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→ A realização de adequado isolamento do campo operatório é essencial para favorecer a obtenção de melhores resultados durante as etapas de preparo cavitários e principalmente de confecção da restauração. → Um adequado controle da umidade inclui evitar a presença de saliva, de fluido sulcular ou de sangue no campo operatório. → O acesso ao campo operatório envolve a manutenção da boca do paciente aberta, a depressão ou a retração da língua, dos lábios e do tecido gengival. → A prevenção de acidentes significa evitar cortes acidentais nos tecidos moles e aspiração, por parte do paciente, de resíduos de material restaurador ou até́́ de pequenos instrumentos. → Na maioria das situações clínicas, o profissional deve optar pelo isolamento absoluto, visto que propicia mais facilmente a conjugação dos fatores básicos do isolamento do campo operatório, que são o controle da umidade, o acesso ao campo operatório e a prevenção de acidentes. → Durante o Preparo Cavitário: permite uma melhor visualização do dente, promove um leve afastamento gengival, protege os tecidos moles, evita que o paciente engula resíduos provenientes do desgaste dental ou de material restaurador que eventualmente está sendo removido e diminui a possibilidade de contato com infecções presentes na boca do paciente durante essa etapa. → Durante a Remoção do Tecido Cariado: há uma maior facilidade de visualização do tecido cariado em função do contraste da cor do dente com a do lençol de borracha e da ausência de saliva. Especialmente em lesões de cárie profunda, onde existe um maior risco de ocorrer exposição pulpar, o uso do lençol de borracha é importante para prevenir ou minimizar a contaminação da polpa com os fluidos orais. Três Fatores estão Diretamente Envolvidos na Realização do Isolamento do Campo Operatório Controle da Umidade Acesso ao Campo Operatório Prevenção de Acidentes → Durante a Realização de Restaurações: todos os materiais restauradores requerem um campo operatório isolado e livre de contaminação para serem inseridos na cavidade. Esse fator é ainda mais significativo atualmente devido à predominância cada vez maior dos procedimentos restauradores adesivos. → Remoção de restaurações insatisfatórias. → Procedimentos com amálgama. → Procedimentos com materiais adesivos. → Situações que dependam do afastamento gengival. → Pacientes com necessidades especiais. → Proteção do paciente: protege o paciente com relação à possibilidade de aspirar resíduos oriundos do preparo cavitário ou do material restaurador durante as etapas operatórias. → Proteção para o profissional: proteção adicional significativa quanto à possibilidade de contaminação por infecções presentes na boca do paciente. → Campo operatório limpo e seco: melhores condições de trabalho durante as etapas de preparo cavitário e inserção do material restaurador com o campo operatório limpo e seco. Outro aspecto a ser considerado é a melhor condição de diagnosticar lesão de cárie em um estágio clínico inicial (mancha branca) ou até́́ mesmo lesão oculta que já́́ envolve a dentina, mas mantém a superfície oclusal praticamente integra. → Melhor acesso e visibilidade: promove leve retração dos lábios, da língua e do tecido gengival e apresenta contraste de cor com os dentes. → Melhor desempenho de materiais restauradores: previne a contaminação por saliva ou sangue durante a inserção dos materiais restauradores, estes podem apresentar um melhor desempenho de suas propriedades físicas. → Aumento da Produtividade: o tempo consumido pela conversa, pelo enxague e pela expectoração do paciente é eliminado. → Dentes que ainda não erupcionaram suficiente: difícil estabilização do grampo, devido uma coroa clínica curta. → Alguns dentes terceiros molares: devido seu posicionamento distal. → Dentes extremamente mal posicionados. → Pacientes com asma ou dificuldade respiratória: podem não tolerar o lençol de borracha, já que sua respiração pode ser dificultada. → Tempo de colocação. → Custo. → Resistência por alguns pacientes. → Confeccionada a partir de látex natural e comercializada em diferentes espessuras e cores. Quanto à espessura, ela pode ser fina (0,15 mm), média, grossa, extragrossa e grossa especial (0,35 mm). → Com látex ou sem látex. → Deve ser impermeável. → Formato quadrado ou circular. → Com carimbo ou sem carimbo. → Como a borracha deve ser perfurada na área correspondente aos dentes que serão isolados, o perfurador da borracha deve apresentar vários orifícios com diâmetros diferentes para propiciar a realização dos furos de acordo com o tamanho dos dentes a serem isolados. O maior orifício do perfurador deve ser utilizado para o dente que recebe o grampo. → Os orifícios subsequentes servem respectivamente para molares, pré- molares, caninos, incisivos superiores, e o menor serve para os incisivos inferiores. → Os grampos mais comumente utilizados podem ser divididos de acordo com os grupos de dentes: → 200 a 205 para molares. → 206 a 209 para pré-molares. → 210 e 211 para dentes anteriores. → W8A e 26 para dentes posteriores. → 212 quando a retração gengival for necessária. Incisivos Centrais ou Laterais Canino a Canino Caninos Pré-molar a Pré-molar Pré molares ou Molares Dente para Distal até o canino do lado oposto → Colocação do grampo com asa no lençol de borracha perfurada, seguida pela instalação do arco e pelo posicionamento desse conjunto na boca do paciente. → Colocação do grampo sem asa no dente, seguida pelo posicionamento da borracha já́́ previamente perfurada e instalada no arco. → Colocação do lençol e depois o grampo. → Perfurador de borracha; → Grampos; → Arco de Young; → Pinça porta-grampo; → Dique de borracha → Fio dental; → Lubrificante; → Instrumento rombo; → Tesoura; → Tira de lixa metálica; → Protetor labial ou vaselina. → Testar Pontos de Contatos Interproximais: testar com um fio dental os contatos interproximais. Se eventualmente existirem áreas rugosas, como