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Português p/ INSS - 2015 
Prof. Ludimila Lamounier, 
AULA 08
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expressamente proibida a sua distribuição ou o fornecimento a terceiros sem a prévia autorização do autor
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Língua Portuguesa para concursos 
Curso INSS 2015 
Teoria e questões comentadas 
Prof. Ludimila Lamounier – Aula 08 
 
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AULA 08 
 
 
Regência nominal e verbal. Emprego do sinal indicativo de crase. 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
Regência Nominal e Verbal 02 
1. Aspectos Gerais de Regência 02 
2. Regência Verbal 03 
2.1. Verbos Pronominais 06 
2.2. Regência de Verbos Específicos 07 
3. Regência Nominal 19 
Crase 21 
1. Aspectos Gerais 21 
2. Crase e Termos Determinados 27 
3. Crase Obrigatória 28 
4. Crase Facultativa 29 
5. Crase antes das palavras “TERRA” e “CASA” 30 
6. Não haverá crase 31 
Questões propostas 32 
Gabarito 43 
Questões comentadas 43 
 
Olá, concurseiros fiscais! 
Vamos iniciar a nossa Aula 08 do curso de Língua Portuguesa para o 
concurso INSS/2015 (Técnico do Seguro Social). Estamos 
entrando na reta final deste curso e agora é o momento de renovar o 
fôlego para continuar os estudos. 
 
DICA DA VEZ – ATUALIDADES 
Hoje vou falar para você sobre a importância de manter-se atualizado. Sei que a 
vida de todo concurseiro é bastante atribulada, quase não sobra tempo para 
estudar todas as matérias, ainda mais depois da publicação do edital daquele 
concurso tão almejado. E para complicar ainda mais, várias bancas examinadoras 
vêm exigindo dos candidatos conhecimentos acerca de assuntos da atualidade. 
Entenda, não é viável deixar para estudar esse tema em um curto espaço de 
tempo. Por isso, procure manter-se sempre bem informado. Reserve alguma hora 
na semana para ler um pouco os assuntos dos principais jornais e revistas ou 
assista em casa o noticiário sempre que possível. Recomendo, ainda, que se 
estiver no carro, busque sintonizar em uma rádio de notícias, assim você otimiza o 
seu tempo. Guias de atualidades vendidos em bancas de jornal para vestibulares e 
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Língua Portuguesa para concursos 
Curso INSS 2015 
Teoria e questões comentadas 
Prof. Ludimila Lamounier – Aula 08 
 
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concursos também podem ser bons aliados. 
A prova de atualidades vai testar o seu conhecimento a respeito de temas como 
política, economia, meio ambiente, cultura, entre outros. Além de questões 
objetivas, esses assuntos podem ser cobrados por meio de uma redação. Então, 
para obter sucesso, compreenda que a construção de um conhecimento sólido 
sobre esses assuntos é gradual e constante. Foque nos acontecimentos dos 
últimos dois anos e do ano vigente, tanto no plano nacional, quanto no plano 
internacional. Não encare isso como uma matéria ou um problema a mais para 
preocupar-se. Manter-se bem informado é um hábito que deve ser preservado 
mesmo após o término da sua vida concurseiro. 
 
 
Nesta aula, veremos alguns assuntos muito cobrados em provas: 
Regência Verbal e Nominal e Uso da Crase. 
Então, vamos lá! 
 
 
Regência Nominal e Verbal 
 
 
1. Aspectos Gerais de Regência 
Nós aprendemos, na aula de sintaxe, que alguns verbos e nomes da 
oração não conseguem, por si mesmos, expressar uma significação 
completa. Para obter essa completude sintática, eles necessitam 
estabelecer uma relação de dependência com outros termos. 
Regência é a relação de subordinação ou dependência 
estabelecida entre duas palavras quando uma serve de 
complemento para a outra. 
Uma das palavras será denominada termo regente, enquanto a 
outra será o termo regido. 
Termo regente: É a palavra principal à qual o termo regido será 
subordinado. O termo regente é, portanto, aquele que pede o 
complemento. 
Termo regido: É a palavra que se subordina ao termo regente, para 
completar-lhe o sentido. 
 
Na aula de hoje, portanto, iremos estudar as relações entre os 
termos regentes (verbos, substantivos, adjetivos ou 
advérbios) e os termos regidos. 
 
Para entender melhor essa relação, observe os exemplos a seguir: 
 
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O candidato revelou-se preparado para as provas. 
 TERMO REGENTE TERMO REGIDO 
Sua preferência pela filha mais velha era evidente. 
 T. REGENTE T. REGIDO 
Todos assistiram aos espetáculos atentamente. 
 T. REGENTE T. REGIDO 
Eles compravam seus alimentos em pequenos mercados. 
 T. REGENTE T. REGIDO 
 
Você deve ter notado que, nos dois primeiros exemplos, o termo 
regido está completando o sentido de nomes (adjetivo e substantivo, 
respectivamente). Nos dois últimos exemplos, por sua vez, o termo 
regido completa o sentido de verbos. 
 
Assim, para facilitar a compreensão do tema, a regência é dividida em 
regência nominal e regência verbal. 
 
REGÊNCIA NOMINAL: a relação de subordinação ocorre entre um 
nome (substantivo, adjetivo ou advérbio – termo regente) e o termo 
que lhe complementa o sentido (termo regido). 
REGÊNCIA VERBAL: a relação de subordinação dá-se entre um 
verbo (termo regente) e o termo que lhe completa o sentido (termo 
regido). 
 
O mais importante para você, no estudo de Regência, é saber 
quando se deve e quando não se deve empregar preposição 
entre o termo regente e o termo regido, bem como saber qual a 
preposição mais indicada (caso seu uso seja necessário). 
Note que, nos três primeiros exemplos citados anteriormente, foi 
necessário o emprego de preposições (destacadas em laranja). Na 
última oração, no entanto, não houve necessidade de utilizá-las. 
Agora que aprendemos as noções iniciais, vamos aprofundar nosso 
estudo de Regência Verbal. 
 
2. Regência Verbal 
 
O assunto Regência Verbal não é novidade para nós. Ele já foi citado 
muitas vezes, ainda que indiretamente, quando falamos de objeto 
direto ou objeto indireto e, também, quando falamos de transitividade 
verbal. 
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A Regência Verbal é orientada pela transitividade. Já vimos que a 
transitividade ou predicação verbal é o modo como o verbo 
forma o predicado, isto é, se o verbo exige ou não 
complementos. 
 
Vimos também que os verbos podem ser classificados em 
intransitivos, transitivos (direto, indireto ou direto e indireto) 
e de ligação. Para relembrar cada classificação aprofundadamente, 
aconselho que retorne à aula de sintaxe; neste momento, faremos 
apenas um breve resumo do que já foi estudado. 
 
VERBO INTRANSITIVO: 
É o verbo que não necessita de informações complementares, 
pois já apresenta sentido completo. Isso não impede, no entanto, que 
o verbo intransitivo venha acompanhado de termos acessórios 
(adjunto adverbial) ou integrantes (predicativo), os quais são usadosapenas para especificar as circunstâncias da ação ou estado. 
 
VERBO TRANSITIVO: 
É o verbo que necessita de informações complementares, pois 
não apresenta sentido completo. Seu complemento será chamado de 
objeto. O verbo transitivo pode ser: 
→ VERBO TRANSITIVO DIRETO: seu complemento NÃO 
necessita de preposição obrigatória e é denominado objeto 
direto. 
→ VERBO TRANSITIVO INDIRETO: seu complemento necessita 
de preposição obrigatória e é denominado objeto indireto. 
→ VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO: necessita de dois 
complementos; um complemento NÃO necessita de preposição 
obrigatória (objeto direto) e o outro necessita de preposição 
obrigatória (objeto indireto). 
 
Agora vamos relembrar outro aspecto relacionado à transitividade 
verbal: a função sintática dos pronomes oblíquos átonos na oração. 
 Os pronomes “O”, “A”, “OS” e “AS” funcionam como objeto 
direto; 
 Os pronomes “LHE” e “LHES” funcionam como objeto 
indireto; 
 Os pronomes “ME”, “TE”, “SE”, “NOS” e “VOS” funcionam 
tanto como objeto direto quanto como objeto indireto. 
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Muitas questões de regência utilizam-se dos pronomes para 
testar seus conhecimentos acerca da transitividade verbal. 
Observe: 
 
Questão – Técnico Judiciário – TJ-SC/2011 
(Adaptada) 
 
Assinale a frase em que há ERRO no emprego de “o” ou 
“lhe”: 
 
a) Eu disse a verdade: - Impediram-lhe de assinar o diploma. 
b) Consternado, assistiu-o durante a convalescença. 
c) Cabe-lhe o uso da prerrogativa conquistada. 
d) É preferível ouvi-lo a apenas lê-lo. 
 
Comentários 
Esta questão exige dois conhecimentos do candidato: que ele 
saiba qual a função sintática exercida pelos pronomes “O” e 
“LHE” e que ele conheça a regência de alguns verbos. 
Você já sabe que o pronome “O” funciona apenas como 
objeto direto (portanto, como complemento de verbo 
transitivo direto) e que o pronome “LHE” funciona apenas 
como objeto indireto (portanto, como complemento de verbo 
transitivo indireto). 
A maior dúvida, para responder à questão acima, é justamente 
saber a regência dos verbos utilizados, ou seja, saber se os 
verbos são transitivos diretos (casos em que devem ser 
completados pelo “O”) ou se são transitivos indiretos (casos em 
que devem ser completados pelo “LHE”). Vamos analisar as 
alternativas? 
 
