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01 - 41233 . 7 - História da Arte e do Design

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HISTÓRIA DA 
ARTE E DO 
DESIGN 
Jana Cândida Castro 
dos Santos
Arte egípcia, grega 
e romana
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Identificar a arte egípcia, a arte grega e a arte romana.
 � Reconhecer as características dessas artes.
 � Avaliar a importância dessas artes.
Introdução
A civilização que se desenvolveu no Egito possuía organização social 
complexa e produção cultural extensa. A religião era um dos aspectos 
mais significativos da cultura egípcia, orientando toda a sua produção 
artística. Por sua vez, os gregos não se submetiam às imposições de sa-
cerdotes ou reis autoritários. Para a cultura grega, o homem era a criatura 
mais importante do universo. Dessa maneira, o conhecimento racional 
permanecia acima da fé em divindades. Já a arte romana é marcada por 
duas fortes influências: a da arte etrusca — voltada para a expressão 
da realidade vivida — e a da arte greco-helenística — orientada para a 
expressão de um ideal de beleza.
Neste capítulo, você vai estudar a arte egípcia, a grega e a romana, 
reconhecendo as suas características e os principais traços da produção 
cultural de cada uma. 
A arte no Egito Antigo
Desenvolvida às margens do rio Nilo, a civilização egípcia é uma das mais 
importantes da Antiguidade. A expressão artística dessa civilização reflete 
profundamente a sua história. Tal história é comumente dividida em três 
períodos: Antigo Império, Médio Império e Novo Império. No decorrer desses 
períodos, o Egito conheceu um significativo desenvolvimento, tendo a arte 
um papel de destaque.
A arte desenvolvida no Egito reflete as crenças fundamentais da cultura 
egípcia. A religião é um dos aspectos mais relevantes. Para os egípcios, a vida 
humana poderia sofrer interferência dos deuses. Além disso, a vida após a 
morte tinha mais valor do que a própria existência terrena, ou seja, ligava-se 
à ideia de eternidade (OLIVEIRA; GARCEZ, 2001). Dessa maneira, a arte 
egípcia voltou-se para túmulos e objetos, estatuetas e vasos para os mortos. 
Já a sua arquitetura voltou-se para tumbas e construções mortuárias para os 
faraós, que acreditavam que deveriam entrar na outra vida acompanhados de 
suas riquezas.
A imponência do poder político e religioso
Do Antigo Império egípcio restaram importantes monumentos artísticos, 
erguidos para demonstrar a grandiosidade e a imponência do poder político e 
religioso de seu faraó, Djoser. A pirâmide de Djoser (Figura 1) é um exemplo 
claro. Ela talvez seja a primeira construção de grandes proporções dos egípcios. 
Geralmente, é identificada como a estrutura monumental substancial mais 
antiga do mundo a ser construída com pedra acabada.
Figura 1. Pirâmide de degraus de Djoser, Sacará, Egito.
Fonte: Pyramid of Djoser (2012, document on-line).
Arte egípcia, grega e romana2
Entre as obras arquitetônicas mais famosas estão as pirâmides do deserto 
de Gizé (Figura 2), que foram construídas devido às ordens de três importantes 
faraós do Antigo Império: Quéops, Quéfren e Miquerinos. A maior delas, a 
de Quéops, possui 146 m de altura e ocupa uma área de 54.300 m2.
Figura 2. Pirâmides de Gizé, Cairo, Egito. Visão geral das pirâmides na planície de Gizé e as 
três pirâmides conhecidas como Pirâmides das Rainhas na parte da frente. Em seguida, as 
pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos.
Fonte: David McEachan/Pexels.com.
A pirâmide de Quéops revela o domínio técnico da arquitetura egípcia. Entre os 
blocos de pedra que formam suas imensas paredes, não foi utilizada nenhuma 
espécie de argamassa. Ou seja, não se utilizou nenhuma mistura de areia e água 
com aglutinante, como se utiliza hoje no assentamento de tijolos e outros blocos 
de construção.
