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LARISSA MENEZES – INFECTOLOGIA • Fonte inicial: primatas não humanos • HIV 1: Chimpanzé • HIV 2: Cercocebus atys • Replicação altamente produtivas • Mutações • Arvore filogenética: • HTLV e STLV: relações filogenéticas TRANSPOSONS • Moléculas que copiam e colam • São pedaços de DNA que podem copiar e inserirem-se em regiões não homologas de outros DNAs na mesma célula • É uma transposição • É a teoria mais aceita para origem do HIV, a primeira origem dos retrovírus seriam do seu próprio DNA RETROVÍRUS HUMANOS ENDÓGENOS E EXÓGENOS • Lenti vírus: HIV 1 e 2 LARISSA MENEZES – INFECTOLOGIA EPIDEMIOLOGIA • A cada ano 1,7 milhão de novas infecções e 800 mil mortes relacionadas ao HIV • No Brasil: ▪ Cerca de 900 mil casos ▪ Mais de 44 mil novas infecções ▪ 14 mil mortes por ano ▪ Maioria dos casos no Sudeste, seguida do Nordeste ▪ Atualmente tem um aumento crescente das infecções entre homens jovens FORMAS DE TRANSMISSÃO • Sexual • Materno-infantil: na gravidez ou na amamentação • Transfusão de sangue ou doação de órgãos GENOMA DO HIV • É um retrovírus, ou seja, é um vírus de RNA que para infectar o ser humano necessita ter seu material genético transcrito de forma “reversa” em DNA, o único que pode se integrar ao genoma e ditar a síntese das proteínas virais utilizando a maquinaria enzimática do hospedeiro! • A enzima transcriptase reversa (uma DNA- polimerase) é essencial para a replicação do HIV, pois traduz o RNA viral em DNA dupla-fita. Sem ela, o vírus não conseguiria infectar o homem • O grande responsável pela maioria dos casos de Aids no mundo é o HIV-1 do grupo M • POL: PORÇÃO CENTRAL o RNA o Enzimas o Envelope: gp120 e gp41 (proteínas – penetração no vírus nos linfócitos) o Linfócito T: ▪ Imunidade celular o Linfócito B: ▪ Imunidade humoral o Macrófagos: ▪ Células apresentadoras ▪ Fagocitam os elementos estranhos, processando-os na superfície para apresentar ao linfócito T que através do LARISSA MENEZES – INFECTOLOGIA receptor CD4 passa a reconhecer e desencadeia uma resposta para eliminar o elemento estranho ENZIMAS o Transcriptase reversa: transforma RNA de cadeia simples em DNA de cadeia dupla (DNA complementar). Faz a reação contraria do que ocorre geralmente na natureza. O AZT inibe essa enzima o Integrase: fita de integração entre o DNA complementar e o DNA humano. O esquema preferencial atualmente é formado por dois medicamentos que inibem a transcriptase reversa e um que inibe a integrasse o Protease: alicate, quebra a proteína em pontos específicos formando as diversas proteínas estruturais do vírus CICLO DE VIDA DO HIV CARGA VIRAL E CONTAGEM DE CD4 • Carga viral = Velocidade • CD4 = Distância • Comparou o HIV a um trem caminhando ao precipício (AIDS), quanto mais alta a carga viral mais rápido esse trem caminha ao precipício. O CD4 é a distância até o precipício, quanto menor o CD4 mais perto do abismo estaria o trem • A carga viral significa a deterioração, o CD4 diz o ponto da infecção até a descoberta ou manifestação • A doença causada pelo HIV é essencialmente caracterizada por uma queda progressiva na contagem de linfócitos T CD4+ (linfócitos T helper) • A magnitude do pico inicial de viremia NÃO é fator prognóstico, porém, a viremia basal, após cerca de seis meses a um ano (que reflete a capacidade do sistema imune em atingir um “estado de equilíbrio” com o vírus, determinando o chamado set point da carga viral), permite uma previsão muito mais acurada da taxa de progressão da doença • Quanto mais alto for o set point da carga viral após seis meses a um ano do início da infecção, mais rápida será a evolução para a