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John Bowlby

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John Bowlby
· Teoria do apego: teoria das relações objetais. Significa relações de investimento afetivo no outro. 
Essas relações de afeto iniciais influenciam nas relações futuras. 
· Motivadores da teoria: Freud - com a teoria da ansiedade de separação das crianças com os pais. Korand Lorens - teoria da estampagem.
Falou da importância das relações de afeto na infancia. Para ele, devemos investigar diretamente as crianças ao invés de confiar em relatos de outros. 
Relação inicial de completude entre a mãe e o bebê chamamos de relações objetais. Ele estudou essa relação para desenvolver a teoria do apego. 
Bowlby durante a infância era criado pela babá, tinha pouco contato com a mãe, o momento que tinha mais contato era durante viagens. Com quatro anos a babá saiu do trabalho, o que deixou Bowlby desolado, ficando com uma rotatividade de babás dos 4 aos 7 anos. Com 7 anos ele foi para o internato, visitando esporadicamente a família. Tinha um irmão muito próximo. Quando cresceu resolveu ser professor do desenvolvimento e começou a dar aulas para crianças. Foi cursar medicina para trabalhar com psiquiatria infantil. 
Ele atentou para as crianças que não tinham mãe e tentou ajuda-las. 
· Primeiro conceito: transmissão transgeracional. Perceber como são as relações de apego de alguém e entender que isso tem a ver com o que é transmitido da família para esse indivíduo. Então, para ele, era necessário escutar a família para entender o que influenciou esse comportamento nas relações. Ele acreditava que as dificuldades de apego dos pais iriam influenciar os filhos. “Pais analisados, filhos saudáveis.” O comportamento das crianças no começo tem a ver com a vida psíquica dos seus responsáveis. 
Começou a pregar a medicina preventiva, influenciando as pessoas a fazerem terapia. Após a morte de um amigo começou a falar sobre o luto, desapego. Com a segunda guerra ele começou a criar das crianças que perdiam os pais na guerra e a observar a separação precoce (antes dos 5 anos de idade). Trabalhou na retirada das crianças para o interior para elas não lidarem com essa situação de guerra. 
Ele fala muito da importância do ambiente em que a criança era criada.Um ambiente saudável é extremamente importante. Ele começou a estudar jovens infratores, e percebeu que todos eles tinham passado por perdas precoces. 
Foi chamado para a OMS e abriu uma clínica de tratamento infantil, possibilitando um tratamento de filhos e pais. 
Ele criou um documentário sobre crianças que ficavam internadas e não tinham direito de ter acompanhantes. Após esse documentário passou a ser permitido acompanhantes com essas crianças. 
Se tornou assessor da OMS e continuou as pesquisas do pós-guerra.
Ele falou sempre sobre como a privação de afeto afeta o psicológico e como é importante, nos dá sustentação para lidar com as outras privações.
Começou a estudar os animais e essa separação dos filhos com as mães. 
· O que é apego? 
Ele dizia que não era pra confiar nos relatos de adultos mas que era importante ouvi-los também, além da criança. 
Todos nós temos uma reação inata, natural, ao nos separarmos de outro. 
O apego é uma condição biológica, estamos biologicamente associados a esse apego. Apego é uma condição biologica em que vamos eleger uma pessoa para ser uma base segura, ambiente no qual dá conforto e segurança, essas figuras de apego norteiam as relações que eu tenho com o mundo. Desde o início nós precisamos sobreviver, então desde sempre tivemos essa figura de apego. É segurança e conforto mas às vezes também pode ser sofrimento. A relação entre o bebê e o cuidador deve trazer acessibilidade e confiança. A primeira relação de apego é um modelo mental. 
Apego, figura de apego (base segura) e comportamentos de apego. 
Os comportamentos de apego são desenvolvidos por um sistema, esse sistema tem como função manter a figura do apego por perto para que a criança se sinta segura. É quando a criança identifica situações de risco e recorre à segurança com a figura de apego.
Brinquedos não são figuras de apegos, são objetos transicionais. 
Modelos operantes internos é a avaliação que a criança faz sobre a figura de apego e como foi tratada por ela. É criado uma imagem do selfie a partir disso, além de influenciar nas suas relações futuras. 
Quanto mais a figura age quando necessário a criança tende a recorrer menos a ela, criando uma autonomia já que ela sabe que quando precisar vai ter alguém para ajudar. 
Se a figura de apego rejeitar os pedidos de ajuda da criança ela vai construir um valor interno de si como alguém incompetente, que não é digno de ser amado. 
A criança pode ter a fase do protesto, essa fase e ações são causadas pela ansiedade de separação. Choram, resistem e buscam. Se essa fase não for bem trabalhada, a criança pode entrar na fase do desespero, falar menos do que sente, evita, desconsidera os outros, entrando na fase do desapego. Por isso, é necessário que a ansiedade de separação seja trabalhada. 