cárie e excesso de restauração que impeçam uma adequada inserção do lençol de borracha, elas devem ser alisadas com uma tira de lixa metálica. → Testar o Grampo Selecionado: o profissional deve apreender o grampo selecionado com a pinça porta-grampo e levá-lo em posição no dente para verificar se não causa agressão ao tecido gengival. É interessante amarrar um pedaço de fio dental no grampo para possibilitar apreendê-lo, evitando sua aspiração pelo paciente em caso de acidente. → Realizar perfuração no lençol: deve-se dividir ele em quadrantes e marcar as posições dentárias com o paciente de boca aberta e com o auxílio de uma caneta. Nos dentes posteriores deve-se fazer um ponto no centro da face oclusal e nos dentes anteriores no centro da face incisal. A distância entre as perfurações deve ser igual à distância do centro do eixo longitudinal dos dentes a serem isolados. → Lubrificação do Lençol: a deve ser lubrificado na região interna (que fica voltada para o tecido gengival) com um lubrificante não- oleoso. Com isso, a etapa de passagem da borracha nos espaços interproximais e sua consequente adaptação nos dentes a serem isolados fica bastante facilitada. → Posicionamento do grampo com asa no lençol de borracha. → Colocar o Grampo e o Lençol de Borracha: Posicionamento do grampo, lençol e do arco com a pinça porta grampo no dente selecionado. → Passagem dos demais dentes selecionados com o auxílio de fio dental da oclusal a cervical do dente. Sempre colocar primeiramente na região mais posterior do grampo, depois pela outra extremidade e por fim as demais interproximais. → Inverter a Borracha: Promover um correto vedamento da região cervical dos dentes impedindoa infiltração da saliva. Com auxílio de fio dental, a borracha correspondente à região interproximal é forçada contra as superfícies mesial e distal dos dentes, e não apenas em direção apical, para evitar agressão à gengiva. Depois, é removida puxando-a por vestibular. A invaginação na região vestibular e lingual é realizada com o auxílio de um instrumento de ponta romba e jatos de ar direcionados para cervical do dente, introduzindo assim a borracha no sulco gengival. → Para a realização do isolamento absoluto na região anterior, seguem-se as mesmas etapas descritas para a região posterior, com apenas uma modificação, que é a possibilidade de dispensar o uso do grampo. → Finalização anterior: amarilha de fio dental, cunha de madeira na distal do canino, liga de barraca ou um pedaço de lençol quadrado. → Mesmo procedimento do isolamento absoluto comum. Mas, após as marcações, faz-se o recorte do lençol de borracha. Deixa o último dente selecionado em cada extremidade para passar pelo furo e prender com os grampos. → Acesso ao dente desde a região cervical. → Só é possível a realização desse isolamento se não houver inflamação da gengiva, possibilitando um controle de fluido sulcular. → A fixação do lençol é feita com cianoacrilato (cola tudo). → Grampos 212 modificados na altura das garras para poder fazer esse isolamento. É inserido godiva nos dentes vizinhos para assegurar a posição do grampo. → Outra opção: na face vestibular desce bem esse lençol de borracha e na lingual, coloca-se a borracha que acompanha o êmbolo do tubete de anestesia presa na garra. → O isolamento relativo tradicional consiste na colocação de rolos de algodão e sugador de saliva. → Para realizar isolamento relativo na região superior, devemos colocar rolos de algodão somente no sulco vestibular. Para o isolamento da região inferior, devemos colocar rolos de algodão no sulco vestibular superior, no sulco vestibular inferior e na região sublingual, sempre acompanhados de um sugador de saliva. → O isolamento relativo combinado acrescenta à técnica tradicional a utilização de outros dispositivos e materiais que proporcionam maior facilidade de obtenção e de manutenção do isolamento do campo operatório durante o procedimento restaurador. → No isolamento relativo combinado, podemos usar, além dos rolos de algodão e do sugador de saliva, um expandir, que é um dispositivo plástico indicado para isolamento da região anterior. Ele permite acesso adequado ao campo operatório, afastamento das bochechas e dos lábios e manutenção da boca do paciente aberta durante todo o atendimento. → O uso de fio retrator gengival permite um afastamento gengival e evita uma possível contaminação pelo fluido crevicular durante os procedimentos restauradores. É importante selecionar um fio de tamanho compatível com a profundidade do sulco gengival do dente em questão, evitar o emprego de soluções químicas para acentuar o afastamento gengival e não utilizá-lo por um tempo prolongado, que pode gerar agressão ao periodonto e posterior recessão gengival. → O uso de gaze posicionada sobre a língua do paciente é interessante para protegê-lo de contato com resíduos de materiais utilizados durante o atendimento. → Rolos de algodão; → Gaze; → Sugador ou suctor de saliva com bomba a vácuo; → Expander; → Fio retrator gengival; → Protetor labial ou vaselina. → Quando não for possível realizar o isolamento absoluto. → Realização de exame clínico e diagnóstico de cárie: imprescindível que os dentes estejam limpos e secos. → Realização de clareamento de consultório: a utilização do isolamento relativo combinado associado ainda a uma barreira de resina permite uma proteção ágil de ser executada e adequada para o paciente durante a aplicação do gel clareador em consultório. → Confecção de restaurações provisórias: normalmente associada a situações de atendimento de urgência. → Procedimentos clínicos de curta duração. → Realização de facetas diretas em dentes anteriores: possibilita uma visualização mais ampla do campo operatório e a continua análise da relação do dente a ser facetado com os tecidos gengivais do paciente. → Cimentação de coroas metalocerâmicas ou cerâmicas. → Cimentação de laminados cerâmicos supragengival.
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