3Arte egípcia, grega e romana
Uma arte de convenções
Entre as principais características da arte egípcia está sua ligação com a religião, 
como você já viu. Assim, para os egípcios, a arte servia para a difusão de suas 
crenças religiosas, obedecendo a uma série de regras. O artista deveria criar 
uma obra anônima. Tal obra deveria revelar o perfeito domínio das técnicas de 
execução e não o estilo, a criatividade ou a imaginação de quem a produzia. 
Nas pinturas e nos baixos-relevos, era utilizada a lei da frontalidade. De 
acordo com essa regra, grande marca egípcia, a arte não deveria apresentar uma 
reprodução naturalista. Ela deveria deixar claro ao observador que se tratava 
de uma representação. A figura humana era retratada com o tronco para a 
frente, enquanto a cabeça, as pernas e os pés eram vistos de perfil (Figura 3).
Figura 3. Gravuras do Vale dos Reis, Egito.
Fonte: Proença (2009, p. 20).
O apogeu da arte e do poder
O Egito viveu o seu ponto alto de poderio e cultura no Novo Império (1580–1085 
a.C.). Nesse período, os faraós reiniciaram as grandes construções, interrom-
pidas pelas sucessivas crises políticas. Dessas construções, os templos de 
Luxor e Carnac são os mais conservados, ambos dedicados ao deus Amon.
Arte egípcia, grega e romana4
O templo de Amon em Luxor foi construído por determinação de Amenófis 
III, por volta de 1380 a.C. Nele, há sete pares de colunas com cerca de 16 m 
de altura. O aspecto mais relevante desse templo, em termos estéticos, é a 
coluna com capitel. O capitel, arremate superior da coluna, era trabalhado 
com motivos da natureza, como o papiro e a flor de lótus. Observe a Figura 4.
Figura 4. Colunas do templo de Amon em Luxor, Egito (séculos XIV–XII a.C.). No detalhe, 
capitel com representação de flor de papiro.
Fonte: Proença (2009, p. 21).
5Arte egípcia, grega e romana
Desse período também se destaca o templo da rainha Hatshepsut, que 
reinou de 1511 a 1480 a.C. (Figura 5). O grande monumento funerário foi 
concebido a partir da ligação com a montanha rochosa que lhe serve de fundo, 
exibindo imponência e beleza. A construção mostra a profunda integração da 
arquitetura com o ambiente natural.
Figura 5. Templo da rainha Hatshepsut, perto de Luxor, Egito.
Fonte: 4 Hatshepsut temple (2008, documento on-line).
Na pintura do Novo Império, abandonou-se a rigidez da postura das figu-
ras. Assim, surgiram criações artísticas mais leves, com cores mais variadas 
e sensação de movimento. As alterações ocorridas na expressão artística 
resultaram de mudanças políticas promovidas por Amenófis IV. Porém, com 
sua morte, os sacerdotes retomaram o antigo poder, dirigindo o Egito ao lado 
de Tutancâmon, o novo faraó. Tutancâmon, no entanto, morreu aos 18 anos. 
Sua tumba foi encontrada em 1922 pelo pesquisador inglês Howard Carter, 
no Vale dos Reis, com seus tesouros ainda intactos.
Arte egípcia, grega e romana6
O Vale dos Reis localiza-se na margem ocidental do rio Nilo, próximo a Luxor, e é 
conhecido como uma grande necrópole. Sua tradição teve início no Novo Império, 
quando o faraó Tutmés I decidiu que seu túmulo seria construído secretamente no 
local. A sua ideia era que os objetos de valor ficassem a salvo dos saqueadores. 
As tumbas eram construídas no interior da montanha, muitas vezes até 200 m abaixo 
da superfície, o que ainda não era suficiente para se evitarem os grandes saques e 
roubos. Por isso é que a descoberta da tumba de Tutancâmon e de seus tesouros 
ainda intactos surpreendeu os arqueólogos.
Também data dessa época o uso dos hieróglifos, unidade do sistema de 
escrita egípcio, como elemento estético. Os hieróglifos começaram a ser 
esculpidos nas fachadas e colunas dos templos como uma forma de os egíp-
cios documentarem sua cultura para a posteridade, ornamentando as obras 
arquitetônicas.
