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Parte 1- Dicionário de Verbetes- Termos centrais em RI-

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Universidade Federal de Goiás - Relações Internacionais
Teoria das Relações Internacionais 1
Dicionário de Verbetes- Exercício A
Lívia Borges de Sousa -Turma 6
Goiânia, Setembro de 2018
Sumário
1. Relações internacionais
2. Relações Internacionais (ver Rigueira)
3. Atores internacionais (ver Nye)
4. Estado (ver Bobbio et al)
5. Soberania (ver Bobbio et al)
6. Potência (ver Wight)
7. Grande potência (ver Wight)
8. Potência dominante (ver Wight)
9. Potência regional (ver Wight)
10. Diplomacia (ver Wight e Bull)
11. Teoria do equilíbrio de poder (ver Wight e Bull)
12. Anarquia internacional (ver Bull e Waltz)
13. Ordem internacional (ver Bull)
14. Sociedade internacional (ver Bull)
15. Sistema de auto-ajuda (ver Waltz) 
16. Corrida armamentista (ver Waltz)
17. Estado de guerra (ver Waltz)
18. Guerra (ver Waltz)
19. Dilema de segurança (ver Waltz)
20. Estabilidade (ver Bull e Waltz)
21. Paz (ver Bull e Waltz)
22. “Primeiro grande debate das RI” (ver Carr e Nunes)
23. Idealismo (ver Carr)
24. Teoria do Realismo (agenda, premissas e argumentos)
1- Entende-se por relações internacionais uma série de laços, tratados, acordos e trocas que caracterizam as relações entre as nações/ Estados que por vezes acontecem de forma assimétrica, concepção esta que varia de acordo com o teórico analisado. Podem essas trocas econômicas, comerciais, culturais e de diversas naturezas. 
“Como os Estados dificilmente se podem manter
isolados, suas relações estão muitas vezes marcadas
por formas de cooperação e de associação
internacional que não excluem, entretanto, a divisão
política e a possibilidade de cada Estado poder
rescindir cm qualquer momento os vínculos que o
ligam, dada a situação de anarquia que caracteriza as
relações internacionais. Entre as formas de
associação, a mais elementar é a aliança, que não
exige que os Estados contraentes criem órgãos
comuns para a execução dos seus acordos.”(BOBBIO, Et. Al., 1998).
2- Rigueira busca entender as R.I. como disciplina independente no estudo da economia, direito internacional e política, definindo seus objetivos de estudo. O autor busca defender que não é possível separar a teoria e a prática de relações internacionais. O estudo particular de relações internacionais, e aquilo que a difere enquanto disciplina é o estudo das ações do Estado, seu surgimento e origens , a questão da soberania, o modo como estabelece acordos para garantir sua segurança nacional, a garantia da liberdade dos indivíduos, a constante preocupação com o progresso, garantia da ordem internacional, a questão diplomática, do direito internacional dentre outros. As R.I. também buscam estudar os atores internacionais e sua interação, também como tais interações afetam as relações entre os Estados.
“O seu objetivo principal é fornecer uma visão geral introdutória de como a disciplina, refletindo sobre o papel do Estado, conseguiu criar um objeto de estudo específico e um conjunto de ferramentas, técnicas e métodos de análise que lhe permitiram ganhar um espaço independente. O artigo vai ser dividido, deste modo, em quatro partes onde as temáticas porquê, o que e como estudar relações internacionais vão ser debatidas.”(RIGUEIRA,2012)
Segundo ele, “O campo das relações internacionais parece, portanto, ser caracterizado por três conjuntos distintos de preocupações: conflito, segurança e guerra; cooperação e condições para a paz; equidade e justiça.”.
