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LARISSA MENEZES – AISCA II • Exantema ou rash: qualquer processo de erupção cutânea • Doença exantemática: desordens de causa infecciosa (viral, bacteriana ou fúngica), medicamentosa ou reumatológica, caracterizadas pelo surgimento agudo de lesões cutâneas disseminadas pelo corpo • Características: • Aspecto do exantema • Forma de evolução: exantema evolui com descamação em placa • Forma de involução • Febre: se surge junto do exantema ou se o exantema surge depois da febre, por exemplo EVOLUÇÃO CLÍNICA FASE DE INCUBAÇÃO o O agente entre no organismo e não inicia a manifestação clínica de sintomas FASE PRODRÔMICA o Sintomas inespecíficos o Astenia, febre, cefaleia FASE EXANTEMÁTICA o Caracterizada pelo surgimento do exantema FASE DE CONVALESCENÇA OU RECUPERAÇÃO ASPECTO DO EXANTEMA MÁCULO-PAPULAR o Alteração da coloração da pele o Coloração avermelhada o Associada a elevação VESICULAR o Elevação com conteúdo líquido em seu interior PAPULAR o Pápula umbilicada: molusco o Lesões pequenas com umbilicação central PURPÚRICO o Origem hemorrágica o Se desaparecer a vitropressão não é hemorrágico o Petéquias LARISSA MENEZES – AISCA II PERFIL DE ACORDO COM FAIXA ETÁRIA o Lactente: exantema súbito o Pré-escolares e escolares: Doença de Kawasaki, eritema infeccioso o Adolescentes: rubéola e sindrome da mononucleose SINAIS CLÍNICOS ASSOCIADOS o Conjuntivite: sarampo, D. de Kawasaki o Faringoamigdalite exsudativa: Sd da mononuclease, escarlatina o Hepatoesplenomegalia: rubéola, Sd da mononucleose e D. de Kawasaki SINAIS CLÍNICOS PATOGNOMÔNICOS o Manchas de Koplik: Sarampo o Manchas de Forscheimer e Sinal de Theodor: rubéola o Sinal de Pastia e de Filatov: escarlatina SARAMPO ETIOLOGIA o Família Paramyxoviridae, RNA vírus e gênero Morbilivírus TRANSMISSÃO o Gotículas de secreção respiratória o Sob forma de aerossol o Vírus viáveis por 1 hora o Porta de entrada do vírus: mucosa respiratória e conjuntival EPIDEMIOLOGIA o Vacina: imunidade em mais de 90% dos casos, resultou em queda na incidência e morbimortalidade o É a vacina do tríplice viral o Erradicado no Brasil desde dezembro de 2000. Em fevereiro de 2018 teve um surto epidêmico o Caso suspeito do sarampo: todo individuo que, independente de idade ou estado vacinal, apresentar febre e exantema, associado a pelo menos um dos seguintes sintomas: tosse, coriza ou conjuntivite o Doença de notificação compulsória INFECTIVIDADE o Inicia 3 dias antes da erupção cutânea até 4 dias após seu início o 90% dos indivíduos que entram em contato tem a doença o Alta infectividade PATOLOGIA o Necrose do epitélio respiratório o Infiltrado linfocítico inflamatório o Vasculite de pequenos vasos o Patognomonico de sarampo: células gigantes de Warthin Finkeldey PATOGÊNESE o Fase de incubação: 8-12 dias, que a penetração do vírus até a viremia o Fase prodrômica: 2-4 dias, necrose do epitélio e multiplicação do vírus o Fase exantemática: início de produção de anticorpos o Fase de convalescença CLÍNICA o Doença grave de alta morbimortalidade o Febre e exantema associado a pelo menos um: tosse, coriza ou conjuntivite o Fase de pródomos: