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Resumo das Escolas do Pensamento Contábil

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RESUMO DAS ESCOLAS DO PENSAMENTO CONTÁBIL 
 
ESCOLA ITALIANA (AZIENDALISTA) 
A moderna Escola Italiana surgiu em 1922 e mantem-se até os dias atuais. 
Em 1920, Gino Zappa propôs a economia aziendal. Zappa foi influenciado pelos 
alemães, a exemplo de Gomberg. 
A moderna Escola Italiana, mais conhecida como economia aziendale, é 
resultado de um processo evolutivo da Contabilidade italiana iniciado, pelo 
menos em termos formais, com Leonardo Fibonacci e encerrado com Gino 
Zappa. 
Segundo essa escola o resultado é o mais importante fenômeno da 
empresa. Os pontos característicos dessa escola se dividem em dois grandes 
segmentos: 
A tentativa de integrar em uma única disciplina todos os conhecimentos 
da vida econômica da empresa; e desenvolver uma teoria para a contabilidade 
a partir do resultado. 
A contabilidade dessa escola num sentido amplo é 
considerada a ciência da administração econômica das entidades que estuda: 
A doutrina da gestão – princípios da gestão; 
A doutrina da organização – constituição e harmonização do organismo 
pessoal da entidade; 
A contabilidade – demonstrar os resultados da gestão. 
Na escola, ocorre a passagem do sistema patrimonial para o de resultado. 
O sistema patrimonial admite avaliação autônoma dos elementos patrimoniais e 
de suas variações e considera o resultado como a soma dos lucros e prejuízos 
individuais, com o objetivo de demonstrar o patrimônio da entidade. Já no 
sistema de resultado o patrimônio não é o principal; sua determinação serve para 
dividir um resultado em vários exercícios. 
O resultado do exercício pode ser definido como incremento ou 
decréscimo em um determinado período. Além disso, o resultado e o capital são 
considerados como duas visões do mesmo fenômeno. O capital é o conjunto de 
elementos ativos e passivos que vão gerar o resultado, e o resultado por sua vez 
é a variação dos componentes patrimoniais em um período. 
Em seus registros contábeis foi convencionado que a variação ativa é 
registrada no debito das contas numerarias e a credito das contas do resultado 
ou capital; e a variação passiva é registrada a credito das contas numerarias e a 
debito das contas do resultado ou capital. 
 O principal papel dos registros contábeis é o de demonstrar os 
componentes do resultado originados das variações monetárias geradas pelas 
transações da entidade com economias externas. Para Zappa, os componentes 
do redito ou variações lucrativas denominam-se variações de exercício. 
O trabalho de Zappa inspirou uma comissão italiana, que estudou a 
possibilidade de estabelecer a uniformização na contabilidade daquele país. Os 
padrões mínimos das demonstrações contábeis foram instituídos na Itália pelo 
Código Civil. 
Zappa foi, depois de Besta e Schmalenbach, um dos maiores tratadistas 
da contabilidade. 
 
ESCOLA AMERICANA DE CONTABILIDADE 
A escola americana teve formação, desde o descobrimento dos Estados 
Unidos da América, da colonização pela Inglaterra, ocorrendo o ingresso de 
capital estrangeiro a fim de industrializá-lo, trazendo-se consigo capital humano 
com conhecimentos contábeis adquiridos na Europa, nas áreas de escrituração, 
análise e auditoria contábil. 
O modelo americano teve grande foco na contabilidade financeira e 
econômica, fazendo com que pesquisas fossem direcionadas para a 
contabilidade gerencial. 
Destaca-se, que a doutrina seguida pela escola americana, foi de forte 
influência de associações e grupos de profissionais, objetivando defender e 
representar os interesses dos contadores, estimular os estudos para o 
desenvolvimento de princípios e padrões de contabilidade. 
O governo americano, logicamente, também teve grande relevância 
quanto às regras e padrões adotados, como por exemplo, na crise de 1929, onde 
foi criado a Lei de Emergência Bancária e a Lei da Veracidade na Emissão de 
Títulos de 1933, que traziam grandes reflexos na política contábil do período, 
onde ocorreu maior intervenção do estado, até então. 
Devido a diversas ações do governo para regulamentação de regras e 
padrões contábeis, fizeram com que os contadores se organizassem a fim de 
obter maior credibilidade no desenvolvimento de procedimentos aplicáveis a 
atividade de seus profissionais. 
Dos principais órgãos da escola americana, podemos mencionar o FASB, 
que edita as normas, regras e procedimentos da contabilidade, e o AICPA, que 
tem a função voltada ao controle do exercício do profissional da contabilidade. 
 