“Poderíamos começar por afirmar que o estudo das relações internacionais se pode reduzir a relações entre estados, entre nações ou povos, entre as culturas, ou entre instituições internacionais como a União Europeia (ue) ou as Nações Unidas. Podemos desejar incluir igualmente empresas e organizações humanitárias nesta lista como outros elementos que estão envolvidos em interações globais. Mas mesmo por mais vasta que possa ser essa lista, o que vemos como os atores ou unidades de investigação enforma muito e distingue as diferentes perspectivas que dominam a disciplina.” (RIGUEIRA, 2012)
3- Nye compreende por atores internacionais, ou novos atores internacionais vendo que buscam crescer acima da estrutura realista, o surgimento das empresas multinacionais, bancos e OI’s no contexto da Guerra Fria em que escrevem. Keohanne e Nye estão assistindo a elevação da Alemanha e Japão no plano internacional como grandes potências econômicas. Esses diferentes atores internacionais estabelecem múltiplos canais de comunicação intergovernamentais, que trafegam informações e veiculam trocas entre os Estados. “Estados não são de maneira alguma os únicos atores na política mundial” (KEOHANE & NYE, 1971, p.330).
Tais atores internacionais tem poder de atuação e se encontram fora da esfera de controle dos Estados: “além das fronteiras do Estado que não são controladas pelos órgãos centrais da política externa dos governos” (KEOHANE & NYE, 1971, p. 331).
“Na visão realista tradicional da política internacional, os únicos “protagonistas” importantes são os estados, e apenas os grandes estados realmente importam. Mas isso está mudando. (...) Mais importante do que o número de estados é o surgimento dos protagonistas não estatais. Atualmente, as grandes corporações multinacionais passam por cima das fronteiras internacionais e ás vezes controlam mais recursos do que muitas nações-estados. (...)Existem grandes instituições intergovernamentais como a Organização das Nações Unidas e outras menores como a Liga Árabe e a Organização dos países exportadores de petróleo(OPEP). Existem organizações não governamentais(ONGs), incluindo a Cruz Vermelha e a Anistia Internacional. (...)Os estados são os protagonistas na política internacional do momento, mas não têm o palco só para si.”(Nye,2009, p.11-12)
4- Bobbio define Estado como sendo uma instituição que modernamente é a defensora dos direitos burgueses clássicos, com o direito de governar sobre determinada população de determinado território. Podem ser derivadas diversas sub-categorias do que seria Estado (policial, moderno, contemporâneo), mas de um modo geral é mais fácil delimitar suas competências e o modo como ele atua nos dias de hoje. O Estado de Direito dessas características, como enumera Bobbio: 
“ 1) Estrutura formal do sistema jurídico, garantia
das liberdades fundamentais com a aplicação da lei
geral-abstrata por parte de juízes independentes.
2)Estrutura material do sistema jurídico: liberdade
de concorrência no mercado, reconhecida no
comércio aos sujeitos da propriedade.
3)Estrutura social do sistema jurídico: a questão
social e as políticas reformistas de integração da
classe trabalhadora.
4)Estrutura política do sistema jurídico: separação e
distribuição do poder”
O poder do Estado moderno é através da dominação racional-legal, como explica Weber, e o uso da burocracia é seu maior canal. 
Há diversas correntes de análise sobre o Estado contemporâneo, Bobbio discute que na teoria marxista o Estado tem as seguintes atribuições:
“a) criação das condições materiais genéricas da produção (infra-estrutura); b) determinação e salvaguarda do sistema geral das leis que compreendem as relações dos sujeitos jurídicos na sociedade capitalista; c) regulamentação dos conflitos entre trabalho assalariado e capital; d) segurança e expansão do capital nacional total no mercado capitalista mundial”
De modo geral, sobre as competências do Estado: 
“1) predisposição das condições materiais da reprodução (proteção do trabalho, segurança social, assistência sanitária, etc); 2) criação de motivações consentâneas com o processo do trabalho (dispositivos ideológicos, estabilização da família como agente essencial do processo de socialização burguesa); 3)
regulamentação da oferta da força-trabalho (função intermediária do sistema de formação profissional, qualificação e requalificação, mobilidade, seleção, etc.)”
