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1 Aula 01 - CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA TÉCNICA CIRÚRGICA Equipe Cirúrgica: • Cirurgião • Auxiliar ou Assistente • Instrumentador • Volante • Anestesista Conceitos Básicos Antissepsia X Assepsia Antissepsia – são métodos e práticas que tem por objetivo a diminuição da carga microbiana no paciente e no cirurgião. Ex.: escovação das mãos; limpeza do campo operatório. Assepsia – métodos e práticas realizadas no pré, trans e pós operatórios afim de evitar contaminação e infecção. Ex.: Uso gorro, máscara, pijama cirúrgico... Escovação das mãos • 5 a 10 minutos • 20 movimentos • Unhas, dedos, palma da mão, dorso da mão, antebraço até o cotovelo • Somente no sentido VAI Campo Operatório • Clorexidine Degermante ou Povidine Degermante • Clorexidine Alcóolico • Álcool 70% Cuidados: Não deve usar Povidine em gatos e animais atopicos, pois causa reações indejadas. ESTERILIZAÇÃO: É a destruição total de todos os microrganismos (Bactérias, fungos, esporos e vírus). Realizados em materiais inertes. Ex.: Pano de campo, material cirúrgico, fio de sutura, compressas cirúrgicas. Tipos: 1. Esterilização à Vapor Autoclave (uso de água em forma de vapor e sob pressão) + usado Temp. 120 a 130oC 1 a 1,5 atm 30 a 40 minutos Estufa de Ar Quente: • + usado em vidraçarias de laboratórios • 160oC por 60 minutos • Material sai quente • Queima o pano cirúrgico 2 2. Esterilização Química • Glutaraldeído 2% -material imerso por 10 horas, lavar com S. F 0,9%. Pode causar irritação. • Formol • Óxido de etileno • Cobalto 60 • Peróxido de hidrogênio (método industrial) 3. Esterilização por plasma Materiais termosensíveis (Silicone, endoscópios...) EMBALAGEM: 1. Tecido: Envolve o material com pano e coloca-se no Autoclave. Deve fazer duas dobras Vantagens – reutilizado 2. Papel crepado: Barato Descartável Densidade mínima de 80 Precisa de fitas marcadoras 3. Envelope / Papel Plástico: Recomendado pela ANVISA + usado Possui Marcadores de esterilização 3 4 5 DESINFECÇÃO: Tem por objetivo diminuir a carga microbiana no ambiente. NÃO há eliminação completa dos microrganismos. Limpar piso, mesa cirúrgica,paredes, foco cirúrgico... NOMENCLATURA CIRÚRGICA • Visa identificar corretamente as diferentes intervenções cirúrgicas a serem realizadas. • Baseia-se em um prefixo (órgão abordado) e um sufixo (manobra a ser realizada) PREFIXOS Toraco – Tórax Laparo – Cav. Abdominal Cisto – Bexiga Cole – Vesícula Colo – Cólon Dermo – Pele Traqueo - Traquéia Histero – Útero Entero – Intestino Gastro – Estômago Nefro – Rins Oto – Orelha Laringo – Laringe Mio – Músculo Orqui – Testículo SUFIXO: Tomia – Incisão, abertura Ectomia – Ablação, retirada Stomia – Abertura para exterior ou p/ outro órgão Centese – Punção Stasia – Parar Rafia - Sutura Scopia – Exploração, Observação Plastia – Plástica, reparação Anastomose – União de órgão Dese – Imobilização Pexia – Fixação Clasia - Fratura INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA Montagem da mesa de cirurgia DIÉRESE HEMOSTASIA SÍNTESE ACESSÓRIOS 6 FASES DO PROCEDIMENTO CIRÚRGICO 1. Diérese – conjunto de manobras manuais e com instrumentos que visam separar os tecidos com o objetivo tornar acessível