ESCOLA ALEMÃ 
No início do século XX, principalmente a partir do ano de 1919 surge com 
a publicação do livro de Schmalenbach sobre o balanço dinâmico. Os principais 
autores foram Schmalenbach, Schimidt, Gomberg, de gestão Schär, Gutenberg. 
O desenvolvimento da escola alemã em certos pontos foi motivado pelas 
crescentes necessidades dos usuários contábeis dos vários setores da 
sociedade, alguns fatores que contribuíram para a evolução desta escola foram: 
o desenvolvimento dos mercados financeiros, a aceleração crescente da 
concentração das companhias e a expansão dos grupos empresariais, as crises 
sociais dos períodos de guerra, as crises sociais dos períodos de guerra e dos 
períodos pós guerra. 
Essa escola procurou fundir conhecimentos da área econômica com a 
contabilidade, visto que a economia da empresa estudava a constituição e a vida 
das organizações e determinava seus princípios e processos das unidades de 
produção. A contabilidade era considerada um conjunto de registros para 
fornecer elementos de gestão. 
A doutrina contábil alemã se concentrou no estudo de duas disciplinas: a 
Betriebstwirtschlehre e a Rechnungswesen. 
Betriebstwirtschlehre: essa disciplina estudava principalmente a 
economia das empresas, estudava a constituição e a vida das empresas e 
determinava seus princípios de gerenciamento e também os processos de 
administração das unidades de produção. 
Rechnungswesen: essa disciplina estudava a contabilidade como sistema 
de cálculo. Ela era mais aplicada que a anterior e se dividia em escrituração, 
cálculo de custos, orçamentos e estatística da exploração. 
Contribuições da Escola Alemã: 
A contabilidade em nível de preços, cujo objetivo era ajustar o custo 
original pelo valor médio de um índice geral de preços ou padrão ouro; 
Ativos avaliados por valores correntes; 
Custos são considerados meios de produção, consumidos no processo 
produtivo (data do consumo). 
Gasto é definido como bens e serviços adquiridos (data da aquisição); 
Pagamento é entrega do ativo (data da entrega); 
A contabilidade de custos tem por objetivo checar o comportamento do 
negócio, fixar preços, determinar preços internos e dar suporte a conta de lucros; 
Os cameralistas foram os primeiros alemães a tratarem da contabilidade 
de custos, principalmente em orçamento público; 
Custo-padrão (1802). 
 
ESCOLA CONTISTA 
A Escola contista ou Contismo, como também é conhecida, é considerada 
a primeira escola do pensamento contábil, segundo Schimidt (2008, p.17). É, 
pois considerado o primeiro movimento em que se reuniram contadores em torno 
de uma linha de pensamento organizado. Tal qual se depreende do seu nome, 
essa escola teve como ideia central a fundamentação do mecanismo das contas, 
com foco no funcionamento das contas subordinando-as aos modelos de 
escrituração, segundo Hermann Junior (1996, p.35). Para os seguidores dessa 
escola como afirma Schimidt (2008, p.18) ‘a contabilidade deveria se preocupar 
especialmente com o processo de escrituração e com as técnicas de registro 
através do sistema de contas’. 
O auge da Escola Contista se da no século XVII, com as teorias 
desenvolvidas por Jacques Savary, em torno das partidas dobradas, que 
serviram como base para posteriormente ser criada a teoria das cinco pontas por 
Edmundo Degrange. Essa teoria definia que os negócios de um comerciante 
deveriam ser controladosa partir de cinco objetos principais que se interagem 
continuamente: mercadorias; dinheiro; efeitos a receber; efeitos a pagar e lucros 
e perdas. Acrescenta o autor que fazer lançamentos de debito ou credito em uma 
dessas contas era o mesmo que debitar ou creditar o próprio comerciante. Foi 
essa personificação proposta por Degrange que gerou criticas ao seu modelo, 
tendo em Francesco Marchi, um dos maiores insurgentes contra os seus 
princípios. Entretanto, mesmo não terndo aceitação universal, a escola Contista 
manteve a base de seu principio, que eram as regras do dever e do haver. 
 