“Do ponto de vista de uma definição formal e instrumental, condição necessária e suficiente para que exista um Estado é que sobre um determinado território se tenha formado um poder em condição de tomardecisões e emanar os comandos correspondentes vinculatórios para todos aqueles que vivem naquele território e efetivamente cumpridos pela grande maioria dos destinatários na maior parte dos casos em que a obediência é requisitada.” (BOBBIO, 2000, p. 95)
5- O conceito de Soberania para Bobbio: de um modo amplo soberania significa poder, a superioridade de uma instância sobre a outra. O surgimento do conceito de Soberania está intimamente ligado ao de Estado:
“[...]o termo Soberania aparece, no final do século XVI, juntamente com o de Estado, para indicar, em toda sua plenitude, o poder estatal, sujeito único e exclusivo da política. Trata-se do conceito político-jurídico que possibilita ao Estado moderno, mediante sua lógica absolutista interna, impor-se à organização medieval do poder, baseada, por um lado, nas categorias e nos Estados, e, por outro, nas duas grandes coordenadas universalistas representadas pelo papado e pelo império: isto ocorre em decorrência de uma notável necessidade de unificação e concentração de poder, cuja finalidade seria reunir numa única instância o monopólio da
força num determinado território e sobre uma determinada população[...]”(BOBBIO, Et. Al.1998)
Além disso:
“A Soberania, enquanto poder de mando de última instância, acha-se intimamente relacionada com a realidade primordial e essencial da política: a paz e a guerra. Na Idade Moderna, com a formação dos grandes Estados territoriais, fundamentados na unificação e na concentração do poder, cabe exclusivamente ao soberano, único centro de poder, a tarefa de garantir a paz entre os súditos de seu reino e a de uni-los para a defesa e o ataque contra o inimigo estrangeiro. O soberano pretende ser exclusivo, onicompetente e onicompreensivo, no sentido de que somente ele pode intervir em todas as questões e não permitir que outros decidam: por isso, no novo Estado territorial, são permitidas unicamente forças armadas que dependam diretamente do soberano. (BOBBIO et al, 1998, p.1180)”
6- Segundo Martin Wight (2002), Potência é “um Estado moderno e soberano em seu aspecto externo, e quase pode ser definido como a lealdade máxima em defesa da qual os homens hoje irão lutar”. Wight define Potência Dominante como aquela capaz de medir forças contra todos os rivais juntos. E cita exemplos ao longo dos séculos, como Atenas, à época das Guerras do Peloponeso, o Império Romano, a Espanha de Carlos V e de Filipe II, a França de Luís XIV, a Grã-Bretanha no século XIX e os EUA no século XX.
“Uma potência é um estado moderno e soberano em seu aspecto externo, e quase pode ser definido como a lealdade máxima em defesa da qual os homens hoje irão lutar. (...) O poder que faz uma “potência” é composto de muitos elementos. Seus componentes básicos são o tamanho da população, posição estratégica e extensão geográfica, recursos econômicos e produção industrial. Temos de acrescentar, a esses últimos, elementos menos tangíveis, tais como a eficiência administrativa e financeira, o aprimoramento educacional e tecnológico e, acima de tudo, a coesão moral”. (WIGHT, 2002, p. 4-5)
7- Grande Potência: Outro termo muito utilizado e cujas características vão além da Potência Dominante,conforme definida por Wight, é o de Superpotência. Esse termo, cunhado com o advento daGuerra Fria, designava exclusivamente URSS e EUA. Esses países, em virtude de suas capacidades nucleares – com poder de destruição global –, inúmeras vezes associadas ao poderio militar convencional e à influência político-ideológica mundial, tinham status único nacomunidade das nações. Gounelle (1992) indica quatro características das Superpotências: têm capacidade de intervir em qualquer parte do globo; dispõem de amplo arsenal, capaz de causar danos diferenciados dos armamentos convencionais e composto tanto de armas nucleares quanto de outros meios de destruição em massa; assumem a liderança de uma aliança militar (os EUA da OTAN e a URSS do Pacto de Varsóvia);pretendem oferecer um modelo universal de sociedade.
