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Caren Andressa 2 semestre 2019.2 UniFG HABILIDADES MEDICAS II EXAME FISICO DO ABDOMEN Anatomicamente, o limite superior interno do abdômen é o diafragma, e o inferior interno é o estreito superior da bacia. Já os limites externos , o superior eé o apêndice xinfoide e arcada costal, já o inferior eé as cristas ilíacas ,pubianas e pregas inguinais. O abdômen ainda pode ser dividido em 4 quadrantes ou 9; Para dividi-lo em quatro quadrantes traça- se uma linha vertical e uma horizontal, onde as duas se cruzam na cicatriz umbilical, regiões essas conhecidas como: quadrante superior esquerdo, QS direito, QI esquerdo e direito. Para se dividir em 9 quadrantes, traça-se 2 linhas hemiclaviculares , uma linha horizontal no reboco costal, e uma linha nas cristas ilíacas, dividido ainda como: Hipocondrio direito e esquerdo, flancos direito e esquerdo, epigástrio, mesogástrio, fossa ilíaca direita e esquerda , e hipogástrio. DICAS PATA EXAMINAR O PACIENTE Verifique se a bexiga esta vazia; Mantenha o paciente confortável em decúbito dorsal; Antes de começar a palpação peça que o paciente indique as regiões com dor, para ser examinado por ultimo; Fique de pe do lado direito do paciente e faça de forma ordenada o exame; Avalie o fígado,baço , rins e aorta; INSPEÇAO Iluminaçao adequada; Desnudamento da área examinada; Deve-se observar lesões, abaulamentos, circulação colateral e presença de Caren Andressa 2 semestre 2019.2 UniFG cicatrizes, movimentos respiratórios e movimentos peristálticos. TIPOS DE ABDOMEN ABDOMEN ATIPICO OU NORMAL (PLANO) Depende de cada individuo, sua principal caracterisitica eé a simetria. ABDOMEN GLOBOSO OU PROTUBERANTE Aumentado globalmente, com predomínio do diâmetro anteroposterior Ex: ascite, gravidez, obesidade , hepatomegalia, obstrução intestinal, entre outros. ABDOMEN DE VENTRE DE BATRAQUIO Paciente em decúbito dorsal , observa-se predomínio do diâmetro transversal ao anteroposterior, comum em pacientes com ascite em progressão. ABDOMEN PENDULAR OU PTOTICO Quando o paciente em pe,as vísceras abdominais pressionam a parte inferior do abdômen, associada a flacidez e fraqueza na musculatura. ABDOMEN EM AVENTAL É encontrado em pessoas com obesidade de grau elevado, sendo consequência do acúmulo de tecido gorduroso na parede abdominal). Neste tipo, a parede abdominal pende "como um avental" sobre as coxas do paciente, tornando-se mais evidente quando o paciente está de pé. Caren Andressa 2 semestre 2019.2 UniFG ABDOMEN ESCAVADO OU ESCAFOIDE Parede abdominal retraída, comum em pessoas com distúrbios alimentares graves. CIRCULAÇAO COLATERAL Pode ser portal , cava inferior ou superior. ALTERAÇOES NA PELE Observar presença de equimoses (extravasamento de sangue na derme). Observar estrias Observar presença de diastese do musculo reto abdominal : estando o paciente em decúbito dorsal, pede-se a ele para contrair a musculatura abdominal, seja elevando as duas pernas estendidas, seja levantando do travesseiro a cabeça, sem mover o tórax Observar cicatrizes : A localização, a extensão e a forma de uma cicatriz na parede abdominal podem fornecer informações úteis sobre cirurgias anteriores. FD:colicesctomia, FE: colectomia, Fossa ilíaca direita: apendicectomia, herniorrafia Fossa ilíaca esquerda: herniorrafia Hipogástrio: histerectomia Linha média: laparotomia Região lombar: nefrectomia Linha vertebral: laminectomia ABAULAMENTOS O abaulamento ou a retração, em uma determinada região, torna o abdome assimétrico e irregular, indicando alguma anormalidade cuja identificação depende dos dados fornecidos pela inspeção, que se somam aos da palpação (localização, forma, tamanho, mobilidade e pulsatilidade). Comum em hepatomegalias, esplenomegalia, útero gravido. Herniaçoes: MOVIMENTOS RESPIRATORIOS Caren Andressa 2 semestre 2019.2 UniFG Homens apresentam respiração toracoabdominal – mov respiratórios nos quadrantes abdominais superiores; Mulheres apresentam respiração torácica, uma diferença importante devido à gravidez; • Processos inflamatórios do peritônio com rigidez da parede abdominal levam à abolição destes movimentos, o mesmo acontecendo com os processos