Alternativa A – Esta é a alternativa incorreta. Em 
“Impediram-lhe de assinar o diploma”, o pronome “LHE” está 
empregado equivocadamente, pois o verbo “permitir” é 
transitivo direto (quem permite, permite algo, sem auxílio de 
preposição necessária). Correto seria dizer “impediram-no”. 
Alternativa B – É muito importante atentar para a regência do 
verbo “assistir”, bastante cobrado em provas de concurso. Ao 
significar “dar assistência” (como é o caso nesta alternativa), o 
verbo será transitivo direto; está correto, portanto, o 
emprego do pronome “O” como objeto direto. Se, no 
entanto, o verbo “assistir” tiver sentido de “ver, presenciar, 
observar”, ele será transitivo indireto. 
Alternativa C – O verbo caber, na frase “Cabe-lhe o uso da 
prerrogativa conquistada”, é transitivo indireto, pois significa 
“competir, pertencer”. Se transpusermos a frase para a ordem 
direta, teremos: “O uso da prerrogativa conquistada cabe a 
fulano.” Assim, correto está o emprego do “LHE” na função de 
objeto indireto. 
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Alternativa D – Corretos estão os usos do pronome “O” na 
frase “É preferível ouvi-lo a apenas lê-lo”, pois os verbos 
“ouvir” e “ler” são transitivos diretos. 
GABARITO: A 
 
Muitas vezes, torna-se difícil responder à questões desse tipo, por 
falta de conhecimento sobre a regência dos verbos. Para que isso não 
ocorra, vamos analisar alguns aspectos específicos do assunto. 
 
2.1 Verbos Pronominais 
 
Nós aprendemos, na aula sobre verbos, que alguns verbos exigem 
sempre a presença imediata de um pronome oblíquo átono: são os 
verbos essencialmente pronominais (arrepender-se, indignar-se, 
suicidar-se, queixar-se, zangar-se, por exemplo). 
Há, no entanto, alguns verbos que tanto podem assumir a forma 
pronominal quanto podem subsistir sem o auxílio do pronome: os 
verbos acidentalmente pronominais. Observe: 
 
Maria aconselhou-se com sua amiga. 
Maria aconselhou Joana. 
 
Ao assumir a forma pronominal, esses verbos, em geral, exigem 
um complemento preposicionado (“aconselhou-se com”), ainda 
que o verbo seja tipicamente transitivo direto. 
Vamos ver outros exemplos de verbos que, na forma pronominal, 
exigem complemento preposicionado: 
 
ABRAÇAR ABRAÇAR-SE COM/A/EM/CONTRA 
ACONSELHAR ACONSELHAR-SE COM 
ALEGRAR ALEGRAR-SE COM 
APOIAR APOIAR-SE EM 
APROVEITAR APROVEITAR-SE DE 
CARREGAR CARREGAR-SE DE 
CERCAR CERCAR-SE DE 
COMUNICAR COMUNICAR-SE COM 
CONTENTAR CONTENTAR-SE COM 
DEFENDER DEFENDER-SE DE/CONTRA 
ESQUECER ESQUECER-SE DE 
LEMBRAR LEMBRAR-SE DE 
LIMITAR LIMITAR-SE A 
RECORDAR RECORDAR-SE DE 
UTILIZAR UTILIZAR-SE DE 
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Atenção! 
Nos verbos pronominais (acidentalmente ou essencialmente), o “SE” 
terá função morfológica de parte integrante do verbo. 
Em outra aula, compararemos todas as funções exercidas pelo “SE”. 
Agora vamos analisar a regência de alguns verbos específicos. 
 
2.2 Regência de Verbos Específicos 
 
→ AGRADAR 
- Transitivo direto: quando significar “acariciar, acarinhar”. 
 
Antes de dormir, agradava sua namorada afagando-lhe os cabelos. 
 OBJETO DIRETO 
 
- Transitivo indireto: quando significar “satisfazer, contentar”. 
 
O governo daquele prefeito não agradou aos eleitores. 
 OBJETO INDIRETO 
 
Atenção! 
O verbo DESAGRADAR é sempre transitivo indireto. Observe a 
questão abaixo: 
 
Questão – (ESAF) Assistente Técnico Administrativo – 
MF/2014 
(Adaptada) 
 
Em um regime democrático, todo poder emana do povo, 
prevalecendo a vontade da maioria sobre a vontade de 
indivíduos ou de grupos. Desse modo, o bom governante é 
aquele que compreende as demandas da população e se 
empenha em atendê-las. No entanto, numa democracia 
saudável, é também responsabilidade dos dirigentes tomar 
medidas que podem eventualmente desagradar a uma parte 
dos eleitores, pois eles devem administrar pensando no 
conjunto da sociedade que governam, e não na estridência de 
interesses insatisfeitos ou contrariados. 
(Adaptado de O Estado de S. Paulo, 9/2/2014) 
 
No que se refere aos aspectos sintáticos do texto acima, 
julgue o item que se segue. 
Em “a uma parte” (sublinhado no texto), o emprego de “a” 
decorre da regência de “podem”, que exige complemento 
regido por essa preposição. 
 
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Comentários 
A afirmativa está INCORRETA. No trecho “medidas que podem 
eventualmente desagradar a uma parte dos eleitores”, o termo 
sublinhado está completandoo sentido do verbo 
“DESAGRADAR”, e não de “podem”. Essa informação é 
suficiente para responder à questão, mas vamos prosseguir a 
análise. 
O emprego da preposição “A” em “a uma parte” decorre da 
regência do verbo “DESAGRADAR”, que, como vimos logo 
acima, é sempre transitivo indireto (quem desagrada, 
desagrada A alguém). 
GABARITO: ERRADA 
 
→ AGRADECER 
- É transitivo direto e indireto: 
 
Agradeci a meu chefe o aumento salarial. 
 OBJETO INDIRETO OBJETO DIRETO 
 
Na linguagem culta, evita-se dizer: 
 
Agradeci a meu chefe pelo aumento salarial. 
 
 
→ AJUDAR 
- Transitivo direto: quando significar “auxiliar, prestar ajuda”. 
 
Ajudava sua mãe nas tarefas domésticas sempre que podia. 
 OBJETO DIRETO 
 
- Transitivo direto e indireto: quando aparecer seguido de infinitivo 
e também for completado por um objeto direto. Observe: 
 
Ajudava sua mãe a realizar as tarefas domésticas. 
 O. DIRETO O. INDIRETO (ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA INDIRETA) 
 
 
→ ANTIPATIZAR/SIMPATIZAR 
- São transitivos indiretos e pedem o uso da preposição “COM”: 
 
Ele antipatizou com o cunhado, porém simpatizou com a sogra. 
 OBJETO INDIRETO OBJETO INDIRETO 
 
 
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Atenção! 
Ambos os verbos não possuem forma pronominal. Portanto, na 
linguagem culta, não é correto dizer: 
 
Ele se antipatizou com o cunhado, porém se simpatizou com a sogra. 
 
 
→ ASPIRAR 
- Transitivo direto: quando significar “respirar, inalar”. 
 
As vítimas do incêndio aspiraram muita fumaça. 
 OBJETO DIRETO 
 
- Transitivo indireto: no sentido de “ambicionar, desejar, almejar”. 
 
Desde pequeno, aspirava ao cargo de Presidente da República. 
 OBJETO INDIRETO 
 
Atenção! 
Embora se trate de objeto indireto, não se deve utilizar o pronome 
“LHE” em complemento ao verbo “ASPIRAR”. Trata-se de uma 
exceção às regras de emprego dos pronomes oblíquos. Prefira utilizar 
as formas tônicas analíticas “A ELE, A ELA, A ELES, A ELAS”. 
 
→ ASSISTIR 
- Transitivo direto: quando significar “ajudar, auxiliar, socorrer”. 
 
Os médicos assistiram muitas vítimas do incêndio. 
 OBJETO DIRETO 
 
- Transitivo indireto: no sentido (mais comum) de “ver, presenciar, 
observar”. 
 
 
Assistimos ao programa de televisão. 
 OBJETO INDIRETO 
Ele sempre queria assistir aos jogos de vôlei. 
 OBJETO INDIRETO 
 
 
Atenção! 
Na linguagem coloquial, costuma-se utilizar o verbo “ASSISTIR” 
sempre como transitivo direto, ainda que no sentido acima 
mencionado. Você deve ter em mente, no entanto, que a regência 
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correta de “assistir” (no sentido de “ver, presenciar, 
observar”) exige o complemento preposicionado, sobretudo 
porque se trata de verbo bastante cobrado nos certames. 
Assim, observe que não é correto substituir os objetos indiretos acima 
pelos pronomes oblíquos “O, A, OS, AS” (exclusivos para objetos 
diretos). 
Também não é possível, formalmente, utilizar as frases acima na voz 
passiva (é errado dizer “o jogo de vôlei foi assistido por ele”), pois já 
aprendemos que verbos transitivos indiretos não aceitam a voz 
passiva. Na língua falada, no entanto, essa construção é bastante 
comum. 
 
→ ATENDER 
- Transitivo indireto: quando significar “atentar”. 
 
 
O candidato não atendeu aos requisitos mínimos para ocupar o cargo. 
 OBJETO INDIRETO 
 
- No sentido mais comum de “responder, ser atencioso, cuidar”, o 
verbo tanto poderá ser transitivo direto quanto transitivo 
indireto. 
 