Como cita Wight: “ Esta é uma das questões centrais da política internacional. É mais fácil respondê-la do ponto de vista histórico, enumerando as grande potências em uma época qualquer, do que fornecer uma definição, pois sempre há ampla concordância de opinião em relação às grandes potências existentes. Desde a Segunda Guerra Mundial, elas têm sido os Estados Unidos, a Rússia, a Grã-Bretanha, a França e a China. Em 1939, eram os Estados Unidos, a Grã- Bretanha, a França, a Alemanha, a Itália, a Rússia e o Japão. Em 1914 eram a Grã-Bretanha, a França, a Alemanha, a Áustria-Hungria, a Rússia, a Itália, os Estados Unidos e o Japão. Em 1815, eram a Grã-Bretanha, a Rússia, a Áustria, a Prússia e a França.”(WIGHT,2002,P.23)
8- Potências Dominantes e Potências Mundiais seriam subdivisões do gênero Grande Potência, uma vez que ambas as categorias se referem a Estados com interesses globais e capacidade de influência significativa no Sistema Internacional. Em última análise, a diferenciação poderia ser restringida a Grandes Potências e Potências Menores.
Se lembrarmo-nos de que uma definição política descreve um modelo, do qual todo exemplo histórico somente se aproxima, poderíamos definir potência dominante como uma potência capaz de medir forças contra todos os rivais juntos. (WIGHT, 2002, p.16)
As potências do plano internacional constantemente lutam pela hegemonia de poder no plano internacional:
“ O tema mais conspícuo da história internacional não é o crescimento do internacionalismo, e sim a série de esforços, por parte de uma potência após a outra, para obter o domínio do sistema de estados esforços que só foram derrotados por uma coalizão da maioria das outras potências e ao custo de uma exaustiva guerra total. "A vida", como disse certa vez o Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, "é uma sequência continua de dominações ...”
9- As potências regionais seriam sinônimos para as potências menores. Como o próprio Wight escreve nem todas as nações podem ser grandes potências, mas não significa que não possam existir outras em grau menor. 
“Assim sendo, a grande maioria dos estados não são grandes potências.”
As potências menores constituem a maioria. Seu grau de influência no sistema varia significativamente. Nesse grupo, poderiam ser relacionadas desde as Potências Mundiais menores – como Espanha e Índia – até as Potências Regionais – Argentina e Egito, por exemplo. Vale destacar que uma Potência Menor hoje pode vir a tornar-se uma Grande Potência e até a Potência Dominante. Os EUA são um bom exemplo disso. 
“Dois tipos de potência menor atingem uma eminência que as distinguem
das demais: as grandes potências regionais e as potências médias”, “[...] Haverá, em subsistemas como esses, alguns estados com interesses gerais em relação à região limitada e à capacidade de agirem por si sós, o que lhes confere a aparência de grandes potências locais.”(WIGHT,2002)
10- Diplomacia em Wight é “diplomacia é o sistema e a arte da comunicação entre Estados. O sistema diplomático é a instituição-mestra das relações internacionais"(WIGHT, 2002); 
Para Bull, em Sociedade Anárquica, pretende definir o que é diplomacia e qual a sua ligação com a ordem internacional. Para além de definir a diplomacia de forma tradicional, como a Convenção de Viena de 1961, que considerou somente as relações entre os Estados, ele pretende dar uma tipologia a palavra. Ele começa caracterizando o vocábulo dizendo “que diplomacia inclui tanto a formulação quanto a execução da política externa de um Estado. ” (Bull, 2002: 190). Logo em seguida, define que relações diplomáticas podem ser bilaterais ou multilaterais, nesta última vai incluir as organizações internacionais como produtoras de diplomacia, afastando-se das definições tradicionais que incluem somente o ente estatal. A terceira característica é que “a diplomacia podeser ad hoc ou institucionalizada” (Bull, 2002: 191), ou seja, ela poder ser informal ou permanente entre os atores internacionais. Finalmente, a quarta característica é as distinções entre os ramos diplomáticos e consulares, este se ocupando da relação dos cidadãos com os governos estrangeiros e seus súditos, aquele se ocupando da relação entre os governos. Essa caracterização é fundamental porque o autor pretende colocar a diplomacia como um instrumento que aceita e reforça a sociedade internacional, já que a “(...) própria profissão diplomática custodia a ideia de sociedade internacional, pois seu interesse é preservá-la e fortalece-la. ” (Bull, 2002: 210).
