Buscar

RESUMO TECNICA CIRURGICA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RESUMO TECNICA CIRURGICA
HEMOSTASIA 
	Temos a fisiológica que consiste em uma série de fenômenos biológicos que ocorrem como resposta a uma lesão vascular, com objetivo de deter a hemorragia. O mecanismo consiste em 3 processos: a hemostasia primaria; a secundaria/coagulação e a fibrinólise. Esses mecanismos têm como objetivo manter a fluidez do sangue prevenindo hemorragias e trombos. 
	A cirúrgica são procedimentos manuais, instrumentais, químicos, físicos e biológicos destinados a prevenir a ocorrência de sangramentos ou interromper uma hemorragia em curso. 
CASCATA DE COAGULAÇÃO 
Constrição do vaso lesado exposição do colágeno e da tromboplastina tissular plaquetas se aderem tampão ativação dos fatores de coagulação protrombina se transforma em trombina fibrinogênio forma malha de fibrina aderência de Hm, plaquetas e leucócitos trombo (instável nas primeiras 24h) após uma semana invasão de fibroblastos + angioblasto e células tronco proliferação de TC dentro do trombo trombo organizado 30 dias depois pode atrofiar junto com o vaso ou é recanalizado e é levado pela corrente sanguínea 
PROBLEMAS CAUSADOS PELA HEMORRAGIA 
	Impede a visão do cirurgião; meio de cultura para bactérias; dificulta a cicatrização; anemia; hipoproteinemia; ↓ sistema imunológico; deficiências nutricionais; má irrigação dos tecidos; ↓ produção; ↓ reprodução; ↓ PA; mal funcionamento cardíaco; choque hipovolêmico; má oxigenação dos tecidos
FATORES QUE FACILITAM HEMOSTASIA 
↓ PA; coágulos; contratilidade e elasticidade do endotélio o que aproxima as paredes; anestesia hipotensiva; vasos sadios; fatores de coagulação; compressão; contração de órgãos; superposição desigual dos planos da ferida. 
FATORES DE DIFICULTAM A HEMOSTASIA 
	↑ PS; esfregar área a ser operada; inflamação; despertar agitado da anestesia; movimentação na área da cirurgia em excesso; hiperfibrinólise; coagulopatias; alteração da elasticidade e contratilidade; lesão vascular extensa; trombocitopenias, hepatopatia, deficiência nutricionais (Vit. K). 
CLASSIFICAÇÃO DAS HEMORRAGIAS 
	Interna petéquias, equimoses e hematomas
	Externas capilares, vênulas, arteríolas, veias e artérias 
	Capilar hemorragias pouco profusa, difusa e vermelho vivo
	Venosa jorro não oscila e a ferida se inunda de sangue escuro
	Arterial jorro pulsante e sangue vermelho vivo 
	Mista forma lago de sangue, escuro, onde vemos pequena corrente sanguínea de cor mais viva/clara 
AVALIAÇÃO DA HEMOSTASIA 
Pré-cirurgica 
	Histórico de ferimento ou cirurgia anterior; hemorragias espontâneas dele ou de parente; vacinas vivas modificadas (cinomose trombocitopenias, disfunção plaquetária); sangramentos excessivos (cirurgia, ferimentos, parto, estro); ectoparasitas; hepatopatia; medicação; pode ter tido contato com venenos; ↑ de estrógenos endógenos ou exógenos; neoplasias; etc. 
Ambulatórias 
	Inspeção direta, avaliar mucosas procurando petéquias, hematomas, sufusões. Em hemorragias externas observar coloração do sangue, e se o sangue coagula espontaneamente ou não. 
Laboratoriais 
	Tempo de coagulação, coleta de sangue e depois dividido em 4 tubos de micro hematócrito que são quebrados após 5, 6, 7 e 8 minutos para se avaliar o coagulo de fibrina, o normal é de 3 a 8 minutos formar o coagulo. 
	Tempo de sangria, pequenas incisões na MO, não deve durar > 3 minutos. Podemos também realizar cortando a unha, nesse o normal é de 3 a 5 minutos. O teste de fibrinólise é feito com kits comerciais, fisiologicamente o normal é manter o coagulo por 24h animais com hiperfibrinólise irão desfaze-lo em 3 a 5 horas. Plaquetometria é o esfregaço sanguíneo onde contamos o número de plaquetas encontradas. 