 
Ela atendeu ao telefone. 
 OU 
Ela atendeu o telefone. 
 
Caso se queira, no entanto, substituir o complemento por pronome 
oblíquo átono, utiliza-se a regência transitiva direta (“Ela atendeu-o”). 
 
→ ALERTAR, ANUNCIAR, AVISAR, CERTIFICAR, COMUNICAR, 
INFORMAR, NOTIFICAR, PREVENIR 
 
Todos os verbos acima seguem a mesma lógica a seguir anunciada. 
 
- Transitivo direto e indireto: quando significar “comunicar, dar 
esclarecimento”. 
 
 
 
 
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O jornal informou a greve rodoviária aos telespectadores. 
 OBJETO DIRETO OBJETO INDIRETO 
O jornal anunciou a greve rodoviária aos telespectadores. 
 OBJETO DIRETO OBJETO INDIRETO 
O jornal comunicou a greve rodoviária aos telespectadores. 
 OBJETO DIRETO OBJETO INDIRETO 
 
 
Para alguns desses verbos, pode haver duas estruturas: 
 
Informar algo a alguém. 
OU 
Informar alguém de/sobre algo. 
 
Observe os exemplos abaixo: 
 
O jornal informou a greve rodoviária aos telespectadores. 
 OBJETO DIRETO OBJETO INDIRETO 
O jornal informou os telespectadores sobre a greve rodoviária. 
 OBJETO DIRETO OBJETO INDIRETO 
 
→ CHAMAR 
- Transitivo direto: quando significar “convocar”. 
 
João chamou Maria para jantar. 
 O. DIRETO 
 
- Transitivo indireto: no sentido de “invocar, clamar”. Nesse caso, 
usa-se a preposição “POR”. 
 
Chamou por todos os santos quando se viu em apuros. 
 OBJETO INDIRETO 
 
Alguns autores não consideram que o verbo seja transitivo indireto 
nesse último caso, mas sim que se trata de objeto direto 
preposicionado. 
 
- Quando significar “apelidar, qualificar”, o verbo CHAMAR tanto pode 
ser transitivo direto quanto transitivo indireto. 
 
 
 
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Maria chamou João (de) inescrupuloso. 
 OD PREDICATIVO DO OBJETO 
Maria chamou a João (de) inescrupuloso. 
 OI PREDICATIVO DO OBJETO 
 
Além disso, o predicativo do objeto também poderá vir preposicionado 
ou não. Observe, abaixo, as quatro possibilidades de construção da 
frase nesses casos. 
 
Chamar alguém de algo. 
Chamar a alguém de algo. 
Chamar alguém algo. 
Chamar a alguém algo. 
 
Em resumo: O termo “alguém” funciona como complemento verbal do 
verbo “chamar” nos quatro casos (ora será objeto direto, ora será 
objeto indireto). Já o termo “algo” funciona como predicativo do 
objeto, e tanto poderá vir preposicionado quanto sem a preposição. 
 
→ CHEGAR, IR, DIRIGIR-SE 
Os três verbos acima são intransitivos e possuem sentido de 
deslocamento. Eles exigem, no entanto, a presença de adjunto 
adverbial de lugar iniciado pelas preposições “A” ou “PARA”. 
 
Aos doze anos, fui para Salvador. 
 ADJUNTO ADVERBIAL 
Muitas pessoas chegaram ao centro de convenções pontualmente. 
 ADJUNTO ADVERBIAL 
Eles dirigiram-se ao local combinado. 
 ADJUNTO ADVERBIAL 
 
Atenção! 
Nos casos acima, o uso da preposição “EM” não é aconselhado pela 
linguagem formal (apesar de bastante comum na linguagem 
coloquial). Evite, portanto, dizer “eu fui no quarto” ou “eu cheguei em 
Salvador”. 
 
→ CUSTAR 
- Intransitivo: quando significar “valer, ter preço”, seu complemento 
não será objeto, mas sim adjunto adverbial. 
 
Sua casa valia quase um milhão de reais. 
 ADJUNTO ADVERBIAL 
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- Transitivo indireto: quando significar “ser difícil, ser custoso”. 
Nesse caso, o sujeito será oracional, ou seja, será uma oração 
subordinada substantiva subjetiva, sempre reduzida de infinitivo. Uma 
vez que o sujeito é oracional, o verbo CUSTAR virá sempre na terceira 
pessoa do singular. Observe: 
 
Custou aos familiares esquecer a morte de Maria. 
 OBJETO INDIRETO ORAÇÃO SUBORDINADA SUBJETIVA 
 
Nunca diga: “os familiares custaram a esquecer a morte de Maria”, 
pois essa construção está errada. 
 
→ DESCULPAR 
- É transitivo direto: 
 
Desculpe os erros cometidos. 
 OBJETO DIRETO 
 
Também pode ser usado na forma pronominal, caso em que exigirá o 
auxílio da preposição “POR”. 
 
Desculpe-me pelos erros cometidos. 
 
→ ENSINAR 
- Transitivo direto: quando significar “educar”. 
 
O professor ensinou muitas crianças carentes no interior do estado. 
 OBJETO DIRETO 
 
- Transitivo direto e indireto: quando se diz “ensinar algo a 
alguém”. Nesse caso, o objeto direto será o algo ensinado e o objeto 
indireto será o alguém a quem se ensinou. 
 
Ensinava matemática a todos os netos. 
 OBJETO DIRETO OBJETO INDIRETO 
 
→ ESQUECER/LEMBRAR 
- Transitivo direto: no sentido mais usual de ESQUECER (“perder 
na memória”) e LEMBRAR (“reter na memória”): 
 
Marina esqueceu os aprontes do namorado e resolveu casar-se. 
 OBJETO DIRETO 
 
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Também pode ser usado na forma pronominal, caso em que exigirá o 
auxílio da preposição “DE”. 
 
Marina esqueceu-se dos aprontes do namorado e resolveu casar-se. 
 OBJETO INDIRETO 
 
→ HAVER 
O verbo HAVER merece toda a sua atenção não apenas quanto à sua 
concordância (já analisada por nós), mas também quanto à regência. 
- Transitivo direto: quando significar “existir” (sentido mais comum) 
ou no sentido de “decorrer (tempo)”. Nesses casos, o verbo estará 
SEMPRE na terceira pessoa do singular e não possuirá sujeito (é 
impessoal). 
 
 
Houve grande confusão no fim da festa. 
 OBJETO DIRETO 
Há muitas pessoas que gostam de você. 
 OBJETO DIRETO 
Há vários dias espero notícias suas. 
 OBJETO DIRETO 
 
 
ATENÇÃO: Não confunda a regência do verbo HAVER com a do 
verbo EXISTIR. O verbo “existir” é intransitivo e sempre possui 
sujeito (com o qual deve concordar). 
 
Há muitas pessoas na sala. 
 OBJETO DIRETO 
Existem muitas pessoas na sala. 
 SUJEITO 
 
Vamos ver a questão abaixo, que cobra justamente esse 
assunto: 
 
Questão – (CESPE) Contador – MTE/2014 
(Adaptada) 
 
Há ainda outros mitos que fazem parte do comportamento do 
brasileiro. 
 
No que se refere aos aspectos sintáticos do trecho acima, 
julgue o item que se segue. 
A forma verbal “Há” poderia ser substituída por “Existe” sem 
que houvesse prejuízo para a correção gramatical do período. 
 
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Comentários 
A afirmativa está ERRADA. 
Aprendemos que os verbos HAVER e EXISTIR, embora 
possuam o mesmo sentido, apresentam transitividades 
diferentes. 
“Haver” é verbo transitivo direto e é impessoal (não 
apresenta sujeito), motivo pelo qual estará sempre na terceira 
pessoa do singular. “Existir”, ao contrário, sempre apresenta 
sujeito (com o qual concorda) e é verbo intransitivo. 
Por isso, seria gramaticalmente errado dizer “existe outros 
mitos”. Correto seria concordar o verbo EXISTIR com o sujeito 
(“outros mitos”), da seguinte forma: 
“Existem ainda outros mitos que fazem parte do 
comportamento do brasileiro.” 
GABARITO: ERRADA 
 
- Transitivo direto e indireto: quando significar “obter, conseguir”. 
Nesse sentido (pouco usual), o verbo flexiona-se para concordar com 
o sujeito. 
 
Eles houveram da justiça o direito de construir o edifício. 
 O. INDIRETO OBJETO DIRETO 
 
→ IMPLICAR 
- Transitivo indireto: quando significar “embirrar, antipatizar”. 
Nesse caso, usa-se a preposição “COM”. 
 
João sempre implicou com meus parentes. 
 OBJETO INDIRETO 
 
- Transitivo direto e indireto: quando significar “envolver, 
comprometer”. Nesse caso, o objeto indireto será precedido da 
preposição “EM”. 
 
A justiça implicou os criminosos em penas bastante altas. 
 OBJETO DIRETO OBJETO INDIRETO 
 
- Transitivo direto: quando significar “acarretar, ocasionar”. 
 
Seus crimes implicaram penas bastante altas. 
 OBJETO DIRETO 
 
 
 
 
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→ NAMORAR 
Há algum tempo, o verbo NAMORAR era transitivo direto (“namorar 
alguém”). Nos dias atuais, no entanto, é muito mais comum dizer-se 
“namorar com alguém” (transitivo indireto). 
São admitidas ambas as construções. 
 
