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Giovanna Rodrigues TH3/TH4-Bloco Abdome ç Objetivos: Realizar a inspeção do abdome Identificar alterações na parede abdominal Reconhecer e realizar a manobra de Valsalva Realizar a ausculta do abdome Exame: o Doenças abdominais, extra abdominais e sistêmicas o Doenças agudas e crônicas o Origem do problema abdominal Contexto de realização: o Faz parte do exame clinico geral- Só terá inicio após anamnese com paciente o O ambiente deve ser iluminado, confortável, silencioso e deve haver privacidade. o A mesa deve estar posicionada de modo que o médico deva estar sempre a DIREITA do paciente.Deve estar ajustada a altura do médico o Mãos limpas e unhas curtas o Colaboração do paciente o Médico deve manter dialogo com paciente em uso apropriado da linguagem na tentativa de estabelecer relação de confiança. Exame o Inspeção, ausculta, percussão e palpação o Paciente em decúbito dorsal o Cabeça apoiada sobre travesseiro o Membros superiores paralelos ao corpo o Membros inferiores estendidos o Região entre mamilos e púbis exposta o Examinador a direita do paciente Identificar referencias anatômicas o Apêndice xifoide – alinhamento do apêndice xifoide com cicatriz umbilical ate a sínfise púbica nos dão a referência da linha media. o Alinhamento do ponto médio da clavícula até ligamento inguinal na junção entre tronco e coxa- determinam linhas hemiclaviculares direita e esquerda o Linhas transversais Superior- no ponto em que alinha hemiclavicular toca o rebordo costal Média- passando pela cicatriz umbilical Inferior- passando na altura do ponto mais alto da crista ilíaca Quadrantes e regiões o Divisão em quadrantes- mais simples possibilitada pela linha média e linha transversal que passa pela linha umbilical Divisão em 4 quadrantes – superior direito e esquerdo e inferior direito e esquerdo. o Divisão em regiões- mais complexa, possibilitada pelas linhas hemiclaviculares direita e esquerda e duas linhas transversais- superior e inferior. Divisão em 9 regiões Inspeção o Identificar e descrever forma e simetria do abdome Abdome escavado- idosos, desnutrição Abdome globoso ou batraquico- ascite,gestantes,obesidade Abdome assimétrico- importante descrever alterações, em relação a localização, tamanho Abdome plano- normal Abdome avental- pele e musculatura flácidas. Giovanna Rodrigues TH3/TH4-Bloco Abdome o Descrição- Sinais atípicos Lesões de pele (hematoma, escoriações,etc.) Circulação venosa superficial Cicatrizes (cirúrgicas ou traumáticas) Deformações (retrações ou abaulamentos) Exemplo: Equimose – o Esquerda- sinal de Grey- turner- indicativo de pancreatite aguda o Direita- Sinal de Cullen – equimose na região periumbilical- indica hemorragia retroperitoneal o Esquerda- rede venosa superficial dilatada- indicativo de disfunção de veia cava inferior o Direita- projeção da rede venosa superficial na região periumbilical- Sinal de medusa- indicativo de hipertensão porta. Localização, aspecto, tamanho, características. Manobra de Valsalva Objetivo: Gerar Aumento da pressão abdominal Realização: Consiste em solicitar ao paciente para tapar a boca com as costas da mão e soprar, sem deixar o ar sair Evidencias possíveis de serem encontradas: hérnias abdominais e facilita a localização de processos inflamatórios. Ausculta o Ruídos intestinais hidroaéreos – Interações do peristaltismo intestinal com líquidos e gases no interior das alças intestinais. É necessário identificar o Padrão de frequência: Sons a cada dois minutos (ampla variação normal). Caso não apareça em dois minutos, antes de falar em aperistalse é bom manter o estetoscópio por pelo menos 3 minutos Obs: importante fazer com abdome intocado pois eu vou escutar o transito intestinal (ruídos hidroaéreos) quando eu palpo eu altero o transito intestinal e isso atrapalha a escutar os ruídos. o O que será pesquisado Ruídos hidroaéreos Obstrução intestinal- onde tem peristalse há ruído hidroaéreo, se em um local esta tendo ruído hidroaéreo e o de baixo não isso significa que pode haver obstrução intestinal o Alterações Exacerbação- diarreias e fase inicial da obstrução intestinal Giovanna Rodrigues TH3/TH4-Bloco Abdome Redução (fase tardia dos processos obstrutivos, período pós operatório) Ausência de sons o Ausculta arterial- normalmente não são audíveis, a audição pode indicar estenose Sopros abdominais Geralmente não são audíveis Podem significar estenose de uma artéria Idosos, principalmente muito magros. Principais: Aorta abdominal e artérias renais (sopro nas artérias renais pode indicar estenose que pode justificar hipertensão arterial) ç Objetivos o Realizar a percussão do abdome Saber identificar e dimensionar, pela percussão, o fígado e o baço Reconhecer o sinal de Giordano e Jobert o Realizar palpação do abdome Realizar a palpação superficial Realizar a palpação profunda, delimitando o fígado e o baço Realizar o sinal de Blumberg e Psoas Percussão o Objetivos: Identificar a presença de ar livre, líquidos e massas intrabdominais o Dimensionar os órgãos maciços o Identificar e localizar graus diferentes de irritação peritoneal o Orientar palpação Técnica 1. Realizar a percussão na linha média e nas linhas hemi-claviculares no sentido céfalo- caudal iniciando no tórax no 2e espaço intercostal Obs : não percutir sobre a costela Sons ouvidos Timpânico- vísceras ocas dentro da cavidade abdominal Maciço- em regiões em que houver massas intra- abdominais 2. No flanco esquerdo percutir também na linha axilar média (baço) – pois baço tem posicionamento mais posterioridade espaço de traube - região anterior do abdome, em formato de meia lua Limitado superiormente pelo 6° espaço intercostal Inferiormente- rebordo costal Medialmente- linha costal esquerda Lateralmente- linha axilar posterior Obs: Percussão no espaço de traube tem som timpânico pela presença do estomago e posterior a ele som maciço pela presença do baço. Se ao percutir espaço de traube escutar som maciço pode ser indicativo de esplenomegalia mostrando que baço pode estar avançando em sentido anterior. 