ESCOLA ADMINISTRIVA OU LOMBARDA 
Umas das principais características da Escola Administrativa ou 
Lombarda é a própria administração das entidades, ao defender o principal 
objeto de estudo como sendo as leis, ou o estudo das leis. 
Outros pensadores definiram a Contabilidade como sendo um “complexo 
de conhecimento e de operações que serve a aplicação de diversos casos e 
método, voltada para o controle da gestão.” 
Outra característica da escola Lombarda é a relação entre a 
Administração Econômica e a Contabilidade, em destaque os princípios 
econômicos gerais, a fim de revelar a situação de determinada manufatura 
dentro da empresa, analisando os vários procedimentos que determinam o 
andamento de uma empresa. 
A Escola Lombarda defendeu também os interesses públicos, sendo que 
a contabilidade deveria impedir o gasto inútil, e a má administração do dinheiro 
público. 
A contabilidade para os seguidores dessa escola deve ser considerada 
um complexo de noções econômicas e administrativas aplicadas à arte de 
confeccionar livros e as contas, necessitando o administrador de um perfeito 
conhecimento da gestão da entidade e não domine apenas técnicas de registro 
contábeis. 
Muitas vezes a Contabilidade fora confundida com a Administração, 
devido a não definição de seu conceito, o mesmo com a administração, sendo 
assim um dos maiores méritos dessa escola fora desvincular a Contabilidade do 
campo de formalismo, das cifras e dos números, passando a tornar-se fonte de 
informação gerencial. 
Os principais pensadores dessa escola foram Francesco Villa, juntamente 
com Antonio Tongzig que também contribuiu muito para o desenvolvimento da 
Escola Lombarda ou Administrativa. 
 
ESCOLA MATEMATICA 
1970 – Formi – idealizou. 
1910 – Clitofante Bellini “Trabalho Elementar teórico” – pratica de 
Regioneira Generali. 
Para Bellini o principal da conta é debitar e creditar poder-se ia colocar no 
lugar de débito (+) e crédito (-). 
O saldo das contas decorre da apuração do débito e crédito. 
Para um credito um valor corresponde a de débito. 
Contas do ativo estão representadas por valores positivos, enquanto as 
contas do passivo estão expostas por valores negativos. 
ATIVO – PASSIVO: ZERO 
A teoria matemática teve na França como doutrinadores Leautey e 
Guibault, sendo criticado por Dunaschei, o que fez, segundo o raciocínio não 
confuso entre as partes sociais e numéricas. 
 Surgiu praticamente em 1901 – Giovani Rossi. 
Elementos fundamentais para evidenciar uma equação matemática, uma 
deve e a outra tem em haver (relação débito e crédito). 
Era possível somar contas (elementos quantitativos) e não veículos, 
maquinas dinheiro (elementos qualitativos). 
Entendia-se que a contabilidade não era estudo de gestão do fenômeno 
patrimonial, mas sim, era centralizada no registro contábil. 
Não foi avante, pois não se associava com outras áreas. 
A ideia central dessa escola fundamentava-se contraria a classificação da 
contabilidade como ciência social. 
Para Rossi a Contabilidade é uma ciência matemática na sua essência e 
nos seus métodos. 
 
ESCOLA DE VENEZA 
O grande pensador que marcou esta escola foi Fabio Besta, que além de 
cultuar as funções das contas, criou a teoria das funções e dos organismos 
administrativos. Firmou ainda doutrinas sobre patrimônio, inventário, orçamento 
e balanço. Suas dissertações teóricas e matemáticas a cerca de valores de custo 
são extraordinárias. Esta escola, por mais críticas que recebeu, dominou o meio 
contábil por algum tempo. Logo após Besta, Gino Zappa marcou época em um 
discurso acadêmico, demonstrando a possibilidade de estudar do ponto de vista 
unitário a organização e a gestão das entidades com a contabilidade. 
 