METODOS HEMOSTATICOS 
Natural ou Espontâneo 
	Ocorre em pequenos vasos e é o processo de hemostasia fisiológico 
FÍSICOS:
Promovidos pelo Cirurgião 
Temporário, reduzir o suprimento e/ou o fluxo sanguíneo por um período de tempo. 
· Garrote ou torniquete: hemostasia preventiva dos membros, acrotomias, caudectomias, amputações, e intervenções cirúrgicas nos tetos. Ainda tem efeito anestésico e paralisante. Não recomendado sobre superfícies ósseas que passam nervos, procedimentos demorados. Usado por período muito longo pode levar a anóxia e necrose. Recomendasse não deixar mais que 30min. Deixa 20 minutos solta um pouco e depois prende de novo. 
· Manguito pneumático: mesmo principio dos aparelhos usados para aferir pressão arterial, empregado sob anestesia local, menos danoso que o garrote. 
· Faixa de Esmarch: faixa elástica que deve ser aplicada da extremidade do membro para o sentido proximal, causa isquemia pela compressão circular progressiva, sentido helicoidal, até atingir o nível proximal final onde colocaremos um garrote, após a fixação desse será retirada a faixa. Cirurgias distais dos membros. Contra indicado em membros com neoplasias ou infecções. 
Em todos os descritos anteriormente devem ser retirados antes da síntese, para observar quais vasos sangram mais para se fazer a torção ou ligadura desses e então a síntese.
· Posições hemostáticas: elevação da área a ser operada acima do nível do coração ↓ PV. 
· Tamponamento compressivo: tamponar ou comprimir a ferida com gaze ou compressa, esperar alguns minutos e pensar sobre métodos e materiais a serem empregados para a hemostasia, normalmente sangramentos intensos. 
· Compressão digital direta (gaze) ou indireta (bandagem): fazer compressão até a formação dos trombos, não se deve remover esses trombos por arraste, ao fazer a compressão tentar pinçar o vaso. 
· Gaze: compressão com essa, tampão, hemorragias capilares, deixar de 2 a 5 min para não levar o coagulo quando tirar a gaze, muito bom para melhor visualização do campo cirúrgico 
· Bandagem: proporciona limpeza, controla ambiente da ferida, reduz edema e hemorragia, elimina espaço morto, imobiliza tecido lesionado e minimiza a formação de cicatrizes e a perda dos trombos recentes. Proporciona conforto. Deixa ambiente ácido por evitar a perda de CO2, absorve amônia produzida pelas bactérias o que causa ↑ na dissociação do O2 pela Hg, ↑ a disponibilidade de O2. (bandagem compressiva?). 
· Estrangulação temporária de vasos calibroso: empregado nas realizações de anastomoses, embolectomias, cateterização, endarterectomias. Pode ser feito com auxilio de fios grossos passados duas vezes ao redor dos vasos e as pontas tracionadas por pinças hemostáticas. Tomar cuidado com compressão excessiva e com isso dano ao endotélio vascular. 
· Clampeamente vascular temporário: pinçamento dos vasos calibrosos, feitos com clampes vasculares ou pinças especiais que causam pouco dano ao endotélio vascular. 
Definitivo 
· Pinças hemostáticas: pequenos vasos apenas pela compressão (angiotripsia). Pinça permanente é uma exceção quando a ligadura é impossível. 
· Ligaduras vascular simples e em massa: quando ligamos só 1 vaso é a simples, mas com quantidade considerável de tecido circundante é chamado simples e em massa. Um seminó simples que é apertado e depois mais 2 seminós simples. Os fios mais usados são os reabsorvíveis: categute cromado, vicryl, PDS. Os não absorvíveis de náilon, seda e polipropileno podem ser usados. 
· Ligadura por transfixação: vasos de grande calibre e em grandes animais como OCT, passa a agulha por dentro do vaso, primeiro pinçado, depois seminó e amarra em um lado do vaso, depois vai para o outro lado e dá mais 3 seminós, lembrar de tirar a pinça após o primeiro nó. 
· Técnica das três pinças: ligaduras de pedículos ovarianos, testiculares e grandes vasos. Coloca 3 pinças, primeiro sai a mais externa com a estrutura, ligadura entre o paciente e a primeira pinça/mais interna, quando for apertar o primeiro seminó tira a pinça mais interna para ver o alo de esbranquiçado e se realmente causou hemostasia, ai dá mais 2. Só corta o fio depois de tirar a pinça do meio de ver se realmente teve hemostasia. Normalmente se usa a pinça de crile e os fios de náilon, polipropileno, PDS, vicryl 910, categute cromado com espessura que variam de 4,0 a 1,0. 
