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Microbiologia- Bacilos gram positivos

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MICROBIOLOGIA – 08/06/2021 
 Grupo bacteriano que apresenta uma espessa 
parede de peptideoglicano e uma membrana celular 
 Parede de peptideoglicano corada com 
cristal violeta, na coloração de gram, fixa-
se mais com lugol, não descora com 
descorante 
 Apresenta-se com a cor arroxeada na 
coloração de gram 
 
 
 
CASO CLÍNICO 1 
Menino de 8 anos 
Queixa: edema periorbital em ambos os lados, lesão 
palpebral semelhante a ace em pálpebra superior esquerda 
História: morava em área rural, teve mal-estar nos últimos 5 
dias e contato próximo com animais e seus produtos, visto 
que seu pai era pastor 
Exame inicial: febre de 40ºC, neutrofilia e PCR alta 
 
 
Intervenção: ciprofloxacina 375mg, 12/12h VO 
Evolução: após 2 meses de evolução, a lesão ficou 
necrótica. Tinha previsão de cirurgia que foi suspensa após a 
pandemia de COVID-19 
 
Laudo: cultura de secreção da região ocular identificou 
Bacillus anthracis 
 
 Quando se fala em anthracis pensa-se no 
respiratório/pulmonar, já tendo sido usado como 
arma biológica 
 É uma bactéria esporulada, encontrada no solo (é 
ambiental) 
 A forma mais comum, quando não é usado como 
arma biológica, é o anthracis cutâneo: através de 
muita manipulação do solo 
 
DIVISÃO DOS BACILOS GRAM POSITIVOS 
 Dividido em dois grupos: 
1. Bacilos grandes: esporulados e 
toxigênicos 
o Aeróbios: Bacillus 
o Anaeróbios: Clostridium 
2. Bacilos pequenos: não esporulados e 
aeróbios 
o Alguns podem ser toxigênico e 
outros não 
o Todos utilizam O2 no seu 
metabolismo 
o Toxigênico: Corynebacterium 
o Não toxigênico: Listeria 
 
BACILOS GRAM-POSITIVOS ESPORULADOS: 
 São bacilos longos e com a capacidade de formar 
esporos 
 Esporula quando quer se manter no ambiente, em 
algum local que tenha escassez 
 Exemplos: Bacillus anthracis e Clostridium tetani 
 BACILLUS ANTHRACIS: 
 Considerado como arma biológica 
 Devido a sua capacidade de esporulação: 
permite que fique no ambiente sem água, 
sem temperatura adequada e sem 
nutrientes 
 Pode permanecer anos no ambiente 
 Apresenta 3 apresentações clínicas: 
a. Gastrointestinal  principalmente 
em animais 
b. Cutâneo  FORMA MAIS 
COMUM 
c. Pulmonar  relacionado aos 
usos como bioarma 
 É uma zoonose: um animal pode ser 
contaminado e, através dele, contaminar 
um ser humano 
 Fatores patogênicos: 
o Exotoxinas: fator de edema 
(aumento do AMP intracelular, 
 
extravasamento de fluidos e 
edema) e fator letal (protease 
que inibe o crescimento celular) 
o Antígeno protetor: forma poros na 
membrana e promove a entrada 
de exotoxinas 
 Tem sido usado como arma biológica 
desde a década de 40 
 
 
 Lesões do antraz cutâneo: pústula 
maligna, úlcera negra, bastante edema ao 
redor da edema, sem dor, pode causar 
bacteremia e óbito 
 
 
 
 
 Antraz gastrointestinal: dor, vômito e 
diarreia sanguinolenta  consumo de 
carne mal passada de um animal doente 
 
 
 Antraz por inalação/pulmonar ou 
doença dos tosquiadores de lã: versão 
mais agressiva da bactéria. Sintomas: 
febre e calafrios, incômodo no peito, 
dificuldade para respirar, confusão mental 
ou tonteira, tosse, náusea, vômitos ou dor 
de estômago, dor de cabeça, transpiração 
(muitas vezes excessiva), cansaço 
extremo e dores no corpo  pode evoluir 
para uma mediastinite sanguinolenta, 
efusões com sangue, sepse e óbito 
 
