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ANÁLISE DA QUALIDADE DO SERVIÇO DE USINAGEM, UTILIZANDO O PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO COMO MELHORIA, EM UMA MICROEMPRESA DO SEGUIMENTO METALÚRGICO Macilene Palheta Pereira¹ Clecio Padua de Almeida² Ghislaine Raposo Bacelar³ RESUMO Este estudo analisou a qualidade dos serviços de usinagem em uma empresa do seguimento metalúrgico, utilizando o planejamento e controle de produção como melhoria em uma microempresa no município de Manaus-Amazonas. O estudo constitui-se de uma pesquisa descritiva e de diagnostico, pois trata-se de uma investigação que além de descrever e relatar o problema, apresenta como resultado, solução para a organização. Foi constatado que não há um sistema operacional integrado para gerenciamento das informações da produção, dificultado o feed back com setor de vendas, O diagnostico resultou em uma proposta de melhoria, um plano de ação, e uma ficha de acompanhamento produtivo, que permitiu comparar as horas orçadas e horas efetivamente executadas. Conclui-se que coordenar e alinhar as atividades internas e estabelecer uma comunicação com os setores e clientes a respeito das demandas futuras, tornam-se ações que poderão traduzir em vantagens competitivas para a empresa. Palavras-chave: Qualidade. Planejamento e Controle da Produção. setor metalúrgico. Abstract This study analyzed the services quality of the metallurgical follow-up company, using the planning and production control as improvement in the a small company in Manaus- Amazonas. The study is a descriptive and diagnostic search, because it is an investigation that besides describing and reporting the problem, presents a solution. It was found that there is no information system for the manegement of production 2 information, hindering the feed back with the sales selector. The diagnostic resulted in a improvement proposal, an action plan, and production follow up sheet, which allowed comparing the budgeted hours and actual hours performed. It is concluded that coordinating and aligning internal activities and establishing a communication with the sectors and clients regarding the future demands, become actions that could translate into c1competitive advantages for the company. Keywords: Quality. Planning and Production Control. Metalurgical Sector 1. INTRODUÇÃO Na busca por procedimentos que informe o status do serviço seguindo uma produção mais elaborada, utilizando as ferramentas de chão de fábrica, visualiza-se a necessidade de se ter um planejamento adequado mesmo considerando a urgência e a flexibilidade do mesmo. Desta forma, o controle da produção caracteriza-se por uma sequência mais ajustada e com menor custo, atendendo a melhoria contínua dos processos. O planejamento e controle de Produção – PCP é uma função administrativa relacionada com o planejamento, direção e controle do suprimento de materiais, peças e componentes da atividade do processo de produção em uma empresa (VILLAR et al, 2008). A qualidade é algo abstrato, sem vida própria, indefinido, é sinônimo de perfeição; é a capacidade que um produto ou um serviço tenha de sair conforme seu projeto (PALADINI, 2009). A busca de melhoria da qualidade tão presente em empresas industriais, tornou-se a ser prioridade também nas empresas prestadoras de serviços. 1Graduanda em Engenharia de Produção-UNINORTE-Email:macilenepalheta545@gmail.com ²Graduando em Engenharia de Produção-UNINORTE-Email:cleciopadua@hotmail.com ³Professora Orientadora - Mestra em Engenharia de Produção-UNINORTE–Email:ghislainerb@gmail.com 3 Ao longo do tempo a qualidade foi ganhando espaço, e as empresas buscam- a para se diferenciar no mercado em relação aos seus concorrentes. 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 – Programação e controle de produção Um dos termos chaves do PCP é o Sistema de Produção (SP), para Sipper e Bulfin (1997) “Sistema de produção é tudo aquilo que transforma input em output com valor inerente”, ou seja, um grupo de insumos programados para gerar um bem ou um serviços de modo que seu resultado final seja maior que o custo para obtê-lo (FERNADES, GODINO, 2010).Tubino (2009), declara que a responsabilidade e administrar recursos produtivos de modo a atender da melhor maneira os planos iniciados pelos níveis estratégicos, tático e operacional. Segundo Fernandes (2010), é um padrão que cerca uma série de decisões com o objetivo de determinar o que, o quanto, quando onde, e como produzir. O PCP tem suas funções atuando nos três níveis hierárquicos da organização, porem o ponto central deste trabalho está no nível operacional, onde são formulados os planejamentos de produção a curto prazo, geralmente os prazos são de horas até dias, dependendo do serviço e sua urgência. O planejamento e Controle da Produção, juntamente com as ferramentas da qualidade foi aplicado neste estudo para avaliar, perceber e propor melhorias para a execução do serviço. 