3. Na minha hemi-clavicular direita percutir também no sentido contrário (caudal- cefálico), identificando o tamanho do fígado (maciez hepática) SINAL DE JOBERT O que é: identificação do som timpânico na linha hemi-clavicular direita sobre área hepático ao invés do som maciço é observado hipertimpanismo Significado: presença de ar na cavidade abdominal ou interposição de alça entre o fígado e a parede abdominal SINAL DE GIORDANO- punho percussão das lojas renais. Como é feito: Posicionar paciente sentado, médico com mão aberta espalmada usando lado cubital da mão, aplicar golpe seco na região posterior do abdome na altura do ângulo costovertebral direito e esquerdo. Giovanna Rodrigues TH3/TH4-Bloco Abdome Significado- o sinal é positivo em caso de dor, pode indicar pielonefrite, abcesso perinefrético e litíase renal. Palpação abdominal o Manter o paciente relaxado o Conversar com o paciente durante o exame e observar suas reações o Em caso de queixa de dor abdominal, examinar por último a região da dor o Usar técnicas para relaxamento da musculatura abdominal (papação superficial) Palpação superficial o Avalia sensibilidade o Avalia integridade da parede abdominal o Avalia tensão na parede (contratura voluntária ou involuntáriao Ajuda a tranquilizar e acalmar o paciente para a próxima etapa do exame Técnica o Manter mão e o antebraço no plano horizontal o Utilizar polpas digitais o Fletir os dedos nas articulações MCF em movimentos leves e delicados o Palpar todas as regiões do abdome. REGIÕES HIPOCONDRIO DIREITO- lobo direito do fígado e visicula biliar EPIGASTRICO- lobo esquerdo do fígado, estomago e cólon transverso HIPOCONDRIO ESQUERDO- baço FLANCO DIREITO- cólon ascendente REGIÃO UMBILICAL- intestino degado FLANCO ESQUERDO- cólon descendente INGUINAL DIREITA – ceco e apêndice HIPOGASTRICA- bexiga e útero INGUINAL ESQUERDA- cólon sigmoide Importante: Nem todos esses órgãos são palpáveis, palpáveis são: rim direito, ceco, útero gravidio, bexiga cheia, aorta. Palpação profunda o Objetivos: identificar e caracterizar massas intra-abdominais. o Descrever: localização, tamanho, formato, consistência, sensibilidade, pulsações e mobilidade o Ex: Foi observada uma massa na costa ilíaca esquerda de formato cilíndrico, com cerca de 6x2 cm de consistência endurecida, levemente dolorosa, sem pulsações e com pequeno grau de mobilidade. o Técnica o Palpar todas as regiões o Forçar a parede abdominal para baixo e puxar os dedos, procurando palpar massas intra-abdominais o Monomanual e bimanual (uma ou duas maõs) Manobras especiais Palpação especifica do fígado Sinal de Blumberg Sinal do Psoas Palpação especifica do baço o Palpação do fígado Palpação bimanual Colocar a mão esquerda no dorso do paciente (região de 11-12° costelas) e puxar para cima Movimentos no sentido caudo-cefálico, iniciando na fossa ilíaca direita, pressionar a mão direita em direção cranial ate encontrar a borda do fígado Sincronizar a palpação com a inspiração do paciente, que desloca fígado para baixo. O que será OBSERVADO Borda- deve ser arredondada Contorno- contorno arredondado, liso Superfície Tamanho- hepatimetria fez estimativa. Sensibilidade Giovanna Rodrigues TH3/TH4-Bloco Abdome Palpação em garra Posicionar-se no nível do tórax do paciente, virado para os pés Tracionar as duas mãos em garra sobre o rebordo costal direito Solicitar que o paciente inspire profundamente e prenda a respiração. o Palpação do baço Semelhante a palpação do fígado Pode também ser realizada com o paciente em decúbito lateral direito. Em condições normais não é palpado o Sinal de Blumberg Mão em sentido vertical.Comprimir a parede abdominal até o máximo tolerado Descomprimir subitamente (tentar distrair o paciente) Positivo se há aumento súbito da dor após a descompressão Dor a compressão- não caracteriza sinal positivo Se a dor for na compressão e descompressão repetir e perguntar quando a dor é maior Esse sinal positivo é característico de peritonite .No quadrante inferior direito é sinal de apendicite. o Sinal do Psoas Solicitar ao paciente que levante a perna Fazer força contraria na altura da coxa Provoca estiramento do psoas O sinal é positivo quando ocorre dor na região hipogástrica Pode ser também realizada com o paciente em decúbito lateral. Irritação do peritônio posterior ou espaço retroperitoneal O sinal do psoas direito positivo sugere apendicite retrocecal Giovanna Rodrigues TH3/TH4-Bloco Abdome
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