 
 Diagnóstico pode ser feito através do 
crescimento em placa (até 48hrs) e depois 
corar para identificar os bacilos longos 
o Microscopia: bacilos logos, gram 
positivos 
o Cultura: ágar sangue, aerobiose e 
não hemolítica 
o Testes rápidos: PCR, ELISA e 
imunofluorescência 
 
 
 Tratamento e prevenção: 
o 1ª escolha: ciprofloxacina 
o 2ª escolha: doxicilina 
o Profilaxia: ciprofloxacina, 
doxicilina e vacina acelular (6 
doses em 18 meses, 1 a cada 3 
meses, reforço anual) 
o Caso seja identificado antraz em 
animais mortos: incinerar 
carcaças de animais mortos 
 
 BACILLUS CEREUS: 
 Presente no solo e água 
 Contaminação através do contato com 
alimentos (cereais e vegetais) 
 Comum em infecções alimentares 
 Se não for feito o cozimento adequado do 
alimento, o esporo sobrevive 
 Sintomas: enjoo e diarreia 
 
 São doenças autolimitadas, ou seja, após 
certo tempo de sintomas, elas 
desaparecem  toxinas são liberadas com 
o vômito ou com a diarreia 
 
Alimento contaminado 
 
 
Armazenamento inadequado 
 
 
Multiplicação 
106−109 
 
 
Reaquecimento insuficiente 
 
 
 
 
 
 Toxina emética: causa crise de vômito 
maciça, após 1-6 horas após o consumo do 
alimento; febre ausente, náusea e vômito 
 Toxina diarreica: causa diarreia após 8-16 
horas do consumo alimentar; febre ausente 
e diarreia aquosa 
 Tratamento das síndromes emética e 
diarreica: 
o Combater sintomas 
o Promover reidratação 
 
CASO CLÍNICO 2 
Mulher de 25 anos 
Histórico: uso de drogas intravenosas e infecção por 
hepatite C 
Queixa: dor MMID, edema, ferida aberta, deambulação 
reduzida e dormência no pé direito 
Relato: ferida crônica há meses. Procurou emergência pois 
na última semana a ferida aumentou de tamanho, ficou mais 
dolorosa, com mais secreção e odor desagradável. Referiu 
uso recente de drogas intravenosas na perna direita 
Ao exame: lesão necrosada na perna direita, gordura 
subcutânea exposta e, aproximadamente, 15 cm de 
exposição óssea da tíbia anterior. Havia edema significativo 
do joelho até os dedos dos pés. Na parte inferior da perna 
posteromedial, havia uma grande bolha que estava flácida e 
cheia de pus 
 
Exames: 
 FC: 85bpm 
 PA: 113/68 mmHg 
 T: 36,2ºC 
 FR: 15/m 
 ST: 99% no ar ambiente 
 HB: 6,5g/dL  paciente com anemia 
Intervenção: cirurgia de amputação em guilhotina abaixo do 
joelho. Em 24hrs, a paciente apresentou declínio clínico, 
cursou com: hiponatremia, aumento de lactato, dispneia e 
derrame pleural. Ao analisar a lesão, observou-se eritema e 
bolhas, decidiram realizar amputação acima do joelho para 
controle definitivo da fonte 
Evolução: hipóxia no intra-operatório, foi intubada e 
transferida para UTI. Após chegada, sofreu PCR. Apesar de 
múltiplas rodadas de ressuscitação, a paciente morreu 
 
 
 A maioria das bactérias são sideróforas, causando 
uma anemia no paciente 
 Evolução super rápida 
 O tecido enviado para a cultura identificou 
crescimento abundante de Clostridium tetani 
 Necrose fatal de tecido mole 
 
CLOSTRIDIUM: 
 Fazem parte do grupo de bacilos gram positivos 
esporulados 
 Quatro grupo se destacam: 
1. Clostridium tetani  causa tétano 
2. Clostridium perfringens  causa 
botulismo 
3. Clostridium botulinum  causa 
gangrena gasosa ou intoxicação alimentar 
4. Clostridium difficile  causa diarreia 
crônica ou megacólon 
 Morte por botulismo é mais rara que por tétano 
porque o paciente apresenta tratamento mais rápido 
 
 
 
 
 
 
 
Toxina 
diarreica 
Toxina 
emética 
 
 PATOGÊNESE: 
 
 
 TRATAMENTO e PREVENÇÃO: 
 