 
ESCOLA NEOCONTISTA E MATERIALISTA 
A escola se desenvolveu devido ao impulso econômico da França no 
início do século XIX. Para melhor organização dos negócios, foi obrigatório para 
as empresas a fazer inventários periódicos das empresas. Esse código foi 
reformulado em 1867 pelas empresas para que o Balanço Patrimonial fosse 
elaborado da melhor forma. Em 1980 os contadores padronizaram o Balanço 
Patrimonial em um Congresso de Contadores na França. 
Assim surge a Escola Neocontista, dando prioridade a Riqueza 
Patrimonial, procurando acompanhar a evolução do patrimônio atentando-se não 
somente na sua composição e sim no seu valor. Com essa escola a França 
voltava a se manter no cenário contábil mundial. Para isso ela teve como base 
na sua origem que foi a escola contista. 
Para facilitar o seu campo de estudo, as contas foram divididas em dois 
grupos: 
Principais: correspondiam aos bens patrimoniais; 
Derivados: relativas ao patrimônio líquido e suas variações. 
Desta forma os Neocontistas evidenciaram o Ativo, sendo uma conta 
dividida em subcontas (valores positivos), o Passivo (valores negativos) e a 
situação líquida das companhias. 
A escola Neocontista teve uma grande importância para o crescimento da 
contabilidade, contribuindo para o avanço no pensamento e nas praticas 
contábeis. 
 
 
ESCOLA NEOPATRIMONIALISTA 
Segundo Sá (1997, p. 158), o Neopatrimonialismo tem características 
próprias em pontos diversos, todos básicos mas sem abandonar o que de melhor 
havia nas demais correntes, o cientista não devem ter objetivos de poder, nem 
de unanimidade, de exclusividade e não crer que sua doutrina é a única 
verdadeira. 
Pode-se dizer que é a primeira escola do pensamento contábil originada 
no Brasil, é a pioneira em adotar uma “Teoria geral do fenômeno patrimonial”, 
parte do pressuposto básico que no patrimônio tudo se transforma, se relaciona 
e se organiza em sistemas e seu fim é a busca da eficiência. 
Sá (1997), detectou sete grandes sistemas: liquidez, resultabilidade, 
economicidade, estabilidade, produtividade, invulnerabilidade e elasticidade, 
cada um deles busca atender uma finalidade e isto é o que determina a 
autonomia dos sistemas de funções. Classificou os sistemas em: 
 - sistemas básicos – liquidez, resultabilidade, estabilidade e 
economicidade; 
- sistemas auxiliares – produtividade e invulnerabilidade; 
- sistema complementar – elasticidade. 
Esta teoria está baseada em cinco axiomas, segundo Coelho e Lins (2010, 
p.146): 
1 – axioma da transformação: o patrimônio sempre se movimenta e 
modifica; 
2 – axioma da eficácia: quando os meios patrimoniais satisfazem a 
necessidade; 
3 – axioma das relações lógicas estruturais: grupos de fenômenos 
característicos que ocorrem de forma simultânea e em regime de interação: 
4 – axioma dos sistemas definidos: sendo as funções do patrimônio que 
promovem a eficácia, se organizam em sistemas definidos de utilidades; 
5 – axioma da eficácia das células sociais e da eficácia da sociedade: 
sendo a contabilidade a ciência da riqueza e tendo o conhecimento contábil a 
finalidade de obtenção da eficácia, então quando todas as células sociais forem 
eficazes a sociedade por decorrência também será. 
A doutrina neopratrimonialista não vem abolir as demais existentes e 
muito menos substituir a escola clássica patrimonialista, mas vem trazer uma 
nova forma de observar o patrimônio, que é o objeto de estudo da contabilidade 
 