febre, conjuntivite e fotofobia, tosse proeminente e enantema (Manchas de Koplik) o Nem todos terão manchas de Koplik, portanto sua ausência não descarta a doença o Manchas de Koplik: enantema, manchas brancas na face interna da mucosa julgar próximo aos dentes pré-molares o Fase exantemática: LARISSA MENEZES – AISCA II ▪ Lesões maculopapulares eritematosas: iniciam na face (próximo a inserção do couro cabeludo), disseminam-se pelo dorso, extremidades, solas e palmas ▪ Regressão dos sintomas o Fase de convalescença: ▪ Rash desaparece em 7 dias ▪ Descamação furfurácea da pele (pele enfarinhada) ▪ Tosse é o último sintoma a desaparecer COMPLICAÇÕES o A maior morbimortalidade está associada aos extremos de idade (<1 anos a >20 anos) o Respiratórias: ▪ Pneumonia ▪ Bronquiolite ▪ Traqueite Otite média aguda: mais frequente o SNC: ▪ Convulsões febris (<3%) ▪ Encefalite com letalidade em 15% o TGI: ▪ Diarreia ▪ Vômitos ▪ Apendicite ▪ Panencefalite esclerosante subaguda: ▪ Crônica ▪ Ocorre quando a infecção acontece em crianças pequenas ▪ 7-10 anos após volta a se multiplicar e provoca um processo inflamatório no SNC ▪ Manifestação clínica semelhante a uma doença desmielinizante ▪ Prognostico de óbito em 1-3 anos ▪ Morte por descontrole do centro da respiração ▪ Muito rara DIAGNÓSTICO o Clínica é bastante sugestiva: conjuntivite + tosse + exantema + manchas de Koplik + febre alta o Laboratório: ▪ Hemograma ▪ Dosagem de IgM e IgG ▪ Isolamento ▪ Cultura viral TRATAMENTO o Suporte: ▪ Hidratação ▪ Antipiréticos ▪ 02 umidificado ▪ Suporte ventilatório em casos graves o Vitamina A: ▪ Redução da morbimortalidade ▪ É boa para regeneração epitelial e o vírus de replica no epitélio ▪ <1 ano: 100.000 UI ▪ >1 ano: 200.000 UI PROFILAXIA o Após exposição: ▪ Vacina até 72h após a exposição ▪ Pessoas do mesmo domicílio, vizinhos próximos, creche, colega de trabalho etc o Vacina: ▪ Tríplice viral (SRC) via SC aos 12 meses (1ª dose) e 15 meses (tetra viral) LARISSA MENEZES – AISCA II RUBÉOLA ETIOLOGIA o Vírus da rubéola o Família Togaviridae o RNA vírus o Gênero rubi vírus EPIDEMIOLOGIA o Antes da vacina era em pré-escolares e escolares o Após a vacina é mais comum em maiores de 19 anos TRASMISSÃO o Através de gotículas de saliva ou secreção respiratória contendo partículas virais o Infectividade: 5 dias antes e 6 dias após o rash CLÍNICA o Doença exantemática febril, leve, breve (1-4 dias) e de bom prognostico o 25-40% dos casos: infecção subclínica sem rash o Fase de pródomos: ▪ Febre baixa ▪ Odinofagia ▪ Conjuntivite ▪ Cefaleia ▪ Mal-estar ▪ Linfonodomegalia cervical posterior (Sinal de Theodor) + clínica é patognomonico de rubéola o Fase exantemática: ▪ Rash maculopapular róseo que evolui craniocaudal e centrifuga, durando em média 3 dias e desaparece sem descamar ▪ Manchas de Forcheimer: na mucosa oral, não são patognomonicas; petéquias entre o palato duro e palato mole COMPLICAÇÕES o São raras o Trombocitopenia o Artrite o Encefalite DIAGNÓSTICO o Clínico o Hemograma: leucopenia com neutropenia (padrão viral) o Sorologia IgM TRATAMENTO o De suporte: hidratação, analgésicos e antipiréticos o Dipirona ou paracetamol PROFILAXIA o Após