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SEMINÁRIO VI - ICMS - SERVIÇOS

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Módulo Exigibilidade do Crédito Tributário
SEMINÁRIO VI – ICMS - SERVIÇOS
Questões
1.	Construir a(s) regra(s)-matriz(es) de incidência tributária do ICMS – Serviços.
Serviços de Comunicação
Antecedente:
Critério Material: prestação de serviços de comunicação
Critério Espacial: todo território nacional
Critério Temporal: momento da prestação.
Consequente:
Critério Pessoal:
Sujeito Ativo: Estado Federativo onde tiver sido realizada a prestação
Sujeito Passivo: Prestador do serviço
Critério Quantitativo:
Base de Cálculo: valor da prestação
Alíquota: variável dentro da competência de cada Estado.
Serviços de Transporte
Antecedente:
Critério Material: prestação de serviços de transporte intermunicipal e interestadual
Critério Espacial: todo território nacional
Critério Temporal: momento da prestação.
Consequente:
Critério Pessoal:
Sujeito Ativo: Estado Federativo onde tiver sido realizada a prestação
Sujeito Passivo: Prestador do serviço
Critério Quantitativo:
Base de Cálculo: valor da prestação
Alíquota: variável dentro da competência de cada Estado.
2. Que é “prestação de serviços de comunicação”? É possível determinar esse conceito por meio do texto constitucional? O que pode ser tributado pelo ICMS: (i) a comunicação (onerosa) efetivamente realizada, ou; (ii) a mera disponibilidade (onerosa) de meios físicos/canais aptos que possibilitem que a comunicação aconteça? (Vide anexos I e II).
O conceito de prestação de serviços de comunicação não está previsto na Constituição Federal, mas possui conceito na Lei Geral de Telecomunicações em seu art. 60, § 1, que diz:
Art. 60. Serviço de telecomunicações é o conjunto de atividades que possibilita a oferta de telecomunicação.
§ 1° Telecomunicação é a transmissão, emissão ou recepção, por fio, radioeletricidade, meios ópticos ou qualquer outro processo eletromagnético, de símbolos, caracteres, sinais, escritos, imagens, sons ou informações de qualquer natureza.
Dessa forma, prestação de serviços de comunicação se trata de um conjunto de atividade fornecida por alguém que coloca a disposição de outrem, por meio de contrato, os meios necessários para a transmissão, emissão etc. de telecomunicação.
Para essa pergunta, é preciso distinguir o provedor de informação com o provedor de acesso.
O provedor de informação se trata de instituições que disponibilizam o acesso, sendo disponibilizadas por meio de programas servidores, como WWW.
Já o provedor de acesso, é o meio necessário de acesso para a conexão, que se conectam e disponibiliza acesso a terceiros através de seus provedores, como TV a cabo, VIVO, CLARO etc.
Portanto, a simples disponibilidade de meios para realizar a comunicação, se trata de uma atividade meio e não fim, então não há que se falar em ICMS neste caso, incidindo somente quando ocorrer o fato gerador, em sua comunicação onerosa efetivamente realizada.
3.	Sobre a possibilidade de se cobrar ICMS, responda:
a) O termo “mercadoria” do artigo 155, II da CF/88 alcança os denominados “bens e mercadorias digitais”? Fundamente.
A Cláusula primeira do Convênio ICMS n. 106/2017 sugere que este alcança “as operações com bens e mercadorias digitais, tais como softwares, programas, jogos eletrônicos, aplicativos, arquivos eletrônicos e congêneres, que sejam padronizados, […] comercializadas por meio de transferência eletrônica de dados”.
b) Há possibilidade jurídica de se cobrar ICMS nas seguintes situações: serviço de internet por acesso discado e banda larga; software e transmissão de dados por streaming; NETFLIX. Fundamentar. Se positiva sua resposta, quais espécies de ICMS seriam de possíveis incidências nesse casos: ICMS-bens e mercadorias ou ICMS-comunicação? Justifique.
Conforme súmula 334 do STJ “O ICMS não incide no serviço dos provedores de acesso à Internet”.
Também não incide ICMS em software, pois ele se encontra previsto na lista de serviços anexa a LC 116/2003, incidindo assim o ISS.
