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WALLON -Conhecido como o integrador integral. Olhava o ser humano com um valor integral, conhecido como o teórico da afetividade. -Passou pela filosofia e pela medicina antes de chegar na Psicologia. -Ele exerceu a profissão no entreguerras. Percebeu o avanço do fascismo, integrando algumas revoluções. -Tinha um olhar filosófico para a medicina. Acreditava na urgência de ver o ser humano de forma integral e o tratando com afetividade, considerando o outro como um todo e considerando toda sua história. Ele levou essas ideias para as guerras, trabalhou como médico nessa época e descobriu muitas coisas. -Soldados que tinham tido uma boa infância e um desenvolvimento favorável tinham tido uma melhor recuperação, e os que não tinham, não tinham tido ou não se recuperaram. -Isso fez com que Wallon tivesse uma nova visão ao trabalhar com crianças, demonstrando um interesse pela Psicologia com crianças. -Ele percebeu que o que acontecia antes da lesão com a pessoa tinha uma influência muito grande com o desenrolar da lesão, desde o que aconteceu antes até quem vai receber essa pessoa, como o profissional vai lidar com ela e como ele vai trata-la, descobrindo que a medicina não é o único meio que traz ferramentas para cuidar dessa pessoa, não sendo suficiente. -Começa a se dedicar à Psicologia da criança, trabalhando em hospitais psiquiátricos. -Na segunda guerra mundial Wallon atuou na resistência francesa e atuou mesmo de forma clandestina. -Criou um laboratório para o atendimento de crianças “anormais”, estudando a criança contextualizada. -Criança contextualizada = o laboratório que ele utilizava era do lado de onde as crianças viviam, ele achava que estudar a pessoa fora do contexto dela seria perder metade dos dados, você não vai conhecer de fato o ambiente, a cultura, os estímulos, não conseguindo fazer um estudo real sobre a criança. -Wallon defendia a resistência, não aceitava preconceitos e intolerância. -Ajudou a revolucionar o programa de ensino francês. Propôs que trabalhasse o desenvolvimento humano, desenvolvendo o sujeito, o que há de mais humano. -Nomeou sua teoria como Psicogênese da pessoa completa, a origem da pessoa completa. A relevância que Wallon dá à cognição da pessoa, falando sobre a história do indivíduo e as interações que ela tem, se tornando uma pessoa. · Pressupostos da teoria walloniana: -Tinha interesse de compreender o desenvolvimento infantil, entendendo o sujeito com o ambiente, o olhando com sua totalidade, o que havia de mais singular no indivíduo com sua interação com o ambiente. Olhava a totalidade e a singularidade de cada indivíduo que estudava, olhando a pessoa completa. Ele divide a pessoa completa em três aspectos: afetivo, cognitivo e motor. Estudando a pessoa contextualizada. -Não acha que o desenvolvimento é linear. Para ele, o desenvolvimento é pendular, indo e voltando. -Tenta compreender os objetivos de uma criança e observar os meios que ela vai utilizar para atingir esse objetivo. Isso faz com que perceba em qual estágio a criança está, se ela está mais voltada para ela, descobrindo as coisas sozinha, ou se ela está mais voltada para o outro, pedindo ajuda. Esse é o desenvolvimento pendular, ora estamos voltados para o outro, ora para nós mesmos. -Para entender o desenvolvimento de uma criança é preciso entender quais as relações interpessoais que ela tem e como ela se relaciona com o outro. -Momentos centrífugos (mais voltado para o outro, mais aberto, voltado para o desenvolvimento das relações sociais) e centrípetos (mais voltado para si, mais fechado, mais voltado para o desenvolvimento da personalidade). E fica nessa oscilação entre os dois momentos. -O biológico e o social coexistem, dizendo que eles são recíprocos. Somos seres biologicamente sociais, nossa biologia pede que sejamos seres sociais, nós precisamos do outro, pelo afeto. -O recém nascido precisa do outro no primeiro estágio da vida, é totalmente dependente de alguém que satisfaça suas necessidades. Tudo o que a criança tem são reações orgânicas, impulsivas e desordenadas, o indivíduo sabendo da necessidade dela, a ajuda a sobreviver, se ofertando a ela, com a função de meio envolvente, interpretando o que ela está sentindo, precisando. -O bebê apresenta pelo meio reflexo a necessidade e o indivíduo enquanto meio envolvente tenta corresponder às necessidades dele. Aos poucos, a criança começa a fazer uma relação de causa e efeito, o que é fisiológico passa a ser intencional. Começa a ocorrer uma troca emocional. -A criança é pura emoção, tudo começa por ela. Começa com um humano, olhando para outro humano e se dispondo a completar. Tudo começa pela troca emocional. -Afetividade é tratar o outro como sujeito. -O adulto é mediador da criança com ela mesma. -Tudo isso ajuda com a construção psíquica da criança. Pela emoção isso é feito. -Existe dois nascimentos, o primeiro no dia que foi dado a luz e o segundo é quando acontece a construção psíquica. -Para que eu me desenvolva, eu preciso ser vista como sujeito. -Tudo começa pela emoção e paralelamente, pelo movimento. -Diferença entre vygotsky e wallon: para Wallon, a emoção vem antes da cultura. Primeiro ela se internaliza e se conhece, e logo após vem o conhecimento da cultura. -Nós somos organicamentes sociais, e pensando nisso ele desenvolve a Psicogênese da pessoa completa. Porém, deixando clara a importância da emoção ser primeira à cultura, nunca estarmos diante do outro sem considerarmos como indivíduo, o olhando como indivíduo afetivo, cognitivo e motor.
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