Lídia só namorava rapazes inteligentes. 
 OBJETO DIRETO 
Lídia só namorava com rapazes inteligentes. 
 OBJETO INDIRETO 
 
→ NECESSITAR 
- Tanto pode ser transitivo direto quanto transitivo indireto. 
 
Ele necessitava minha ajuda semanalmente. 
 OBJETO DIRETO 
Ele necessitava de minha ajuda semanalmente. 
 OBJETO INDIRETO 
 
 
→ OBEDECER/DESOBEDECER 
- São transitivos indiretos. 
 
Obedeça a seus pais. 
 OBJETO INDIRETO 
Ele sempre desobedeceu às ordens dos superiores. 
 OBJETO INDIRETO 
 
A peculiaridade desses verbos está no fato de admitirem a voz 
passiva (apesar de serem transitivos indiretos): 
 
João era obedecido sem maiores esforços. 
 
 
→ PAGAR/PERDOAR 
- Transitivos diretos: quando o complemento for “coisa”, e não 
“pessoa”. 
 
Paguei os impostos. Perdoei as dívidas. 
 OBJETO DIRETO OBJETO DIRETO 
- Transitivo indireto: quando o complemento for “pessoa”. 
 
Paguei aos credores. Perdoei aos inimigos. 
 OBJETO INDIRETO OBJETO INDIRETO 
 
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- Transitivo direto e indireto: quando houver dois complementos; 
um será “coisa” e o outro será “pessoa”. 
 
Paguei as dívidas aos credores. 
 OBJETO DIRETO OBJETO DIRETO 
 
 
→ PRECISAR 
- No sentido de “necessitar”, tanto pode ser transitivo direto quanto 
pode ser transitivo indireto (uso mais comum). 
 
Preciso de sua ajuda. 
 OBJETO INDIRETO 
Preciso sua ajuda. 
 OBJETO DIRETO 
 
- É transitivo direto quando significar “estipular, marcar”. 
 
A arquiteta precisou o valor do projeto. 
 OBJETO DIRETO 
 
 
→ PREFERIR 
É transitivo direto e indireto. Diz-se “preferir isso a aquilo”. A 
preposição indicada para iniciar o objeto indireto é sempre “A”. 
 
Preferia Abelardo a todos os namorados anteriores. 
 OBJETO DIRETO OBJETO INDIRETO 
 
Não é correto dizer “preferia Abelardo mais que todos os namorados 
anteriores” ou “preferia sair do que ficar em casa”. A preposição deve 
ser sempre “A”. 
 
→ TRATAR 
- Transitivo direto: no sentido de “dar tratamento (a algo ou 
alguém)”ou no sentido de “fazer acordo, fazer negócio”. 
 
Ele tratava todo mundo com respeito. 
 OBJETO DIRETO 
O corretor tratou a venda do imóvel com o comprador. 
 OBJETO DIRETO 
 
- Transitivo indireto: quando significar “discorrer, abordar (um 
assunto)”. 
 
 
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Na reunião, tratamos dos problemas financeiros enfrentados pela empresa. 
 OBJETO INDIRETO 
Tratei das questões familiares na terapia. 
 OBJETO INDIRETO 
 
 
→ VISAR 
- Transitivo direto: quando significar “olhar, mirar”. 
 
Visou o horizonte e seguiu em disparada. 
 OBJETO DIRETO 
 
- Transitivo indireto: quando significar “desejar, almejar”. 
 
Visou ao cargo de presidente na empresa da família. 
 OBJETO INDIRETO 
 
 
Atenção! 
Se o complemento do verbo VISAR for uma oração reduzida de 
infinitivo, costuma-se abolir o uso da preposição, ainda que o sentido 
seja de “desejar, almejar”. A preposição será, portanto, facultativa. 
 
Visou ocupar o cargo de presidente. 
Visou a ocupar o cargo de presidente. 
 
 
Aprendemos, até este ponto, a regência de alguns verbos que 
considero importante para as provas de concursos públicos. Não será 
possível esgotar o estudo de todos os verbos da língua; mas você 
poderá, por meio da resolução de questões, treinar outros exemplos. 
O essencial, para responder questões de concurso público, é aliar o 
conhecimento de regência a outros conhecimentos que já vimos. É o 
caso abaixo, em que não é cobrado do candidato apenas aspectos de 
regência, mas também conhecimentos acerca de pronomes. Veja: 
 
Questão – (FCC) Câmara Municipal de São Paulo/2014 
(Adaptada) 
 
Ao formular uma proposta educacional ____ centro estaria a 
ecologia, o autor do texto ressalta a importância ____ se vêm 
revestindo os estudos do meio. 
Preenchem adequadamente as lacunas da frase acima, 
na ordem dada: 
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a) de cujo - em que 
b) pela qual no - para a qual 
c) aonde o - de cuja 
d) onde o - pela qual 
e) em cujo - de que 
 
Comentários 
Para responder à esta questão, teremos que relembrar alguns 
aspectos do estudo de pronomes (a classe de palavra 
variável que substitui ou acompanha o substantivo). 
Na primeira lacuna, necessitamos de um pronome que retome 
“proposta educacional” para conferir a seguinte relação de 
posse: “o centro da proposta educacional”. 
O pronome relativo adequado para conferir essa relação de 
posse é “CUJO”: “a proposta educacional cujo centro”. No 
entanto, o verbo da oração seguinte (“estaria”) requer o uso da 
preposição “EM”. Observe: 
“A ecologia estaria no centro da proposta educacional.” 
“(...) uma proposta educacional EM CUJO centro estaria a 
ecologia”. 
Na segunda lacuna, por sua vez, necessitamos de um pronome 
que retome a palavra “importância” para encaixá-la na oração 
seguinte com o seguinte significado: “os estudos do meio se 
vêm revestindo de importância”. 
Para tanto, podemos utilizar o pronome relativo “QUE”, sem 
esquecer o emprego da preposição “DE” (“se vêm revestindo 
DE importância”). Observe: 
“(...) a importância DE QUE se vêm revestindo os estudos do 
meio.” 
GABARITO: E 
 
Ao final da aula, você encontrará mais questões para testar seus 
conhecimentos sobre regência verbal. Vamos, agora, estudar a 
regência dos nomes. 
 
3. Regência Nominal 
 
A Regência Nominal estuda a relação de subordinação ou 
dependência entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio 
– termo regente) e o termo que lhe complementa o sentido (termo 
regido). 
Nesse tipo de relação, sempre haverá a presença de uma 
preposição. 
 
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Uma boa dica, para identificar a regência de alguns nomes, é observar 
se a palavra deriva de verbo. Caso derive, você poderá seguir a 
regência do verbo (ex: preferir a, preferível a). 
 
Vamos analisar, agora, a regência de alguns substantivos e 
adjetivos, por meio do quadro abaixo. 
 
acessível a capaz de/para grato a obediência a 
acostumado a/com certo de hábil em ojeriza a/por/contra 
adaptado a compatível com habituado a passível de 
afeição a/para/com/por comum a/de imbuído de/em permissivo a 
aflito com/por constante de/em imune a/de possível de 
agradável a contemporâneo a/de indeciso em posterior a 
alheio a/de contíguo a indiferente a preferível a 
alienado de contrário a inerente a prestes a/em/para 
alusão a devoto a/de inexorável a próximo a/de 
ansioso de/para/por diferente de insensível a/para/com relacionado com 
apto a/para equivalente a manutenção de/em residente em 
atentado a/contra erudito em medo a/de seguro de/em 
atento a/em essencial a natural de semelhante a 
aversão a/por/em/para estranho a necessário a sensível a 
ávido de/por fácil de negligente em sito em/entre 
benéfico a favorável a nocivo a útil a/para 
 
Agora, para que você compreenda como o assunto costuma ser 
cobrado nos certames, vamos analisar uma questão de Regência 
Nominal. 
 
Questão – (CESPE) Agente Administrativo – MDIC/2014 
(Adaptada) 
 
Temos a obrigação de sonhar acordados e usar a imaginação. 
No que se refere aos aspectos sintáticos do trecho acima, 
julgue o item que se segue. 
No trecho “a obrigação de sonhar”, a correção gramatical seria 
mantida se a preposição “de” fosse substituída por em. 
 
Comentários 
Observe que a questão apenas pede ao candidato que analise a 
correção do trecho de acordo com os aspectos sintáticos. Desse 
modo, o enunciado da questão não traz explicitamente que o 
assunto abordado é Regência, mas é justamente esse o 
conhecimento necessário para que o candidato resolva bem o 
exercício. Dessa forma, fique atento. 
Ao analisar o item, percebemos que a afirmativa está ERRADA. 
A regência do substantivo “OBRIGAÇÃO” requer o uso da 
preposição “DE” (“ter obrigação DE fazer algo”). A preposição 
“EM” não cabe nesse caso, pois não se diz “ter obrigação em 
fazer algo”. 
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GABARITO: ERRADA 
 
Aqui, encerramos nosso estudo sobre Regência Nominal e Verbal. 
Falta, no entanto, analisar um tema bastante cobrado em concursos 
públicos: a Crase. Vamos lá? 
 
 
Crase 
 
 
1. Aspectos Gerais 
 
O estudo da Crase costuma ser um grande incômodo para muitos 
candidatos. Você verá, após esta aula, que não há motivo para 
desespero. O uso da crase é muito mais simples do que parece à 
primeira vista (Com ou sem crase? Vamos descobrir!). 
 