um órgão ou uma região • Cruenta – Perda significativa de sangue. Ex.: Incisão, arranchamento, punção, curetagem ... • Incruenta – Sem perda significativa de sangue. Ex.: Bisturi elétrico (corta e coagula). Bisturi Brad BISTURI BRAD PARKER PINÇAS Mayo - tec. Grosseiros (pele, músculos) Metzembaum – tec. Delicados (órgãos internos) 2. Hemostasia – Conjunto de manobras manuais e com instrumentos que visam interromper o sangramento causado pela diérese Temporária- compressão digital, aplicação de garrote, torniquete, uso de pinças hemostáticas Definitiva – Suturas, cauterização com bisturi elétrico. PINÇAS HEMIOSTÁTICAS CRILE KELY 7 KOCHER HASTEAD MOSQUITO (tec delicados) 3. Síntese – Visa reconstruir, recompor e restituir a integridade do tecido, órgão explorado. Favorece o processo de cicatrização • Síntese sem sutura – adesivos e colas biológicas • Síntese com próteses – enxertos biológicos ou sintéticos • Síntese com suturas – fios de sutura Porta agulha - Mayo Hegar Instrumentos Especiais ou Acessórios Pinças Bachaus Pinças Allis Gelpi Weitlaner Finochietto Gosset 8 Afastadores Manual De FARABEUT (NÃO AUTOESTÁTICO) FIOS CIRÚRGICOS • Qual o fio ideal? • Tem infecção? • Qual órgão? • Custo Características dos Fios Cirúrgicos • Absorção de fluidos (ideal baixa absorção) • Capilaridade (MAIS IMPORTANTE) • Configuração física (mono ou multifilamentoso) • Diâmetro (qto mais zero, mais fino) • Força tênsil (romper o fio) • Força do nó (romper o nó) • Elasticidade • Memória (capacidade de voltar a forma original), qto maior a memória, pior o manuseio e maior a possibilidade de desfazer o nó • Pliabilidade (manuseio do fio) • Coeficiente de atrito (deslizar sobre o tecido) • Capacidade de causar reação tecidual 9 Classificação dos Fios Cirúrgicos 1. ABSORVÍVEIS 2. NÃO ABSORVÍVEIS Biológicos (Origem Animal) / Monofilamentosos Biológicos / Multifilamentosos Categute Simples Categute Cromado • Fabricado a partir da submucosa de intestino ovino ou serosa de,intestino bovino • 90% a base de colágeno • Absorção + rápida • Baixa força tênsil • Indicado para tecidos com pouca resistência Seda e Algodão Linho • Baixo custo • Elevada reação tecidual • Baixa memória • Boa piabilidade Sintéticos / Monofilamentosos Sintéticos / Monofilamentosos Poliglecaprona (Monocril ou Caprofyl) • Força tensil regular • Boa pliabilidade • Baixa memória • Pouca reação tecidual • Absorvido 90 a 120 dias Polidioxanona (PDS) • Absorção em 180 dias • Pouca reação tecidual • Baixa memória • Boa segurança do nó • Caro Poligliconato (Maxon) • Absorção 120 a 160 dias • Força tensil boa • Baixa memória • Boa pliabilidade • Baixa absorção • Baixa reação tecidual Nailon (Nylon) Pouca reação tecidual Boa força tênsil Baixa capilaridade Polipropileno (Prolene) Baixa reação tecidual Alta memória Elasticidade baixa Aço Maior força tênsil Menor reação tecidual Baixa piabilidade Sintéticos / Multifilamentosos Sintéticos / Multifilamentosos Ácido Poliglicólico (Dexon) • Absorção de 40 a 70 dias • Boa Pliabilidade • Pequena reação tecidual Poliglactina 910 (Vicryl) • Absorção 30 a 40 dias • Boa piabilidade • + maleável Poliester Simples Revestido (Teflon, Silicone ou Polibutilato) • Baixa Memória • Baixa reação tecidual 10 O fios mais usados são : Nylon Cargut Prolene Vicryl Ácido poliglicólico (Dexon) Poliester AGULHAS - circulares - retas Podem ser também - Traumática: causa lesão na perfuração e causam lesões nas extremidades, usados em tecidos de resistência maior Ex.: musculo, pele. - Atraumática: tende a ser cilíndricas ou redondas, pois só causam lesão no tecido no momento da perfuração. 