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* Imunoensaios: - Técnicas de Imunoensaio que empregam anticorpos são amplamente utilizados para quantificar hormônios. - Os ensaios imunométricos usam concentrações saturantes de dois ou mais anticorpos monoclonais que são preparados contra diferentes epítopos da molécula de proteína. I. Um dos dois anticorpos em geral é ligado a um sistema de separação em fase sólida e extrai o hormônio a partir da amostra de soro. II. O segundo (“detecção”) anticorpo é ligado a uma molécula sinalizadora ou é “marcado”. III. Quando o segundo anticorpo liga-se ao hormônio, um “sanduíche” é formado no qual o hormônio está no meio, com um anticorpo de cada lado. IV. Nesse ponto, todo o sanduíche é ligado à fase sólida. Quanto mais hormônio está presente, mais anticorpo marcado é capaz de se ligar. V. Após lavagem do anticorpo marcado não ligado, a marcação ou sinal que permanece ligado à fase sólida é então medido para quantificar a quantidade de hormônio ligado. Ensaio quimioluminométrico * Empregam anticorpos policlonais ou um ou mais anticorpos monoclonais e, como padrão, GH sintético altamente purificado (rhGH), normalmente hGH 22kDa, soro padrão ou GH natural extraído de pituitária. 1. TSH - O sinal emitido é diretamente proporcional à concentração de TSH da amostra. 2. T4 - O sinal emitido é inversamente proporcional à concentração de T4 livre da amostra. Quimioluminescência * A quimioluminescência é a emissão de luz em consequência de uma reação química (técnica alternativa à formação do composto colorido). - Tipo de reação química, que ao se processar gera energia luminosa. Durante uma reação química, os reagentes se transformam em estados intermediários eletronicamente excitados, e ao passarem para um estado de menos excitado, liberam a energia absorvida na forma de luz. * Apresentam alta sensibilidade analítica e são facilmente adaptáveis à automação, o que explica o seu uso cada vez mais frequente em laboratórios de médio e grande porte. Eletroquimioluminescência * Utiliza a emissão de luz através da aplicação de potenciais de oxidação ou redução a um eletrodo imerso em soluções que emitem radiação (em geral compostos de rutênio). * Utiliza micropartículas revestidas de estreptavidina, anticorpo monoclonal específico Nicole de Castro Silva - Turma IV (Medicina - Nove de Julho). biotinilado e um anticorpo monoclonal específico para cada analito. Essa mistura é fixada magneticamente na superfície do eletrodo e o que não se fixar é removido. Por fim, há uma aplicação de corrente elétrica no eletrodo que induz uma emissão quimioluminescente, medida por um fotomultiplicador. FAN - HEp-2 * Teste de anticorpos antinúcleo ou Fator Antinúcleo (FAN) - técnica de imunofluorescência (quimiofluorescência) para diagnóstico de doenças autoimunes sistêmicas ou órgão-específicas. * Amostra de sangue do paciente adicionadas de anticorpos marcados (fluoresceína) é colocada em contato com uma cultura de células humanas - (Hep2 - células do carcinoma de laringe humano). * 10% da população é FAN positivo mesmo sem doença autoimune. * Exame que diagnostica a doença de Graves. - Diluições: ● As diluições são normalmente feitas na seguinte ordem: (1/40), (1/80), (1/160), (1/320), (1/640), (1/1280). ● Valores maiores ou iguais a 1/320 com FAN positivo indicam doença autoimune em mais de 97% dos casos. - Resultados: ● Padrão nuclear homogêneo (A), nuclear pontilhado grosso (B), centromérico (C), nucleolar (D), citoplasmático (E), misto citoplasmático pontilhado fino e nucleolar (F), fuso mitótico (G). * Sensibilidade do exame: - Lúpus eritematoso sistémico: 98-100% - Doença mista do tecido conjuntivo: 100% - Esclerose sistêmica: 60% - S Sogren: 65% - Artrite reumatóide: 45% - Polimiosite / Dermatopolimiosite: 35%. - T. Hashimoto / Doença de graves: 50%. - Hepatite auto-imune: 70% - Cirrose biliar primária: 50-70% Urinálise * A urinálise é tão importante na varredura de doenças que é considerada uma parte integrante do exame físico completo de todo paciente. * O exame da urina de um paciente não deve ser restrito aos testes bioquímicos. * Componentes: - Glicose ● A presença de glicose na urina indica que a carga de glicose filtrada excede a habilidade dos túbulos renais de reabsorção. Nicole de Castro Silva - Turma IV (Medicina - Nove de Julho). - Bilirrubina ● A interrupção da circulação entero-hepática geralmente origina-se de uma obstrução mecânica e resulta em altos níveis de bilirrubina conjugada na circulação sistêmica e uma parte dela alcança a urina. - Urobilinogênio ● Altos níveis podem ser detectados em qualquer situação em que a reciclagem de bilirrubina está elevada (ex:hemólise) ou quando a circulação entero-hepática for interrompida (p. ex durante um dano hepático). - Cetonas ● São produtos da clivagem de ácidos graxos. ● Sua presença