2.2-QUALIDADE EM SERVIÇOS. De acordo com KLOTER (1998, p. 412) podemos observar que o serviço é uma interação entre partes, são essencialmente intangíveis, com o objetivo de solucionar os problemas do cliente. Segundo Sousa et al. (2014), os serviços dificilmente podem ser avaliados antes da compra, pois por serem intangível, apresentam característica de “perecibilidade’, onde o cliente consome o serviço no momento em que está sendo prestado. Na visão 4 dos autores, a qualidade é uma consequência da percepção que o cliente teve do serviço executado, diante do serviço esperado. Onde os elementos principais para propor ideias inovadoras de melhoria continua são os clientes. Para melhor entendimento, Martins e Laugeni (2006) determinaram o conceito de qualidade em serviços em dez elementos: (1) confiabilidade; (2) cortesia; (3) comunicação; (4) capacidade de entender as necessidades do clientes; (5) fácil utilização; (6) credibilidade; (7) ser competente; (8) segurança; (9) rapidez na resposta; (10) aspectos visíveis Carvalho (2008) definiu esses elementos, da seguinte forma: Confiabilidade é realizado o serviço prometido com cuidado e de forma confiável; cortesia é onde o contato pessoal é feito de modo respeitoso; com relação a comunicação é necessário identificar qual linguagem utilizar para trazer informações coerentes para o cliente; a capacidade para atender as necessidades do cliente é a atividade que orienta a conhecer as necessidades do cliente; a fácil utilização tem como base simplificar a utilização do serviço pela proximidade e contato fácil com o cliente; a credibilidade é ter honestidade, demostrar confiança no serviço que está sendo aplicado; ser competente é ter habilidade e conhecimento para facilitar a efetuação no serviço de forma rápida e correta; a segurança trata de oferecer sempre segurança ao consumidor evitando qualquer tipo de riscos ou dúvida; rapidez na resposta é oferecer ao cliente serviços rápidos; e aspectos visíveis é aparência dos serviços com relação aos equipamentos, pessoal e comunicação utilizados em todo o processo na produção do serviço. O autor ainda identificou e definiu mais cinco elementos: (1) atendimento, é o nível de atenção que os funcionários tem por obrigação reproduzir no ato do contato com os clientes; (2) consistência, é não existir variedade entre a especificação e o serviço prestado; (3)conveniência, disponibilidade e proximidade ao consumidor a qualquer tempo dos serviços a serem prestados; (4) velocidade, rapidez para iniciar e executar o atendimento/serviço; e (5) flexibilidade, capacidade de modificar a qualquer tempo o serviço prestado. 2.3 FERRAMENTAS DA QUALIDADE 5 As ferramentas da qualidade são métodos que coletam dados e geram informações que auxiliam na tomada de decisão junto a produção(OLIVEIRA et al, 2001). A seguir as principais ferramentas da qualidade: fluxograma, carta de controle, histograma, diagrama de dispersão, estratificação, folha de verificação, diagrama de Pareto, diagrama de causas e efeitos e plano de ação. Conforme Paladini (1994) a ferramenta fluxograma é uma representação gráfica que facilita a visualização das fases de um processo, pois utiliza símbolos padrão que permite a análise para encontrar falhas e oportunidades de melhoria. De acordo com Correa e Correa (2009) as cartas de controle de processo têm como objetivo acompanhar uma ou mais variáveis e seus comportamentos, em várias medidas importantes, como por exemplo total de vendas feitas, tempo de duração do serviço em determinado período, com a finalidade de manter o controle do processo. Conforme Correa e Correa (2009) o objetivo da ferramenta histograma é ordenar as informações coletadas por meio de diversas observações em uma forma gráfica, com o propósito de facilitar a comparação de suas frequências ocorridas. Diagrama de dispersão: esta ferramenta permite estudar o grau de relacionamento e dependência entre duas variáveis consideradas em uma análise. A utilização deste diagrama