exposição: ▪ Grupos de alto risco de infecção ▪ Vacina tríplice viral até 72h após exposição ▪ Primaria: ▪ 1 ano e 1 ano e 3 meses vacina do tríplice viral (igual ao sarampo) LARISSA MENEZES – AISCA II ERITEMA INFECCIOSO ETIOLOGIA o Parvovírus B19 o RNA vírus o Família parvoviridade o Gênero Erythrovirus (gosta da linhagem vermelha do sangue) EPIDEMIOLOGIA o Disseminação global e frequente o Acomete escolares entre 5 e 15 anos o 40-60% dos adultos já tiveram a infecção TRANSMISSÃO o Ocorre por disseminação de gotículas da orofaringe o Infectividade de 15-30% nos susceptíveis PATOGÊNESE o Principal alvo: linhagem eritrocitária, em especial os pronormoblastos o Causando anemia o Em indivíduos com anemia hemolítica crônica: crise aplástica grave o A doença evolui em duas fases o Primeira fase (7-11 dias pós contato): ▪ Viremia (vírus na orofaringe) ▪ Cai contagem de reticulócitos e Hb ▪ Surgem AC ▪ Regridem sintomas respiratórios o Segunda fase (17-18 dias pós contato): ▪ Aparecimento do Rash e artralgia CLÍNICA o Maioria é assintomática o Fase de pródomos: ▪ Febre baixa ▪ Cefaleia ▪ Sintomas de IVAS ▪ Linfadenopatia o Faseexantemática: ▪ Evolui em 3 estágios ▪ Exantema em face: bochecha esbofeteada, parece que usou blush ▪ Disseminação para tronco e extremidades: aspecto rendilhado ▪ Recidiva em 1-3 semanas: calor, exercício, sol, estresse, mancham o corpo novamente ▪ Pode ficar tendo recidiva de 1-3 semanas por 2 meses se exposto a calor, exercício, sol e estresse DIAGNÓSTICO o Clínica o Hemograma: pancitopenia o Sorologia IgM TRATAMENTO o Suporte: hidratação, analgésicos e antipiréticos o Sem terapia antiviral o Imunodeprimidos ou chance de fazer anemia hemolítica: imunoglobulina EV PROFILAXIA o Sem vacina ou imunoglobulina o Não faz prevenção o Além da infectividade ser baixa, tem a questão da maioria ser assintomático EXANTEMA SÚBITO ETIOLOGIA o Vírus herpes 6 (maioria) e 7 o DNA vírus o Familiar Herpesviridae EPIDEMIOLOGIA LARISSA MENEZES – AISCA II o Bebês de até 6 meses: proteção via anticorpos maternos transplacentários o Pico de incidência: 6 meses a 18 meses (aos 2 anos, 80% das crianças foram expostas ao vírus) o Apenas ¼ desenvolve o quadro típico. Demais apresentam síndrome febril inespecífica o Doença benigna, autolimitada e que não deixa sequelas TRANSMISSÃO o Principal fonte: adultos saudáveis com vírus na forma latente (já teve contato com o vírus) o Via partículas virais presentes na saliva do hospedeiro saudável, como na mucosa respiratória ou conjuntival do lactente CLÍNICA o Período de incubação: média de 10 dias o Fase de pródomos: ▪ Rinorreia ▪ Inflamação faríngea ▪ Irritação conjuntival leve o Fase pré exantemática: ▪ Febre alta (até 39-40ºC) ▪ Irritabilidade ▪ Anorexia ▪ 5-10% das crianças apresentam convulsão febril ▪ Febre cessa em “crise” (a febre vai embora de repente após a crise) ou em “lise” (os espaços e a temperatura vão diminuindo com o tempo, cada vez menos intensa e mais espaçada até sumir) ▪ Ulceras de Nagayama: aftas o Fase exantemática: ▪ 12-24h após desaparecimento da febre ▪ Máculas róseas e pequenas de distribuição centrifuga (começa no tronco) ▪ Não há prurido ou