A escrita evidenciava o controle do reino e era composta por meio dos hieróglifos 
(cada sinal representava um objeto). Essa escrita aparecia principalmente em folhas 
de papiro, mas também em paredes e blocos de concreto, em que os pictogramas 
eram pintados ou escavados. Denominava-se escriba a pessoa responsável por 
produzir a escrita. Os escribas sabiam fazer contas, ler e escrever. Assim, costumavam 
fazer a contabilidade dopalácio real. Também registravam nos papiros os grandes 
feitos do faraó.
Após a morte de Ramisés II, o poder real tornou-se fraco, já que o Império 
passou a ser comandado pelos sacerdotes. Isso provocou instabilidade e o 
Egito se tornou alvo de sucessivas invasões. Aos poucos, as invasões — por 
etíopes, persas, gregos, romanos — foram desordenando a sociedade egípcia. 
A crise política do Império refletiu-se diretamente na arte, que passou a ser 
influenciada pela cultura dos invasores e foi perdendo as suas caraterísticas 
anteriores.
7Arte egípcia, grega e romana
A arte na Grécia
Os gregos, ao estabelecerem relações com o Egito e o Oriente Próximo, admi-
raram a produção artística desses povos. Se inicialmente imitaram os egípcios, 
com o passar do tempo criaram suas próprias arquitetura, escultura e pintura. 
Para isso, utilizaram concepções muito diferentes das egípcias, que eram mais 
ligadas à religiosidade. 
Os gregos acreditavam que o ser humano ocupava um lugar de destaque no 
universo e não se submeteram às imposições dos reis e sacerdotes. Acreditavam 
que “[...] o conhecimento, expressado pela razão, estava acima da crença em 
qualquer divindade” (PROENÇA, 2009, p. 30). Do ponto de vista da produção 
artística grega, segundo Proença (2009), podem-se destacar alguns períodos 
históricos. Veja a seguir.
 � Período arcaico: formação das cidades-estados, de meados do século 
VII a.C. até a época das Guerras Greco-Pérsicas, no século V a.C. Nesse 
período, houve predomínio das linhas geométricas rígidas.
 � Período clássico: das Guerras Greco-Pérsicas até o fim da Guerra do 
Peloponeso, no século IV a.C. Esse período foi marcado pela idealização 
da beleza e pela busca da perfeição formal.
 � Período helenístico: do século IV a.C. até o século II a.C. (em 146 a.C., 
a Grécia foi dominada por Roma). Esse período foi caracterizado por 
formas com aspectos exagerados de movimentação, em que se ressaltava 
a qualidade expressiva dos elementos.
A arte nos períodos arcaico e clássico
Do período clássico, se destaca o século V a.C., também conhecido como 
século de Péricles e idade de ouro da sociedade grega. Nessa época, as 
atividades artísticas, intelectuais e políticas refletiram o esplendor da cultura 
helênica. O termo helênico se refere aos povos que ocupavam a região da Hé-
lade (denominação grega) ou Grécia (denominação latina, hoje consagrada).
A arquitetura
Os templos são as construções que mais despertam interesse na arquitetura 
grega. Eram construídos para proteger do sol e da chuva as esculturas das 
divindades. Entre suas características, a mais evidente é a simetria entre o 
pórtico da entrada — o pronau — e o dos fundos — o opistódomo (Figura 6).
Arte egípcia, grega e romana8
Figura 6. Plano de um templo grego típico.
Fonte: Proença (2009, p. 33).
O templo grego era formado pelo pronau, como você viu na Figura 6, pelo 
naus — onde ficava a imagem da divindade — e pelo opistódomo. Esse núcleo 
era cercado pelo peristilo — colunata ou série de colunas. Em algumas cidades 
mais ricas, o peristilo era configurado por duas séries de colunas em torno 
do núcleo do templo. Destacavam-se nos templos a simetria, a modulação, o 
ritmo e a proporção. Segundo Mattos (2003), em torno deles desenvolveu-se 
uma literatura muito rica, marcada pela mitologia.