dolorosos do abdome superior. PULSAÇOES Podem ser observados em pessoas emagrecidas. Quando a hipertrofia do ventrículo direito pode aparecer pulsações na região epigastria e na presença de aneurismas na aorta abdorminal. PERISTALTICOS VISIVEIS Movimentos peristálticos visíveis indicam obstrução em algum segmento do tubo digestivo; Porem, em pessoas magras pode ser encontrado os movimentos sem presença de nenhuma patologia. AUSCULTA Importante ser realizada antes da palpação e percussão do abdômen. Os objetivos da ausculta são: Avaliar a motilidade intestinal e avaliar a presença de sopros arteriais. Onde colocar o estetoscópio? Colocar na região direita lateroinferiormente à cicatriz umbilical e lateral ao reto abdominal, onde os sons do borborigmo intestinal são + audíveis • Na ausência de ausculta nesses focos, deve-se auscultar os outros focos; Auscultar sobre o fígado e baço; Quanto tempo ouvir? Por 1 minuto. Para dizer que há ausência de ruídos, deve-se ouvir no mínimo 5 minutos em cada quadrante. PERCUSSAO Na percussão, a principal posição é o decúbito dorsal. Objetiva avaliar a distribuição de gases no abdome; além de identificar massas sólidas; presença de líquido livre na cavidade; tamanho do fígado (hepatimetria); se há aumento esplênico e áreas dolorosas, a pesquisa de ascite e a avaliação da sonoridade do abdome. Pode-se observar os sons timpânicos, submaçiços, hipertimpanico e maciço no abdômen. O som timpânico indica a presença de ar em uma viscera oca; Muito presente no espaço de traube; Quando se aumenta essa quantidade de ar, tal como percebido na obstrução intestinal, Caren Andressa 2 semestre 2019.2 UniFG volvo, esse som fica conhecido como hipertimpanismo. Menor quantidade de ar ou superposição de uma víscera maciça sobre uma alça intestinal origina o som submaciço; Áreas de som submaciço: QIE, bexiga cheia e estômago depois da alimentação. E o maciço encontrado em vísceras maciças como o fígado, o baço , o rim; A presença de ascite também eé o som maciço. AREAS DE PERCUSSAO Deve- se percutir as 9 regioes do abdômen, analisando a presença de timpanismo e macicez. MANOBRAS Sinal de piparote: é evidenciado através da sensibilidade de ondas líquidas no lado oposto ao que se estimula com percussões a parede abdominal. • o paciente adota o decúbito dorsal e ele próprio ou um auxiliar coloca a borda cubital da mãoobre a linha mediana do abdome, exercendo uma ligeira pressão de modo a impedir a transmissão pela parede abdominal do impacto provocado pelo piparote. O examinador coloca-se do lado direito do paciente e repousa a mão esquerda no flanco do outro lado. Passa-se então a golpear com o indicador a face lateral do hemiabdome direito. Se houver líquido em quantidade suficiente na cavidade peritoneal, a mão esquerda captará os choques das ondas líquidas desencadeadas pelos piparotes. • tem menor sensibilidade que a macicez móvel de decúbito, pois há necessidade de um volume maior para sentir a onda líquida DETERMINAR LIMITES DO FIGADO (HEPATIMETRIA) Percute-se o hemitórax direito ao nível da linha hemiclavicular direita desde sua origem na clavícula até o 4º ou 5º espaço intercostal. De início, obtém-se som claro pulmonar; em seguida, em condições normais, na altura do 5º ou 6º espaço intercostal, observa-se som submaciço. Este pontocorresponde ao limite superior do fígado. Enquanto o inferior é dado pelo fim da macicez hepática e início do timpanismo abdominal. Faz- se a percussão para dentro, baixo e fora. O não encontro da macicez hepática ocorre nas seguintes eventualidades: acentuada atrofia hepática; interposição de alça intestinal entre o fígado e a parede costal; e pneumoperitônio. Esta última condição tem como causa frequente a perfuração do tubo gastrintestinal e é designada sinal de Jobert, que consiste no desaparecimento da macicez hepática, dando lugar a timpanismo. Caren Andressa 2 semestre 2019.2 UniFG PESQUISA DE ASCITE A percussão é o método mais seguro para a pesquisa de ascite. GRANDE VOLUME Aspecto globoso de abdômen; Cicatriz umbilical torna-se plana ou protusa; Aumento da resistência da parede abdominal; Exame feito pelo sinal de piparote; MEDIO VOLUME Sinal de piparote negativo; Utiliza- se técnica de pesquisa de macicez: 1. Consiste em percutir todo o abdômen do paciente em decúbito dorsal; Este procedimento possibilita a determinação de macicez nos flancos e som timpânico na parte média do abdome, o que levanta a suspeita de haver uma determinada quantidade de líquido na cavidade peritoneal 2. Posiciona-se o paciente em decúbito lateral direito e percute-se todo o abdome; Havendo ascite, encontra-se timpanismo no flanco esquerdo e macicez no flanco direito. 