Antes de iniciarmos, convém esclarecer que a crase não equivale 
ao acento grave. São coisas distintas, porém relacionadas ao 
mesmo acontecimento. 
A crase é o fenômeno de união entre duas vogais idênticas. 
O acento grave é o sinal gráfico que indica a presença do 
fenômeno crase. 
 
Em nossa língua, só há crase na junção de duas vogais “A” (as 
demais vogais, por sua vez, não formam crase). 
Essa união (de duas vogais “A”) pode sedar de diversas maneiras. 
Vamos ver as junções mais frequentes: 
 
PREPOSIÇÃO “A” 
+ 
 A AQUELE / AQUELA / AQUILO A QUAL / AS QUAIS 
 ARTIGO PRONOMES DEMONSTRATIVOS PRONOMES RELATIVOS 
 DEFINIDO 
 
Observe que, no esquema acima, a preposição “A” liga-se a termos 
também iniciados pela letra “A”. A crase irá unir as duas vogais, para 
que não seja necessário repeti-las. 
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Assim, para que você entenda perfeitamente essa união, vamos 
separar os exemplos por cada tipo de ocorrência da crase: 
 
→ PREPOSIÇÃO “A” + ARTIGO DEFINIDO “A”: 
 
João foi à casa de sua amiga. 
 = foi a + a casa 
 = foi para a casa 
 
No exemplo acima, é fácil notar que houve a união de uma vogal “A” 
(preposição) com outra vogal “A” (artigo feminino). Isso ocorreu 
porque a regência do verbo “IR” exige complemento preposicionado 
(“quem vai, vai A algum lugar”) e porque o complemento “A CASA” é 
formado por artigo feminino “A”. 
 
Antes de prosseguirmos, vamos resolver a questão a seguir, 
para já nos familiarizarmos com alguns aspectos que envolvem 
o tema: 
 
Questão – (CESPE) Nível Superior – Caixa Econômica 
Federal/2014 
(Adaptada) 
 
Com o surgimento da cunhagem a martelo e o uso de metais 
nobres, como o outro e a prata, os signos monetários passaram 
a ser valorizados também pela nobreza dos metais neles 
empregados. 
No que se refere aos aspectos linguísticos do trecho 
acima, julgue o item que se segue. 
Seria mantida a correção gramatical do texto, caso fosse 
empregado o acento indicativo de crase no “a”, em “cunhagem 
a martelo” (sublinhado no trecho). 
 
Comentários 
A afirmativa está ERRADA. 
Aprendemos, agora, que a crase é a junção de duas vogais “A”: 
na maior parte das vezes, a junção de preposição “A” com 
artigo feminino “A”. 
No trecho sublinhado, não poderia haver artigo feminino 
antes de “MARTELO”, por se tratar de um substantivo 
masculino. 
Por esse motivo, costuma-se afirmar que não se emprega o 
sinal indicativo de crase antes de palavra masculina. 
GABARITO: ERRADA 
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Em grande parte dos casos em que ocorre crase, a primeira vogal 
“A” (com valor de preposição) poderá ser substituída pela 
preposição “PARA”. Isso facilita bastante a visualização dos 
elementos unidos pela crase (por exemplo: “quem vai, vai PARA 
algum lugar”). 
Portanto, sempre que você conseguir desmembrar o “À” em “PARA 
A”, a crase estará empregada corretamente. 
 
Alice perguntou à secretária se alguém havia telefonado. 
 = perguntou a + a secretária 
 = perguntou para a secretária 
 
Averiguar a presença do artigo também é essencial, pois lembre que 
estamos tratando da união de preposição “A” + artigo “A”. Assim, 
não basta a presença da preposição para que haja a crase. Observe: 
 
Alice perguntou a ela se alguém havia telefonado. 
 = perguntou para ela 
 
Não houve crase porque não houve encontro de preposição “A” com artigo 
“A”. 
 
Em outros casos, veremos que a preposição “A” não possui o mesmo 
sentido da preposição “PARA”. Assim, a substituição não fará sentido 
e teremos de verificar a existência da junção (entre preposição e 
artigo) de outras maneiras. 
Uma boa dica é substituir “À” por “AO”, ou seja, colocar o termo 
regido no masculino para conferir se há a junção de preposição “A” 
com artigo definido. Veja: 
 
Nós éramos indiferentes às provocações de todos. 
 = indiferentes aos caprichos 
 
Assim, ficou fácil perceber que o termo regente (“INDIFERENTES”) 
exige complemento preposicionado, bem como que o termo regido 
(“AS PROVOCAÇÕES”) inicia-se com artigo feminino “AS”. Agora, veja 
um caso em que não haverá crase: 
 
Nós éramos indiferentes a você. 
 
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Não é possível dizer “nós éramos indiferentes ao você”, pois não cabe 
artigo antes de “você”. Nesse caso, portanto, não haverá a ocorrência 
da crase, por falta de artigo “A” para unir-se com a preposição “A”. 
 
Espero que, até aqui, você esteja conseguindo compreender a lógica 
da crase! Para confirmar, vamos ver mais uma série de exemplos em 
que testaremos a presença da crase. 
 
O estudante voltou à cidade natal depois de formado. 
 = voltou a + a cidade natal 
 = voltou para a cidade natal 
Ele era favorável à descriminalização do aborto. 
 = favorável a + a descriminalização 
 = favorável ao controle 
O policial ordenou às vítimas que permanecessem no local. 
 = ordenou a + as vítimas 
 = ordenou aos presentes 
Somos muito gratos à ajuda prestada por ela. 
 = gratos a + a ajuda 
 = gratos ao auxílio 
Espero que as medidas sejam úteis à melhoria da situação. 
 = úteis a + a melhoria 
 = úteis para a melhoria 
 = úteis ao aprimoramento 
Os brasileiros assistiram à Copa do Mundo com esperança de vitória. 
 = assistiram a + a Copa do Mundo 
 = assistiram ao torneio 
 
Para compreender a ocorrência da crase, é essencial recorrer aos 
conhecimentos de regência, vistos nesta aula. 
Já aprendemos que o verbo “ASSISTIR” será transitivo indireto ao 
significar “ver, presenciar”. Assim, exigirá um complemento com 
preposição “A” (quem assiste, assiste A algo). Isso justifica a crase no 
último exemplo acima. 
Por outro lado, se significar “prestar auxílio”, o verbo “ASSISTIR” será 
transitivo direto e não caberá a preposição “A” (portanto, não haverá 
crase). Perceba: 
 
Os médicos assistiram as vítimas do tiroteio com bastante dedicação. 
 = assistiram os doentes 
 
 
 
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OBSERVAÇÃO: 
No caso dos topônimos (nomes locativos), devemos estar atentos! 
Somente haverá crase se o nome aceitar a presença de artigo. 
Observe: 
 
Vamos à Bahia. 
= Vamos a + a Bahia 
= Vamos para a Bahia 
Vamos a Olinda. 
= Vamos para Olinda 
 
É disso que trata a questão abaixo. Perceba: 
 
Questão – (CESPE) Primeiro-Tenente – CBM-CE/2014 
 
(Adaptada) 
 
O envio de duzentos cientistas à Antártida representará o 
reinício da pesquisa biológica e meteorológica brasileira no 
continente, depois do incêndio que destruiu a base que o Brasil 
operava ali desde 1984. 
No que se refere aos aspectos linguísticos do trecho 
acima, julgue o item que se segue. 
Na linha 1, o emprego do sinal indicativo de crase em “à 
Antártida” justifica-se porque o termo “envio” exige 
complemento regido da preposição “a” e o termo “Antártida” 
está precedido de artigo definido feminino. 
 
Comentários 
A afirmativa está CERTA. 
A regência do verbo “enviar”, nesse caso, requer o uso da 
preposição “A” (enviar algo A algum lugar). O termo seguinte, 
por sua vez, inicia-se pelo artigo definido feminino (A 
Antártida). Da união dessas duas vogais, surge a necessidade 
do emprego do sinal grave. Veja: 
 
O envio de cientistas à Antártida. 
= O envio de cientistas a + a Antártida 
= O envio de cientistas para a Antártida 
 
GABARITO:CERTA 
 
Agora que já estudamos a crase na junção de preposição “A” + 
artigo “A”, vamos analisar os outros casos. 
 
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→ PREPOSIÇÃO “A” + PRONOMES DESMONSTRATIVOS 
“AQUELE, AQUELA, AQUILO”: 
 
Ele aconselhou que eu me dirigisse àquela casa em busca de proteção. 
 = me dirigisse a + aquela casa 
 = me dirigisse para aquela casa 
 
Aqui, a lógica será a mesma do caso analisado anteriormente. A 
diferença é que, agora, a junção será entre preposição “A” e 
“AQUELE/AQUELA/AQUILO”. 
Poderemos, até mesmo, utilizar as mesmas dicas de substituição, 
como substituir a preposição “A” por “PARA” ou substituir o 
“À” por “AO”. Observe: 
 
 
O professor fez alusão àquele assunto visto na aula passada. 
 = alusão a + aquele assunto 
 = alusão ao assunto 
Os andarilhos voltaram àquela localização em busca de água. 
 = voltaram a + aquela localização 
 = voltaram para + aquela localização 
 = voltaram ao local 
Fomos contrários àquilo que você disse. 
 = contrários a + aquilo 
 = contrários ao que você disse 
 
Vamos, agora, analisar o terceiro caso mais comum de crase: 
 
→ PREPOSIÇÃO “A” + PRONOMES RELATIVOS “A QUAL, AS 
QUAIS”: 
 
A rua à qual me dirigi estava interditada. 
 = a + a qual me dirigi 
 = para a qual me dirigi 
O beco ao qual me dirigi estava interditado. 
 