· Sutura hemostática: em órgãosparenquimatosos, 2 agulhas no mesmo fio, os fios atravessam perpendicularmente o órgão. 
· Sutura vascular: preservar a funcionalidade do vaso, principalmente com o fio de polipropileno, PDS também pode ser usado, suturas normalmente longitudinais ou transversais (anastomoses) com fios de pequenos diâmetros já agulhados. Nas anastomoses termino-terminais podemos fazer a técnica de triangulação. Devemos ter cuidado no manuseio, manter o vaso úmido com soro fisiológico. 
· Clipes vasculares: vasos difíceis de alcançar ou vasos múltiplos, não se recomenta em vasos > 11mm, o vaso deve corresponder a 1/3 a 2/3 do tamanho do clipe, podendo ser plásticos ou metálicos, temporários ou definitivos
· Oclusão vascular: oclusão do fluxo para corrigir falhas em casos de ductos arteriovenosos indesejáveis ou para inanição de tumores. 
Outros Métodos 
· Torção: cinco voltas completas. Vasos de pequeno calibre, hemostasia devido a ruptura das túnicas medias e internas. Corte de vasos sem sangramento 
· Divulsão: método homeostático de diérese. Vasos de pequeno calibre e recomendada para a extirpação de tumores que mantenham contato com vasos importantes. 
· Dilaceração: tracionar o vaso ao mesmo tempo que é raspado em sentido longitudinal numa porção do seu trajeto com bisturi, lento e com pouca pressão, até que o vaso entre em fragmentação, rompendo-se, com retração da sua extremidade, vasos de pequeno calibre e manobra de diérese. 
· Tripsia: esmagamento linear de túnicas internas e medias dos vasos com instrumento homeostático forte como pinça de kocher, emasculador, que obstruem a luz vascular de forma definitiva. 5 minutos ou mais. 
· Endollop e nó roedes: endoloop é instrumento plástico usado para a ligadura vascular, e o nó roedes é um nó corrediço e seguro, os dois usados juntos servem para a hemostasia em vídeos cirurgias e para vasos profundos difíceis de alcançar. Usado na enucleação, pedículos vasculares abdominais, salpingectomia, ooforectomia, salpingooforectomia, vasos mesentéricos e anastomoses intestinais. Fio categute cromado ou náilon. 
· Lacre de náilon (enforca gato)
· Cera para osso: cera de abelha semissintética e agente amolecedor
· Eletrocoagulação: bisturi monopolar e bipolar. 
· Termocauterização: ferro quente e termocautério. Descorna, piodermatites vegetantes interungulares. 
· Fotocoagulação: raio laser. Rompe Hm, danifica plaquetas e ativa cascata de coagulação. 
· Frio: gelo por > 5 min causa vaso constrição. Nitrogênio líquido, desvitaliza tecidos, pelo desequilíbrio osmótico que causa, as células retêm liquido e rompem. Muito usado para remoção de tumores. 
QUÍMICOS:
Tópicos 
Água oxigenada 10 volumes. 
Parenterais
	Ácido épsilon aminocapróico (inibe enzima fibronolisina que dissolve coágulos); menadiona e menadiona-bissulfito de Na (análogos da Vit. K, segunda ↑ potente); ácido tranexâmico (inibe ativação de plasminogênio e plasmina e com isso fibrinólise); aprotinina (inibe atividade proteolítica da plasmina bem como seu excesso)
BIOLÓGICOS 
	Adrenalina; músculo triturado (hemorragia do osso esponjoso e muscular, cirurgia ortopédica e neurológicas, libera colágeno e tromboplastina); esponja de fibrina absorvente (fibrino); celulose oxidada regenerativa (surgicel); fibrinogênio; aprotinina; trombina (tissucol); gelatina branca purificada (gelfoam e spongostan); colágeno absorvível (instat); adesivo biológico cirúrgico e hemostático absorvível (colagel). 
REGRAS DA HEMOSTASIA 
	Plano por plano, hemorragias capilares controladas por métodos manuais; hemorragias de vasos maiores devem ser ligados sempre com a menor quantidade de tecido adjacente; tomar cuidado com a formação de fistulas arteriovenosas quando se liga as duas juntas, e sempre ligar primeiros vasos de drenagem para se evitar a drenagem de células neoplásicas, agentes infecciosos, fatores necróticos e inflamatórios. 