“A diplomacia consiste na condução das relações internacionais por pessoas que atuam como agentes oficiais; daí a importância de que se revestem as credenciais e outros sinais do status simbólico ou representativo. A guerra é outro exemplo da conduta das relações internacionais por agentes oficiais. Os diplomatas diferem dos militares porque se limitam ao emprego de meios pacíficos. Precisamos aplicar o termo "diplomacia" às relações oficiais não só dos estados mas também de outras entidades políticas que participam da política mundial. Pode-se dizer que os agentes das Nações Unidas, ou de outras organizações internacionais tais como a Organização Internacional do Trabalho, assim como de organizações regionais, também praticam a diplomacia.”(BULL, 2002 p.188) 
11- Teoria do Equilíbrio de Poder em :
Wight: O equilíbrio de poder de poder é concebido aqui como uma dinâmica natural entre os Estado, a primeira “mecânica da política de poder”. O autor usa um exemplo com 3 potências, em que uma ataca uma segunda e a terceira, visando sua auto preservação futura ajuda aquela que está perdendo, de modo a equilibrando balança de poder.
“De maneira mais geral, quando uma potência se torna perigosamente poderosa as outras se juntam contra ela. () equilíbrio do poder pode ser visto em plena operação sempre que uma potência dominante tenta obter o domínio da sociedade internacional, e momentaneamente "desfaz o equilíbrio".(WIGHT, 2002)”
Bull: Bull concebe equilíbrio de poder de forma semelhante a Wight, “nenhuma potência possui posição de preponderância absoluta e em condições de determinar a lei para as outras” (p. 117) .Como a humanidade, em sua diversidade, reage contra um governo mundial ou uma monarquia universal, sempre que um país se torna poderoso demais, os outros tendem a se aliar para contrabalançar este poderio. Tal instituto desempenha três funções no sistema de Estados: 
1) Impedir que esse sistema se torne, pela conquista, um império universal;
2) Proteger a independência dos estados, impedindo que os mesmos sejam absorvidos ou dominados por uma potência localmente preponderante;
Prover as condições para o funcionamento de outras instituições das quais dependem a ordem internacional, com o DI, a diplomacia, a guerra, a administração pelas grandes potências.
12- Anarquia Internacional:
Bull: Bull não concebe a anarquia como algo ruim no plano internacional, mas sim que ela é inevitável pela ausência de autoridade central acima dos Estados. O fato de não haver uma autoridade supra-estatal não afeta a ordem do sistema internacional.
“Portanto, para comparar as relações internacionais com um hipotético estado da natureza pré-contratual entre os indivíduos, podemos escolher não a descrição de Hobbes mas a de J..ocke. Ele concebe o estado de natureza como uma sociedade sem governo, oferecendo-nos assim uma analogia estreita com a sociedade dos estados. Na sociedade internacional moderna, como no estado de natureza de Locke, não há uma autoridade central capaz de interpretar e aplicar a lei, e assim os indivíduos que dela participam precisam eles próprios julgar e aplicá-la.”(BULL,2002)
Waltz: Waltz propõe a abordagem sistêmica da sociedade internacional estruturada por um princípio de ordenamento anárquico como sendo o principal definidor das regularidades no comportamento dos atores internacionais.( DUARTE,CAMPOS, 2013). Diferentemente de Bull o autor apenas considera que a anarquia no sistema internacional confere certo tipo de ordem, mas não faz juízo de valor sobre tal ordem. No plano internacional os Estados não reconhecem nenhuma autoridade superior a deles mesmos pois isso seria um ataque a sua soberania. Existe no plano internacional um constante estado de insegurança.
“Among states, the state of nature is a state of war. This is meant not in
the sense that war constantly occurs but in the sense that, with each state deciding
for itself whether or not to use force, war may at any time break out.” (BULL, 2002- VERSÃO EM INGLÊS).
“Entre os estados, o estado de natureza é um estado de guerra. Isso não significa que a sensação de que a guerra ocorre constantemente, mas no sentido de que, com cada estado decidindo por si mesmo se deve ou não usar a força, a guerra pode a qualquer momento irromper.”(BULL, 2002- TRADUÇÃO PRÓPRIA DO TRECHO ACIMA).