 Tétano pode ser pega através do contato da pele 
machucada com metal que apresenta esporos de 
tétano 
 Paciente apresenta: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Botulismo está relacionado com alimentos em 
conserva, embutidos ou a vácuo que não tiveram a 
esterilidade comercial necessária 
 Bactéria só produz suas toxinas se o pH do 
local estiver acima de 4,5 
 Lata amassada não deve ser consumida: 
verniz é rompido e começa a liberar metal 
no conteúdo do alimento  metal interfere 
no pH do alimento, pode desesporular o 
Clostridium e desencadear botulismo 
 Crianças menores de 1 ano não devem 
consumir alimentos enlatados 
 Antitoxina botulínica está sendo usada em 
tratamentos estéticos (botox) 
 Paciente apresenta: 
 
 
 
 Perfringens não é a toxina em si que causa o dano, 
é a própria multiplicação bacteriana no tecido 
 A gastroenterica não causa tantos danos, é 
“fácil” de ser resolvida 
 Tecidual é o pior tipo, podendo levaro 
paciente à morte 
 Paciente apresenta: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Difficile causa diarreia crônica e megacólon 
 Se o paciente estiver muito debilitado, não 
consegue fazer o preparo devido para a 
colonoscopia 
 Intestino do paciente não apresenta mais 
áreas absortivas, só áreas necróticas 
 Tem que ter cuidado com o uso maciço de 
antibióticos para não causar translocação e 
uma consequente inflamação e infecção 
local por uma bactéria que, em tese, não 
causaria nenhum mal 
 Paciente, ao se recuperar, vai apresentar 
síndrome do intestino curto, com 
complicações para a vida inteira 
 Paciente apresenta: 
 
 
 
 
BACILOS GRAM POSITOVOS NÃO ESPORULADOS 
 Grupos de destaque são: 
1. Corynebacterium diphtheriae 
2. Listeria monocytogenes 
 
 CORYNEBACTERIUM DIPHTHERIAE: 
 Microrganismos em forma de bacilos em 
clavas, em arranjos empaliçadas em V ou 
L; metacromáticos (azuis em grânulos 
vermelhos) e imóveis 
 Causa difteria 
o No TRS invade células e produz 
toxina polipeptídica 
o Há exsudato fibrinoso, forma 
pseudomembrana rígida, 
aderente e acinzentada que 
obstrui a laringe e traqueia 
o Causa paralisia do palato mole e 
faringe, desencadeando 
regurgitação 
o Miocardite e colapso respiratório 
também podem ser comuns 
 Também desenvolve lesões cutâneas: 
o Na pele invade células e produz 
toxina polipeptídica 
 
o Abre úlceras com membranas 
cinzas 
o Causa febre, edema e dor 
 Contaminação através de perdigotos, 
atacando o trato respiratório superior 
 Diagnóstico, tratamento e prevenção: 
o Coloração de gram + cultura em 
ágar sangue ou com telurito + 
PCR 
o Antitoxina (rápida) + penicilina G 
ou eritromicina 
o Tem vacina: DTPa (tríplice viral) 
 
 
 
 
 
 
 LISTERIA MONOCYTIGENES: 
 Microrganismos na forma de bacilos 
pequenos, em arranjos em V ou L; móveis 
em cambalhota e crescem sob refrigeração 
 Bactéria dermolítica e saprofílica 
 Causa meningite e sepse neonatal: 
o No TGU invade células e produz 
listeriolisina 
o Transmissão placentária ou 
durante o parto 
o Pode causar parto prematuro ou 
aborto séptico 
o Meningite de 1 a 4 semanas após 
o parto 
o Risco alimentar e risco de TGU 
para gestantes (durante toda a 
gestação) 
 Em alguns pacientes, há a evolução de 
uma gastroenterite febril: 
o No TGI invade células e produz 
listeriolisina 
o Atinge gestantes e 
imunovulneráveis 
o Sintomas comuns: febre, cefaleia, 
mialgia, cólicas abdominais, 
vômitos e diarreia aquosa 
 Diagnóstico, tratamento e prevenção: 
o Coloração gram + cultivo ágar 
sangue (β-hemolítica) + 
aglutinação 
o Trimetoprima-sulmetoxazol ou 
ampicilina + gentamicina 
o Reidratação e sintomático para 
gastroenterite 
o Não há vacina 
o Evitar consumo de alimentos crus 
(lácteos)

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