SINTESE 
É o conjunto de manobras manuais e/ou instrumentais destinadas a reconstituir o tecido, sua forma e/ou função depois que esse foi aberto acidentalmente ou cirurgicamente. A aproximação dos tecidos é mantida até que a ferida cicatrize. 
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Perfeita assepsia 
	Inflamação dificulta cicatrização e impede coaptação adequada das bordas o que pode levar a deiscência. 
Perfeita hemostasia
	Hematomas e coágulos afetam bordas da ferida e é ótimo meio de colonização dos microrganismos 
Abolição do espaço morto 
	Evitar acumulo de sangue e líquidos, o que dificulta a aproximação das bordas, diminui cicatrização e predispões a infecções
Lábios da ferida limpos e sem anfractuosidades 
	Feridas regulares tem melhor efeito estético e cicatrizam ↑ rápido 
Ausência de corpos estranhos e tecidos necrosados 
	Corpos estranhos levam a ↑ reação inflamatória e/ou infecção bem como os tecidos necrosados, além de não serem mais tecidos viáveis que facilmente se soltam com a pressão dos pontos. 
Use de suturas indicadas para cada região 
Tração moderada sobre os fios e tecidos orgânicos 
	Sutura captonada
Manipulação delicada dos tecidos; Evitar excesso de fios nos nós; Evitar nó frouxo ou corrediço 
Tipo de ferida a ser suturada 
	Não usar fio categute em ferida infeccionadas pelo seu tempo ↑ rápido de absorção 
Levar em consideração região operada; espécie e/ou raça animal; temperamento; idade; condição física; preferencia do cirurgião 
SUTURAS 
Extensão
· Continua: ↑ rápida, fácil remoção, economia de fios, ↓ reação inflamatória; melhor coaptação, previne perda de fluidos, principal desvantagem é se o fio arrebentar. 
· Descontinua: remoção de alguns pontos para drenagem, mantem sutura se um ponto romper, lenta, gasta material, ↑ reação inflamatória 
Posição das bordas 
· Invaginante: bordas da ferida para dentro, indicada para órgãos ocos, com intuito de evitar extravasamento. 
· Semi-invaginante: uma das bordas voltada para dentro 
· Evaginante: bordas da ferida para fora, mas retardada processo de cicatrização
· Aposição: justaposição dos tecidos, rápido processo cicatricial
Tempo que permanece no corpo 
· Temporário ou externa: na pele, e após 7-10, que é a cicatrização desse tecido, são retiradas
· Definitiva, interna oculta ou perdida: não são removidas normalmente e sim absorvidas ou encapsuladas, só se faz procedimento para retirar as suturas caso aja rejeição do fio por exemplo
Função
· Coaptação: trazer tecidos a aposição direta, sem tração (ponto isolado simples)
· Sustentação: regiões com ↑ tensão (donatti e wolff)
· Sustentação e coaptação: faz ao mesmo tempo o que as duas últimas fazem (reverdin)
· Hemostasia: maioria das vezes aplicada em órgãos parenquimatosos 
· Oclusiva: fechar orifícios 
· Combinada: usa mais de uma sutura
Plano tecidual 
· Serosserosa: atravessa camada serosa e só atinge camada mais superficial.
· Seromuscular: camada serosa e muscular 
· Seromucosa: atravessa todas as camadas das vísceras, sutura perfurante 
· Muco-serosa: sutura perfurante, mas vem da mucosa para a serosa a perfuração 
TIPOS DE SUTURAS 
Continua simples 
	
Tecidos elásticos e mínima tensão, quando se deseja ↑ aproximação das bordas. Peritônio, fáscia, órgãos ocos.
Festona ou de Reverdin
	Quando tem certa resistência para a aproximação das bordas, muito empregada em suturas longas pois seus pontos dificilmente afrouxam. Sutura de pele após exérese de algum tumor grande, sutura de musculo para fechar tecido sobre coto ósseo, amputação e na sutura de fáscia. Sustentação e coaptação. 
Sutura de Sapateiro ou Vachetta 
	Hemostasia de órgãos parenquimatosos
Em bolsa de fumo ou tabaco 
	Fechar orifícios, para prevenir extravasamento de conteúdo, também para fixar drenos ou tubos de pele. 