11 Aula 02 - LAPAROTOMIA / CELIOTOMIA Conceito Celiotomia – Acesso à cavidade abdominal por meio de incisão na linha média (linha alba). Poder ser Mediana ou Paramediana. Laparotomia – Acesso à cavidade abdominal com uma incisão realizada pelo flanco. CELIOTOMIA Pré-imbilical (Supra umbilical) – Cranial ao umbigo. Diafragma, estômago, baço, fígado, duodeno e pâncreas Retroumbilical (Infra umbilical) – caudal ao umbigo.Intestino, rins, ovários, bexiga, útero, próstata Pré retro umbilical (Supra infra umbilical) – Celiotomia exploratória Visualição - Celiotomia → Visualição – Celiotomia mediana Incisão sobrea linha alba (avascular) Celiotomia Mediana em Machos 1º Ao chegar no Prepúcio, curve a incisão para a esquerda ou direita. 2º Entender a incisão até o púbis. 3º Incisão do M. Prepucial até a linha alba. 4º Ligadura da Veia Epigástrica Superficial Caudal na face cranial do prepúcio. 12 → Celiotomia Paramediana Paralelo à linha média Indicações: Criptorquidismo ou em situações em que o paciente sofreu muitas celiotomias medianas. Paramediana Transretal Paramediana Pararetal Interna Externa LAPAROTOMIA Laparotomia pelo Flanco ou Laparotomia Lateral Flanco esquerdo ou Direito Paciente de decúbito lateral Incisão entre a última costela e a asa do íleo. Indicações: Cesariana, hiperplasia mamária em cadelas ou gatas Planos Musculares: 1º M. Obliquo externo do abdome 2º M. Obliquo interno do abdome 3º M. Transverso do abdome Incisão sempre no sentido da fibra muscular. 13 → Celiotomia – Exploração Abdominal 1º Quadrante Cranial – Inspeção diafragma, hiato esofágico, fígado, vesícula biliar, baço, duodeno proximal, pâncreas, Vv. Porta, Vv. cava caudal e artéria hepática 2º Quadrante Caudal – Inspecionar cólon descendentes, bexiga, uretra, próstata, corno e corpo uterino 3º Trato intestinal – Palpação (“ordenha”) de todo o trato intestina (duodeno – cólon descendentes), observar os vasos e linfonodos mesentéricos 4º Exploração das calhas – Direita e Esquerda. Inspecionar rins, adrenais, ureteres e ovários LAPARORRAFIA Suturas descontínuas (“X”) ou contínuas (“Festonada”) Fios de sutura (Nailon) Sempre pegar o peritônio Complicações Deiscência de sutura Evisceração X Eventração Evisceração – órgãos em contato com o ambiente externo Eventração – não há exposição para o meio externo. Pode ser chamada de Hérnia Incisional (CUIDADO!!!!!!!) Hérnia ≠ Eventração Anel Saco Conteúdo Peritonite – Infecção da cavidade abdominal. Lavagem da cavidade abdominal com soro fisiológico morno. Lavar Bem e Aspirar NÃO usar povidine ATB ? (Realizar ATB por via EV) → Técnica Cirúrgica em Baço Anatomia – Situa-se no quadrante abdominal cranial esquerdo. Próximo a curvatura maior do estômago. Suprimento sanguíneo – Art. Esplênica e Ramos da art. Celíaca. 