É possível notar que o emprego do sinal grave, neste caso, segue a 
mesma lógica acima ensinada. Teremos, portanto, de estar sempre 
atentos ao termo regente (para averiguar se ele exige complemento 
preposicionado). 
No exemplo acima, o termo regente é um verbo transitivo indireto 
(“dirigir-se a algum lugar”) que necessita da preposição “A” para 
completar seu sentido. Ao unir-se à forma “A QUAL”, temos uma 
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junção de duas vogais “A”, o que justifica o emprego do sinal de 
crase. 
Vamos ver mais um exemplo: 
 
A música à qual me referi tocou na rádio. 
 = a + a qual me referi 
O livro ao qual me referi (...). 
 
Encerramos, aqui, o estudo dos principais casos em que se emprega o 
sinal indicativo de crase. Vamos, agora, analisar algumas 
peculiaridades sobre esse fenômeno. 
 
2. Crase e Termos Determinados 
 
Já sabemos que os artigos e os pronomes demonstrativos determinam 
os nomes. Assim, dizer “menina age com o coração” é diferente de 
dizer “a menina age com o coração”. No primeiro caso, há a ideia 
de indeterminação (“toda menina age com o coração”). No segundo 
caso, o termo “menina” está determinado pelo artigo “a”, ou seja, 
“aquela menina age com o coração”. É preciso estar atento a isso 
quando analisamos a crase. 
Observe: 
 
Ele nunca foi a festa. 
 a festas 
 para qualquer festa 
Ele nunca foi à festa. 
 para aquela festa específica 
 
Para saber se haverá ou não a crase, devemos analisar o contexto: se 
a palavra estiver em sentido genérico, não haverá a união (e, 
portanto, não haverá o sinal indicativo de crase); mas se a palavra 
estiver em sentido determinado, haverá a união (a crase), que será 
indicada pelo sinal grave. 
 
As crianças devem ir a escola. 
 para qualquer escola 
As crianças não devem ir à escola hoje. 
 para a escola específica 
 
 
 
 
 
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3. Crase Obrigatória 
 
Há casos em que a crase necessariamente ocorrerá. Vamos ver quais 
são. 
 
→ Em locuções femininas: nesse caso, o uso da crase não se dá por 
relação regencial (como nos casos acima), mas para evitar 
ambiguidades, ou seja, para evitar que se confunda a locução com 
outros termos da oração. 
 
À noite, à tarde, à beça, à revelia, à deriva, à farta, à luz, à vista, à 
escuta, à primeira vista, à hora certa, à esquerda, à direita, à toa, à 
espanhola, à milanesa, à oriental, à ocidental, às vezes, às 
escondidas, às avessas, às claras, às moscas, às pressas, às turras, à 
vontade, às ocultas, à custa de, à força de, à beira de, à espera de, à 
procura de, à vista de, à sombra de, à exceção de, à semelhança de, 
à frente de, à razão de, à mercê de, à base de, à moda de, à maneira 
de, à imitação de, à medida que, à proporção que, etc. 
 
 
Ficamos dias à espera de uma solução para nosso problema. 
A escola fica à esquerda do hospital. 
À medida que o conhecia, mais encantada ficava. 
Apaixonou-se à primeira vista. 
 
EXCEÇÃO: 
As locuções adverbiais de meio ou instrumento não recebem o sinal 
indicativo de crase. Alguns gramáticos, no entanto, consideram como 
facultativo o emprego do sinal nesses casos. 
 
Ele foi morto a bala / a espada / a foice. 
Escrevia suas cartas a mão / a máquina. 
 
OBSERVAÇÃO: 
Muitas vezes, a locução adverbial “À MODA DE” aparece implícita. 
Nesses casos, deve-se manter o sinal indicativo de crase: 
 
Ela vestia-se à Lady Di. 
 à moda de Lady Di 
Cantava à Elis Regina. 
 à maneira de Elis Regina 
 
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→ Antes de horas exatas: 
 
Saiu às sete horas. 
Marcamos à meia-noite, mas ele não apareceu. 
João sai do trabalho à uma hora. 
A criança assistia à televisão das 8h às 9h. 
 
OBSERVAÇÃO: 
Se o tempo indicado for indeterminado ou generalizado, não há a 
crase: 
 
A perícia confirmou que ele foi morto após as 21 horas. 
Daqui a três horas, sairei para jantar. 
João sai do trabalho a uma hora. (= daqui a uma hora) 
 
4. Crase Facultativa 
 
Há casos em que a crase é facultativa, ou seja, o sinal grave poderá 
ou não ser empregado. Isso porque, nesses casos, o emprego do 
artigo definido será opcional. 
 
→ Antes de pronomes possessivos: 
 
Irei à sua casa hoje. / Irei a sua casa hoje. 
 para a sua casa para sua casa 
A realização de questões é necessária a/à sua aprovação. 
 para sua aprovação 
 para a sua aprovação 
 
OBSERVAÇÃO: 
Se o pronome possessivo retomar um termo elíptico (oculto), a crase 
será obrigatória (pois a presença do artigo também): 
 
Ele irá a/à minha casa, mas não irá à sua. 
 
→ Antes da preposição “ATÉ”: 
 
Irei até à casa de Maria. / Irei até a casa de Maria. 
 
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Veremos, agora, algumas dicas complementares, para auxiliar na 
compreensão do tema. Você notará, no entanto, que estas 
observações seguem a mesma lógica já exposta até aqui. 
 
7. Crase antes das palavras “TERRA” e “CASA” 
 
É muito frequente que se faça confusão quando ocorre e quando não 
ocorre a crase antes das palavras “TERRA” e “CASA”. Vamos analisar 
esses casos. 
- TERRA: 
Quando a palavra for empregada no sentido de “terra firme, chão”, 
NÃO haverá crase. Isso porque não se emprega o artigo feminino 
antes do termo. Observe: 
 
O comandantedeixou o navio e chegou a terra. 
 
Por outro lado, quando o termo for empregado em qualquer outro 
sentido determinado de terra (“planeta Terra”, “terra natal”, 
“barro”), haverá o uso do artigo feminino. Nesses casos, quando 
ocorrer preposição, haverá a junção desta com o artigo, e, portanto, 
será necessário o uso do sinal indicativo de crase. Veja: 
 
O astronauta voltou da lua e chegou à Terra. 
Retornou à terra natal para rever os amigos. 
O avião planou rente à terra. 
 
- CASA: 
Quando a palavra for empregada no sentido genérico de “lar, 
morada”, NÃO haverá crase. Isso porque não se emprega o artigo 
feminino antes do termo. Observe: 
 
Foi a casa almoçar. (= para casa) 
Enquanto viajava, só pensava em retornar a casa. (= retornar para casa) 
 
Por outro lado, quando o termo estiver acompanhado de adjetivo ou 
locução adjetiva que determine seu sentido (“casa de fulano”, 
“casa tal”), haverá o uso do artigo feminino. Nesses casos, quando 
ocorrer preposição, haverá a junção desta com o artigo, e, portanto, 
será necessário o uso do sinal indicativo de crase. Veja: 
 
Foi à casa do irmão almoçar. (= para a casa do irmão) 
Dirigiu-se à casa amarela e fotografou a fachada. 
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8. Não haverá crase 
 
Apenas para que você fixe o assunto, observe uma lista de algumas 
situações em que não haverá o fenômeno crase. Você não precisará 
memorizar esses casos se já houver entendido tudo o que foi 
estudado acima. 
 
Não ocorre a Crase 
 
a) antes de verbo 
 
Convidamos João a visitar nosso apartamento. 
 
b) antes de palavras masculinas 
 
Andava sempre a pé. 
 
c) antes de pronomes de tratamento, exceto ”senhora, senhorita e 
dona”: 
 
Enviarei a Vossa Excelência minhas considerações sobre o caso. 
Enviarei à senhorita minhas considerações sobre o caso. 
 
d) em expressões formadas por palavras repetidas: 
 
Fiquei frente a frente com o acusado. 
Fiquei cara a cara com o acusado. 
 
Assim, encerramos o estudo da crase. 
 
Agora que finalizamos a parte teórica da aula vamos resolver algumas 
questões sobre o assunto estudado. Após a resolução das questões 
propostas, confira o seu desempenho por meio do gabarito e, só 
então, passe para os comentários de cada exercício. Mesmo que você 
tenha acertado a questão, não hesite, leia com atenção todos os 
comentários. Essa é uma etapa fundamental para aprofundar a 
teoria e para sanar dúvidas. 
Vamos lá! 
 
 
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QUESTÕES PROPOSTAS 
 
 
Questão 01 – (FCC) Escriturário – Banco do Brasil/2011 
(Adaptada) 
 
Com o inchaço populacional decorrente do fluxo migratório em direção ...... 
cidades, surgiram problemas na oferta de serviços ...... população, que muitas 
vezes não consegue acesso ...... recursos essenciais. 
 
As lacunas da frase acima são corretamente preenchidas, 
respectivamente, por: 
 
a) às - à - à 
b) às - à - a 
c) as - a - à 
d) as - à - a 
e) às - a – à 
 
Questão 02 – (ESAF) Auditor Fiscal da Receita Federal – Receita 
Federal/2014 
Assinale a opção que preenche as lacunas do texto de forma 
gramaticalmente correta e textualmente coerente. 
 