Sutura intradérmica em ziguezague 
	Agulha penetra derme no mesmo nível onde saiu na outra borda. Fio não fica fora da pele ↑ estética. Animais agressivos onde seria difícil o veterinário retirar os pontos da pele ou em animais que arrancariam os pontos da pele. 
Sutura ziguezague subcutâneo 
	Para abolir espaço morto subcutâneo formado na abertura de cavidade, pode ser fixada no tecido subjacentequando atravessa de um lado para o outro, como na fáscia muscular (ancoragem). 
Sutura de Schimieden 
	Mucosa serosa, considerada sutura contaminante, razão pela qual é necessária uma segunda camada de sutura sobre ela, de preferencia invaginante. Perfurante. No sepulto de uma ferida, uma sutura é feita sobre a outra para reforçar a sutura abaixo e evitar extravasamento de conteúdo de órgãos ocos para cavidade. 
Sutura de Cushing 
	Serosa muscular serosa. Não contaminante pois não atravessa todas as camadas, não vaia até mucosa. Indicada para sepultar a de Schimieden 
 
Sutura de Lembert
	Sepultamento de outra sutura e invaginar as bordas da ferida. Sutura de Parker Kerr muito utilizada para fechar do coto uterino é a Cushing invaginada pela Lembert. Longe-perto-perto-longe. 
DESCONTINUAS 
Simples 
Segura, boa cicatrização e facilidade de execução, muito usada na pele. Sutura de coaptação. 
Relaxamento 
Depois de 1 a 3 pontos da isolada simples faz ela, onde a penetração e saída da agulha nas bordas da ferida são feitas mais distantes, permitindo maior expansão dos tecidos. Usada quando se prevê edema pós-cirúrgico
Wolff, U deitado ou Colcheiro
	Muito usada na pele e dependendo da tração pode ser de aposição (recomendado) ou evaginante, pode ser coaptonada. Usada quando teremos tensão sobre os pontos. Sustentação. 
 
Donatti ou U em pé 
	Normalmente abrange mais de uma camada, como a pele e o subcutâneo. 	Usada quando teremos tensão sobre os pontos. Sustentação. Longe-longe-perto-perto. 
anteriores quando se tiver forte tensão. Nó não fica sobre a ferida. Nó em cima da ferida retarda cicatrização 
Lembert 
	Órgãos ocos, invaginante, não contaminante, sero-muscular. Longe-perto-perto-longe. 
Gelly ou Halsted horizontal 
Gastrorrafia, equivale a Cushing interrompida, seromuscular, não contaminante. 
Halsted
É um Cushing interrompido, é raramente utilizada, mas oferece aproximação exta da pele. 
Gambee
Reduz a eversão da mucosa, usada em suturas intestinais. 
Swift
	Mucosa para a serosa, fio sai pela pele e então vai da serosa para a mucosa, nó fica internamente, suturas de esôfago principalmente porque não causa aderência entre os órgãos e suturas adjacentes, reduz possibilidade de interferência nos movimentos peristálticos. Contaminada e perfurante.
Bunnell e de Kessler
 Aproximação de tendões e ligamentos 
Jaquetão ou Técnica de Sobreposição de Mayo
	Entra longe e na outra borda ela entra perto e sai perto, acho que atravessa todas as camadas, para voltar ela passa por cima do fio que já veio, entrando perto e saindo perto. Uma borda fica por cima da outra, indicado para parede abdominal especificamente no fechamento de das eviscerações e hérnias. 
X 
	Pode ser cruzada em cima ou em baixo. Por cima é a sultan. 
 
Calisck
Usada para vulvoplastia em éguas e vacas
Utrecht
Sutura contínua invaginante, usada para fechamento de útero. Tem o intuito de reduzir aderências do material de sutura com os demais órgãos, e também fazemos sutura invaginante para que o conteúdo do útero não extravase. Os nós e o fio ficam sepultados, fazemos tudo obliquo. Puxar firmemente cada sutura para termos a aproximação rente dos bordos uterinos. Vai da serosa até a submucosa. 
 
Aanes 
Reparo em dois estágios, duas cirurgias. O primeiro estágio envolve a reconstrução da delimitação retro-vestibular, mas sem o fechamento da região perineal. A técnica é concluída 3-4 semanas após com o fechamento do períneo. 