14 ESPLENECTOMIA Remoção cirúrgica do baço Indicações: Ruptura esplênica, Neoplasias, torção vólvulogástrica, doenças auto imunes. Desvantagens: Perda de reservatório sanguíneo Perda da defesa imune Perda da hematopoiese Contra indicado em animal com hipoplasia medular Esplenectomia Total Técnica 1º Celiotomia (Laparotomia) mediana pré-umbilical ou pré retro umbilical 2º Exposição do baço envolto com as compressas 3º Ligadura dos vasos q nutrem o baço, se possível preservar as art. Gástricas menores (nutrem a região do fundo do estômago 4º usar fios absorvíveis multifilamentoses (poliglactina 910), se houver infecção usar fios monofilamentos. 5º Lavar a cavidade abdominal 15 Aula 03 - TÉCNICAS CIRÚRGICAS DE ESTÔMAGO Anatomia Localização – Região epigástrica da cavidade abdominal Dividida em 3 Regiões (Cárdia, Fundo, Corpo e Antro-pilórica) Esfíncteres – Cárdia (esôfago) e Pilórico (duodeno) Curvaturas – maior e menor Vascularização e ligamentos (gastrofrênico, gastroesplênico, gastropancreático...) Paredes (serosa, muscular, submucosa e mucosa) Capacidade – 300ml (gatos) / 500ml (Beagles). GASTROTOMIA Definição – Abertura do estômago Indicação – Retirada de corpo estranho; inspeção de mucosa para verificação de úlceras, hipertrofias e neoplasias. Esvaziamento gástrico Técnica Cirúrgica: 1. Decúbito dorsal, tricotomia ampla e antissepsia 2. Celiotomia (laparotomia) mediana pré-umbilical ou pré-retroumbilical 3. Colocação de compressas úmidas (S.F 0,9% estéril) na parede da cav. Abdominal para proteção e colocação dos afastadores. 4. Exposição do estômago por tração e isolamento do campo operatório por compressas OBS: se houver distensão gasosa ou sobrecarga gástrica, indica-se a realização de centese estomacal (decúbito lateral) ou colocação de sonda para se esvaziamento. 5. Identificação do corpo do estômago. 6. Colocação de dois pontos de sutura em cada extremidade da incisão ou utilização de duas pinças Bancock na camada seromuscular. 7. Incisão com bisturi e ampliação da incisão com tesoura de Metzenbaum. GASTRORRAFIA OBS: antes de iniciar a síntese, trocar de luvas, e o material contaminado (compressas e instrumental cirúrgico) 1. Fechamento em dois planos Pq? Melhor controle de hemorragia Melhor adaptação da mucosa Segurança com deiscência de sutura para os movimentos peristálticos. 16 1º plano – Sutura de Cushing em mucosas e submucosas. Usar fios absorvível sintético monofilamentoso 3-0 / 4-0 de longa duração. 2º plano – Sutura de Lambert seromuscular com fio absorvível sintético monofilamentoso 3-0 / 4-0. 2. Omentalização sobre a 2ª camada de pontos Pq? Evita aderência Acelera a cicatrização Lavagem da Cav. Abdominal com S.F morno e ATB por via EV. GASTROSTOMIA Rápida e Simples Permite descompressão gástrica e colocação de medicações e alimento. 7 a 10 dias Deve realizar uma Gastropexia GASTROPEXIA Fixação do estômago na parede abdominal. Indicação: Gastrostomia, Torção vólvulo-gástrica... Pode ser: Circuncostal Alça de cinto Incisional → Gastropexia Circuncostal 17 1º - Criar um retalho seromuscular 5cm x 1,5cm a 3cm. Região antro- pilórica entre a pequena e grande curvatura 2º - Incisão sobre o peritônio e o m. transverso do abdômen na altura da 11º a 12º costela, criando um túnel. 