13- Ordem Internacional para Bull é algo necessariamente bom. O estudo de Bull parte do princípio de que a ordem é parte da história das relações internacionais, e que os estados modernos formam não apenas um sistema de estados, mas também uma sociedade internacional. 
“Para fundamentar esta afirmativa começarei
mostrando que durante toda a história do moderno sistema de estados
sempre houve uma noção da sociedade internacional, proclamada por
filósofos e publicistas, e presente na retórica dos estadistas. Em segundo lugar, procurarei demonstrar que essa ideia está refletida, pelo menos em parte, na realidade internacional; que a noção da sociedade internacional tem raízes importantes na prática internacional de hoje. Em
terceiro lugar, definirei as limitações do conceito da sociedade internacional como um guia para a prática atual dos estados, a natureza precária e imperfeita da ordem que ela origina. "(BULL,2002)
A partir disso, Bull desenvolve uma ponte para explicar que o princípio de ordem no sistema internacional é uma ordem anárquica, e que essas palavras não são antônimas.
“Por "ordem internacional" queremos referir-nos a um padrão ou disposição das atividades internacionais que sustentam os objetivos elementares, primários ou universais de uma sociedade de estados.” (BULL, 2002, p.22)
14- Entende-se por Sociedade Internacional em Bull, a sociedade que marca a relação entre os Estados no plano internacional, marcada pelo princípio ordenador anárquico. Aqui os Estados, considerados os atores centrais não são movidos unicamente pela pauta securitária, e levam em consideração fatores importantes como economia, direito e valores, que afetam as relações dentro da Sociedade Internacional. Nesse sentido, percebe-se sociedade internacional como sendo um grupo de Estados, conscientes de certos interesses e valores comuns, formando uma sociedade no sentido de se considerarem ligados no seu relacionamento, por um conjunto comum de regras, e pela participação de instituições comuns.
Existe uma "sociedade de estados" (ou "sociedade internacional") quando um grupo de estados, conscientes de certos valores e interesses comuns, formam uma sociedade, no sentido de se considerarem ligados, no seu relacionamento, por um conjunto comum de regras, e participam de instituições comuns. (BULL,2002, p.19)
15- Estuda-se relações internacionais baseando-se nas ações das potências dominantes, pois são elas as determinantes da estrutura do sistema. Pois o cenário internacional é baseado num sistema de interesse próprio(auto-ajuda) e as unidades de maior capacidade estabelecem o cenário de ação para os outros e para si mesmos. O Sistema de Auto-ajuda se relaciona com a manutenção da soberania interna e externa dessas nações, onde as nações tendem a formar coalizões de modo a impedir que uma nação dominante se torne hegemônica sobre todas as demais.
“Um sistema de auto-ajuda é um sistema no qual aqueles que não se ajudam a si mesmos, ou os que o fazem menos eficazmente do que outros, não conseguirão prosperar, expor-se-ãoao perigo, sofrerão.”(Waltz,2002, p.165)
16- Os conflitos de interesse entre os Estados sempre permanecem, mas eles não esperam que alguém use a força para contê-los, embora não raras vezes isso possa acontecer. Estruturalmente, podemos descrever e entender as pressões a que os Estados estão sujeitos, mas não podemos prever como eles reagirão a essas pressões sem antes conhecermos suas disposições internas. A corrida armamentista nada mais é do uma manifestação da força da desconfiança mútua que existe entre os Estados no ambiente anárquico. Essa corrida tem a função de preservar com o poderio militar desenvolvido a soberania interna e externa do país.
“Quer ou não pela força, cada estado segue o caminho que pensa servir melhor os seus interesses. Se a força é usada por um estado, ou se o seu uso é esperado, os outros não têm outro remédio senão usarem a força ou estarem preparados para a usar individualmente ou em combinação com outros.” (Waltz,2002, p. 158)
17- O Estado de guerra é decorrente da constante possibilidade de ataque entre os atores internacionais (Estados), causada pelo senso se auto-preservação advindo da situação anárquica do plano internacional. Como cada Estado é o definidor das próprias causa e também seu advogado, o conflito por vezes é iminente.