 
Sem __1__ pujança econômica de outrora, __2__ Europa registra nos últimos 
tempos o fortalecimento de pressões xenófobas e anti-imigração. Após __3__ crise 
global, iniciada em 2008, e o consequente aumento dos índices de desemprego no 
continente, grupos de extrema- direita conquistaram níveis inéditos de participação 
nos Parlamentos nacionais da Suécia e da Grécia. Não satisfeitos em exercer __4__ 
representação política, tais agremiações têm protagonizado lamentáveis episódios 
de agressão __5__ minorias de outras nacionalidades. 
 (Adaptado de Folha de S. Paulo, 12/02/2014.) 
 
a) 
 
b) 
 
c) 
 
 
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d) 
 
e) 
 
 
Questão 03 – (FCC) Analista Judiciário – TRT 16ª Região (MA)/2014 
(Adaptada) 
 
Leia com atenção o verbete abaixo, transcrito do Dicionário de comunicação, e as 
assertivas que o seguem. 
 
Responsabilidade social 
 
• (mk,rp) Adoção, por parte da empresa ou de qualquer instituição, de políticas e 
práticas organizacionais socialmente responsáveis, por meio de valores e exemplos 
que influenciam os diversos segmentos das comunidades impactadas por essas 
ações. O conceito de responsabilidade social fundamenta-se no compromisso de 
uma organização dentro de um ecossistema, onde sua participação é muito maior 
do que gerar empregos, impostos e lucros. Seu objetivo básico é atuar no meio 
ambiente de forma absolutamente responsável e ética, inter-relacionando-se com o 
equilíbrio ecológico, com o desenvolvimento econômico e com o equilíbrio social. Do 
ponto de vista mercadológico, a responsabilidade social procura harmonizar as 
expectativas dos diferentes segmentos ligados à empresa: consumidores, 
empregados, fornecedores, redes de venda e distribuição, acionistas e coletividade. 
Do ponto de vista ético, a organização que exerce sua responsabilidade social 
procura respeitar e cuidar da comunidade, melhorar a qualidade de vida, modificar 
atitudes e comportamentos através da educação e da cultura, conservar a vitalidade 
da terra e a biodiversidade, gerar uma consciência nacional para integrar 
desenvolvimento e conservação, ou seja, promover o desenvolvimento sustentável, 
o bem-estar e a qualidade de vida. Diz-se tb. responsabilidade social 
corporativa ou RSC. V. ecossistema social, ética corporativa, empresa 
cidadã e marketing social. 
 (BARBOSA, Gustavo e RABAÇA, Carlos Alberto. 2.ed. rev. e atualizada. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2001 − 10a reimpressão, p. 639-40) 
 
O segmento do verbete que apresenta descuido quanto à regência é: 
 
a) Adoção [...] de políticas e práticas organizacionais socialmente responsáveis. 
b) Seu objetivo básico é atuar no meio ambiente [...], inter-relacionando-se com o 
equilíbrio ecológico, com o desenvolvimento econômico e com o equilíbrio social. 
c) a organização que exerce sua responsabilidade social procura respeitar e cuidar 
da comunidade. 
d) a organização que exerce sua responsabilidade social procura [...] conservar a 
vitalidade da terra e a biodiversidade. 
e) a organização que exerce sua responsabilidade social procura [...] promover o 
desenvolvimento sustentável, o bem-estar e a qualidade de vida. 
 
 
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Questão 04 – (CESPE) Contador – MTE/2014 
(Adaptada) 
 
Saiu finalmente a conta da contribuição da nova classe média brasileira — 
aquela que, na última década, ascendeu ao mercado de consumo, como uma 
avalanche de quase 110 milhões de cidadãos. Uma pesquisa do Serasa Experian 
mostrou que o pelotão formado por essa turma, que se convencionouchamar de 
classe C, estaria no grupo das maiores nações no consumo mundial, caso fosse 
classificado como um país. Juntos, os milhares de neocompradores movimentam 
quase R$ 1,2 trilhão ao ano. Isso é mais do que consome a população inteira de 
uma Holanda ou uma Suíça, para ficar em exemplos do primeiro mundo. Não 
por menos, tal massa de compradores se converteu na locomotiva da economia 
brasileira e em alvo preferido das empresas. Com mais crédito e programas 
sociais, em especial o Bolsa Família, os emergentes daqui saíram às lojas e 
estão gradativamente se tornando mais e mais criteriosos em suas aquisições. 
Carlos José Marques. A classe C é G20. Internet: <www.istoedinheiro.com.br> 
(com adaptações). 
 
No que se refere aos aspectos linguísticos e às ideias do texto acima, julgue 
o próximo item. 
 
O emprego do sinal indicativo de crase em “às lojas” (em negrito no texto) é 
facultativo, de modo que sua supressão não prejudicaria a correção gramatical do 
período. 
 
Questão 05 – (FCC) Técnico Judiciário – TRE-PR/2012 
(Adaptada) 
 
Considere o emprego do verbo “apontar” nos períodos abaixo: 
 
I. O assessor encarregado pelo Ministro de analisar o processo apontou-lhe as 
dificuldades em conseguir um acordo satisfatório entre as partes. 
 
II. O desempenho de um dos membros do Conselho Administrativo levou os demais 
a apontarem-no, de forma unânime, para dirigir a empresa. 
 
III. O Presidente, diante da insatisfação gerada por medidas impopulares, apontou à 
frente dos manifestantes, tentando acalmar os ânimos. 
 
Está correta a regência do verbo apontar em 
 
a) II, apenas. 
b) I e II, apenas. 
c) II e III, apenas. 
d) I e III, apenas. 
e) I, II e III. 
 
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Questão 06 – (FGV) Analista Judiciário – TRE-PA/2011 
(Adaptada) 
 
Infelizmente, ainda hoje assistimos no Brasil a fenômenos... 
 
No trecho acima, foi empregada a regência do verbo em completo acordo 
com a norma culta. Assinale a alternativa em que isso NÃO tenha ocorrido. 
 
a) O povo aspira a governos menos corruptos. 
b) Ele assiste em Belém. 
c) O combate à corrupção implica em medidas éticas por parte das empresas. 
d) As empresas pagaram aos funcionários na data correta. 
e) Muitas vezes o povo esquece o passado dos políticos. 
 
Questão 07– (FCC) Técnico Judiciário – TRE-SP/2012 
(Adaptada) 
 
Adoniran Barbosa é um grande compositor e poeta popular, expressivo como 
poucos; mas não é Adoniran nem Barbosa, e sim João Rubinato, que adotou o nome 
de um amigo funcionário do Correio e o sobrenome de um compositor admirado. A 
ideia foi excelente porque um compositor inventa antes de mais nada a sua própria 
personalidade; e porque, ao fazer isto, ele exprimiu a realidade tão paulista do 
italiano recoberto pela terra e do brasileiro das raízes europeias. Adoniran Barbosa é 
um paulista de cerne que exprime a sua terra com a força da imaginação 
alimentada pelas heranças de fora. 
Já tenho lido que ele usa uma língua misturada de italiano e português. Não 
concordo. Da mistura, que é o sal da nossa terra, Adoniran colheu a flor e produziu 
uma obra radicalmente brasileira, em que as melhores cadências do samba e da 
canção se aliaram com naturalidade às deformações normais de português 
brasileiro, onde Ernesto vira Arnesto e assim por diante. 
São Paulo muda muito, e ninguém é capaz de dizer aonde irá. Mas a cidade que 
nossa geração conheceu (Adoniran é de 1910) foi a que se sobrepôs à velha 
cidadezinha provinciana, entre 1900 e 1950; e que desde então vem cedendo lugar 
a uma outra, transformada em vasta aglomeração de gente vinda de toda parte. 
Esta cidade que está acabando, que já acabou com a garoa, os bondes, o trem da 
Cantareira, as cantigas do Bexiga, Adoniran não a deixará acabar, porque graças a 
ele ela ficará, misturada vivamente com a nova mas, como o quarto do poeta, 
também "intacta, boiando no ar". 
A sua poesia e a sua música são ao mesmo tempo brasileiras em geral e paulistanas 
em particular. Sobretudo quando entram (quase sempre discretamente) as 
indicações de lugar, para nos porem no Alto da Mooca, no Brás genérico, no recente 
Metrô, no antes remoto Jaçanã. Talvez João Rubinato não exista, porque quem 
existe é o mágico Adoniran Barbosa, vindo dos carreadores de café para inventar no 
plano da arte a permanência da sua cidade e depois fugir, com ela e conosco, para 
a terra da poesia, ao apito fantasmal do trenzinho perdido da Cantareira. 
 
 (Adaptado de Antonio Candido. Textos de intervenção. São Paulo, Duas 
 Cidades, Ed.34, 2002, p.211-213) 
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...João Rubinato, que adotou o nome de um amigo funcionário do Correio... 
 
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está 
empregado em: 
 
a) ... que já acabou com a garoa... 
b) ... e produziu uma obra radicalmente brasileira.... 
c) ... a que se sobrepôs à velha cidadezinha provinciana... 
d) Adoniran Barbosa é um paulista de cerne... 
e) ... e depois fugir, com ela e conosco, para a terra da poesia... 
 