3º - Sutura do retalho com fio de sutura absorvível sintético 2-0 / 3-0 no padrão descontínuo. TÉCNICAS CIRÚRGICAS DE INTESTINO NOMECLATURAS • Enterotomia – incisão intestinal, acesso ao lumen intestinal. • Enterectomia – é a remoção (ressecção) de um segmento intestinal. • Enteroanastomose – restabelecer a continuidade entre as extremidades seccionadas. ENTEROTOMIA Técnica cirúrgica: 1. Decúbito dorsal, tricotomia ampla, antissepsia. 2. Celiotomia (Laparotomia) mediana retroumbilical ou pré-retroumbilical 3. Tração da alça intestinal para fora do abdômen e isolamos com compressas 4. Coloca-se pinças atraumáticas (Clamps intestinais) ou com os dedos do auxiliar na direção cranial e caudal ao local ao ser incisado. 5. Incisão na borda antimesentária no tecido sadio (caudal ao C.E) ENTERORRAFIA Sutura da parede abdominal no padrão descontínuo simples com fio absorvível monofilamentoso 3-0 / 4-0 de longa duração ou fio inabsorvível monofilamentoso. Agulha atraumática Omentalização. 18 ENTERECTOMIA • Indicações: isquemia de um segmento intestinal, neoplasia, segmento necrosado.... • Técnica Cirúrgica 1. Isolamento do segmento. 2. Sutura dos vasos sanguíneos que suprem o segmento isolado. 3. Incisão perpendicular ao eixo principal do intestino, se houver diferença entre os diâmetros, aumentar o lado menor na borda antimesentérica. ENTEROANASTOMOSE • Inicia-se a primeira sutura na borda mesentérica e em seguida na borda antimesentérica. • Padrão descontínuo simples • Fio Monofilamentoso absorvível 3-0 / 4-0 de longa duração • Monofilamentoso não absorvível • Agulha Atraumática → Prolapso de reto Protrusão da mucosa retal com inversão da mucosa intestinal Realizar qdo o tecido estiver viável (avermelhado) Higienização com Soro Fisiológico estéril morno, massagem do tecido prolapsado, redução do mesmo. Bolsa de tabaco 19 COLOPEXIA (RETOPEXIA) 20 Aula 04 - TÉCNICAS CIRÚRGICAS DE SISTEMA RENAL Anatomia: Topografia Polo Cranial Polo Caudal Hilo Acesso: Celiotomiamediana Pré umbilical ou Pré retro umbilical Técnicas Cirúgicas NEFROTOMIA Nefrotomia – é a incisão cirúrgica do rim. Indicado em retirada de Cálculos localizados no parênquima renal, ou Cálices renais ou pelve renal. Acesso: Celiotomia mediana Pré retro-umbilical ou Retro-umbilical Dissecar a gordura retroperitoneal para mobilizar o rim Ocluir temporariamente a artéria e veia renal com pinça “Bulldog” ou com dedos do auxiliar (no máx. 22 minutos). Realizar incisão 2/3 da cápsula renal na borda superior, aprofundando até a pelve renal. Lavagem com soro morno estéril e se possível com uma sonda uretral em direção ao ureter. Realizar pressão digital com as mãos para evitar sangramento. Sutura: 1ª escolha- Fio Absorvíveis sintéticos Monofilamentosos (Polidioxanona, poliglecaprone) 2ª escolha – Fio Absorvíveis Multifimentosos (Acido poliglicólico ou Poliglactina 910). Padrão contínuo simples 3-0/ 4-0. “U” descontínuo Sutura da gordura perirenal com fio absorvível. Complicações: Hemorragia, necrose tubular aguda e avulsão renal 21 NEFRECTOMIA É a retirada parcial ou total de um rim. Indicações: Parcial –Trauma com hemorragia em um dos polos renais ou cistos Total – Hidronefroses, tumores renais extensos, pielonefrites, Rim policísticos, Dioctophyma renale. Técnicas: Dissecção do tecido perirenal, para