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Anny Caroline Anticoncepção O planejamento familiar foi implementado no Brasil em 1996 pela lei 9263. Critérios de elegibilidade segundo a OMS: Categoria 1: O método pode ser utilizado sem qualquer restrição. Categoria 2: Os benefícios do método são maiores do que os riscos. Categoria 3: Os riscos do método são maiores do que os benefícios. Categoria 4: Risco inaceitável. Métodos comportamentais: • Tabelinha; • Temperatura basal; • Muco cervical; • Sintotérmico (temperatura basal + muco cervical); • Coito interrompido; • Lactação (alterações hormonais no eixo hipotálamo-hipófise-ovário., levando à anovulação. No entanto, sabe-se que parte das mulheres ovulam em torno do terceiro mês de pós-parto, mesmo amamentando). Métodos de barreira: • Preservativo (protege contra HIIV e Reduz o risco de CA de útero); • Diafragma (disco de borracha ou látex, colocado na vagina, recobrindo colo do útero para impedir a entrada de espermatozoides); • Espermicidas (substâncias que provocam a ruptura da membrana das células dos espermatozoides, matando-os ou retardando sua passagem pelo canal cervical).. DIUs: Fazem parte dos LARCs (Long acting reversible contraceptives) que são os contraceptivos de longa duração. USG apesar de útil NÃO é obrigatória para inserção de DIU! • DIU de cobre (DIU-Cu): é o dispositivo mais utilizado no Brasil, sendo o único LARC fornecido pelo SUS no Brasil..., tem duração de 10 anos, é um dispositivo não hormonal, permite a ovulação e menstruação. Contraindicações: gravidez, ateração da cavidade endometrial, presença de infecções (sepse puerperal, aborto séptico, dip), sangramento uterino inexplicado, câncer cervical ou endometrial, período de 48 horas a 4 semanas após o parto e alergia ao cobre. • SIU de levonogestrel (SIU- LNG): também conhecido como DIU Mirena. Tem duração de 5 anos, pode ter efeito anovulatório, na maioria das vezes inibe a menstruação, é um método hormonal.. Possui o benefício de reduzir a dismenorreia e causar amenorreia em alguns casos. No entanto, em algumas pacientes pode levar a cefaleia, mastalgia, acne, depressão, cisto ovarianos funcionais e spotting (sangramento uterino irregular). Anny Caroline Contraindicações: as mesmas do DIU-Cu + mulheres com câncer de mama atual ou prévio, tumor hepático, trombose venosa profunda ou tromboembolismo pulmonar atual, LES, enxaqueca com aura.. Apesar de raro, pode levar a expulsão, dor ou sangramento, perfuração uterina, infecção e gravidez ectópica. Contracepção hormonal: • Contraceptivos hormonais combinados: possuem a combinação de um estrogênio e um progestogênio no mesmo método. Fazem parte desse grupo: pílulas orais, injetável mensal, adesivo transdérmico e anel intravaginal. O mecanismo de ação ocorre pela inibição da ovulação. Contraindicações: enxaqueca com aura, tabagismo/enxaqueca e maior que 35 anos, tep e tvp prévios, câncer de mama, HAS não controlada, IAM ou AVE, DM, tumor hepático, hepatopatias, cirurgia com imobilização, amamentação (menos que 6 semanas), LES. Riscos: Tromboembolismo venoso, IAM, AVC (raros, mas existem). • Contraceptivos apenas de progestogênio: possuem como hormônio apenas a progesterona. Fazem parte desse grupo: pílula de progesterona isolada, o injetável trimestral, o implante subdérmico e o SIU de levonogestrel.. Contraindicações: trombose atual, amamentação (menos de 6 semanas), câncer ou adenoma hepático, cirrose hepática e câncer de mama. Contracepção cirúrgica: Consiste em método considerado irreversível ou definitivo, podendo ser masculina com a vasectomia ou feminina com a ligadura tubária... A Lei 9263 de 12/01/1996, também conhecida como Lei do planejamento familiar, regulamenta o seu uso no Brasil, sendo indicado somente nas seguintes situações: 1. Homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos de idade OU, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico. 2. Risco à vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto, desde que tenha relatório escrito e assinado por dois médicos. Além disso, é vedado a esterilização cirúrgica durante o parto, aborto ou até 42 dias após o parto (ou aborto), exceto nos casos de comprovada necessidade, como: 1. Cesárias sucessivas anteriores (no mínimo 2); 2. Doença de base com risco à saúde. Deve ser feito um documento escrito e firmado manifestando a vontade de fazer esterilização, caso seja casada, deve também ter o consentimento do cônjuge e se for incapaz, deve ter a autorização judicial.. Contracepção de emergência: Indicada no ato sexual desprotegido, falha ou uso inadequado do método contraceptivo em uso ou violência sexual.. Mais utilizado: levonogestrel de 1,5 mg dose única ou fracionada. Sua eficácia é proporcional ao tempo decorrido desde a atividade sexual, sendo recomendado o uso até 72 horas após o ato.
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