ESCOLA PATRIMONIALISTA 
Criada em 1926, com o livro de Masi Ragioneria Generale. Herrmann Jr. 
estudioso, destacou-sena escola. Para ele a contabilidade é a única que estuda 
o patrimônio a disposição das aziendas, em seus aspectos estático e dinâmico 
e em suas variações, para enunciar os efeitos da administração sobre a 
formação e distribuição do rédito. 
Segundo esta escola o objetivo da contabilidade é o patrimônio. Para a 
escola a escrituração oferece uma ferramenta utilizada pela contabilidade. 
Dividia-se em três partes distintas: 
• estática patrimonial (equilíbrio funcional e financeiro dos elementos 
patrionais); 
• dinâmica patrimonial (obtenção e emprego do capital); 
• revelação patrimonial (conjunto de princípios que regulam a 
representação qualitativa e quantitativa do patrimônio). 
A contabilidade é uma ciência com leis e princípios próprios, que estuda 
e interpreta os fenômenos patrimoniais. 
A principal conta era a do patrimônio, dividido em contas básicas: 
• contas do ativo; 
• contas do passivo; 
• contas diferenciais. 
 
A escola foi criticada principalmente por italianos, considerando que o que 
Masi colocou como sendo matéria contábil abrangente, abrange todo, ou quase 
toda, a matéria que constitui a chamada “Economia Aziendale”. Sendo assim o 
que Masi designou como gestão patrimonial equivale as que a maioria dos 
autores definem simplismente como gestão, ou gestão financeira. 
Vincenzo Masi, nasceu em Rimini em 1893. Fez magistério no instituto 
superior da contabilidade. Colaborou com artigos para revistas de contabilidade. 
Era contrário a criação de uma única disciplina constituída de vários seguimentos 
doutrinais com gestão. Por ser inflexível a sua defesa doutrinaria não obteve 
exito profissonal na Itália. 
 
ESCOLA PERSONALISTA 
Com a busca constante de definir cientificamente a contabilidade e 
alcançar um espaço como objeto de estudo, surgiram as escolas do pensamento 
contábil, onde podemos destacar a Escola Contista, a Escola Personalista, a 
Escola Controlista, a Escola Aziendalista, a Escola Patrimonialista, a Escola 
Administrativa ou Lombarda e a Escola Americana como as que influenciaram a 
aplicação da Contabilidade. 
A Escola Personalista surgiu em meados dos anos 1867, com o objetivo 
de abrir as contas para pessoas físicas e jurídicas, ou seja, apresentar os débitos 
e créditos das pessoas para qual foram criadas as contas entendendo que 
haveria os direitos e obrigações para as mesmas. Os nomes mais evidenciados 
do personalismo foram Francesco Marchi, Giovan Rossi e Giusepe Cerboni que 
idealizou e criou a teoria personalista, estudando a gestão econômica e 
organização interna da instituição, fundamentos da matemática financeira, entre 
outros. Já Francesco Marchi fundamentou uma teoria dessas contas de pessoas 
físicas e jurídicas divididas em grupos: contas do proprietário (capital, lucro e 
perdas compreendidas as contas de despesas e receitas), contas dos gerentes 
ou administradores, conta dos agentes consignatários (dinheiro, mercadorias, os 
bens móveis, etc.) e contas dos agentes correspondentes (devedores e 
credores, representando a relação com terceiros). 
Visando defender essa posição, os pesquisadores apresentaram uma 
premissa que se admite verdadeira sem exigir demonstrações, ou seja, axiomas 
para fundamentar suas teorias estudadas, são eles: 
1º AXIOMA: Toda a administração possui uma ou várias aziendas 
(conjunto de bens, direitos e obrigações que resultam no patrimônio) e todas 
possuem um ou mais proprietários responsável pelo bem. 
2º AXIOMA: Uma coisa é possuir o direito sobre o bem e outra é 
administra-lo 
3º. AXIOMA: Uma coisa é administrar a azienda, outra é custear e se 
responsabilizar por ela. 
4º. AXIOMA: Nenhum débito pode ser criado sem que conjuntamente e 
consequentemente crie-se um crédito e vice-versa. 
5º. AXIOMA: O proprietário, administrador ou não do bem, é credor da 
substância e devedor das passividades correspondentes a azienda. 
6º. AXIOMA: O dever e o haver do proprietário não variam se não por 
causa de ganhos e perdas, ou também por reduções ou acréscimos do valor 
inicial da azienda. 
Esta escola apresentou uma considerável colaboração para 
contabilidade, onde tornou-se uma instrumento de informação sobre gestão das 
instituições, em vez de uma tradicional técnica de registos de fatos contábeis e 
econômicos, auxiliando também na tomada de decisões. 
 
