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RAÍZES DO BRASIL Sérgio Buarque de Holanda ● Herança ibérica: ○ autarquia do indivíduo e obediência; ○ iminência própria é maior que iminência de sangue; ○ ética dos fidalgos compartilhadas por nobres burgueses e plebeus; ○ repulsa à moral fundada no trabalho (oposto ao pensamento protestante); ○ precariedade dos vínculos de solidariedade social ou somente onde há vínculo de sentimento; ○ à autarquia do indivíduo só há uma alternativa (autonomia em relação à liberdade): ● renúncia do personalismo frente a um bem/força maior (obediência cega); ● vontade de mandar e disposição para obedecer; ○ obediência: único princípio político verdadeiramente forte. ● Herança rural: ○ civilização: autoridade da propriedade é inconstante, propriedade é um organismo autônomo; ○ entidade privada precede a política; ○ 1850: outras ocupações/posições ganham iminência (preenchidas pela “gente principal”; ○ mentalidade “casa grande” na cidade (referência ao termo “casa grande e senzala”); ○ família patriarcal como modelo para as relações entre governantes e governados. ● O homem cordial, psicossocialmente: ○ formado nos quadros da estrutura familiar, o “brasileiro” gravita em torno das “relações de simpatia; ○ domínio da emoção sobre a razão; ○ predomínio dos comportamentos de aparência afetiva, não necessariamente sincera ou profunda; ○ inadequado às relações impessoais decorrentes da posição/função do indivíduo. ● O homem cordial, politicamente: ○ patrimonialismo: modelo de relações gestado na vida privada; ● gestão pública = interesse particular; ○ relações sociais sob a forma de mando-obediência e favor-reciprocidade, público e privado indiscerníveis; ○ sistema de privilégios (da era colonial); ○ vida social com sentimentos do sistema político (particularistas e anti políticos). ● Novos tempos: ○ homem cordial “morre” com a modernização, mas continua a assombrar; ○ entrave à modernidade.
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