fase de imunodeficiência, pois menor é a capacidade do indivíduo em conter a replicação do HIV! • Desse modo, alguns pacientes evoluem em pouquíssimo tempo para a fase sintomática (Aids), enquanto outros levam anos para chegar lá ou mesmo não atingem tal estágio. Em média, transcorrem cerca de dez anos entre a infecção primária e o surgimento da Aids • Ainda que o indivíduo continue assintomático enquanto seus níveis de CD4 forem suficientes para manter a competência imunológica (latência clínica), a todo momento o vírus pode ser encontrado no sangue, pois NÃO EXISTE uma latência virológica! • Quanto mais o sistema imune tentar destruir o vírus (produzindo linfócitos T CD4+ específicos contra ele), mais substrato estará sendo oferecido ao mesmo para a sua replicação! De LARISSA MENEZES – INFECTOLOGIA fato, foi demonstrado que linfócitos T CD4+ específicos contra o HIV aparecem logo no início da infecção, porém são rapidamente destruídos, tornando o sistema imune definitivamente incapaz de erradicar o vírus EVOLUÇÃO NATURAL DA DOENÇA: SEM INTERVENÇÃO MEDICAMENTOSA FASE AGUDA o Carga viral sobe muito o Queda de CD4 o Desenvolvimento de resposta imune, CD4 sobe um pouco para cair drasticamente na próxima fase o Janela imunológica o O teste de rápido é em torno de 20/21 semanas para positivar. O indivíduo nesse período pode ter sintomas inespecíficos sem positivar, ai pede a carga viral ou repete com 3 semanas FASE DE LATÊNCIA CLÍNICA o Sem sintomas o Queda do CD4 o Ocorre transmissão do vírus o Queda de linfócitos TCD4 o Continua transmitindo os sintomas FASE SINTOMÁTICA/AIDS o Sintomas constitucionais da própria infecção: inespecíficos ▪ Febre por mais de 30 dias sem causa definida ▪ Diarreia por 30 dias sem causa definida ▪ Perda de peso de mais de 10% o Doenças oportunistas: quanto mais baixo o CD4, são mais frequentes e mais graves DIAGNÓSTICO • Detecção de AC contra o vírus • Ag virias • RNA/DNA viral • Cultura INDIVÍDUOS COM >18 MESES DE IDADE o Teste Molecular (TM) para a pesquisa de ácidos nucleicos do HIV o O próprio imunoensaio também sofreu melhorias com o desenvolvimento dos exames de 4ª geração, que detectam ao mesmo tempo anticorpos anti-HIV de todas as classes (IgM, IgG, IgA e IgE) além de antígenos circulantes produzidos diretamente pelo vírus (o p24 do capsídeo viral) o A combinação dessas duas metodologias (IE de 4a geração como “triagem” + TM como “teste confirmatório”) já permite estabelecer o diagnóstico após os dez primeiros dias de infecção! TESTE RÁPIDO o Se o primeiro TR for negativo o segundo TR não é realizado, e o laudo é liberado como “amostra não reagente para HIV”, incluindo a ressalva de que diante de suspeita clínica uma nova testagem deverá ser realizada após trinta dias o Se o primeiro TR for positivo realiza-se o segundo TR, e se ambos forem positivos o diagnóstico é confirmado! o Na discordância do segundo TR com o primeiro (isto é, segundo TR negativo), orienta-se repetir o fluxograma desde o início. Caso o fluxograma já tenha sido repetido e a mesma discordância persista, deve-se proceder ao teste convencional com coleta de sangue por punção venosa periférica LARISSA MENEZES – INFECTOLOGIA TESTE SALIVAR + TESTE RÁPIDO o O primeiro teste rápido passa a ser o teste rápido “salivar” (ou seja, utilizando fluido oral, e não sangue) IE DE 4ª GERAÇÃO + TESTE MOLECULAR o A grande vantagem do IE de 4ª geração (detecção simultânea de antígeno viral e anticorpos anti-HIV) é sua menor janela diagnóstica, identificando os indivíduos infectados de maneira extremamente precoce o O teste molecular, por sua vez, nada mais é que uma dosagem da carga viral, um método