descamação ▪ Dura em média 3 dias ▪ Só consegue afirmar que é roséola quando a febre vai embora o O diagnóstico é retrospectivo o Na rubéola é criança maior, a febre e o exantema coincidem o Não entrar com ATB por suspeitar de amidalite ao observar a orofaringe, porque é viral em criança, dificilmente será antibiótico. Deixa o diagnostico duvidoso por alergia (na alergia, o rash é urticarifome e pruriginoso; não coça na roséola) DIAGNÓSTICO o Clinico o Hemograma: durante febre tendencia a leucocitose (fase aguda) o Após exantema: leucopenia com linfocitose em 70-90% dos casos o Linfonodomegalia não é comum! TRATAMENTO o Suporte: hidratação e antitérmicos, alivio dos sintomas e controle térmico o Imunocomprometidos: Ganciclovir ou Cidofovir por 2-3 semanas SÍNDROME MÃO-PÉ-BOCA ETIOLOGIA o Vírus Cocksackie A e enterovírus o Familiar Picornaviridae o RNA vírus TRANSMISSÃO o Fecal-oral ou respiratória EPIDEMIOLOGIA o Circulam o ano todo em países tropicais LARISSA MENEZES – AISCA II o Mais comum em lactentes e crianças pequenas CLÍNICA o Febre baixa o Vesículas em toda orofaringe (tipo aftas) e ao redor da boca o Rash maculopapular, vesicular ou pustular em mãos, pés, nádegas DIAGNÓSTICO o Clínica: Sintomas + Faixa etária TRATAMENTO o Suporte: hidratação + antitérmicos VARICELA/CATAPORA ETIOLOGIA o Vírus Varicela-Zoster o DNA vírus o Família Herpesviridae TRANSMISSÃO o Gotículas respiratórias em aerossol ou contato direto com conteúdo das vesículas (até as lesões ficarem com casquinha pode transmitir) o Infectividade: dois dias antes do surgimento do rash até a última lesão em vesícula EPIDEMIOLOGIA o Altamente contagiosa o Infectividade 65-86% o Período infeccioso é a fase de vesícula PATOGÊNESE o Vírus replica no epitélio da mucosa respiratória e endotélio o Primeira viremia: sintomas gerais e inespecíficos o Segunda viremia: exantema o Resposta imune celular dos linfócitos TCD4 que impede a dissemincaçao para órgãos nobres o VZV fica em estado latente nas terminações nervosas dos gânglios dorsais (em períodos de imunossupressão pode reativar e causar o herpes zoster) CLÍNICA o Sintoma febril associado a um exantema maculo-vesico-pustulo-crostoso (pleomórfico), tem todos os tipos de lesões o Fase de pródomos: ▪ Febre baixa a moderada por 1-2 dias ▪ Cefaleia ▪ Adinamia o Fase exantemática: ▪ Lesões 48 após a fase prodrômica: Mácula → Pápula → Vesícula → Pústula ▪ Lesões em vários estágios: pleomórfico ▪ Distribuição centrípeta COMPLICAÇÕES o Infecções bacterianas secundaria da pele pela porta de entrada do prurido (é a complicação mais comum) LARISSA MENEZES – AISCA II o Trombocitopenia o Ataxia cerebelar aguda (cerebelite) o Meningite viral o Pneumonia com alta letalidade, é a complicação da varicela que mais mata o Síndrome de Reye: se o individuo toma AAS pode levar a encefalopatia ou hepatopatia DIAGNÓSTICO o Clinico o Sorologias pareadas/sequenciadas (IgG) o Citodiagnóstico de Tzanck: microscopia com conteúdo da vesícula acha o vírus da Varicela Zoster o Leucopenia com linfocitose o Aumento das transaminases em 75% dos casos TRATAMENTO o Suporte: hidratação a analgésicos o Permanganato de potássio (banho