permite explorar possíveis relações entre o problema e o tempo ou entre os problemas e suas possíveis causas (VIEIRA, 1999) Segundo Mariane (2005) “a estratificação é uma técnica utilizada para subdividir ou estratificar o problema em estudo em partes menores, facilitando sua investigação e analise para posterior busca de solução, não havendo um único modelo” De acordo com Gomes (2006) a folha de verificação é um formulário onde recolhe-se os dados, simplificado, de forma que os registros e análises de dados são feitos de forma fácil e rápido. Segundo Gomes a folha de verificação tem como meta facilitar a organização das informações possibilitando utilizar a analise com mais rapidez. Segundo Paladini (2009) a ferramenta diagrama de Pareto foi transferida da área da economia para a gestão da qualidade, pois a mesma permite a classificação de todos os elementos do processo em ordem decrescente, de acordo com a importância 6 de sua contribuição, de forma que os elementos possam ser organizados por categoria, classes ou grupos. Ainda discorrendo sobre a ideia de Correa e Correa (2009) o diagrama de causa e efeito tem o propósito de simplificar o processo de identificação das causas de um problema, geralmente elas são utilizadas após uma análise de Pareto. Segundo os autores, a importância da classificação dos problemas é de acordo com o uso da análise de Pareto, pois os detalhes estudados apontam a causa raiz do problema. A ferramenta da qualidade 5W2H é de caráter gerencial utilizada para padronizar os processos a partir de um mapeamento em toda a organização. O autor afirma que a ferramenta ajuda a estabelecer procedimentos e elaborar planos de ação, definindo assim os métodos, responsabilidades, recursos, prazos e objetivos. Portanto a ferramenta nos permite planejar cada ação que terá que ser desenvolvida no decorrer do trabalho, assim analisando cada decisão em cada etapa (BENEVIDES, 2016). O 5W2H tem como proposito identificar quem é quem dentro da organização, o que fazer e porque realizar tais atividades, esse método é constituído de sete perguntas (LISBOA E GODOY, 2012; COSTA,2007): 1-O que? Qual atividade? Qual é o assunto? O que deve ser medido? 2-Quem? Quem conduz a operação? Qual equipe responsável 3-Onde? Onde a operação será conduzida? Em que lugar? Onde a atividade será executada? 4-Por que? Porque a operação é necessária? Ela pode ser omitida? Porque necessário? 5-Quando? Quando será feito? Quando será o inicio da atividade? Quando será o termino? 6-Como? Como conduzir a operação? De que maneira? Como a atividade será executada? 7-Quanto? Custa realizar a mudança? Quanto custa a operação? Qual a relação custo benefício? 3. MATERIAL E MÉTODOS 7 Para melhor entendimento, foi realizado levantamento de dados no período de Outubro/2018, por intermédio de pesquisa diagnostico e pesquisas descritiva com enfoque qualitativo. Os dados primários abordados foram encontrados no setor produtivo principalmente a falta de planejamento e controle de produção, sendo assim, foi elaborado um fluxograma para melhor visualização das operações, apresentados na figura 1. Figura 1: Fluxograma serviço de usinagem Fonte: Elaborada pela própria autora (2018) Na segunda parte, foram coletados os dados mediante entrevista com o supervisor de produção. As questões pontuais, encontram-se no processo de produção, em especial na execução do planejamento, foram analisados três pontos principais, apresentados no quadro 1. em seguida feito um relatório de serviços entregues, estratificados por setores envolvidos, possibilitando comparar se as horas orçadas estão de acordo as horas executadas na produção, apresentados na Figura 2. Os dados do relatório foram analisados, junto com o supervisor de produção, para estimar o tempo gasto para o fluxo das informações, do início ao termino das operações, possibilitando melhorias. 