Na transmissão de dados por streaming não há incidência do ICMS, pois se trata de uma forma de distribuição de dados em rede, que não são armazenadas pelos usuários em seu computador, sendo transmitidos por meio da internet, não violando os direitos autorais, dessa mesma forma é a NETFLIX.
Portanto nenhum dos casos há incidência de ICMS.
4. Que é “prestação de serviços de transporte”? Quais suas modalidades? É necessária a efetividade da prestação de serviços para que o ICMS incida? Analisar a tributação de transporte aéreo de passageiros e cargas. Há a incidência do aludido imposto no caso de o transporte ser efetuado por meio de veículo próprio da empresa, dirigido por motorista que com ela possui vínculo empregatício? E se o motorista for terceirizado? E se o veículo for locado?
Prestação de serviços de transporte se trata da condução, por via terrestre, de mercadorias, aérea, hidroviária, de cargas etc. Suas modalidades podem ser interestaduais ou intermunicipais.
Para haver a incidência é necessário a efetiva prestação do serviço.
Haverá a incidência desde que ocorra o fato gerador, não importando as particularidades da empresa e que o transporte seja interestadual ou intermunicipal.
Só não haverá incidência de ICMS se o transporte for feito sobre carga própria ou quando for transferência de mercadoria entre estabelecimentos do mesmo titular.
Se o motorista for terceirizado haverá incidência, pois houve a ocorrência do fato gerador, já se o veículo for locado não haverá incidência, pois se trata de um elemento acessório.
5. Empresa de transporte internacional, contratada para trazer documentos do exterior, subcontrata empresa brasileira que efetive o transporte da entrada do documento em território nacional até o destinatário local. Pergunta-se: (a) tal operação pode ser desmembrada para fins de tributação pelo ICMS? (b) se positiva a resposta, qual seria o sujeito passivo da relação tributária? (Vide anexo VI).
Sim, conforme o art. 155, § 2º, inciso IX, alínea “a” o ICMS incidirá : “sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço”.
6. Prestadora de serviço de transporte é contratada para efetuar transporte de mercadoria de estabelecimento localizado em Osasco/SP para uma trading estabelecida em São Bernardo do Campo/SP. O destino final da mercadoria transportada é a exportação. Com base no art. 155, § 2º, X, “a” da CF/88 e parágrafo único do art. 3º da LC 87/96, o Fisco paulista entende que nesse trajeto interno há imunidade do ICMS somente com relação à operação de circulação das mercadorias transportadas e não para o ICMS relativo à prestação de serviços de transporte. Você concorda com esse entendimento? (Vide anexo VII).
Não poderá haver cobrança do ICMS, por se tratar de cadeia operacional com objetivo de exportação, tratando se de um incentivo à produção interna.
7. Os conceitos de transbordo e baldeação na prestação, utilizados na prestação de serviços de transporte de cargas, são sinônimos? A mudança de modal, utilizando-se de veículos de propriedade de mesmo titular, é caso de transbordo ou prestação de serviço independente? Empresa X realiza serviço de transporte entre os Munícipios Y e Z, ambos do Estado de São Paulo, utilizando-se, para tanto, de caminhão e avião, tendo as mercadorias sido acondicionadas, ou seja, permanecendo por tempo razoável em estabelecimento da empresa quando da mudança de modal, haveria de se falar em descontinuidade de transporte e, por consequência, nova cobrança de ICMS? (Analisar a problemática à luz do Parecer PGFN/CAT nº 57/13). 
Sim, o conceito de transbordo e baldeação são sinônimos, significando um ato ou efeito de passar mercadorias ou pessoas de um meio de transporte para outrem da mesma linha. Nesta ação não há incidência de ICMS.
Conforme parecer nº 57/13 da PGFN, temos que:
“Dessa forma, a prestaçãode serviço para si próprio não enseja a incidência do tributo, assim, não estando presentes duas partes que realizem um negócio, não é possível caracterizar uma prestação de serviço independente apta a ensejar nova incidência do ICMS a simples mudança de modal”.
Portanto, a utilização de veículo do mesmo titular trata-se de transbordo.
Não há que se falar em descontinuidade de transporte e nem a cobrança de ICMS, pois se trata somente de uma questão de logística e não envolve nova relação jurídica.

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