roxo): efeito antisséptico da pele o Anti-histamínicos o O aciclovir deve ser iniciado em até 72h após inicio do rash o Aciclovir VO: ▪ Adolescentes >13 anos, saudáveis ▪ Indivíduos com doença cutânea ou pulmonar crônica ▪ Uso de corticoide ou AAS ▪ Dose: 20 mg/kg/dia, 4 doses/dia por 5 dias o Aciclovir EV (hospitalar): ▪ Imunocomprometidos ▪ Corticoide em dose imunossupressora ▪ Mulheres gravidas ▪ Sinais de infecção sistêmica ▪ Dose: 500 mg/m²/ dose 8/8h por 7 dias PROFILAXIA o Após exposição: ▪ Vacina de bloqueio 3-5 dias após exposição ▪ Imunoglobulina específica antivaricela (VZIG): 400mg/kg nas 96h após exposição; imunodeprimidos, gestantes, RN de mães com varicela, prematuros expostos o Vacina antivaricela: ▪ Vírus vivo atenuado (não pode dá para imunodeprimidos, gestantes, prematuros, RN com mãe com varicela) ▪ Dose única aos 15 meses ▪ 2 doses após 13 anos MONONUCLEOSE ETIOLOGIA o Epstein Barr o DNA vírus o Família Herpesviridae TRANSMISSÃO o Gotículas de saliva e intercurso sexual: “doença do beijo” EPIDEMIOLOGIA o Mais de 95% da população mundial já teve contato com EBV o Crianças pequenas: assintomático ou inespecíficos o Adolescentes e adultos jovens apresente tríade clássica o Criança maior, adolescente e adultos jovens o Período de incubação: 30-50 dias CLÍNICA o EBV tem potencial oncogênico: pode causar câncer de nasofaringe e linfoma de Burkitt em indivíduos suscetíveis o Sindrome linfoglandular é a doença clássica o Sintomas inespecíficos LARISSA MENEZES – AISCA II o Tríade clássica: linfonodomegalia, hepatoesplenomegalia (palpar barriga sempre) e exsudato em amigdalas o Amigdalas: aumentadas de tamanho, hiperemiada, petéquias e exsudato (nem sempre placa branca é bactéria!) o Edema de pálpebras: Sinal de Hoaglamd o Rash maculopapular eritematoso; associado a ampicilina e amoxicilina COMPLICAÇÕES o Sintomas neurológicos “síndrome de Alice no país das maravilhas) o Anemia hemolítica o Obstrução de vias aéreas superior o Ruptura de baço (recomenda 30-50 dias sem realizar atividade física que envolva risco de trauma) DIAGNÓSTICO o Clínica o Sorologias o Hemograma: leucocitose em 20-40% de atipias linfocitárias, plaquetopenia leve TRATAMENTO o Suporte: hidratação, repouso e antitérmico o Corticoide (se complicação): Prednisona ESCARLATINAETIOLOGIA o Streptococcus pyogenes ou Streptococo beta- hemolítico do grupo A de Lancefield (GAS) TRANSMISSÃO o Gotículas de secreção respiratória o Altamente contagiosa EPIDEMIOLOGIA o Pode ocorrer em qualquer época do ano: mais comum inverno e primavera o Complicação imediata da faringite estreptocócica o Acomete crianças de 3 até 15 anos o Ser humano é o reservatório natural PATOGÊNESE o Proteína M: virulência e imunidade o Exotoxina pirogênica são as responsáveis pelo exantema (toxina da própria bactéria, não é o anticorpo que provoca) CLÍNICA o Período de incubação: 2-5 dias o Febre alta o Calafrios o Cefaleia o Adinamia o Odinofagia EXAME FÍSICO o Hiperemia faríngea e tonsilar o Adenopatia o Rash com progressão centrifuga, pápulas eritematosas puntiformes próximas, a pele é em lixa (áspera) o Rubor facial com palidez perioral (Sinal de Filatov – patognomico) LARISSA