Questão 08 – (FGV) Programador – DETRAN-RN/2010 
 
Painel do leitor (Carta do leitor) 
 
Resgate no Chile 
 
Assisti ao maior espetáculo da Terra numa operação de salvamento de vidas, 
após 69 dias de permanência no fundo de uma mina de cobre e ouro no Chile. 
Um a um os mineiros soterrados foram içados com sucesso, mostrando muita 
calma, saúde, sorrindo e cumprimentando seus companheiros de trabalho. Não se 
pode esquecer a ajuda técnica e material que os Estados Unidos, Canadá e China 
ofereceram à equipe chilena de salvamento, num gesto humanitário que só 
enobrece esses países. E, também, dos dois médicos e dois “socorristas” que, 
demonstrando coragem e desprendimento, desceram na mina para ajudar no 
salvamento. 
(Douglas Jorge; São Paulo, www.folha.com.br painel do leitor – 17/10/2010) 
No 2º§, em “ofereceram à equipe chilena de salvamento, ...”, o emprego 
do acento grave: 
 
a) É justificado pela regência de “ofereceram” e pela presença de artigo definido 
feminino antes de “equipe”. 
b) É considerado facultativo por estar diante de substantivo coletivo. 
c) Tem a mesma função em: “Eu não ia perder tempo com quem ganhou muito 
dinheiro à custa de mentiras”. 
d) Antecede uma locução adverbial que expressa uma circunstância. 
e) Não se manteria caso “ofereceram” fosse substituído por “deram”. 
 
Questão 09 – (FCC) Analista Judiciário – TRE-RN/2011 
(Adaptada) 
 
O valor que atribuímos ...... coisas é resultado, não raro, de uma história pessoal e 
intransferível, de uma relação construída em meio a acidentes e percalços 
fundamentais. Assim, nosso apreço por elas não corresponde absolutamente ...... 
valorização que alcançariam no mercado, esse deus todo-poderoso, que, no 
entanto, resta impotente quando ao valor econômico se superpõe ...... afeição. 
 
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada, 
 
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Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.bra) às - à - a 
b) as - à – a 
c) as - a – à 
d) às - a – a 
e) às - à - à 
 
Questão 10 – (FGV) Delegado de Polícia – PC - AP/2010 
(Adaptada) 
 
O desafio da violência 
 
A VIOLÊNCIA, em diversas formas, foi variável fundamental na constituição da 
sociedade brasileira. A ocupação europeia do hoje território brasileiro foi feita 
mediante a destruição de centenas de culturas indígenas e da morte de milhões de 
ameríndios. 
Por outro lado, a instituição da escravidão, implicando uma dominação violenta, 
física e simbólica, atingiu os índios e depois, principalmente, a mão-de-obra africana 
que, durante quase quatro séculos, foi objeto do tráfico. 
Portanto, a sociedade brasileira tradicional, a partir de um complexo equilíbrio de 
hierarquia e individualismos, desenvolveu o uso da violência, mais ou menos 
legítimo, por parte de atores sociais bem definidos. No entanto, o panorama atual 
apresenta algumas características que alteram e agravam o quadro tradicional. 
A urbanização acelerada, com o crescimento desenfreado das cidades, as fortes 
aspirações de consumo, em boa parte frustradas, dificuldades no mercado de 
trabalho e conflitos de valores são algumas variáveis que concorrem para tanto. 
Ninguém mais se sente seguro: nem empresas nem indivíduos. Elites e classes 
médias têm suas casas assaltadas. O que dizer das camadas populares, 
secularmente vitimizadas? Nas favelas, nos conjuntos habitacionais, nas periferias, 
os criminosos fazem praticamente o que querem, seviciando, estuprando e 
matando. As pessoas são humilhadas e desrespeitadas de todos os modos. O poder 
público tem se mostrado, no mínimo, incapaz de enfrentar essa catástrofe. 
Sem dúvida, a pobreza, a miséria e a iniquidade social constituem, historicamente, 
campo altamente propício para a disseminação da violência. No entanto, creio que 
não tem sido dada a devida atenção para a dimensão moral, ética e do sistema de 
valores como um todo, para a compreensão desse fenômeno. A perda de 
credibilidade e de referências simbólicas significativas destrói expectativas de 
convivência social elementares. A família, a escola e a religião não têm sido 
capazes, por sua vez, de resistir à deterioração de valores. Na sociedade tradicional, 
com sua violência constitutiva, existiam mecanismos de controle social que 
marcaram uma moralidade básica compartilhada. Sem dúvida, continuam existindo 
áreas e grupos sociais que preservam e se preocupam com essas questões. 
Certamente a maioria das pessoas não é violenta ou corrupta. No entanto, o clima 
geral de impunidade incentiva a utilização de recursos e estratégias criminosas. 
Desenvolvem-se, inevitavelmente, soluções do tipo “justiça pelas próprias mãos”, 
que aumentam ainda mais a violência e a insegurança. Policiais, bandidos, 
justiceiros e seguranças travam batalhas diárias matando e pondo em risco a 
segurança de toda a população. O fenômeno das “balas perdidas”, expressão desses 
conflitos, é difícil de ser explicado para pessoas que não vivem nas cidades 
brasileiras. O fato de qualquer pessoa em qualquer de seus bairros estar exposta a 
esse tipo de perigo ilustra, de modo dramático, a intensidade da crise. 
Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20
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Língua Portuguesa para concursos 
Curso INSS 2015 
Teoria e questões comentadas 
Prof. Ludimila Lamounier – Aula 08 
 
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Como construir e sustentar um projeto nacional nessas circunstâncias? A sociedade 
civil, por si só, é insuficientemente organizada para enfrentar esses desafios e criar 
alternativas legítimas para o enfrentamento da violência. Só o Estado, reformado e 
renovado, incluindo o Legislativo e o Judiciário, poderá dispor de meios e recursos, 
articulado à opinião pública, para reverter essa ameaça de colapso. Estou falando, 
bem entendido, de regime democrático e não de ditaduras salvacionistas. 
Hoje um projeto capaz de mobilizar a nação passa, inevitavelmente, pelo 
estabelecimento de uma política efetiva de segurança pública dentro da ordem 
democrática. Só assim poderemos implementar e consolidar nossa precária 
cidadania, condição básica para o futuro da nação brasileira. 
 (VELHO, Gilberto. Violência: faces e máscaras. In: www.scielo.br – com adaptações) 
 
 
A regência do verbo dispor (em negrito no texto) é a mesma de: 
 
a) O artigo defende a necessidade de uma nova ética social. 
b) Convém atualizar velhas formas de comportamento. 
c) O autor expressa suas ideias de forma clara e objetiva. 
d) O palestrante fugiu ao foco dos debates. 
e) Busca-se uma saída para a crise institucional. 
 
Questão 11 – (CESPE) Todos os cargos – MEC/2014 
(Adaptada) 
 
O Censo Escolar da Educação Básica de 2013 revela que, desde 2010, o número de 
matrículas em educação integral no ensino fundamental cresceu 139%, chegando a 
3,1 milhões o número de estudantes matriculados na educação básica. Só no último 
ano, o crescimento foi de 45,2%. 
O aumento do número de alunos no ensino integral é atribuído ao Programa Mais 
Educação, criado pelo Ministério da Educação para incentivar as secretarias 
estaduais e municipais de educação, com a transferência de recursos federais, a 
oferecer a educação integral. É considerada educação integral a jornada escolar com 
sete ou mais horas de duração. 
“Esses números demonstram o esforço que está sendo feito e mostram que já 
temos resultados”, disse o ministro da Educação, para quem a expansão do ensino 
integral é um dos grandes destaques do censo. “A meta de ensino integral do Plano 
Nacional de Educação, de 25% dos alunos estarem no ensino integral, é factível se 
continuarmos com esse esforço”, complementou. 
De acordo com o ministro, os dados do censo evidenciam o resultado das políticas 
públicas e dos programas governamentais dedicados à ampliação da oferta 
educacional. “Em médio e longo prazo, as políticas públicas voltadas para o 
processo educacional começam a surtir efeito no censo”, afirmou. 
 Censo revela crescimento no ensino integral. fev./2014.Internet: 
<www.portal.inep.gov.br> (com adaptações). 
 
No que se refere aos aspectos sintáticos e semânticos do texto acima, 
julgue o item que se segue. 
O emprego do acento grave em “à ampliação” (sublinhado no texto) justifica-se 
em razão de o termo “dedicados” exigir complemento regido pela preposição a e 
o termo “ampliação” estar precedido de artigo definido feminino. 
 
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Questão 12 – (CESPE) Auditor de Controle Externo – TCU/2013 
(Adaptada) 
 
A experiência de governança pública tem mostrado que os sistemas democráticos 
de governo se fortalecem à medida que os governos eleitos assumem a liderança de 
processos de mudanças que buscam o atendimento das demandas de sociedades 
cada vez mais complexas e alcançam resultados positivos perceptíveis pela 
população. 
Contemporaneamente, para o alcance de resultados de desenvolvimento nacional, 
exige-se dessa liderança não apenas o enfrentamento de desafios de gestão, como 
a busca da eficiência na execução dos projetos e das atividades governamentais, no 
conhecido lema de “fazer mais com menos”, mas também o desafio de “fazer 
melhor” (com mais qualidade), como se espera, por exemplo, nos serviços públicos 
de educação e saúde prestados à população. Esse novo desafio de governo tem 
como consequência um novo requisito de 16 gestão, o que implica a necessidade de 
desenvolvimento de novos modelos de governança para se alcançarem os objetivos 
e metas de governo, em sintonia com a sociedade.

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