“Com tantos Estados soberanos, sem um sistema jurídico que possa ser imposto a eles, com cada Estado julgando suas queixas e ambições segundo os ditames de sua própria razão ou de seu próprio desejo, o conflito, que por vezes leva à guerra está fadado a ocorrer”. (Waltz, 2004, p.197)
18- A guerra é um conflito armado(nem sempre assim, a exemplo da Guerra Fria) que se dá ente unidades políticas, aqui chamadas de Estados, na defesa de seus interesses, ideais e na manifestação de sua política externa e manutenção do status de soberania interna e externa. O autor não trabalha especificamente um conceito de guerra, mas se pode entender as motivações dos elementos que levam os Estados a entrarem em conflito, visto a manutenção de interesses egoístas:
“Com tantos Estados soberanos, sem um sistema jurídico que possa ser imposto a eles, com cada Estado julgando suas queixas e ambições segundo os ditames de sua própria razão ou de seu próprio desejo, o conflito, que por vezes leva à guerra está fadado a ocorrer.” (Waltz, 2004, p.197)
19- Segundo cita Sousa, 2005, o dilema da segurança é um conceito introduzido por John Herz, que traduz os sentimentos de insegurança resultantes de políticas de fortalecimento da capacidade militar de um Estado, com propósitos de aumentar a sua segurança em termos defensivos, interpretadas como ameaçadoras e encorajando o rearmamento dos outros Estados. Ao procurar inicialmente reforçar a sua segurança, o Estado dá origem a um processo no qual ele acabará por sentir ainda mais insegurança. O termo “dilema de segurança” tem também sido usado para designar a ausência de uma autoridade central comum aos vários Estados, resultando num sistema internacional anárquico. Em seu livro, Waltz parafraseia Herz ao descrever o conceito:
“Mas segundo a análise de Herz, os Estados buscam suas posições comparativas de poder por causa do “dilema da segurança”, nascido de uma condição de anarquia com que se defrontam. O poder aparece antes como um instrumento possivelmente útil do que como um valor supremo que os homens são levados por sua própria natureza a buscar.” (Waltz, 2004, p.48-49)
20- Segundo define Waltz, Sistemas anárquicos são transformados apenas por mudanças no princípio de organização e por consequentes mudanças no número de seus principais partidos. Para dizer isso, um sistema político internacional é estável significa duas coisas: primeiro, que permanece anárquico, e em segundo lugar que não ocorre nenhuma variação no número de partes que forma esse sistema. A estabilidade sistêmica se dá pelo fato de que quando uma potência cai outra surge em seu lugar, pois os sistemas políticos-internacionais são notavelmente estáveis. Conforme um Estado cai, outro ascende ao seu lugar pelo aumento relativo de suas capacidades.
“Consequential variations in number are changes of number that lead to diferente expectations about the effect of strucutre on units. The stability of the sistem, so long as it remains anarchy. Is then closely linked with the fate of its principal members. The close link is established by the relations of changes in number of great powers to transformation of the system. The link does not bind absolutely, however, because the number of great powers may remain the same or fail to vary consequentially even while some powers fall from the ranks of the great ones only be replaced by others”(WALTZ, 2002, PAG 162)
O conceito de Estabilidade em Bull perpassa uma série de valores que ele considera comuns, com a garantia da propriedade, limitação da violência etc, que refletem no plano internacional na posse de garantias de respeito à soberania.
“A meta da estabilidade conferida à posse está refletida na sociedade internacional não só no reconhecimento recíproco da sua propriedade pelos estados como, de modo mais fundamental, no mútuo reconhecimento da soberania, pelo qual os estados aceitam a esfera de jurisdição de cada um deles.” (Bull, 2002, p. 26)
21- Segundo Bull, na tradição hobbesiana está descrita a relação entre os Estados caracterizada como sendo beligerante, um estado de guerra de todos contra todos, onde cada Estado se põe contra os demais. “Para os Hobessianos as relações internacionais consistem no conflito entre os Estados, lembrando um jogo de soma zero: os interesses de cada Estado excluem os interesses de todos os outros.” (BULL, 2002, PAGS 32-33) A paz aqui nada mais é do que um intervalo entre uma guerra e outra. 