MENEZES – AISCA II o Exantema intensiva nas pregas e dobras dos membros (Sinal de Pastia – patognomico) o Enantema: proeminência das pápulas em língua (língua em framboesa) DIAGNÓSTICO o Clínico o Se dúvida: cultura de swab de orofaringe (meio ágar-chocolate) é o padrão ouro o Aumento nos anticorpos ASO e anti-DNAse B o Hemograma: leucocitose com desvio para esquerda TRATAMENTO o Penicilina Benzatina 600.000 UI (<27kg) ou 1.200.000 UI (>27kg) IM dose única o Alérgicos a penicilina: Eritromicina por 10 dias o Reduzir a duração dos sintomas, complicações supurativas se risco de febre reumática DOENÇA DE KAWASAKI ETIOLOGIA o Desconhecida o Provavelmente infecciosa EPIDEMIOLOGIA o Incidência substancialmente maior entre os asiáticos e no sexo masculino o 80% dos casos ocorrem em menores de 5 anos e maiores de 4 meses o Comporta-se como uma vasculite PATOGÊNESE o Vasculite necrosante de artérias de vários calibres, principalmente as de médio calibre o É preocupante se atingir as coronárias o Infiltrado inflamatório nas três camadas do vaso e IgA → Destruição e enfraquecimento da camada elástica → Formação de aneurisma no local CLÍNICA o Febre + Conjuntivite o Fase aguda: ▪ 1ª-2ª semanas ▪ Febre elevada e remitente ▪ Hiperemia conjuntival bilateral não exsudativa ▪ Eritema de mucosa oral ▪ Edema de mãos e pés ▪ Rash cutâneo ▪ Linfadenite cervical e unilateral ▪ Descamação perineal ▪ Miocardite o Fase subaguda: ▪ 2ª-4ºª semanas ▪ Febre e demais sintomas diminuem ▪ Persistem irritabilidade, anorexia e conjuntivite ▪ Descamação peri-ungueal LARISSA MENEZES – AISCA II ▪ Trombocitose ▪ Aneurismas coronários, desenvolvem-se a partir da 2ª-3ª semanas o Fase de convalescença: ▪ Desaparecimento dos sinais da doença ▪ Normalização do VHS e PCR DIAGNÓSTICO o É necessário um alto grau de suspeição clinica o Não tem sinal patognomico o É clinico com febre associada a pelo menos 4 dos 5 critérios: ▪ Alteração de extremidades ▪ Exantema polimórfico ▪ Conjuntivite bilateral ▪ Alterações na cavidade oral ▪ Linfadenopatia cervical ▪ Na presença de 3 dos acima é Kawasaki incompleto e trata como Kawasaki o Laboratório: ▪ Hemograma: anemia normocítica e normocromica, leucocitose discreta, plaquetose ▪ Aumento de PCR e VHS ▪ Exame sumario de urina: piuria estéril ▪ Enzimas hepáticas levemente elevadas o Eco: exame de eleição para detecção de aneurismas, realiza 2-3 semanas após a fase aguda e repete também com 2-3 semanas TRATAMENTO o Fase aguda: ▪ Imunoglobulina venosa: 2g/kg IV em 12 horas (possibilidade de repetir a dose, se refratariedade, se não se tornar afebril) ▪ AAS em dose anti-inflamatória: 80-100 mg/kg/dia em 4 tomadas por 14 dias ou após 3 dias tornar-se afebril o Fase de convalescença: ▪ AAS em dose antiagregante plaquetária: 3- 5 mg/kg/dia por 6-8 semanas ▪ Trombose coronária aguda: ▪ Terapia fibrinolítica: estreptoqueinase, uroquinase ou ativador de plasminogênio o Anormalidades coronárias: ▪ ASS em dose antiagregante plaquetária diariamente ▪ Clopidogrel 1mg/kg/dia ▪ Imunizar contra varicela e influenza, risco de Síndrome de Reye LARISSA MENEZES – AISCA II
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