Construíam-se os templos sobre uma base de três degraus. As colunas 
do templo sustentavam o entablamento horizontal, formado pela arquitrave, 
pelo friso e pela cornija, como você pode ver na Figura 7. As colunas, assim 
como os entablamentos, seguiam duas ordens: a dórica (Figura 7a) e a jônica 
(Figura 7b). A dórica era uma ordem mais simples e maciça, enquanto a jônica 
sugeria mais leveza e mais ornamentação. Em geral, a ordem jônica, segundo 
Proença (2009), tinha um tratamento mais livre do que a dórica.
9Arte egípcia, grega e romana
Figura 7. (a) Ordem dórica, (b) ordem jônica e (c) capitel coríntio.
Fonte: Proença (2009, p. 33).
A pintura em cerâmica
A pintura na Grécia, assim como em outras civilizações, surgiu como um 
elemento decorativo da arquitetura. Porém, encontrou também sua realização 
na arte da cerâmica. Os vasos gregos são conhecidos tanto pelo equilíbrio de 
suas formas como pela harmonia entre o desenho, as cores e o espaço utilizado 
para a ornamentação. Além de servir para rituais religiosos, os vasos eram 
utilizados para armazenamento de água, vinho, azeite e mantimentos. E aos 
poucos foram tornando-se também objetos artísticos. As pinturas nos vasos 
buscavam representar as atividades diárias e as cenas da mitologia grega. 
Veja a Figura 8.
Arte egípcia, grega e romana10
Figura 8. Ânfora com figuras negras pintadas por Exéquias (esquerda) por volta de 540 a.C. 
(Museu Gregoriano-Etrusco, Roma) e ânfora com figuras vermelhas (direita) de cerca de 
360–350 a.C. (Museu do Louvre, Paris).
Fonte: Proença (2009, p. 37).
A arte no período helenístico
O termo helenístico designa a cultura que se iniciou sob o poder de Alexandre e 
que seguiu até o domínio da Grécia pelos romanos. As transformações históricas 
desse período, inclusive o desaparecimento da cidade-estado — a pólis grega 
—, levaram à configuração de reinos imensos, o que interferiu na arte grega.
A arquitetura
Os gregos do período helenístico deixaram de viver em comunidades constituídas 
por cidades-estados e passaram a habitar vastos reinos. A mudança também se 
refletiu na arquitetura das moradias e dos teatros. De modo geral, nesse período, 
os gregos substituíram o senso de cidadania pelo individualismo. As casas 
passaram a ter maior importância na cidade, ganhando mais espaço e conforto.
O teatro, por sua vez, foi afetado na sua configuração. A ideia era valorizar 
cada vez mais os atores. Um exemplo disso é a remodelação pela qual passou o 
Teatro de Priene no século II a.C. (Figura 9). A orquestra do teatro deixou de ser 
um espaço circular completo, o que tornou o local destinado aos espectadores 
mais concentrado. Essa concepção de teatro mais compacto ganhou força e 
foi se desenvolvendo com os romanos (PROENÇA, 2009, p. 41).
11Arte egípcia, grega e romana
Figura 9. Teatro de Priene.
Fonte: Theater at Priene (2010, documento on-line).
A arte em Roma
Presume-se que a cidade de Roma tenha aparecido por volta de 753 a.C. No 
entanto, seu surgimento ainda é envolto em lendas e mitos. Sua formação 
cultural sofreu influência principalmente de gregos e etruscos. Esses povos, 
que ocuparam diferentes regiões da península itálica entre os séculos XII e 
VI a.C., contribuíram para a formação de Roma como o centro de um vasto 
império. A arte romana, assim, assimilou a expressão de um ideal de beleza da 
arte greco-helenística. Além disso, incorporou a preocupação de representar 
a realidade vivida da arte etrusca.
A história desse império se divide em três grandes períodos, como você 
pode ver a seguir.
 � Monárquico: 753–509 a.C.
 � Republicano: 509–27 a.C.
 � Imperial: 27 a.C.–476 d.C.