3. o paciente adota o outro decúbito lateral, percutindo-se de novo todo o abdome; se, de fato, houver ascite, o resultado desta percussão será o contrário do obtido na etapa anterior da manobra, ou seja, haverá timpanismo no hemiabdome direito e macicez no esquerdo. Na pesquisa dos semicírculos de Skoda, percute- se o abdome a partir do epigástrio, radialmente em direção aos limites do abdome. Observa-se uma transição entre o som timpânico para o submaciço, e, posteriormente, para maciço, no sentido craniocaudal. A junção dos pontos de transição forma semicírculos com concavidade voltada para cima. PEQUENO VOLUME Caren Andressa 2 semestre 2019.2 UniFG Considera-se pequeno volume o acúmulo na cavidade peritoneal de menos de 500 ml de líquido. Nessas condições o reconhecimento da ascite pode ser difícil e a técnica semiológica consiste em fazer a percussão por piparote na regiãodo baixo ventre estando o paciente na posição de pé e com a bexiga vazia. A ultrassonografia abdominal é o método ideal para o diagnóstico de ascite de pequeno volume. AVALIAÇAO DA SONORIDADE DO ABDOMEN A sonoridade do abdome é avaliada com o paciente em decúbito dorsal, diferenciando-se os dois tipos de sons: timpânico e maciço. Comparar áreas homólogas ajuda no raciocínio diagnóstico. Em condições normais, obtém-se som maciço ao se percutir as áreas de projeção do fígado e do baço, enquanto as vísceras que contêm alguma quantidade de gás - estômago, duodeno, intestinodelgado e intestino grosso - produzem som timpnico. A obtenção de som timpânico no hipocôndrio direito indica pneumoperitônio (sinal de Jobert) ou interposição do cólon entre a parede abdominal e o fígado. Macicez circunscrita está presente em áreas de projeção de "massas" de natureza inflamatória ou neoplásica. Distensão abdominal por gases se expressa por som timpânico mais nítido em todo o abdome. A sonoridade do abdome adquire características especiais na ascite. PERCUSSAO DO RIM Posicione o cliente sentado; A manobra é realizada pelo médico o paciente estando sentado e inclinado para a frente. Para realizar a manobra o profissional faz uma súbita punho- percussão, com a borda ulnar da mão, na região da fossa lombar do paciente, mais especificamente, na altura da loja renal (flancos). Se a manobra evidenciar sinal de dor aguda, em pontada, no paciente, o sinal de Giordano é positivo, o que indica grande probabilidade doença renal (nefrolitíase e pielonegrite aguda). PERCUSSAO DO BAÇO Existem 2 tecnicas: Deve-se percutir o espaço de traube, se o som estiver maciço pode ser sinal de esplenomegalia; Porem, alugmas outras causas podem indicar macicez no espaço de traube como: estomago cheio,ascite volumosa. Para diferenciar em esplenomegalia, usa-se a linha de piorry. e a percussão medial a esta linha for maciça indica crescimento esplênico verdadeiro Pesquisa do sinal da percussão esplênica; Caren Andressa 2 semestre 2019.2 UniFG PALPAÇAO Efetua-se com o paciente em decúbito dorsal, usando-se a técnica de mao espalmada; Tem por objetivo :avaliar a parede abdominal, a sensibilidade, reconhecer a anatomia e as variações das vísceras, A palpação sistemática do abdome compreende quatro etapas que devem ser cumpridas, uma após a outra: palpação superficial, palpação profunda, palpação do fígado , palpação do baço e de outros órgãos, além de manobras especiais. SUPERFICIAL Avalia-se dor, a tensão da parede, se há alguma alteração no tecido celular subcutâneo, herniações massas e visceromegalias de grande monta. Antes de começar deve-se aquecer as mãos, despir o abdome desde o apêndice xifoide até a sínfise púbica e perguntar ao paciente onde ele sente dor para deixar a palpação desta