· Fases do apego:
· Pré-apego: 0 - 6 semanas. Os bebes ainda não elegeram a figura de apego mas já tem uma predisposição ao apego que é o bebe gostar de ver rostos conhecidos. 
· Formação do apego: 6 semanas - 8 mês. Ele prefere ver rostos que conhece, e começa a localizar quem é sua figura prioritária, sendo essa pessoa que está sempre interagindo com ela. 
· Apego bem definido: 8 - 18 meses. Quando a figura de apego se afasta gera ansiedade de separação. Vai ter medo do desconhecido. No final, ele vai aprender a lidar com a ansiedade de separação. 
· Formação da relação recíproca: 1 e 6 meses - 2 anos. Vai ter a capacidade melhor de conversar com a criança, evoluindo a relação entre a figura e a criança. 
Para tratar essa ansiedade de separação é interessante transferir a base segura para outra pessoa como por exemplo uma professora. 
· Experimento de Ainsworth: 
Dividiu o apego em três grupos. 
· Apego seguro: crianças que na ausencia da mãe exploravam menos o ambiente e quando a mãe estava presente se sentia segura e explorava livremente. Se sentia confortada e segura. 
· Apego evitativo: crianças que na presença da mãe não exploravam o ambiente e não demonstravam nada quando a mãe saia. As mães se mostravam emocionalmente rígidas e não demonstravam muito nada para a criança. Entretanto, as crianças não eram indiferentes, quando ocorria essa ausencia ou presença a frequencia cardíaca delas mudava. Presente em 15-23% em crianças que são vitimas de maus tratos. Se tornam adultos com dificuldade para demonstrar o que estão sentido, para pedir ajuda, com relacionamentos superficiais, tendo esses comportamentos como proteção pessoal. Quem possuiu esse apego de forma mais grave pode desenvolver traços de personalidade antissocial, mais intermediário vai ter relações mais superficiais e curtas, relações interpessoais mais desinteressadas e desfuncionais e dificuldade para tolerar proximidade emocional, enquanto os que tiveram mais leves vão se mostrar mais autossuficientes, vão ter dificuldades de pedir ajuda e de mostrar o que estão sentindo. 
· Apego ambivalente: as crianças exploravam pouco e apresentavam muita ansiedade na ausência da mãe. Já na presença sentiam desejo de estabelecer contato com a mãe, ao mesmo tempo que sentiam raiva em razão a ausencia. As mães não apresentavam respostas muito consistentes e esperadas. Encontrado em 20% das crianças que sofreram maus tratos. Ansiedade profunda em relação a figura de apego. Adultos que passaram por esse apego têm uma visão de mundo negativa, são pessimistas, tem dificuldade de receber atenção do outro e se desesperam. As crianças com esse tipo de apego têm dificuldade de deixar os pais saírem, de dormir na casa de alguém.
Mary Main reaplicou o experimento e acabou descobrindo um outro tipo de apego. 
· Apego desorganizado: a criança é instável, com comportamentos contraditórios. Geralmente presente em crianças que sofreram abusos parentais, 75% sofreram maus tratos. Sofrem um medo crônico de serem abandonadas. Pais que não conseguem servir comobase segura também influenciam. Ou crianças que sofrem violência e depois a figura de apego pede desculpas, essa oscilação de comportamento. Pode ser que as pessoas que passaram por isso venham a aprensentar um transtorno, sempre achando que estão sendo enganadas, não se envolvem com pessoas desconhecidas. 
· Tipologia do apego desorganizado: 
Grupo controlador: crianças agressivas, ou controladoras que sufoca o outro, ou cuidam compulsivamente. Estão o tempo todo se desculpando, explicando. 
Grupo desapegado: pessoas que são sujeitos isolados, tem interações mais virtuais e ideologias e principios preocupantes. Alguns comportamentos associados com transtornos mentais. 
Características das mães: 
· Mães do apego seguro relataram uma infância feliz, conseguiam falar também de situações tristes mas não tinham traumas. 
· Mães do apego inseguro respondiam de uma forma ansiosa e resistente (mães ambivalentes) ou ansiosa e evitativa. As mães ansiosas e evitativas relatavam uma infancia feliz mas não conseguiam lembrar de nada que confirmasse essa versão. Já as mães ansiosas e resistentes relataram uma infância ruim, um relacionamento ruim com a mãe, mostrando que ainda sofriam com esse relacionamento. 
· Outro padrão observado também foi o de mães do apego seguro que relataram uma infância triste. De alguma forma elas conseguiram ter uma conciliação com suas experiências, as relatando de forma coerente e fluente.

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