Em 395 d.C., o imperador Teodósio dividiu o Império em duas partes — 
Império Romano do Ocidente (cuja capital era Roma) e Império Romano do 
Oriente (cuja capital era Constantinopla).
Arte egípcia, grega e romana12
A arquitetura
Entre os legados culturais deixados pelos etruscos aos romanos, se destacam: 
o uso do arco (Figura 10) e o uso da abóbada nas construções, permitindo vãos 
maiores e espaços internos livres de colunas. O arco permitiu a ampliação 
do vão entre uma coluna e outra. Nele, as tensões são divididas de forma 
homogênea. Além disso, se construídos com blocos de pedra, os arcos têm 
ainda mais estabilidade.
No final do século I d.C., os romanos já haviam superado as influências 
dos gregos e etruscos. Assim, estavam prontos para desenvolver suas próprias 
criações artísticas, independentes e originais.
Figura 10. Passagem sob arco etrusco em Voltera, Itália.
Fonte: Proença (2009, p. 44).
13Arte egípcia, grega e romana
Você sabe o que é uma abóbada? É uma cobertura arqueada e côncava internamente.Em geral, era construída com pedras e tijolos apoiados uns nos outros, de modo a 
suportar o próprio peso, assim como os pesos externos. As abóbadas podem se apoiar 
sobre colunas, paredes e/ou pilares.
A morada romana
A morada romana tinha uma planta rigorosa e invariavelmente desenhada 
de forma retangular, como você pode ver na Figura 11. A porta da entrada 
conduzia ao espaço central, chamado átrio. O átrio era descoberto exatamente 
na direção do implúvio, um tanque para coletar a água da chuva. Além disso, a 
abertura no telhado permitia a entrada de luz natural e ventilação. Os demais 
cômodos da casa também se voltavam para esse espaço central. Ao fundo da 
casa havia um peristilo, solução que os romanos encontraram para incorporar 
o conjunto de colunas que tanto admiravam nas construções gregas.
Figura 11. Peristilo da Casa dos Vettii, Pompeia, Itália.
Fonte: Proença (2009, p. 45).
Arte egípcia, grega e romana14
A arquitetura dos templos
Os templos romanos eram erigidos num plano mais elevado, de modo que 
a entrada fosse acessível por meio de uma escadaria. Os elementos como 
o pórtico e a escadaria tornavam a fachada principal distinta das demais, 
diferenciando os templos romanos dos gregos. Assim como em suas mora-
dias, os romanos incorporaram os peristilos externos ao modelo tradicional 
de seus templos.
Diferentemente dos gregos, os romanos se preocupavam muito mais com 
os espaços interiores do que com os exteriores. O melhor exemplo dessa 
diferença talvez seja o Panteão, construído em Roma, que você pode ver 
na Figura 12.
Figura 12. Vista externa do Panteão (século II), Roma.
Fonte: Rome Pantheon front (2006, documento on-line).
A concepção arquitetônica do teatro
Os arcos e abóbadas, herdados dos etruscos, permitiram que os romanos 
construíssem edifícios, sobretudo anfiteatros, bastante amplos. Assim, não era 
15Arte egípcia, grega e romana
mais necessário assentar o auditório nas encostas das colinas, como faziam 
os gregos. Os romanos podiam construir esses edifícios em qualquer terreno 
e com qualquer topografia. Essa solução estrutural favoreceu um tipo de 
espetáculo muito apreciado pelos romanos: as lutas de gladiadores, que então 
podiam ser vistas de qualquer ângulo.
O anfiteatro constituía-se, enfim, de um espaço central elíptico em que 
se dava o espetáculo. Esse espaço era circundado pelo auditório, composto 
de inúmeras fileiras, formando uma arquibancada. Externamente, o edifí-
cio era ornamentado por esculturas e colunas gregas das três ordens. Um 
grande exemplo disso é o Coliseu, um dos mais belos anfiteatros romanos 
(Figura 13).
Figura 13. Coliseu (século I), Roma.
Fonte: Colosseum (2012, documento on-line).