Se disseca lateralmente a linha divisória do anus e do vestíbulo vulvar, começando de onde ainda temos a divisão até o exterior, a dissecação submucosa acontece até termos flaps que possam fechar medialmente sob mínima tensão. A primeira sutura é Cushing com fio absorvível 0 ou 1, invertendo a mucosa para o vestíbulo, ela é temporariamente interrompida para permitir o acesso da segunda linha de sutura, a segunda camada é do tipo interrompida simples, e é essencial para a aproximação tecidual, a sutura passa pela submucosa retal, tecido perivaginal e submucosa vaignal com fio absorvível 2.
O segundo estágio é a remoção do epitélio remanescente da superfície perineal e aposição destes tecidos na linha média. Nenhuma tentativa deve ser feita para isolar e suturar os músculos do esfíncter anal, pois a aproximação dos tecidos da região perineal restaura suficientemente a função do esfíncter. Vai se fechar com sutura do tipo Donatti, com os fios permanecendo na luz vestibular, tomando cuidados para não atingir a mucosa retal, usamos foi não absorvível 2-3. 
Tração crânio-caudal da mucosa retal
 
INDICAÇÕES DAS SUTURAS 
Pele 
Wolff, donatti e ponto isolado simples, lembrando que a isolada simples tende a invaginar o que dificulta a cicatrização. Continuas podem ser usadas onde há mínima possibilidade de automutilação e em bovinos e ovinos
Subcutâneo 
	Ziguezague e fio absorvível principalmente para a abolição de espaço morto
Fáscia muscular 
	Depende do grau de tensão. Continua e isolado simples e festonada (reverdin, quase certeza). 
Vaso sanguíneo 
	Simples tanto contínuos como isolado. Nas anastomoses terminais eles também são indicados, mas se deve fazer três nós de fixação formando um triangulo para facilitar a sua execução. Naturalmente o sangue pode fluir pela sutura, mas o sangue deve ser ocluído por algum tempo permitindo que se forme um coagulo na linha de sutura (3-8 minutos)
Víscera
	Órgãos ocos e com flora própria se recomenda sutura invaginante e continua em duplo plano (Cushing 2x). Na alça intestinal temos uma exceção onde o ponto mais recomendado é o isolado simples, pois o invaginamento das bordas pode ocasionar estenose, o que é mais grave do que a contaminação da cavidade com conteúdo fecal. 
Musculo 
	Pequenos animais normalmente são divulsionados. Pode-se usar a continua simples, mas caso haja tensão recomenda-se a Reverdin, isolado simples e Wolff 
Tendão 
	Bunnell e kessler 
PRINCIPIOS GERAIS DA CONFECÇÃO DE NÓS 
· Nó cirúrgico quando o primeiro seminó é simples, ideal para ligadura de vasos, oferece ↑ estrangulamento. 
· Nó de cirurgião é quando o primeiro seminó é duplo, tende a não retroceder e afrouxar 
· Nó final, menor possível e extremidades dos fios cortadas curtas, para reduzir inflamação e reação de corpo estranho
· O porta agulha e a pinça que seguram o fio o danificam e essa parte não pode mais ser usada para a sutura. 
· Cada seminó deve ser realizado de lados alternos, para quando se colocar tração o nó não corra
· 2 porta agulhas, caso um caia no chão. 
OUTRAS FORMAS DE SINTESE 
	Material adesivo, em bordas regulares, sem hemorragia, tensão ou infecção 
	Grampo cirúrgico indicado para anastomoses torácicas, gastrointestinais e bloqueio da placa de crescimento ósseo; cola cirúrgica a maioria constituída de cianocrilatos (vetbond), indicada para cirurgias da CO, enxertos de pele, anastomose intestinal e microvascular, e incisão de pele; cerclagem e hemicerclagem, são sínteses ósseas, enquanto a primeira engloba toda a circunferência óssea a segunda só metade, usados fios metálicos de aço inoxidável e instrumentos ortopédicos especiais. 
FIOS DE SUTURA 
	Fio absorvível é aquele que perde sua força tênsil em menos de 60 dias alguns fios classificados como absorvíveis são biodegradáveis. A seda perde metade da sua força tênsil em um ano, o algodão 50% e o nylon 12% no mesmo período. 
Materiais Inabsorvíveis 
· Origem animal, vegetal ou mineral: seda, linho, algodão e aço. Todos de fácil manuseio menos o aço. Todos podem produzir reação de corpo estranho. Seda tem boa manipulação com boa conservação do nó, apresenta pouca reação tecidual. Algodão é barato, causa maior reação tecidual e chupa bactéria. Os fios de origem vegetal podem ser por torção ou trançados, por serem multifilamentares mostram maior tendência para o desenvolvimento de abcessos quando usados na presença de processos infecciosos. 