8 No que diz respeito ao relatório de serviços, esses foram organizados em gráficos, separados, em relação as horas orçadas e horas efetivamente executadas no processo produtivo de acordo com orçamento firmado com o cliente. Após a analise dos dados e sugestões levantadas no processo de diagnóstico pontuados pelos envolvidos, foi proposto um plano de serviço para melhorias por meio da ferramenta da qualidade 5W2H. Em sequência buscaram-se as informações com o gerente de produção sobre o acompanhamento dos serviços, pois os setores de compras e venda devem estar alinhados com a produção, para ciência de todos e assim apresentar feed back ao cliente. Para melhor acompanhar as operações, com base na melhoria dos serviços e as informações de forma acessível ao setor administrativo, foi elaborado uma planilha de acompanhamento de serviços, conforme apêndice quadro 1- Aspectos relacionados a coleta de dados OBJETIVO DA PESQUISA SUJEITOS PESQUISADOS ASPECTOS ABORDADOS VARIAVEIS CONSTITUTIVAS PARA REALIZAÇÃO DA ANALISE Realizar levantamento para elaborar procedimentos que informe o status dos serviços Gerente de produção processos envolvidos no setor de usinagem Processos envolvidos: -Vendas -Projeto -Compras -Produção -Entrega Elaborar Planejamento dos serviços a serem executados Gerente de produção Serviços estratificados envolvendo: -horas orçadas -Horas efetivamente executadas -Horas orçadas -Horas efetivamente executadas Sugerir um modelo para acompanhar os serviços, se as horas orçadas condizem Gerente de produção -Integração entre vendas e produção -Confiabilidade no -Valor das horas orçadas -valor das horas 9 com as horas executadas processo para fins de orçamento e negociação com o cliente realmente executadas Fonte :Elaborada pela própria autora (2018) Os serviços executados são baseados na necessidade do cliente, as informações referentes ao prazo estão alinhadas, conforme orçamento, sendo que o processo de produção é por encomenda. Foram analisados as horas de serviço para as seguintes maquinas: torno convencional, fresa e torno CNC e bancada. Na figura 2, constam os dados coletados das horas orçadas para alguns dos serviços solicitados. Figura 2- gráfico de horas orçadas Fonte: elaborada pela autora (2018) Observe que neste gráfico, apresenta duas maquinas que não foram orçadas para o serviço naquele período, mas são utilizadas frequentemente. O gerente de produção administra essas horas, para que mediante a análise verifique a capacidade da produção. Utilizando os cálculos em horas, antes do fechamento do serviço com o cliente, o setor de vendas busca informaçõescom o gerente de produção, para estipular o prazo de entrega. 10 Segundo Nogueira, Neto e Sacomano (2010), essas informações, são de grande importância para que haja interação entre os setores, pois possibilita ao gestor, melhor visualização da cadeia de valor, de uma ponta a outra, sendo assim, as informações dos serviços auxiliam na operação dos processos de seu gerenciamento, possibilitando o acompanhamento de acordo com os requisitos do cliente, refletindo em melhorias significativas na negociação. 3.1 DESCRIÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO A pesquisa foi realizada em uma empresa do seguimento metalúrgico, que utiliza seus serviços de ferramentaria, como usinagem de peças, serviços em torno CNC, torno convencional, fresas, eletro erosão, retifica, furadeira e bancada, seus serviços são estabelecidos de acordo com o pedido do cliente, situado no município de Manaus- Am. Seu quadro funcional é composto por 9 funcionários. O estudo entrevistou 1 gestor e analisou o processo de usinagem, bem como planejamento do processo produtivo. Após a aprovação do serviço a ser executado, inicia-se o planejamento do trabalho, definição do material necessário, tipo de maquina a ser utilizado, horas que serão necessárias, relação de horas de trabalho para cada máquina, para desenvolvimento do serviço solicitado. 3.1.1-ENVOLVIDOS NO PROCESSO – PCP A equipe que compões o processo é formada pelo responsável pela negociação, da qual a função principal é orçar as horas de cada equipamento, baseados em sua experiencia, orçamentos anteriores, após a aprovação do orçamento, ele mesmo elabora o projeto, inicia-se o desenho das peças/serviços a serem executados, é nessa etapa que o setor de compras é envolvido, pois nessa hora já foi analisado o material e quantidade necessário para desenvolver o serviço. Após o setor de compras efetua o pedido dos materiais, e nessa etapa o PCP é envolvido, além disso, deve-se estar atento a chegada do material e conclusão de cada 11 etapa, pois os serviços são feitos por etapa, e os mesmos precisam estar alinhadas ao prazo de entrega, assim como a entrega de cada equipamento para o próximo serviço. É função do gerente de produção estar ciente de todo o processo, que se inicia na venda do produto, uma vez que o cliente necessita de prazos, e como ele sendo responsável pelo processo produtivo, ele que pode informar se será possível encaixar mais um produto além dos que estão sendo executados, é ele que controla os prazos no que diz respeito as horas e necessidades de ajuste. 