ainda mais sensível que o IE de 4ª geração, sendo também altamente específico o Um indivíduo não infectado dificilmente terá os dois testes positivos IE DE 3ª GERAÇÃO + TESTE MOLECULAR o O teste 1 é um IE de 3a geração, isto é, um teste sorológico ondese pesquisa apenas a presença de anticorpos anti-HIV, sem detecção de antígeno p24 o A grande desvantagem é a janela diagnóstica um pouco maior. Todavia, vale lembrar que, na prática, a maioria dos infectados pelo HIV não se encontra nos estágios iniciais da infecção o Este fluxograma é capaz de estabelecer o diagnóstico na maior parte dos casos! IE DE 3ª GERAÇÃO + TESTE SOROLÓGICO CONFIRMATÓRIO o Ultrapassado, por não permitir um diagnóstico verdadeiramente precoce da infecção, além do que necessita obrigatoriamente de testes sorológicos confirmatórios, o que onera e aumenta complexidade do processo diagnóstico INDIVÍDUOS COM IDADE ≤ 18 MESES DE IDADE o A sorologia não é útil o Os anticorpos anti-HIV detectados em seu sangue podem ter sido produzidos pela mãe, chegando ao paciente por meio de transferência placentária (sem que a criança tenha sido verdadeiramente infectada) o Somente as imunoglobulinas da classe IgG conseguem atravessar a placenta, pois seu peso molecular é inferior ao das IgM e IgA. A passagem de anticorpos por esta via ocorre mais comumente no terceiro trimestre da gestação, e tais anticorpos desaparecem, em geral, por volta do 12º mês de vida, nunca persistindo por mais de dezoito meses LARISSA MENEZES – INFECTOLOGIA o É preciso demonstrar a presença do vírus propriamente dito, lançando mão de métodos moleculares o DNA pró-viral e carga viral devem ser obrigatoriamente realizados! FREQUÊNCIA DE SOLICITAÇÃO DE EXAME DE CV-HIV PARA MONITORAMENTO LABORATORIAL DE PVHIV, DE ACORDO com a Situação clinica EXAME FÍSICO • Observar sinais clínicos que podem estar relacionados a infecção pelo HIV e que devem ser investigados no exame físico inicial e nas demais consultas • Aspectos gerais • Mucosa oral, examinar a cavidade oral • Linfonodos cervicais, supra e infraclaviculares, axilares e inguinal • Observar adenomegalia • Queilite angular • Sarcoma de Kaposi • Ausculta cardíaca e pulmonar • Palpação abdominal procurando hepatomegalia e esplenomegalia • Interrogar e investigar a presença de lesões genitais • Edema de extremidades • Se encontrar alteração detalhar ao máximo EXAMES COMPLEMENTARES PARA ABORDAGEM INICIAL o Contagem de LT-CD4+ e exame de CV-HIV o Genotipagem pré-tratamento (diz se tem resistência do vírus a medicação): indicado em gestantes, crianças e adolescentes, paciente infectado por TB o Hemograma completo o Glicemia de jejum o Dosagem de lipídios/Lipidograma o Avaliação hepática e renal: AST, ALT, FA, BT e frações, Cr, exame básico de urina o Teste imunológico para sífilis; testes não treponemicos (VDRL, RPR) o Testes para hepatites virais: anti-HAV, anti- HCV, HBsAg, anti-HBc total e anti-HBs para verificação de imunização o IgG anti-toxoplasma (a maioria vai ter positivo): é importante porque na AIDS tem reativação da toxo, importante se vier positivo reforçar a profilaxia o Sorologia para HTLV I e II e Chagas o Prova tuberculínica (RPD) o Radiografia de tórax FASE AGUDA: SÍNDROME RETROVIRAL AGUDA LARISSA MENEZES – INFECTOLOGIA • Define-se infecção aguda pelo HIV como o intervalo entre o contágio e o surgimento de anticorpos anti-HIV (soroconversão). O Ministério da Saúde afirma que a soroconversão acontece, em média, quatro semanas após o contágio • Lembra o quadro de doença mononucleose- like • Características clínicas inespecíficas e variáveis • Disseminação do vírus para órgãos linfoides • Febre • Adenopatia • Faringite • Exantema maculopapular eritematoso na face e tronco e algumas vezes nas extremidades • Mialgia, diarreia, cefaleia, náuseas e vômitos • Hepatoesplenomegalia • Perda de peso • Candidíase oral • Sintomas neurológicos (incluindo meningite asséptica, encefalite, neuropatia periférica, paralisia facial, sd de Guillain-Barré) • Pode ter sorologia negativa pela janela imunológica • Sintomas gerais melhoram em 10 a 15 dias • RNA-HIV detectável 5 dias após a infecção • Ag p24: positivo até 10 dias • Teste ELISA: negativo por cerca de 2 a 6 semanas dos sintomas • Alta carga viral na ausência de anticorpos anti- HIV • Soroconversão recente • No Brasil o tto antirretroviral não é indicado nessa fase • O rash cutâneo da SRA. As lesões maculopapulares costumam ter curta duração (< 3 dias) e predominam na face, pescoço e região superior do tronco. Pode ou não haver prurido. Em alguns pacientes, as lesões se espalham para os membros, podendo atingir as regiões palmo-plantares • A magnitude do pico inicial de viremia não constitui fator prognóstico. Já o set point da carga viral, após seis meses a um ano, prediz com bastante acurácia a velocidade de progressão da doença. De acordo com evidências recentes, marcadores prognósticos ainda mais precoces seriam a intensidade e a duração dos sintomas da SRA! Manifestações muito intensas, persistindo por > 14 dias, associam-se a uma progressão mais rápida para a fase de imunodeficiência DIAGNÓSTICO o Sorologia para detecção de anticorpos: ▪ Imunoenzimáticos como o ELISA, método quimioluminescente e outros testes, como aglutinação que emprega antígenos ligados a partículas de látex, gelatina ou hemácias e de revelação direta ▪ Western blot: detecta anticorpos contra as proteínas do HIV a. É negativo de ausência de bandas b. Positivo se reação a gp 120/160 além de gp41 ou p24 c. Indeterminado se presença de qualquer padrão de bandas que não correspondem aos critérios de resultados positivos → Por soroconversão precoce ou em fase avançada da infecção, infecção pelo HIV 2, reatividade cruzada com aloanticorpos (gravidez e indivíduos politransfundidos) ou autoanticorpos (neoplasias e doenças autoimunes) ▪ Antes fazia o ELISA E o Western blot para evitar falso negativo, mesmo sendo raro o Testes rápidos (TR): ▪ Se der positivo, repete com outro kit de outra metodologia. Se os dois forem reagentes, já confirma o diagnostico ▪ Imunoensaios simples ▪ Realizados em até 45 min ▪ Diagnóstico em ambientes laboratoriais e não laboratoriais ▪ Amplia o acesso ao diagnóstico ▪ Sensibilidade e especificidade > 99% ▪ Valor preditivos depende da prevalência do HIV ▪ Realizar um teste confirmatório ▪ As amostras de sangue podem ser obtidas por punção da polpa digital ou por punção venosa. Também podem ser realizados com fluido oral LARISSA MENEZES – INFECTOLOGIA o O aparecimento de infecção oportunista e neoplasias é definidor de AIDS o Se a TARV não for instituída, inevitavelmente o indivíduo evolui para a morte o IO: Pneumocistose, neurotoxoplasmose, TB pulmonar atípica ou disseminada, meningite criptocócica e retinite por citomegalovírus FASE DE LATÊNCIA CLÍNICA • Em média dura cerca de dez anos na ausência de tratamento. De forma mais rara, a doença apresenta um curso fulminante, passando da SRA diretamente para a fase de imunodepressão grave (Aids) • O exame físico pode ser normal na fase de latência clínica, mas com técnica semiológica apurada pode-se detectar a presença de linfadenopatia em boa parte dos casos! Algunsnindivíduos, inclusive, são acometidos pela chamada Linfadenopatia Generalizada Progressiva (LGP), definida pelos critérios a seguir ▪ Presença de linfadenomegalia (> 1 cm) em duas ou mais cadeias extrainguinais por período > 3 meses, na ausência de uma causa óbvia • A LGP é causada por uma intensa hiperplasia folicular nos linfonodos em resposta ao HIV. Trata-se de uma alteração inespecífica e sem importância prognóstica, já que ela pode aparecer a qualquer momento, não sinalizando a iminência de Aids. O diagnóstico diferencial varia conforme a faixa de CD4: com um CD4 > 200, as principais entidades consideradas são as doenças linfoproliferativas; jácom um CD4 < 200, deve- se pensar também na possibilidade de micoses e micobacterioses sistêmicas (ex.: TB gangilonar). Logo, só se indica biópsia de linfonodo em pacientes com CD4 > 200 na presença de outros sinais e sintomas sugestivos de doença linfoproliferativa (ex.: febre, sudorese, perda ponderal). Com um CD4 < 200, a biópsia é indicada mesmo na ausência de sintomas • É comum encontrar plaquetopenia isolada, anemia normocítica e normocromica e/ou discreta leucopenia INFECÇÕES OPORTUNISTAS HERPES ZOSTER o Indivíduos <60 anos com herpes zoster precisa obrigatoriamente do teste de HIV LEUCOPLASIA PILOSA o Placas esbranquiçadas na lateral da língua, se tentar remover com espátula não sai, é preso o Epstein Barr MONILÍASE ORAL o CD4 < 200 cels/mm³ o Placas esbranquiçadas removíveis ficando eritematoso o Queilite angular ou pápulas eritematosas na mucosa PNEUMOCISTOSE o Radiografia de tórax o Infiltrado intersticial bilateral que inicia na área cardíaca e se espalha o Aspecto de asa de borboleta o Parece algodão LARISSA MENEZES – INFECTOLOGIA o Tomografia: presença de infiltrados de pneumonia NEUROTOXOPLASMOSE o Tipicamente, os pacientes com NTX apresentam, na TC, uma ou mais lesões cerebrais, hipodensas, com realce anelar ou nodular após a injeção do contraste, associadas a edema perilesional o Localizam-se preferencialmente nos gânglios da base, mas qualquer topografia é possível o Lesão de abscesso no cérebro, com área central mais escurecida com inflamação em volta (necrose celular) o Clinicamente tem alteração no segmento do corpo afetado pela área do abscesso RETINITE PELO CMV o Um dos principais agentes causadores de cegueira em pacientes com AIDS o Os sintomas dependem da localização e grau de comprometimento retiniano o Uni ou bilateral o Apresentações clinicas mais comuns: o Escotomas o Redução da acuidade visual o Perda visual súbita CMV NO APARELHO DIGESTIVO o Manifestações inespecíficas o Apresentação clinica depende da topografia da sessão o Diagnostico é sugerido pelo aspecto endoscópico de ulceração clássica da mucosa, mediante biopsia identificando células com inclusão intranuclear (“olhos de coruja”) o Dados clínicos e laboratoriais de imunodepressão avançada o Testes para detectar viremia (PCR ou antigenemia) não são bons preditores de doença ativa ou recorrência em PVHIV LARISSA MENEZES – INFECTOLOGIA TUBERCULOSE o Deve ser pesquisada em todas as consultas! o A grande pista clínica é a presença de uma ou mais de quatro manifestações cardinais: tosse, febre, perda ponderal e/ou sudorese noturna o No paciente assintomático, recomenda-se a realização periódica da Prova Tuberculínica (PT), um método que detecta a ocorrência de contato prévio com o Bacilo de Koch (BK) o Níveis de CD4 alto ou baixo o HIV leva a piora do resultado de tto entre pacientes com TB o Maior a prevalência de HIV, maior as mortes por TB o TB maior causa de morte entre pacientes infectados com HIV o 22% das mortes por TB ocorrem entre pessoas vivendo com HIV o Infecção latente por tuberculose (ILTB): ▪ O termo “contato prévio com o BK” significa primoinfecção. Quem teve contato com o BK