· Sintéticos: nylon, perlon, poliéster e polipropileno tem reação tecidual menor, oferecem alguma dificuldade quanto aomanuseio e mostram facilidade em desatar o nó, por isso exigem superposição de seminós de segurança. São os mais inertes de todos os fios. Os fios inabsorvíveis sintéticos multifilamentados são fabricados a partir de fibras que são trançadas, o que torna o manuseio mais fácil. 
Fios metálicos podem ser trançados ou monofilamentos. São de mais difícil manuseio, mas possuem enorme resistência, sendo utilizados em síntese óssea. Não provocam reação tecidual. Os nos comuns são impraticáveis, sendo fixados por meio de torção de suas extremidades com alicate ou pinça hemostática. 
Todos os fios sintéticos são mais resistentes que a seda ou o algodão. São, no entanto, mais caros, o que limita a sua utilização. Causam pouca reação tecidual com a formação de uma cápsula delgada de tecido conjuntivo em volta do fio. 
Materiais Absorvíveis 
· De origem animal ou orgânico: categute. Fabricado a partir de intestino de carneiro, boi ou porco. Introduzido no organismo, instala-se reação inflamatória que leva à degradação e absorção do fio, sempre acompanhada de reação tecidual. A absorção do categute simples leva à perda de sua capacidade tênsil em 1-2 semanas, variando com o local da sutura. 
· Sintéticos
· Multifilamentados:
· Ácido Poliglicólico ou Dexon verde/branco: ótima resistência tênsil, mínima reação inflamatória. Perde 50% da resistência em 14 dias, e é completamente reabsorvível em 90 dias. 
· Poliglactina 910 ou Vicryl violeta/branco-: é um copolímero de ácido glicólico e glicolático, totalmente absorvível por hidrólise em 60-90 dias. 
· Monofilamentados: originados da síntese de poliéster-poli-P-diaxone, reabsorvido totalmente em 180 dias. Em um mês, 60% da força tênsil ainda é preservada. Poligliconato mantém as mesmas características dos sintéticos absorvíveis, com a vantagem de quem em 14 dias sua força tênsil está íntegra. POLIDIAXONE ou PDS. 
multifilamentares aumentam chance de infecção.
Fios com alta memoria tendem a desatar o nó e retornar a sua forma original, como o nylon; tem maior dificuldade no manuseio; são pouco elásticos e com grande força tênsil e têm tendência a cortar tecidos. 
Fios monofilamentares têm menor coeficiente de atrito, assim é mais fácil reposicionar o nó, mas mais fácil dele escapar, são usados mais para pele. Fios com maior coeficiente de atrito são mais difíceis de retirar. 
Reação Tecidual ao Fio 
Todo fio é um corpo estranho, e a reação propriamente dita se inicia entre o 2º e o 7º dia após o implante do mesmo. Reações intensas e prolongadas provocam infecção e deiscência. 
1-4 dias: infiltrado celular (polimorfonucleados, leucócitos, linfócitos e monócitos)
4-7 dias: macrófagos e fibroblastos
Após 7 dias: tecidos fibrosos com inflamação crônica. Com os fios inabsorviveis persiste uma resposta inflamatória mínima
Ao redor do 28 dia: cápsula fibrosa em torno do fio
Em suturas absorvíveis a reação inflamatória é mais acentuada, persistindo até absorção ou eliminação do fio.
Fios absorvíveis sintéticos causam reação menos intensa que os naturais. Sua absorção ocorre em 60 dias. Fios inabsorviveis possuem resistência tênsil menos comprometida pela exsudação inicial e causam reação inflamatória crônica, com formação de granuloma de tipo corpo estranho, onde o fio é envolto por tecido fibrosos contendo linfócitos, histiócitos e células gigantes, de tipo corpo estranho. Multifilamentares são mais reativos que os monofilamentares. 
Fios Absorvíveis Naturais ou Orgânicos
· Categute 
Obtido a partir da submucosa de intestino de carneiros ou bovinos, maior parte de colágeno puro. É absorvido por fagocitose. Devido a sua composição de colágeno ele estimula significativa reação de corpo estranho no tecido implantado, mais exacerbada em felinos. 