promover o deslocamento do órgão da região peritoneal. Identificar as estruturas do hilo renal (artéria, veia e ureter). Ligadura dupla da artéria e veia renal com fio absorvível sintético TÉCNICAS CIRÚRGICAS EM BEXIGA Anatomia: Dividida em 3 partes (Fundo, Corpo e Colo / TrigonoVesical) Mucosa, Submucosa, Muscular e Serosa CISTOTOMIA Indicado em Neoplasias, Traumatismo e Cálculos vesicais e uretrais. Deve-se realizar a sondagem Técnica Técnica de Celiotomia mediana retro umbilical Suturas de sustentação para melhor manuseio do órgão Isolar o órgão com compressas Realizar uma incisão em estocada ou realizar a Cistocentese antes da cistotomia. Ao realizar a cistotomia, estender a incisão com tesoura de Metzembaum. 22 CISTORRAFIA Camada seromuscular Realiza-se dois padrões de suturas invaginantes contínuas (1ª Cushing /2ª Lembert) Fio de sutura absorvível sintético monofilamentoso ou Multifilamentoso. 3-0 / 4-0 Deixar com a sonda para realizar lavagens, Mensurar o Débito urinário e permitir uma cicatrização. Avaliar se está vasando soro pela sutura. UROHIDROPULSÃO OU RETROHIDROPULSÃO URETROSTOMIA Abertura da uretra para o meio externo. Indicações: Litíase uretral, trauma, neoplasia e estenose uretral Pode ser: Pré-escrotal Escrotal Perineal Pré-púbica 23 → URETROSTOMIA PRÉ-ESCROTAL Sondagem do pênis (guia) Incisão pré-escrotal Separar o M. Retrator do pênis para expor a uretra peniana Fixar o pênis com uma das mãos e realizar a uretrotomia com bisturi (sobre o cálculo). Sutura da mucosa uretral com a pele com fio absorvível sintético 4-0 no padrão descontínuo simples . → URETROSTOMIA ESCROTAL . → URETROSTOMIA COM PENECTOMIA em Felinos Inicia-se com uma ablação da bolsa escrotal com orquiectomia. Secção dos músculos isquiocavernoso para melhor exteriorização peniana. Secção do músculo retrator do pênis e do isquiouretral em sua inserção com o ísquio. Complicações: Estenose por contração cicatricial Deiscência cirúrgica Necrose tecidual 24 Aula 05 - TÉCNICAS CIRÚRGICAS DE TÓRAX Anatomia Parte óssea: Vertebras, costelas e esternébras Parte muscular: M. intercostais externo e interno, M. serrátil dorsal e ventral, M. escaleno, M. grande dorsal, M. peitoral e M. abdominal externo Vasos e nervos intercostais Técnicas de abordagens de Tórax Toracocentese Toracostomia Toracotomia intercostal Toracotomia com ressecção de costela Toracotomia mediana ou esternotomia Toracotomia transesternal TORACOCENTESE 6º / 7º / 8º espaço intercostal Indicações: Derrame pleural Pneumotórax TORACOSTOMIA Drenagem do tórax Comprimento da sonda 10º espaço intercostal ao cotovelo 25 Técnica: Incisão 10º / 11º espaço intercostal Túnel subcutâneo até o 6º/7º/8º espaço Sutura em “Bailarina” ou “dedo chinês ou “sandália romana” TORACOTOMIA INTERCOSTAL Cirurgias Cardíacas C. E. esofágico Traumas Lacerações Anomalias vasculares Técnica: 1º- Incisão de pele e subcutâneo abaixo dos corpos vertebrais até próximo ao esterno 2º- Miotomia do primeiro plano muscular (m. grande dorsal e m. peitoral) 3º- Miotomia do segundo plano muscular (m. escaleno e m. serrátil ventral) 4º- Miotomia do terceiro plano muscular (m. intercostais externos e internos). Visualização da pleura parietal. Cuidados!!! 