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Oportunistas, se beneficiam da imunossupressão do paciente: o Atingem a pele, unha, couro cabeludo, mucosas, infecções sistêmicas (pneumonias, fungemia); o Ex: coccidioidomicose, histoplasmose, blastomicose, paracoccidioidomicose. INFECÇÕES SITÊMICAS mais comuns: o Candida; o Aspergillus; OBS.: Podem afetar neonatos e adultos, pelo uso de cateter, sonda, intubação prolongada, traqueostomia ATUAÇÃO DOS FÁRMACOS • INFECÇÕES SISTÊMICAS o Fármacos sistêmicos (oral ou parenteral) • INFECÇÕES MUCOCUTÂNEAS o Fármacos sistêmicos orais; o Fármacos tópicos MECANISMO DE AÇÃO A célula do fungo temos a parede celular que tem moléculas como, proteínas, quitinas, betaglicanos (açucares), e na região da membrana temos as beta- glicanos sintetases que vão sintetizar o beta-glicano da parede celular. Obs.: lembrando que a parede celular é o local de “estrutura” do fungo, da estabilidade, devendo ser o alvo para tentar bloquear a estabilidade do fungo. Para manter a estrutura do fungo, temos os ergosteróis (colesteróis), produzidos pelo próprio fungo Fármacos Sistêmicos Anfoter ic ina B • Disponíveis apenas pela via parenteral • Praticamente insolúvel em água • Diversas formulações foram desenvolvidas (moléculas carreadoras de fármacos) o Complexo lipídico: é uma suspensão de anfotericina B que forma um complexo com dois fosfolipídeos: L- alfa-dimiristoilfosfatidilcolina (DMPC) e L-alfa- dimiristoilfosfatidilglicerol (DMPG), na proporção de 1:1 (droga:lipídeo); o Anfotericina lipossomal: é um pó liofilizado contendo anfotericina B envolta por uma membrana lipídica • A resistência à anfotericina B ocorre quando a ligação com o ergosterol é prejudicada, quer por redução na concentração de ergosterol da membrana, quer por modificação da molécula de esterol-alvo para reduzir sua afinidade com o fármaco. MECANISMO DE AÇÃO • A anfotericina B é seletiva em seu efeito antifúngico porque explora a diferença na composição lipídica das membranas celulares de fungos e mamíferos. • A anfotericina B se liga ao ergosterol nas membranas plasmáticas das células dos fungos sensíveis. Ali ela forma poros (canais) que precisam de interações hidrofóbicas entre o segmento lipofílico do antifúngico polieno e o esterol. O poro desorganiza a função da membrana, permitindo o vazamento de eletrólitos (particularmente potássio) e pequenas moléculas, resultando na morte da célula FARMACOCINÉTICA • É quase insolúvel em água e, por conseguinte, preparada como uma suspensão coloidal de anfotericina B e desoxicolato sódico para injeção intravenosa (de forma lenta) • É mal absorvida no trato gastrintestinal. • Sua apresentação oral é eficaz apenas contra fungos dentro do lúmen do trato e não pode ser empregada no tratamento de doença sistêmica. • O fármaco encontra-se ligado em mais de 90% a proteínas séricas. Embora metabolizada em sua maior parte, um pouco da anfotericina B é excretado lentamente na urina ao longo de vários dias. • A meia-vida sérica é de aproximadamente 15 dias. • O fármaco distribui-se amplamente na maioria dos tecidos, mas apenas 2 a 3% do nível sanguíneo é obtido no líquido cerebrospinal, exigindo ocasionalmente terapia intratecal para determinados tipos de meningite fúngica. USO CLINICO • MAIS AMPLO ESPECTRO DE AÇÃO: Candida albicans; Cryptococos neoformans; Histoplasma capsulatum; • Aspergillus fumigatus; • Aspergilose invasiva: FUSARIOSE; • Candidíase disseminada: ZIGOMICOSE; • Histoplasmose: LEISHMANIOSE curânea ou visceral (avançadas / crianças e adultos); • Coccidioidomicose: CRIPTOCOCOSE; • Blastomicose: PARACOCCIDIOIDOMICOSE. • Infecções mitóticas com risco de vida; o Esquema − Tratamento inicial com Anfotericina − Terapia crônica ou prevenção com Azois. EFEITOS ADVERSOS • TOXICIDADE IMEDIADA: relacionadas à infusão o Febre, calafrios, espasmos musculares, vômitos, cefaleia e hipotensão; • TOXICIDADE CUMULATIVA: comprometimento renal o Alteração tubular renal Azóis • Os azois são compostos sintéticos que podem ser classificados como imidazois ou triazois de acordo com o número de átomos de nitrogênio no anel azólico de cinco membros, conforme indicado adiante. • IMIDAZOIS o Cetoconazol o Miconazol o Clotrimazol • TRIAZOIS o Itraconazol o Fluconazol o Voriconazol o Posaconazol MECANISMO DE AÇÃO • Os azóis inibem