Atualmente quase não é mais usado pela alta capilaridade, multifilamentado e causar rejeição tecidual.
Fios Absorvíveis Sintéticos ou Inorgânicos 
	Absorvíveis por hidrólise entre 60-90 dias. Amônia acelera o processo de degradação por isso não são usados em sistema urinário e nem presença de infecções. 
· Ácido Poliglicólico (Dexon)
Branco ou verde. Tem bom manuseio, absorção em 120 dias, ampla aplicação, suturas bem toleradas em feridas infectadas. Mas é muito caro.
· Poliglactina 910 (Vicryl)
Mais hidrofóbico e mais resistente à hidrolise do que o ácido poliglicólico. Ambos perdem sua força tênsil ao redor de 21 dias. Tem indicação em suturas internas. Tem baixa reação tecidual; ampla aplicação; é estável em feridas contaminadas, mas é caro. 
· Polidioxanona (PDS)
Mais flexível que ambos os anteriores e o prolene. Sofre degradação por hidrólise, mas em maior tempo, perde 86% de sua força tênsil em 56 dias, absorção ocorre em 180 dias, resistência tênsil maior que dexon e vycril, maior flexibilidade que os anteriores. Em suturas continuas deve realizar 7 nós, é caro.
· Poligliconato (Maxon)
Com caraterísticas semelhantes às do PDS. Mas possui excelente segurança do nó, apresenta-se branco ou verde. Boa força tênsil com pouca ou nenhuma absorção durante o período crítico de cicatrização. Absorção ocorre pelos macrófagos entre 6-7 meses após sua implantação. Mas também é caro. 
Fios Inabsorvíveis Sintéticos ou Inorgânicos
· Náilon/Nylon
Após sua implantação tecidual perde 30% de sua força tênsil original em dois anos, devido a degradação química, e a forma multifilamentada, 100% após 6 meses de implantação tecidual. Tem baixa reação tecidual, ampla aplicação, baixa incidência de infecção e sem capilaridade, baixo custo e alta resistência. Não deve ser usado em cavidades serosas ou sinoviais devido a fricção, difícil manuseio, baixa segurança do nó, escorregadio, tem memória, necessário no mínimo 5 nós (1 duplo e 3 simples). 
· Polipropileno (Prolene)
Cor azul ou rosa, tem menos força tênsil que o nylon, tem maior segurança de nó que o nylon, confere a sutura menos trombogênica, inerte, boa retenção da força, resistente a contaminação bacteriana. Caro, manuseio escorregadio e dificuldade da realização do nó. 
· Caprolactam polimerizado (Supramid, Vetafil)
Multifilamentar, revestido para minimizar capilaridade e usado em suturas internas e externas, tem força tênsil superior ao nylon, alta resistência e pouca reação tecidual. Caro, esterilização pelo calor e óxido de etileno, autoclavagem dificulta manuseio. 
· Poliéster
Multifilamentado trançado, nas formas simples ou revestido com lubrifica fio. Quando revestido inclui o silicone (Tycron), o teflon (Ethiflex) - cirurgia cardiovascular e plástica e o dacron (Mersilene) – cirurgia cardiovascular. Mais forte dos não metálicos, perde pouco força tênsil, maior reação tecidual entre os sintéticos, pobre em segurança do nó com no mínimo 5 laçadas e elevado coeficiente de fricção. 
Seleção do Material de Sutura
A resistência do fio pelo menos igual ao do tecido a ser suturado (pele e fáscia > estômago e ID > bexiga). A velocidade que a sutura perde a força e a ferida adquire força devem ser compatíveis. 
· Pele 
Monofilamento de nylon ou prolipropileno, evitar fios com capilaridade ou reativos; 
· Subcutâneo
Absorvíveis sintéticos devido a sua baixa reatividade, monofilamentados. 
· Fáscia 
Fios não absorvíveis com necessidade de prolongada resistência. Absorvíveis sintéticos também podem ser usados. 
· Músculo 
Sintéticos absorvíveis ou não 
· Vísceras Ocas 
Absorvíveis sintéticos e não absorvíveis monofilamentados. Evitar não absorvíveis multifilamentados. 
· Tendão
Nylon ou aço inoxidável, polidiaxonona e poligliconato também são usados. 
· Vaso Sanguíneo
Polipropileno que é menos trombogênico ou ainda nylon, poliéster revestido, etc. 
· Nervo
Nylon e polipropileno pela baixa reatividade.

Outros materiais