3.2 COLETA DE DADOS A princípio a coleta de dados foi viabilizada mediante entrevista com o gerente de produção, onde as questões pontuais encontram-se no processo produtivo, sob três principais pontos: (1) Não há procedimentos que informe o status dos serviços, (2) não ha um procedimento para verificar se as horas orçadas condizem com as horas executadas, influenciando na qualidade do serviço, no quesito prazos de entrega, (3) não há um planejamento para otimizar os serviços executados. Os dados coletados em entrevista foram analisados, junto com o gerente de produção para definir o tempo gasto para o fluxo das informações. Foi elaborado uma ficha de produção, afim de fazer acompanhamento do serviço executado e dimensionar exato as horas executadas. Com relação aos dados coletados dos serviços produzidos, esses foram organizados em gráficos, separados entre horas orçadas e horas efetivamente executadas. Após analisar os dados e sugestões levantadas no diagnostico, foram propostas melhorias mediante um plano de ação dos serviços a serem executados, através da ferramenta 5W2H. 3.3 ANÁLISE DE DADOS O Planejamento e Controle de Produção, envolve uma série de decisões com o objetivo de definir, o que, quando e quanto produzir e comprar, além de alocar os recursos necessários para a tarefa (FERNANDES; AZEKA; GODINI FILHO, 2008). 12 O proposito deste trabalho, foi analisar o Processo de Planejamento e Controle da Produção, bem como a qualidades dos serviços de usinagem, os dados das horas de serviços orçadas de acordo com as horas efetivamente realizadas, impactando na qualidade do serviço, no que se refere ao prazo. A pesquisa ocorreu da seguinte forma: foram utilizadas ferramenta da qualidade como o Fluxograma, para melhor visualização do processo de usinagem, apresentados na figura 1. Os dados coletados mediante entrevista com o gerente de produção, estes foram estratificados para que pudesse ser analisado e posterior uma busca de solução pra os três principais pontos críticos. Em seguida utilizou-se a estratificação, afim de facilitar o analise dos 3 principais pontos críticos. O gráfico apresentado na figura 3 foi utilizado para comparar as horas orçadas e as horas efetivamente executadas, por fim utilizou-se a ferramenta da qualidade 5w2h para o plano de ação do serviço de usinagem. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Um dos problemas encontrados durante a pesquisa entre os setores envolvidos, ´foi a ausência de feed back sobre o andamento dos serviços. Para Chiavenato (2006), feed back, é além de tudo, “um subsistema de comunicação de retorno, proporcionado pela saída do sistema a sua entrada o sentido de altera-la de alguma maneira”. E o que se demonstra é exatamente oposto desta visão. Durante o mês de Outubro de 2018, foi possível acompanhar os serviços solicitados. Notou-se uma diferença entre as horas orçadas e as horas efetivamente executadas, para haver melhoria no processo, é preciso compreender as informações diferenciadas existentes no processo de alinha-las com as instruções da empresa. Mediante a ficha de acompanhamento de serviço, informando as horas que cada máquina levou para executar determinado serviço, essas foram inseridas juntos com as horas orçadas em um gráfico, para visualizar se os tempos estipulados estavam de acordo com o tempo executado, conforme figura 3 Figura 3 – gráfico de horas orçadas x horas executadas 13 Fonte :Elaborada pela própria autora (2018) Observando o gráfico, percebe-se que as horas orçadas não condizem com as horas efetivamente realizadas, Das 6 maquinas envolvidas na pesquisa, tiveram horas diferenciadas. No quadro 2 pode- se perceber os dados em percentagem com relação as horas de cada equipamento. Quadro 2 – percentagem das horas produzidas a mais ou a menos com relação as orçadas MAQUINA PORCENTAGEM TORNO CONVENCIONAL 33,33% horas a mais FRESA 25% horas a mais TORNO CNC 8% horas a mais RETIFICA Não foi orçado FURADEIRA Não foi orçado BANCADA 4% horas a mais Fonte: Elaborada pela própria autora (2018) No quadro 2, nota-se que as diferenças entre as horas orçadas e horas executadas, não tem um desvio tão grande, e muitas vezes se da pela parada de algum serviço para colocar outro de maior urgência, e o destaque fica por conta do torno convencional. Uma justificativa passível a este fato é sobre o referido fluxo das informações citado no item 4.1.1. A melhoria desse