mas não desenvolveu a doença adquire a chamada Infecção Latente por Tuberculose (ILTB), podendo evoluir com TB-doença no futuro ▪ Uma PT = 5 mm, no paciente HIV+ assintomático, indica a presença de ILTB e risco significativamente aumentado de “TB-doença” em comparação com pessoas saudáveis. A ILTB é o principal fator de risco para TB ativa no paciente HIV+ ▪ Isoniazida em monoterapia por nove meses, desde que a presença de TB ativa tenha sido adequadamente descartada o TB pulmonar: tto é Rifampicina e nunca deve ser iniciada junto com o TARV, que deve ser iniciada 2 a 8 semanas após o inicio dos tuberculostáticos. Pacientes com CD4 < 200 e/ou sinais clínicos de imunodeficiência avançada se beneficiam de um início mais precoce da TARV, devendo iniciá-la duas semanas (no 15º dia) após o início dos tuberculostáticos o Tosse produtiva há mais de 3 semanas e/ou hemoptise, sudorese noturna, febre vespertina, astenia, anorexia e emagrecimento LARISSA MENEZES – INFECTOLOGIA HTLV o Exame de rotina para todo paciente HIV o Existem 4 tipos, mas só 1 e 2 podem causar doença o Mecanismo de transmissão semelhante ao HIV o Antirretroviral não costuma ser eficaz, porque apesar de ter a transcriptase reversa, ele usa a enzima humana para se proliferar o Coinfecção HTLV/TB o Mielopatia: quadro de complicação o Dermatite infecciosa o Alta probabilidade de desenvolver linfoma SARNA NORUEGUESA o Lesão vegetante com milhões de parasitas em cada uma ANTIRRETROVIRAIS ANÁLOGOS DE NUCLEOSÍDEO o Inibidores da enzima transcriptase reversa parando a formação da cadeia complementar, agem com se fossem um nucleotídeo o Zidovudina (AZT) o Lamivudina (3TC) o Abacavir o Tenofovir: compromete a função renal o Esquema preferencial atualmente é a associação de Lamivudina e de Tenofovir para início de tratamento o Emtricitabina (FTC): profilaxia pré-exposição e não tratamento o O vírus pode alterar, fazer mutação e mudar a enzima, tornando o medicamento ineficaz NÃO ANÁLOGOS DE NUCLEOSÍDEO o Inibidores da enzima transcriptase reversa, atuando diretamente na estrutura da enzima o Nevirapina o Efavirenz: eczantema/alergia, penetra no SNC, pesadelos são reais (tende a desaparecer com o tto), tontura leve também tende a desaparecer (se interferir no dia a dia troca o esquema) o Etravirina: quando há resistência as outras duas primeiras o Rilpivirina não tem no Brasil o Vantagem: não interage com o esquema de TB o Exemplo de coquetel: Lamivudina + Tenofovir + Efavirenz INIBIDORES DE PROTEASE o Atazanavir o Darunavir o Ritonavir o Tipranavir: em crianças o Lopinavir: em desuso o Quebra a enzima em proteínas menores o Não são de primeira escolha, usa como dose de reforço INIBIDORES DA FUSÃO o Enfuvirtide (T20): inibe a fusão do vírus, quase que não usa ▪ É injetável, usada mais de 1x por dia, causando nódulos ou eritema no local da lesão o Maraviroc: inibe o correceptor impedindo o vírus de entrar (algumas pessoas têm mutação nesse correceptor e não pega o vírus) o Não são primeira escolha, porque nem todos os indivíduos se beneficiam desses medicamentos o Usada como resgate INIBIDORES DA INTEGRASE o Raltegravir o Dolutegravir: mais eficiente, usado apenas 1x/dia; interação com anticonvulsivante. Se existe o risco de engravidar é melhor evitar em mulheres TRATAMENTO • A intenção é prolongar a fase de latência eternamente • START: ▪ Estratégia para inicio do tto antirretroviral ▪ Estudo mundial para avaliar qual o melhor momento para iniciar a terapia antirretroviral ▪ Trata qualquer individuo com teste positivo para HIV, independente da carga LARISSA MENEZES – INFECTOLOGIA viral, do CD4 (normal é acima de 500) ou dos sintomas