Arte egípcia, grega e romana16
As obras públicas
A arte romana também se revela em obras como termas, aquedutos, mercados 
e edifícios governamentais. Entre as obras de construção civil dos romanos, 
a que tem maior destaque é o aqueduto, conhecido até hoje como Le Pont du 
Gard (Figura 14).
Figura 14. Le Pont du Gard, França.
Fonte: Pont du Gard (2017, documento on-line).
O aqueduto Le Pont du Gard, de 50 km de extensão, conduzia a água 
até Nîmes, cidade que hoje pertence à França. Um aspecto de grande beleza 
nessa construção são seus arcos. Eles criam áreas vazadas que dão leveza 
à ponte, contrastando com a solidez e a imponência de uma obra de enge-
nharia romana.
17Arte egípcia, grega e romana
A pintura e o mosaico
Grande parte das pinturas romanas que você conhece hoje vem das cidades 
de Pompeia e Herculano. As pinturas faziam parte da decoração interna dos 
edifícios e eram expostas em painéis que recobriam as paredes das casas. Ne-
les, podia-se criar a ilusão de janelas abertas, mostrando paisagens e pessoas. 
Os romanos também dominavam a arte do mosaico. Tanto a pintura como o 
mosaico eram elementos que enriqueciam as obras arquitetônicas. Observe 
a Figura 15, a seguir.
Figura 15. Afrescos na parede de uma casa na Vila dos Mistérios, Pompeia (meados do 
século I a.C.). As figuras têm aproximadamente 1,5 m.
Fonte: Proença (2009, p. 49).
Herança egípcia, grega e romana
Como você viu, a arte egípcia pode ser considerada uma arte funerária. 
Afinal, as suas principais representações plásticas eram voltadas para a 
vida após a morte. A arte dos egípcios celebrava a grandeza do reino e a 
majestade do faraó. 
Arte egípcia, grega e romana18
1. Os egípcios são muito conhecidos 
por suas famosas pirâmides — 
que serviam de túmulos para 
os faraós —, pelas múmias e 
pela beleza de suas obras de 
artes. Assinale a alternativa 
correta sobre a arte egípcia.
a) A pintura egípcia apresentava 
uma reprodução naturalista, sem 
deixar claro ao observador que 
se tratava de uma representação. 
A figura humana era retratada 
com o tronco, a cabeça, as 
pernas e os pés para frente.
b) As esculturas egípcias 
representavam uma imagem 
dinâmica e fiel ao modelo.
c) Os baixos-relevos 
presentes nas estruturas 
arquitetônicas representavam 
aspectos das guerras.
d) A arte egípcia pode ser 
considerada funerária, pois 
representava os aspectos 
da vida terrena.
e) A arte desenvolvida no 
Egito reflete as crenças 
fundamentais da cultura 
egípcia, sendo a religião um 
dos aspectos mais relevantes.
2. A sociedade egípcia se organizava 
hierarquicamente. Os grupos 
sociais iam dos mais pobres 
aos mais ricos. O faraó era o 
rei incontestável, depois dele 
vinham os nobres e os escribas. 
Sobre a função dos escribas, 
assinale a alternativa correta.
a) Os escribas eram pessoas 
importantes e ricas, que 
ajudavam o faraó a governar, 
ocupando altos cargos no Estado.
Por sua vez, a arte grega é caracterizada pela proporção, pela harmonia, 
pelo equilíbrio e pela idealização. Do período grego, resistiram elementos 
relevantes até hoje, como as Olimpíadas e a busca pela beleza idealizada. 
Além disso, as cidades-estados (ou pólis, como eram chamadas) representam 
a base do conceito de cidade que você conhece hoje. A palavra política deriva 
de pólis, já que este era o lugar onde os cidadãos se reuniam para tomar as 
decisões que afetavam toda a comunidade. 
A arte romana, por fim, oscilou entre a tradição etrusca e a influência grega, 
sendo esta predominante. Os principais aspectos desse período podem ser 
verificados nas obras localizadas no espaço público, sejam elas arquitetônicas, 
esculturais ou pictóricas. O caráter funcional, civil e público era a marca da 
arquitetura romana, ou seja, o urbanismo tinha papel fundamental para essa 
civilização. Como você pode notar, as civilizações egípcia, grega e romana 
deixaram importantes heranças culturais e artísticas, cujos elementos, técnicas 
e descobertas científicas influenciam o mundo todo até hoje. 