26 5º- Toracorrafia inicia-se com uma pré-colocação de suturas ao redor das costelas adjacentes. 6º- suturar plano por plano TORACOTOMIA COM RESSECÇÃO DE COSTELA Vantagens: Técnica: Incisão sobre a costela Retira-se o periósteo Sutura-se o periósteo ESTERNOTOMIA Indicações: Lobectomia Bilateral Parcial Tumores Mediastinos Vv. Cava Caudal Artéria Pulmonar Principal Toracotomia Exploratória Vantagens Desvantagens Técnica: Decúbito dorsal Incisão linha média Incisão os músculos peitorais Fratura do esterno com uma serra óssea ou osteótomo Sutura do esterno: Cães com + 15 Kg – fios de aço Cães com – 15 Kg e gatos – fio de sutura TÉCNICAS CIRÚRGICAS DE ESÔFAGO Anatomia: Porção cervical e proximal – Esquerda da linha média Bifurcação traqueal até o estômago – Direita da linha média Planos anatômicos 27 ESÔFAGO Indicações: Corpo Estranho Lacerações Neoplasias Obstruções extraluminais ou intraluminais Afecções neuromusculares Dilatações (adquiridas ou congênitas) Acesso Esôfago Cervical 1º- Paciente em decúbito dorsal 2º- Incisão de pele da laringe ao manúbrio, separando os m. esternoióides, expondo a traquéia. 3º- Retraia a traquéia para a direita, expondo o esôfago 4º- Suture os m. esternoióides com fios absorvíveis (3-0 ou 4-0). ACESSO DE ESÔFAGO CERVICAL ESOFAGORRAFIA 1º plano- sutura de Swift. Mucosa e submucosa. Fio de suturaabsorvíveis sintéticos ou não absorvíveis monofilamentoso. 2º plano- sutura interrompida de muscular e adventícia. Cicatrização mais lenta. 28 ESOFAGOSTOMIA Técnica: 1º- Animal de decúbito direito 2º- Pinça hemostática grande por dentro da cav. oral 3º- Incisão sobre a ponto do instrumento 4º- Exponha a ponta e retraia a sonda esofágica para a cav. oral. 5º- Dobre a ponta e avance para o interior do esôfago. Técnicas Cirúrgicas de Traquéia Indicações: Corpo Estranho Neoplasia Paralisia de Laringe Desconforto Respiratório Cirurgia de Cavidade Oral Traumas Emergência Composição: anéis cartilaginosos, m. traqueal, lig. Anular Traqueostomia Temporária Técnica: 1º- Incisão transversal no lig. anular 2º- Colocação da sonda endotraqueal Traqueostomia Permanente Tb chamado de Estoma Sutura-se a mucosa traqueal com a pele Técnica: 1º- Desvie a traquéia ventralmente por meio de sutura em “U” aproximando os m. esternoióides 2º- Incisão retangular da parede traqueal ventral, sem penetrar na mucosa 3º- Incisão da mucosa traqueal em “H” 4º- Aproxime as suturas de pele com a mucosa. 29 AULA 06 - TÉCNICA CIRÚRGICA DESISTEMA REPRODUTOR Sistema Reprodutor Feminino Anatomia: A-Vagina B- Cérvix C- Corpo Uterino D- Corno Uterino E-Ovários F- Lig. Suspensório G-Vasos Uterinos H- Bolsa Ovariana I- Mesovário J- Mesométrio K-Vasos ovavianos SISTEMA REPRODUTOR FEMININO Técnicas: Ovariossalpingo - histerectomia (OSH) Ovariectomia / Ooforectomia Histerectomia Indicações: Controlede natalidade Gestação indesejada Gravidez psicológica Hiperplasia Endometrial Cística Piometra Controle de anormalidade endócrina (diabetes e epilepsia) Controle de dermatose Prevenção de neoplasia uterinas e mamárias. OSH Técnica • Incisão mediana retroumbilical (*Gatas) • Incisão em linha alba (cuidado com o baço), deslocar o omento cranialmente • Localizar o “Y” próximo a bexiga ou localizar o útero pelos dedos e elevá-lo (Cuidado com os