a C-14 α-desmetilase (uma enzima CYP450), bloqueando, assim, a desmetilação do lanosterol em ergosterol, o principal esterol das membranas dos fungos • A inibição da biossíntese do ergosterol desorganiza a estrutura e a função da membrana, o que, por sua vez, inibe o crescimento da célula fúngica. Utilizadas apenas para tratamento tópico Inibição das enzimas 14- α-esterol desmetilase Inibição das enzimas citocromo P450 humanas? Seletividade: Triazóis > Imidazóis USOS CLÍNICOS • O espectro de ação dos azóis é amplo, incluindo muitas espécies de Cândida, C. neoformans, micoses endêmicas (blastomicose, coccidioidomicose, histoplasmose), dermatófitos e, no caso do itraconazol e do voriconazol, até mesmo as infecções por Aspergillus. • Os azóis também são úteis no tratamento de organismos com resistência intrínseca à anfotericina, como o P. boydii. EFEITOS COLATERAIS • A reação adversa mais comum é o desconforto gastrintestinal • Todos provocam anormalidades nas enzimas hepáticas RESISTÊNCIA • Os mecanismos de resistência incluem mutações no gene da C-14 α-desmetilase, o que diminui a ligação dos azóis. • Adicionalmente, algumas cepas de fungos desenvolveram bombas de efluxo que bombeia o azol para fora da célula. INTERAÇÕES FARMACOLÓGICAS • Todos os azóis inibem a isoenzima hepática CYP3A4 em graus variados. • Pacientes com medicações concomitantes que são substrato para essa isoenzima podem ter aumento das concentrações e risco de toxicidade. • Vários azóis, incluindo itraconazol e voriconazol, são biotransformados pela CYP3A4 e outras isoenzimas CYP450. • O uso concomitante de inibidores potentes (p. ex., ritonavir) e indutores (p. ex., rifampicina) da CYP450 pode levar a aumento dos efeitos adversos ou ao fracasso clínico desses azóis, respectivamente. CONTRAINDICAÇÕES • Os azóis são considerados teratogênicos e devem ser evitados em gestantes, a menos que o benefício potencial supere os riscos ao feto FÁRMACOS CETOCONAZOL ITRACONAZOL FLUCONAZOL Mais tóxico - Biodisponibilidade reduzida - Apresentação oral e parenteral - Alta biodisponibilidade - Via oral - Apresentação oral e parenteral Menos seletivo para enzima P450 fúngica Interage menos com a enzima P450 dos mamíferos Efeito mínimo sobre as enzimas hepáticas Penetra mal no liquido cerebrospinal Penetra mal no liquido cerebrospinal Tratamento e profilaxia da meningite criptocócica Equinocandinas • Uso clínico o Cândida o Aspergillus • São utilizados em casos mais específicos, ou seja, não o medicamento de 1ª escolha • Estão disponíveis apenas em apresentações de uso intravenoso. MEDICAMENTOS • CASPOFUNGINA o Uso Clinico: Cândida disseminada e mucocutânea o Meia vida = 9 a 11 horas o Dose única • MICAFUNGINA o Uso Clinico: Cândida disseminada e mucocutânea o Meia vida = 11 a 15 horas o Dose única • ANIDULAFUNGINA o Uso clinico: Candidíase esofágica e invasiva o Meia vida = 24 a 48 horas o Dose única MECANISMO DE AÇÃO • As equinocandinas agem ao nível da parede celular fúngica inibindo a síntese do β (1-3)-glicano • Isso resulta em ruptura da parede celular fúngica e morte celular. REAÇÕES ADVERSAS • Os agentes equinocandinos são muito bem tolerados, com efeitos colaterais gastrintestinais menores e poucos relatos de rubor • Observou-seelevação das enzimas hepáticas em diversos pacientes que receberam caspofungina em combinação com ciclosporina, razão pela qual essa combinação deve ser evitada. Fármacos Tópicos NISTATINAS AZÓIS Macrolídeo poliênico Clotrimazol / Miconazol / Cetoconazol Infecções na orofaringe Tinha do corpo, tinha do pé e crural, ptiríase versicolor Candidíase vaginal Absorção desprezível Não é bem absorvida – pouca toxicidade Efeitos colaterais rasos Revisão 1. Os azóis podem ser utilizados no tratamento de infecçõessistêmicas e mucocutâneas a. Verdadeiro b. Falso 2. A anfotericina B só pode ser utilizada na forma lipossomal, pois a forma convencional causa elevada toxicidade renal para o paciente a. Verdadeiro b. Falso 3. O cetaconazol é um medicamento largamente utilizado para o tratamento de infecções mucocutâneas e não existe formulação disponível para a via oral ou parenteral a. Verdadeiro b. Falso 4. As equinocandinas são o medicamento de primeira escolha em qualquer tipode infecção fúngica. a. Verdadeiro b. Falso.
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