área por último - A palpação é feita em todos os quadrantes utilizando-se uma das mãos (começa pela FID ,no sentido horário) SENSIBILIDADE: técnica para avaliação da sensibilidade consiste em palpar de leve ou apenas roçar a parede abdominal com objeto pontiagudo. Se esta manobra despertar dor é porque existe hiperestesia cutânea. Outras vezes, a sensação dolorosa aparece quando se faz determinada compressão da parede. Conhecer os pontos dolorosos: gástricos(xinfoidiano e epigástrico), císticos, apendicular, esplênicos e ureterais. Resistencia da parede: analisar contração involuntária; Continuação da parede: analisar diasteses (separação dos músculos retos) e hérnias; Pulsações; PROFUNDA Pesquisa-se a presença de massas previamente delimitadas pela percussão, registrando localização, tamanho, formato, consistência, pulsações e mobilidade com a respiração. Em condições normais, não se consegue distinguir o estômago, o duodeno, o intestino delgado, as vias biliares e os cólons ascendente e descendente, ao passo que o ceco, o transverso e o sigmoide são facilmente palpáveis. O encontro de órgãos, massas palpáveis ou "tumorações" obriga o examinador a analisar as seguintes características: localização, forma, volume, sensibilidade, consistência, mobilidade e pulsatilidade. LOCALIZAÇAO: utiliza-se divisões clinicas; FORMA E VOLUME: compara-se com outras formas (azeitona, limao) SENSIBILIDADE: refere-se a dor ,escala dessa dor; CONSISTENCIA: sensação tátil, pode ser cística, borrachuda, dura. Caren Andressa 2 semestre 2019.2 UniFG MOBILIDADE: depende dos movimentos respiratórios. PALPAÇAO DO FIGADO Paciente em decúbito dorsal; Consiste primeiramente em palpar o hipocôndrio direito, região epigastria e flanco direito. Consiste em colocar a mão esquerda ao nível da loja renal direita, forçando -a para cima durante a expiração, a(s) mão(s) do examinador ajusta(m)-se à parede abdominal sem fazer compressão e sem se movimentar; à inspiração, a mão do examinador, ao mesmo tempo em que comprime, é movimentada para cima, buscando detectar a borda hepática. Completa-se a investigação da borda hepática analisando-se a espessura (fina ou romba), a superfície (lisa ou nodular), a consistência (diminuída, normal ou aumentada) e a sensibilidade (indolor ou dolorosa) METODO BIMANUAL Poe-se a mao embaixo do paciente na altura da 11 e 12 costela, e a direitabusca-se delimitar a borda do fígado. • no ponto de encontro da borda hepática é delimitada a borda inferior, enquanto a superior é dada por percussão por meio dessa manobra, analisa-se a localização da borda inferior do fígado, aconsistência, a superfície (lisa, nodular), sensibilidade álgica gerada pela distensão rápida da cápsula de Glisson (insuficiência cardíaca de instalação aguda), delimitação de massas. METODO EM GARRA palpa-se o fígado com as mãos apoiadas no rebordo costal, com os dedos tentando entrar por de baixo do rebordo costal. PALPAÇAO DO BAÇO Pode-se palpar da mesma forma que o fígado, porem se não conseguir posicionar o paciente na posiçao de shuster. Caren Andressa 2 semestre 2019.2 UniFG PALPAÇAO DOS RINS Normalmente NÃO são palpáveis, mas podem ser em condições patológicas como a hidronefrose, rim policístico, tumores Método de Guyon (bimanual): paciente em decúbito dorsal, para se examinar o rim direito põe-se a mão esquerda na região dorsal tracionando para frente enquanto a mão direita entra abaixo do rebordo costal durante a inspiração ao encontro da mão esquerda, tentando pegar o rim entre as duas mãos • pode ser confundido com o baço (esquerdo), caso esteja aumentado, para se tirar a dúvida recomenda-se a percussão do Espaço de Traube. Manobra de Israel: paciente em decúbito lateral e MMSS por sobre a cabeça e rim tentando ser palpado anteroposteriormente com as duas mãos em pinça. Sinal de Blumberg-Dor ou piora da dor à compressão e descompressão súbita do ponto de McBurney. (ponto apendicular) Sinal de rosving- Sinal de Murphy-Sinal indicativo de colecistite aguda e que consiste em provocar dor pela palpação da vesícula biliar, durante a inspiração profunda. Caren Andressa 2 semestre 2019.2 UniFG
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