 
relacionados com as atividades de prevenção e repressão ao tráfico 
ilícito, ao uso indevido e à produção de substâncias entorpecentes e 
drogas que causem dependência, bem como aquelas relacionadas 
com a recuperação de dependentes (Brasil, 1998, citado por 
Rodrigues, 2012, p. 28). 
À frente dessa secretaria, estava o general Paulo Roberto Uchôa, que 
será mantido pelo presidente Lula durante os oito anos de seu mandato (2003-
2010). Além disso, Rodrigues (2012) menciona o desenvolvimento do Sistema 
de Vigilância Amazônico (Sivam), que visava estabelecer o controle do espaço 
aéreo, solo e subsolo da Amazônia brasileira por meio de radares fixos, satélites 
e aviões-radares, no âmbito do Sistema de Proteção Amazônico (Sipam), 
conduzido pela Força Aérea Brasileira (FAB). Essas medidas adotadas nos anos 
1990 durante o governo Cardoso indicam a continuidade da politização do tema, 
que se expressa pelo envolvimento do governo federal no combate ao tráfico de 
drogas. 
O marco inicial do processo de securitização do narcotráfico pode ser 
situado em 2004, por meio da aprovação da chamada Lei do Abate, pela qual 
passou a ser possível derrubar aeronaves hostis (Brasil, 2004). Essa lei visava 
contribuir para o combate ao narcotráfico num contexto caracterizado pelo 
aumento dos crimes relacionados ao tráfico de drogas. 
O ano de 2006 revela qual esforço era esperado do Estado brasileiro para 
lidar com os novos desafios que o narcotráfico acarretava à sociedade brasileira. 
Esperava-se, também, que fosse desenvolvida uma ação conjunta de vários 
órgãos estatais e da sociedade civil para o combate às drogas. Trata-se do 
estágio intermediário ou, como denominado no Quadro 1, em processo de 
securitização. Esse esforço resultou na nova Lei Antidrogas (Brasil, 2006). As 
leis e políticas públicas brasileiras confirmam a existência do processo de 
securitização que se materializa no Plano Estratégico de Fronteira, em 2011 
(Brasil, 2011). 
Em 2011, a criação do Plano Estratégico de Fronteira confirmou que o 
tráfico de ilícitos se tornara uma questão de segurança para o Brasil. Nesse 
plano, o grupo designado para cuidar das questões relativas ao tráfico deixa de 
ser apenas a polícia judiciária. A questão passou a ser de responsabilidade de 
um grupo de órgãos federais, estaduais e municipais. O tratamento da questão, 
portanto, evidencia a securitização da ameaça. O Plano Estratégico é o marco 
 
 
14 
para a alteração de status, de em processo de securitização para securitizado 
(Brasil, 2011). 
O Decreto n. 7.496/2011 instituiu o Plano Estratégico de Fronteira e a 
presidente Dilma Rousseff indicou os seus objetivos, que envolviam fortalecer a 
prevenção, o controle, a fiscalização e a repressão dos delitos transfronteiriços 
e praticados na faixa de fronteira. O decreto fixou como diretrizes: 
a. a atuação integrada dos órgãos de segurança pública, da Secretaria da 
Receita Federal (SRF) e das Forças Armadas; 
b. a integração com países vizinhos (Brasil, 2011). 
Outra mudança relevante foi o Decreto n. 8.903/2016 (Brasil, 2016), que 
marcou a dessecuritização do tema ao tornar rotineiras as ações integradas, nas 
fronteiras, com a participação das Forças Armadas (Silva; Pereira, 2019). 
NA PRÁTICA 
Em nossa aula, em especial ao longo do Tema 3, vimos o 
desenvolvimento de uma política de segurança no Brasil. Essa política de 
segurança passou pela elaboração de três principais documentos: PDN, END e 
DMD. Para além desses três documentos, em 2012 o Brasil lançou o Livro 
Branco de Defesa Nacional (LBDN) (Brasil, 2012). 
Leia atentamente o LDBN (disponível em: 
<https://www.defesa.gov.br/estado-e-defesa/livro-branco-de-defesa-nacional>.) 
e reflita sobre a estrutura desse quarto documento e como ele completa a lógica 
dos três documentos anteriores (Brasil, 2012). 
FINALIZANDO 
Ao longo desta nossa quarta aula, vimos como o Brasil pensou a 
segurança internacional. Abordamos como as ameaças internacionais são 
encaradas no Brasil e qual é o contexto da América Latina. Depois seguimos 
pensando sobre a relação da política externa brasileira e os temas de segurança 
internacional, que foi pensada em dois momentos: primeiro, a fase reativa da 
política externa em relação aos temas de segurança e a segunda, a fase 
assertiva da política externa brasileira, diante dos temas de segurança. 
Depois de termos refletido sobre a política externa, analisamos a 
participação do Brasil em organizações internacionais, falando do Conselho de 
 
 
15 
Segurança da ONU e da Unasul. Por fim, refletimos sobre a securitização do 
narcotráfico no Brasil. 
 
 
 
16 
REFERÊNCIAS 
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Unasul: um balanço do conselho de defesa sul-americano (CDS) e seus limites 
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2006/2005/Decreto/D5484.htm>. Acesso em: 21 nov. 2019. 
_____. Decreto n. 6.703, de 18 de dezembro de 2008. Diário Oficial da União, 
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2010/2008/Decreto/D6703.htm>. Acesso em: 21 nov. 2019. 
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2014/2011/Decreto/D7496.htm>. Acesso em: 23 nov. 2019. 
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17 
_____. Lei n. 11.343, de 23 de agosto de 2006. Diário Oficial da União, Brasília, 
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