REDITUALISMO 
Desenvolveu-se principalmente na Alemanha, tendo como principal líder 
Eugen Schmalenbach e, entre outros seguidores, W. Malhberg, E. Geldmacher, 
M. R. Lehmannn, E. Walb e Frederich Leiter com seu reditualismo específico. 
Era a corrente de pensamento que enunciava ser o resultado (lucro ou 
prejuízo) o objeto de estudo da contabilidade, ou seja, o reconhecimento da 
perda ou do lucro como fonte principal da continuidade da atividade empresarial. 
Os reditualistas estudavam a dinâmica da riqueza patrimonial, mas 
desprezavam a estrutura dos elementos patrimoniais. Conseguiram 
desenvolver-se num país socialista, embora a corrente estivesse voltada para o 
capitalismo. 
Schmalenbach visualizava os fenômenos circulatórios da riqueza 
patrimonial em sua dinâmica, dando a essa dinâmica o aspecto temporal não 
coincidente com o ano calendário, mas com o ciclo operacional. 
O julgamento do rédito deve ser uma medida relativa entre o que o capital 
oferece ao empreendedor e o que a azienda oferece à sociedade em que se 
encontra. Os reditualistas tiveram a propriedade de reconhecer o valor da 
consideração dos fluxos em contabilidade, ou seja, do estudo de uma dinâmica 
patrimonial, da relatividade do lucro, da realidade empresarial. 
E embora admitissem sob a denominação de economia da empresa todos 
esses princípios, em realidade não fizeram senão desenvolver seus principais 
raciocínios sob a ótica patrimonial, contábil, inclusive com um sem número de 
exemplos práticos. 15 
O reditualismo não ganhou força como escola pois diversos apreciadores 
das enunciações de Schmalenbach criticavam seu objeto de estudo 
argumentando que o rédito é o efeito da dinâmica patrimonial e não a causa. 
 
 
 
Referências: 
COELHO, Cláudio Ulysses Ferreira, et. al. Teoria da contabilidade – 
Abordagem contextual histórica e gerencial. São Paulo: Atlas, 2010. 
FILHO, Jose F. Ribeiro. LOPES, Jorge. PEDERNEIRAS, Marcleide, 
organizadores. Estudando teoria da contabilidade. São Paulo: Atlas, 2009. 
SILVA, Antônio Carlos Ribeiro da. História do Pensamento Contábil. 
SANTOS, Jose Luiz; SCHMIDT Paulo. História do Pensamento Contábil. São 
Paulo: Atlas, 2006. 
SCHIMIDT Paulo, SANTOS José Luiz: História da Contabilidade: Foco e 
Evolução das Escolas do Pensamento Contábil. Ed. Atlas S.A. São Paulo, 
2008. 
O PENSAMENTO DA ESCOLA NEOCONTISTA OU MODERNA ESCOLA 
FRANCESA. Disponível em: https://www.facet.br/artigos/index.php?artigo=3 
Data de acesso em 14 de março de 2014. 
SÁ, Antonio Lopes de. HISTÓRIA GERAL E DAS DOUTRINAS DA 
CONTABILIDADE. Ed. Atlas S.A. São Paulo, 1997. 
SILVA, Antonio Carlos Ribeiro; MARTINS, Wilson Thomé Sardinha. HISTÓRIA 
DO PENSAMENTO CONTÁBIL. Ed. Afiliada ABDR. 2º edição, 2007. 
COELHO, Cláudio Ulysses Ferreira; LINS, Luiz dos Santos. TEORIA DA 
CONTABILIDADE. Ed. Atlas S.A. São Paulo, 2010. 
 
 
 
 
https://www.facet.br/artigos/index.php?artigo=3

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