“Deste ponto de vista, a atividade internacional mais típica, e que melhor define o quadro das relações entre os estados, é a guerra. A paz corresponde a um período de recuperação da última guerra e de preparação para a próxima.” (Bull, 2002, p.33)
22- O primeiro grande debate, conhecido como Realismo-Idealismo, foi a disputa entre realistas e idealistas ocorrida nas décadas de 30-40 fundamentalmente sobre o acordo com a Alemanha nazista. Os estudiosos realistas enfatizaram a natureza anárquica das políticas internacionais e a necessidade da sobrevivência do Estado. Os idealistas enfatizaram a possibilidade da existência de instituições internacionais, como a Liga das Nações. Entretanto, alguns argumentaram que a definição do debate entre o realismo e o idealismo, em termos de um grande debate, é uma caricatura enganosa. Assim descrevem o “grande debate” como um mito. 
É conhecido como o grande debate ontológico das RI, sobre a natureza, a realidade e a existência do ente que se estuda, a natureza das relações internacionais. (CASTRO, 2012).
“O espaço político, ao mesmo tempo que constitui o local de origem das ideias que irão influenciar a formação de teorias de relações internacionais, é ao mesmo tempo supor tado por estas teorias. A relação entre teoria e realidade fica assim clarificada: por um lado, a teoria deriva de pressupostos políticos e normativos acerca do funcionamento do mundo; por outro, a realidade da política internacional é constituída pelo confronto entre diversas ideias organizadas em teorias.” (NUNES, 2012, p.17)
23- O Idealismo segundo define Carr não é uma boa maneira de olhar para a realidade internacional, pois em certo sentido apesar de suas premissas de lei e ordem dentro de uma nação serem valores universalmente comuns aos Estados, quando se aplica esses valores abstratos à política concreta se revela as pretensões egoístas dos que a defendem.
“O utópico, em face do colapso dos padrões cujo caráter interesseiro ele não compreendeu, se refugia na condenação de uma realidade que se recusa a adaptar-se àqueles padrões.”(CARR, 2001, PAG 115)
“A falência da visão utópica reside não em seu fracasso em viver segundo seus princípios, mas no desmascaramento de sua inabilidade em criar qualquer padrão absoluto e desinteressado para a condução dos problemas internacionais.O utópico, em face do colapso dos padrões cujo caráter interesseiro ele não compreendeu, se refugia na condenação de uma realidade que se recusa a adaptar-se àqueles padrões”. (CARR, 2001, p.115)
24- A teoria realista das relações internacionais, pressupõe uma visão pessimista da natureza humana, também que a principal relação entre os Estados se dá no conflito(guerra) e que a paz é o princípio da exceção. Premedita que, como os indivíduos/ atores internacionais são racionais eles permanecem sempre como desconfiantes uns dos outros, em um estado de medo da guerra de todos contra todos, causada pela anarquia do sistema internacional, ao mesmo tempo garantidora da independência entre os Estados e causadora da guerra. O plano interno de organização estatal nada tem a ver com o modo como se comporta no plano internacional.
A guerra é inevitável pois os Estados estão sempre em busca do poder, que é seu objetivo maior. Na vontade máxima de garantir a própria soberania e seu aumento de poder, a pauta securitária na agenda de discussão é a única que interessa aos realistas. O interesse nacional, sobre o qual os Estados agem, é a sobrevivência individual, como instrumento a guerra (única garantidora da soberania) e o funcionamento do sistema internacional se da pela anarquia- ausência de uma figura de autoridade central que legisle por cima dos Estados. 
Fundamenta-se teoricamente em autores como Thomas Hobbes, enfatizando no dilema da segurança e do estado de natureza. Também em Maquiavel, no objetivo da conservação e aumento do poder. Dentro dos Autores que se pode citar estão Carr, Morgenthau, Waltz dentre outros.
“Algumas premissas podem ser consideradas comuns a todos os realistas. Essas premissas são a centralidade do Estado, que tem por objetivo central sua sobrevivência, a função do poder para garantir essa sobrevivência, seja de maneira independente – no que seria caracterizada a autoajuda -, seja por meio de alianças, e a resultante anarquia internacional”. (NOGUEIRA E MESSARI, 2005, p.23)
Referências:
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