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Microbiologia- Cocos gram negativos

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MICROBACTÉRIA – 01/06/2021 
 Geralmente são diplococos, ou seja, observam-se 
dois cocos juntos 
 Quando corados pela coloração de gram, 
apresentam uma cor avermelhada/rosa 
 A parede de uma bactéria gram negativa tem uma 
parede interna, uma fina camada de peptideoglicano 
e uma camada externa fortemente ligada ao 
peptideoglicano 
 Membrana externa e peptideoglicano são 
removidos na adição do descorante 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOCELULARES 
 Forma celular: cocos 
 Arranjo: diplococos 
 Coloração por gram: vermelha 
 Cápsula: menigococos possuem e gonococos não 
 Mobilidade: imóvel, sem flagelos 
 Possuem apenas fímbrias de fixação 
 Esporos: não formam 
 Produção de enzimas: 
 Oxidase (+): faz com que o aceptor final da 
cadeia respiratória do microrganismos seja 
o oxigênio 
 Catalase (+): degradam peróxido de 
hidrogênio fazendo borbulhamento 
 Todo organismo encapsulado é mais patogênico 
 Nesse caso, os cocos gram negativos podem ser ou 
não encapsulados 
 Encapsulado: diplococos fora de uma 
célula polimorfonuclear, espalhado em um 
tecido, por exemplo 
o Exemplo: Neisseria meningitidis 
 Não encapsulado: diplococos dentro de 
uma célula polimorfonuclear como, por 
exemplo, nos lóbulos dos núcleos 
o Exemplo: Neisseria gonorrhoeae 
 Para conseguir visualizar bem esses 
microrganismos, deve-se fazer uso de uma 
microscopia de imersão 
 Podem ser aeróbios ou anaeróbios facultativos 
 Crescem a uma temperatura ótima de 35º-37ºC 
 Em meios sólidos (ágar chocolate e/ou Thayer 
Martin) com 5-10% de CO2 
 
 Menigococos têm colônias translúcidas, pequenas e 
viscosas em ágar chocolate 
 Gonococos têm colônias transparentes, pequenas, 
brilhantes, viscosas e extremamente aderidas ao 
meio Thayer Martin (pili) 
 
MENIGOCOCOS 
 Neisseria meningitidis 
 É encapsulado: visualizado mais escuro ao redor da 
bactéria em microscopia eletrônica 
 Hoje em dia, é menos frequente devido a vacina 
 Altamente infectiva, probabilidade de óbito é maior 
 Patogenia: 
 Já foram identificados 13 sorotipos do 
menigococos e 5 destes (A, B, C, Y e W-
135) são extremamente patogênicos para 
os seres humanos 
 Sorotipo A é de distribuição global 
 Sorotipo B foi encontrado apenas no EUA 
(5% crônicos e 35% assintomáticos) 
 Forma de transmissão: perdigotos 
 Menigococo fica no trato respiratório 
superior 
 Meningite, em si, é a inflamação das meninges 
 Normalmente, fixa-se em uma das 
meninges e depois se espalha para o 
restante 
 Sintomas mais comuns: febre, cefaleia, 
rigidez na nuca e alta concentração de 
polimorfonucleares no líquido cérebro-
espinhal 
 
 
 Meningococemia é a disseminação da bactéria na 
corrente sanguínea, através de uma invasão na 
mucosa 
 Conhecida como “Síndrome de 
Waterhouse-Friderich” 
 O sintoma mais característico é o 
aparecimento de manchas roxas pelo 
corpo 
 Outros sintomas comuns: choque, púrpura 
disseminada, febre alta, coagulação 
intravascular profunda, trombocitopenia e 
insuficiência suprarrenal 
 
 Por ser uma bactéria encapsulada, passa um tempo 
“disfarçada” da imunidade 
 Quando o paciente vem apresentar 
sintomatologia, o número bacteriano 
circulante é muito grande, seja no sangue 
ou nas próprias meninges 
 Cápsula resistente aos polimorfonucleares 
 Liberação de endotoxina (LPS): ajuda nos 
sintomas de processos inflamatórios 
 Produz uma protease de IgA: degradação 
da imunoglobulina 
 
DIAGNÓSTICO: 
 Coleta de sangue ou líquido cerebroespinhal 
 Cultivo em ágar chocolate a 37ºC, com 5% 
de CO2 
 Coloração de gram = diplococos gram 
negativo 
 Teste bioquímico apresenta: teste de 
oxidase positiva com fenilenodiamina e 
teste de maltose positiva com utilização do 
CHO  teste que demora dias para ter 
uma resposta 
 Testes imunológicos: teste do látex (LOS) 
e teste de imunofluorescência  teste que 
dá a resposta em minutos 
 