ESQUEMA INICIAL o Tenofovir + Lamivudina + 3ª droga de outro grupo, preferencial que seja o Dolutegravir = TDF + 3TC + DTG o Trata a hepatite B o Em crianças com menos de 12 anos de idade e peso inferior a 40 kg, o esquema ARV inicial continua sendo a associação de 2 ITRN/ITRNt + ITRNN, uma vez que ainda não existe apresentação farmacológica de inibidor de integrasse padronizada para esta população o Pacientes que já vinham em uso de 2 ITRN/ITRNt + ITRNN (ex.: TDF + 3TC + EFV em comprimido de doses fixas combinadas, o famoso “3 em 1”), NÃO devem mudar o tratamento se a doença estiver sob controle. As novas recomendações só se aplicam para quem iniciar o tratamento a partir de 2017 EM GESTANTES o Dolutegravir pode ser teratogênicoo Após 12 semanas pode usar o esquema preferencial o Esquemas alternativos: TDF + 3TC + EFZ OU TDF + 3TC + ATV/r EM COINFECÇÃO TB-HIV o 50mg (1 comprimido) de Dolutegravir de 12 em 12 hrs no lugar de 1cp por dia o Pode ser usado o TDF + 3TC + EFZ o A rifampicina é o grande vilão da história ao usar associado com inibidor de protease, deixando níveis erráticos no sangue LARISSA MENEZES – INFECTOLOGIA EFEITOS ADVERSOS o Lipodistrofia: alteração metabólica na distribuição de gordura ▪ Dor cervical, em nadegas, mamas e dificuldade respiratória ▪ Hernia umbilical o Sd inflamatória de reconstituição imunológica (SIRI): ▪ Exacerbação dos sintomas porque a reconstituição do CD4 é lenta ▪ Mas em alguns indivíduos isso se dá de forma acelerada exacerbando algumas lesões pelo componente inflamatório exacerbado ▪ Neurotoxoplasmose não deve iniciar o tto antirretroviral de cara, inicia o neurotoxo primeiro. Isso serve para a tuberculose também (deve esperar 8 semanas para iniciar o tto antirretroviral) ▪ Linfonodo tuberculose fistulisou para o estomago, visto na endoscopia: ▪ O tratamento pode ser necessário corticoide em altas doses LARISSA MENEZES – INFECTOLOGIA PREVENÇÃO COMBINADA DO HIV • Tratamento antirretroviral de rotina preventivo • Evita a transmissão vertical em gestantes • Profilaxia pós-exposição (relação sexual desprotegida que não sabe o estado sorológico da pessoa): inicia a medicação em até 72h • Tratar mais de 90% das pessoas para atingir supressão indetectável é o que podemos fazer para a próxima geração encontrar tudo controlado PROFILAXIA PÓS EXPOSIÇÃO AO HIV o Todo aquele que é exposto o O esquema preferencial é o mesmo para tratar os pacientes com HIV o Precisa saber se o indivíduo tem HIV ou não, pede o teste rápido de HIV. Aproveita e pede sífilis, hepatite B e C o A conduta depende do paciente fonte. Se conseguir localizar e realizar exame, se for negativo não faz nada. Se for positivo inicia o antirretroviral no individuo exposto durante 28 dias e repete com 30 dias, 3 meses e 6 meses o Se o paciente fonte é desconhecido e não pode fazer exame, trata como se fosse positivo LARISSA MENEZES – INFECTOLOGIA PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO o Profissionais do sexo o Pessoas que se relacionam com HIV sabidamente positivo o Indivíduos que fazem pós-exposição com tto com frequência o Usa Tenofovir com Emtricitabina em um comprimido com dose única diária o Não protege imediatamente o individuo o Precisa de acompanhamento ambulatorial o É redução de danos, o uso do preservativo deve ser continuado! EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO COM RISCO DE TRANSMISSÃO HIV o Avalia o material para saber se vai precisar de profilaxia o Avalia em até 72h LARISSA MENEZES – INFECTOLOGIA LARISSA MENEZES – INFECTOLOGIA LARISSA MENEZES – INFECTOLOGIA LARISSA MENEZES – INFECTOLOGIA
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