19Arte egípcia, grega e romana
b) Os escribas eram responsáveis 
somente pela contabilidade 
do palácio real, calculando 
ganhos e gastos do governo.
c) A principal função dos escribas 
era trabalhar nas oficinas do rei 
fazendo roupas, joias e vasos.
d) Os escribas eram alguns dos 
poucos que sabiam ler e escrever.
e) Os escribas eram pessoas 
humildes e analfabetas 
que viviam nas aldeias.
3. Até hoje, as obras de filosofia e 
poesia, as peças de teatro e as 
esculturas gregas são apreciadas no 
mundo todo. Os gregos acreditavam 
que o ser humano ocupava um 
lugar de destaque no universo 
e que o conhecimento expresso 
pela razão estava acima da crença 
em qualquer divindade. Com base 
nas características da arte grega, 
assinale a alternativa correta.
a) Os templos gregos eram 
colossais para reunir 
em seu interior o maior 
número de pessoas.
b) Podem-se evidenciar as 
representações pictóricas gregas 
por meio da cerâmica, que 
apresentava uma decoração 
organizada e narrativa.
c) A grande conquista e o grande 
desafio da escultura grega 
foram as representações de 
grupos de figuras humanas 
estáticas, que deveriam ser 
belas de todos os ângulos.
d) Os teatros gregos podiam ser 
construídos em qualquer terreno 
e com qualquer topografia.
e) Os gregos faziamsuas esculturas 
de modo a representar as 
pessoas, e não em busca de 
um ideal de beleza humana.
4. A cultura greco-romana é a 
mistura entre as culturas grega 
e romana. Ela chegou até o 
mundo contemporâneo como 
modelo estético clássico. Sobre 
as diferenças e semelhanças 
entre os gregos e romanos, 
é correto afirmar que:
a) tanto os teatros gregos como 
os romanos eram construídos 
somente em encostas de colinas, 
para assentar os seus auditórios. 
b) assim como os gregos, os 
romanos utilizavam o arco e 
a abóbada nas construções, 
criando vãos maiores e espaços 
internos livres de colunas.
c) diferentemente dos gregos, os 
romanos se preocupavam muito 
mais com os espaços interiores 
do que com os exteriores dos 
edifícios. O melhor exemplo 
dessa diferença é o Panteão, 
construído em Roma.
d) A preocupação romana com 
a busca de um ideal de beleza 
humana pode ser vista tanto 
nas estátuas de imperadores 
como nos relevos esculpidos 
em monumentos que 
celebravam feitos importantes 
no Império Grego.
e) A arte romana assimilou a 
expressão de um ideal de 
beleza da arte etrusca e 
incorporou a preocupação de 
representar a realidade vivida 
da arte greco-helenística.
5. Entre as civilizações da Antiguidade, 
em termos de produção cultural, 
as que têm mais destaque são a 
Arte egípcia, grega e romana20
egípcia, a grega e a romana. Sobre 
a herança cultural e artística e as 
descobertas científicas desses povos 
antigos, é possível afirmar que:
a) os egípcios ficaram conhecidos 
por suas pirâmides, que eram 
construções gigantescas 
de tijolo e pedra feitas para 
abrigar o tesouro dos nobres.
b) a mumificação, para os 
gregos, era uma forma de 
homenagear os deuses e 
conquistar mais riquezas.
c) a visão de mundo 
contemporânea, o modo de 
pensar, de enxergar beleza e de 
procurar a justiça tem muito a ver 
com o que os egípcios faziam.
d) a lógica, que estuda como 
raciocinar corretamente, 
foi criada pelos romanos, 
assim como a filosofia.
e) a arte romana também se 
revela nas grandes obras, como 
termas, aquedutos, mercados 
e edifícios governamentais.
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Arte egípcia, grega e romana22
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