 
GONOCOCOS 
 Neisseria gonorrhoeae 
 É um tipo de IST 
 Sintomatologia clínica aparece primeiro 
nos homens 
 Não é encapsulado 
 Produz um muco muito espesso e rico em proteína 
 Patogenia: 
 Já foram identificados 100 sorotipos 
 Disseminação global 
 Tecido que tem mais afinidade é o TGU 
 Através de uma IST 
 Pode também estar presente no canal de 
parto: possível contaminação de bebês) 
 Gonorreia: invade a mucosa causando uma 
inflamação 
 Muco muito espesso  muitas vezes não 
fica fluido o suficiente para escorrer pela 
vagina 
 Quando a mulher está infectada, 
geralmente infecta a cérvice uterina 
 No homem, há mais facilmente 
visualização de secreção saindo pela 
uretra 
 Bebê pode ser infectado na hora do 
nascimento 
 Conjuntivite neonatal: agente patogênico, nesse 
caso, é a pili, a endotoxina (LOS) e a protease de 
IgA 
 Febre praticamente não existe, devido a 
sua endotoxina ser menor e ser de 
lipooligossacarídeo 
 Proteases clivam os IgA 
 
INFECÇÕES GONOGÓCICAS LOCALIZADAS (IGL): 
 No homem: 
Uretrite, disúria e descarga purulenta 
 
 
Epididimite 
 
 
Prostatite 
 Pode levar a complicações de fertilidade, uma vez 
que, se tem processos de fibroses decorridos de 
uma gonorreia 
 
 
 Na mulher, a secreção é na cérvice: 
Cervicite purulenta 
 
 
Salpingite + doença inflamatória pélvica (DIP) 
 
 
 
Esterilidade ou gestação ectópica (GE) 
 Pode colabar uma trompa ou uma abdômen agudo 
decorrente de uma gonorreia 
 
 
INFECÇÕES GONOCÓCICAS DISSEMINADAS (IGD): 
 Faringite gonocócica: gonorreia atingindo a 
garganta 
 Decorrente de uma prática sexual 
desprotegida 
 
 
 Conjuntivite neonatal: muco produzido pela 
gonorreia é muito espesso, fazendo com que os 
olhos do bebê fiquem “lacrados” 
 Mulheres devem fazer citologia durante o 
período de gravidez para que, caso tenham 
algo, dê tempo de tratar e não infecte o 
bebê 
 
 
 Artrite gonocócica: microrganismo pode se 
depositar no líquido sinovial e se multiplicar 
caudando uma artrite 
 
 
 Bacteremia gonocócica: quando o microrganismo 
cai na corrente sanguínea e fazer uma coagulação 
intravascular, devido a espessura do muco 
 Pode fazer necrose em algumas áreas 
 
 
DIAGNÓSTICO: 
 Coleta de secreção uretral, cervical, ocular, de 
orofaringe ou anorretais 
 Cultivo em ágar Thayer-Martin a 37ºC, com 
5% de CO2 
 Coloração de gram = diplococos gram 
negativo 
 Testes bioquímicos: teste de oxidase 
positiva com fenilenodiamina e teste de 
maltose negativa com utilização de CHO 
 Testes específicos: teste de presença de 
ácidos nucleicos e teste de 
imunofluorescência 
 
COMO PREVENIR e TRATAR? 
 A principal forma de prevenção da meningococos é 
através da vacinação 
 Menanctra (A, C, Y e W-135 + toxoide 
diftérico) 
 Menveo (4 Ag + proteína não tóxica) 
 Menomune (4 Ag) 
 MenAfrivac (A)  não tem no Brasil 
 
 Gonococos: 
 Diminuir parceiros sexuais e usar 
preservativos 
 
 Usar de unguento de eritromicina ou gotas 
de nitrato de prata em crianças nascidas de 
mães infectadas previne conjuntivite 
 
 Em relação ao tratamento, faz-se uso de 
antibióticos: 
 N. meningitidis: penicilina G e rifampicina 
ou ciprofloxacina (quimioprofilaxia) 
 N. gonorrohoeae: ceftriaxona, cefixima e 
espectinomicina ou ciprofloxacina (para os 
alérgicos a outros fármacos) 
 
 Se tiver um caso de meningite, deve-se fazer o 
tratamento preventivo para as outras pessoas que 
foram expostas 
 Evitar a disseminação da doença 
 
 
Alguns pontos-chave sobre o manejo de infecção gonocócica 
anogenital não complicada (uretra, colo uterino e reto): 
 O esquema terapêutico preferencial passa a ser 
ceftriaxona 500mg IM, associada a azitromicina 1g 
VO, ambas em dose única, em todo o território 
nacional 
 Oferecer testes de triagem para o diagnóstico de 
outras condições sexualmente transmissíveis, como 
sífilis, HIV e hepatite B, quando disponíveis 
 Contactar, avaliar e tratarparceiras sexuais 
 Orientar uso de preservativos e reforçar a 
importância de práticas de sexo seguro

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