ganchos de Ovariectomia) • Ao exteriorizar o ovário, identificar o ligamento suspensão próximo ao rim com os dedos indicadores (Cuidado para não romper os vasos ovarianos) • Realizar um orifício no mesovário, com auxílio de uma pinça hemostática, caudal ao complexo arteriovenoso ovariano. • Utilização de 3 pinças hemostáticas (Kelly ou Crile) • Ligadura realizada abaixo da 3ª pinça, liberada qdo o nó é apertado, em seguida realiza-se abaixo da 2ª pinça. Transecção entre a 1ª e 2ª pinça • Utilizar fios de sutura absorvíveis sintéticos ou naturais, mono ou multifilamentos, tamanho 0 a 2-0. 30 •Separar os ligamentos redondos e largo do corno uterino, com auxílio de uma pinça hemostática. • Traciona o útero, expondo o corpo uterino, identificando a cérvix por palpação. • Para a ligadura do corpo uterino, duas pinças craniais à cérvix • Realiza-se a ligadura dos vasos uterinos de cada lado. Promove se a transecção do corpo uterino e verificamos se há hemorragia • Omentalização Complicações: Hemorragias (Ligaduras) Ligadura dos ureteres – Hidronefrose Piometra de coto uterino Formação de granuloma devido a uma sutura inabsorvível Antissepsia deficiente – infecção Íleo Cirúrgico (Paralítico) Sistema Reprodutor Masculino 31 Técnicas: Orquiectomia Vasectomia ProstatectomiaTotal Prostatectomia Parcial Orquiect0mia Indicações: Eliminação do comportamento indesejável Prevenir coberturas indesejáveis Prevenção de neoplasia testicular. Prevenção de TVT, Prostatite, hiperplasia prostática benigna e Criptorquidismo Orquiectomia Pré-escrotal Técnica: • Incisão de pele cranial à base da bolsa escrotal, na linha média • Descolamento do testículo pelo tecido subcutâneo • Incisão na túnica Dartos e na fáscia espermática expondo o testículo, envolta a túnica vaginal parietal. • Técnica Aberta ou Fechada Fechada: • Ao identificar o cordão espermático, pinçamos e realizamos a ligadura com fio absorvível. • Pode-se fazer a transfixação do cordão ou não. Aberta: • Realiza-se incisão da túnica vaginal parietal. A túnica fica aderida ao epidídimo • Identificação e ligadura das estruturas separadamente. 32 Orquiectomia Escrotal Complicações: Hemorragia devido a ligadura inadequada Infecção Formação de edema, seroma e hematoma (Técnica escrotal) VASECTOMIA Indicações: Controle de natalidade Rufião Não há alteração comportamental e nem hormonal 33 Técnica • Incisão bilateral sobre o cordão espermático na região inguinal • Dissecção do cordão espermático, identificando o ducto deferente • Ligadura dupla do ducto, com a sua remoção de pelo menos 1,0cm. Fio absorvível de longa duração rostatectomia Total Indicações: Tumores Prostáticos Trauma severo Doenças prostáticas severas PROSTATECTOMIATOTAL Técnica: Colocação de uma sonda uretral até a bexiga (controle urinário e guia) Celiotomia mediana retro umbilical e a osteotomia púbica Deslocamento cranial da bexiga pelos pontos de fixação Dissecar a próstata da bexiga e da uretra Transecção da uretra o mais próximo possível da próstata Remova a próstata Suture as extremidades da uretra com fios absorvíveis monofilamentosos (Polidioxanona, Poligliconato ou Poliglecaprona) Coloque o omento ao redor da anastomose.
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