fluxo facilitaria o registro de um histórico de serviços e suas horas 14 Geralmente esse tipo de problemas, acarretam mudanças na programação, muitas vezes de última hora, podendo aumentar as horas necessárias para o processo e causando outros efeitos indesejáveis. Segundo Lopes e Lima (2008), no momento do planejamento é fundamental identificar a capacidade para atender a demanda futura, devendo manter a capacidade, acompanhar a demanda e por meio do ajuste na capacidade, além de mudar a demanda existente, de modo a manter a capacidade instalada. A gestão da informação é um processo que compreende varias e sucessivas atividades que devem ser orientadas e conduzidas pela definição clara e objetiva de metas alinhados. Essas atividades envolvem a coleta de dados, armazenamento e processamento dasinformações (CHIBAO; SANTOS, 2011). Para apresentar um plano de ação de melhoria para melhor entendimento e visualização dos serviços e clareza das informações, foi elaborado o quadro Quadro 3: Plano de ação de serviços baseado na ferramenta 5w2h 15 Fonte: Elaborada pela própria autora (2018) A Ferramenta 5W2H do quadro 3, consiste em organizar todas os serviços que estavam em execução, como oportunidade de melhoria Conforme Pilz et al (2011), a ferramenta 5w2h, é um documento de aspecto organizada que identifica as ações e responsabilidade de cada um, para assim planejar as diversas ações que necessitarão ser desenvolvidas no decorrer do trabalho. Como pode ser observado, os serviços que foram orçados no quadro 3, foram somente os quatros primeiros marcados, os demais estavam dentro da programação. A elaboração do plano contou com a participação do gerente de produção, pois ele é a pessoa envolvida em todas as etapas 5. CONCLUSÃO 16 . Com base na coleta de dados obtidos e nos procedimentos metodológicos, a pesquisa nos mostra que a empresa deverá implantar os procedimentos do Planejamento e Controle da Produção – PCP e avaliação continua da qualidade, devido a não integração nos setores evidenciados. O planejamento e controle de produção, é indispensável para o desenvolvimento dos serviços prestados com qualidade. De acordo com Slack et al (2002), a finalidade do planejamento e controle da produção, é garantir que os processos ocorram de forma eficazes e eficientemente que produzam produtos e serviços conforme requeridos pelos clientes. Com relação ao plano de ação 5W2H, a empresa vai continuar, pois é uma ferramenta que planeja as diversas ações que necessitarão ser desenvolvidas no decorrer do trabalho, pois um plano de ação bem elaborado, auxiliará no processo e contribuirá para a execução eficaz dos serviços. O plano de ação, é uma maneira de separar e visualizar as etapas de elaboração e execução de um trabalho, tornando-se claro e logico a tarefa que cada envolvido executará. Com a implantação da ficha desenvolvida para acompanhar os serviços, facilitou identificar os serviços que estariam sendo executado em cada máquina, e qual seria o tempo de execução de cada atividade, assim como a disponibilidade da máquina para outras solicitações, melhorando assim o feed back entre os setores sobre o status do serviço. Com essas medidas a empresa apresentou um bom desempenho em suas atividades, melhorando a qualidade de sua produção. No quesito prazos, com o histórico das horas apresentados em cada máquina, pode-se ter uma visão real para estipular os prazos de serviços futuros. O planejamento e Controle da Produção, juntamente com as ferramentas da qualidade foi de grande importância no desempenho das atividades, pois pôde perceber e propor melhorias para a execução do serviço, gerando produtividade, confiabilidade, capacidade para atender as necessidades do cliente, facilitando as informações aos setores envolvidos. É notório a importância do planejamento e controle da produção dentro as organizações, independente do seu porte. 17 6-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, Ronaldo. Melhoria da qualidade: Como começar? Anais XI encontro de Engenharia de Produção – ENEGEP, Rio de Janeiro, Set. 1991 ARRUDA, Dayse Mourão; JARDIM, Eduardo Galvão Moura; MARTINS, Roberto Cintra. Planejamento Mestre de Produção: entendendo o problema e propondo solução através de uma abordagem combinada. In. SIMPOSIO DE EXCELENCIA EM GESTAO E TECNOLOGIA, 2.,2005, Resende. Anais...Resende: SEDet,2005. p.817-829. BARROS FILHO, Jose Roberto de; TUBINO, Dalvio Ferrari. 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