geralmente indica que o corpo está utilizando gordura para prover energia ao invés de armazená-la para uso posterior, pode ocorrer no diabetes descontrolado, no alcoolismo, associação com jejum e vômito prolongado. - Gravidade específica ● Reflete a concentração urinária. ● Quando alta = urina muito concentrada. - pH (concentração do íon hidrogênio). ● A medida do pH da urina pode ser utilizada para avaliar a acidose tubular renal durante uma acidose metabólica não explicada. ● Um pH abaixo de 5,3 indica que os túbulos renais são capazes de acidificar a urina e estão provavelmente saudáveis. - Proteína ● A proteinúria pode significar excreção anormal de proteína pelos rins e pode simplesmente refletir a presença de células ou sangue na urina. - Sangue ● A presença de sangue na urina (hematúria) é compatível com várias possibilidades, desde malignidades passando por infecções do trato urinário e contaminação pela menstruação. ● A ausência de células vermelhas indica mioglobinúria ou hemoglobinúria. - Nitrito ● O teste da vareta depende da conversão de nitrato (da dieta) a nitrito pela ação de bactérias na urina que possuem a redutase necessária. ● Um resultado positivo aponta na direção de infecção do trato urinário. - Leucócitos ● A presença de leucócitos na urina sugere inflamação aguda e a presença de infecção no trato urinário. Técnicas instrumentais * Cromatografia acoplada a espectrômetros de massa são ferramentas analíticas qualitativas e quantitativas poderosas que são amplamente usadas para medir hormônios. Determinação de quantidades de analitos em picomoles. Técnica com: - Sensibilidade. - Acurácia. - Velocidade analítica. - Permite análises simultâneas. 1. Cromatografia: - Técnica de separação de componentes de uma amostra através de migração Nicole de Castro Silva - Turma IV (Medicina - Nove de Julho). diferencial dos componentes das amostras entre as fases móvel e estacionária. - Quando combinada a técnicas de análise química pode ser qualitativa e quantitativa. - Ampla faixa de aplicação: H2 até macromoléculas. - A separação dos compostos depende da interação entre as substâncias da mistura com as fases móvel e estacionária. - As forças que influenciam: Eletrostáticas, solubilidade, intermoleculares. a) Cromatografia gasosa: ● A cromatografia gasosa consiste na “vaporização” (sem que haja decomposição) da substância em um gás chamado gás de arraste, e posterior migração de uma através da coluna de cromatografia; isto é, a amostra tem que se “dissolver” ao menos em parte, em um gás que participará da composição da fase móvel. Esse gás deve, obrigatoriamente, ser inerte em relação à fase estacionária. ● A cromatografia gasosa é usada no fracionamento de proteínas, enzimas, peptídeos e aminoácidos. b) Cromatografia iônica ● Técnica cromatográfica onde a fase estacionária é representada por uma resina trocadora de íons. I. Essa resina possui em sua composição íons que irão interagir quimicamente com os íons presentes na solução da fase móvel. II. Após a interação dos íons da amostra com a resina, uma solução chamada eluente é passada pela coluna de cromatografia liberando assim os íons que estavam interagindocom a resina. III. O tempo de retenção/separação das diferentes espécies é que determinará a concentração dos diferentes íons na amostra. IV. Antes de passar pelo detector, as amostras passam por uma segunda coluna cromatográfica, a coluna supressora de eluente, que irá bloquear a detecção de íons que por ventura possam fazer parte da constituição do eluente e que poderiam interferir na concentração iônica real da amostra; ou seja, somente os íons da amostra são encaminhados para análise. c) Cromatografia líquida ● Possui como características: a elevada sensibilidade, a alta velocidade de reação e o grande desempenho com confiabilidade e rapidez na liberação de resultados. ● Trata-se de um tipo de cromatografia que utiliza um líquido como fase móvel, que é injetado na coluna cromatográfica a altas pressões e diferentes tipos de fase estacionária, variando de acordo com aquilo que se quer analisar. ● A técnica de CLAE (HPLC) é a base para o entendimento e realização de outras técnicas como a cromatografia gasosa e de troca iônica. ● A utilização de partículas ainda mais finas (0,1 nm) e pressões ainda mais elevadas (15.000 psi) tem gerado o que se chama de CLUE (Cromatografia de Ultra Eficiência). Nicole de Castro Silva - Turma IV (Medicina - Nove de Julho). ● É usada principalmente para fracionar hemoglobinas e hemoglobina glicada. Pode ser usada para proteínas, peptídeos e aminoácidos. 2. Espectrometria de massas: - Ionização de amostras - quebra padronizada da molécula em fragmentos de menor massa molecular - sempre comparar com padrão. Nicole de Castro Silva - Turma IV (Medicina - Nove de Julho).
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