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Júlia Figueirêdo – HM V ELETROCARDIOGRAMA: O eletrocardiograma (ECG) é um dos principais exames para a avaliação inicial do paciente, pois apresenta ampla disponibilidade, baixo custo e rapidez de realização e interpretação. PRINCÍPIOS BÁSICOS DO ELETROCARDIOGRAMA: Para compreender o funcionamento do ECG, é preciso conhecer o sistema de condução do coração, que propaga os estímulos elétricos por fibras nervosas desde os átrios até o ápice dos ventrículos. Os principais componentes dessa via são: Nó sinusal: corresponde ao principal marcapasso do coração, criando potenciais elétricos que se dissipam ao longo de toda a musculatura cardíaca; Nó atrioventricular: responsável por frear o estímulo elétrico entre os átrios e os ventrículos, promovendo assim a harmonia entre períodos de sístole e diástole; Feixe de His: promove a condução elétrica pelo septo interventricular em direção aos ventrículos, induzindo contração local. Se divide em dois ramos, direito e esquerdo. É necessário ressaltar que fibras de condução elétrica com automatismo irão apresentar dependência de cálcio, tendo um menor limiar de despolarização, ao passo que os miócitos contam com o sódio como indutor de atividade, o que aumenta a necessidade de energia para ativação. Comparação entre a atividade de células com automatismo (NAS – vermelho) e células ventriculares (azul) O ECG é representado num papel milimetrado, sendo o valor de cada quadradinho padronizado, sistematizando a leitura e a interpretação do exame. Os quadradinhos verticais representam a amplitude de energia, ao passo que os horizontais auxiliam a expor o tempo. NO ECG, os quadradinhos valem 0,04 segundos ou 0,1 mV (o quadradão tem 0,5 mV ou 0,2 segundos) As deflexões básicas que compõem um eletrocardiograma são: Onda P: representa a despolarização atrial; Segmento PR: segmento que não incorpora ondas, correspondendo ao período de atraso da condução no nó atrioventricular. Não há deflexão positiva ou negativa; Complexo QRS: é formado por ondas criadas pela despolarização dos ventrículos, com a propagação do estímulo pelo septo (Q), paredes laterais (R) e bases (S); Júlia Figueirêdo – HM V o Normalmente é durante esse traçado que há a repolarização atrial, porém ela não é avaliada. Intervalo ST: esse momento contempla a repolarização dos ventrículos (principalmente a onda T), apresentando importante papel quando alterado; o Intervalos contemplam a onda anterior ou sucessiva ao trecho sem deflexões, o que não acontece nos segmentos. Onda U: uma organização rara, aparenta descrever o processo de repolarização dos músculos papilares dos ventrículos; Intervalo QT: permite a avaliação completa da atividade ventricular. Principais ondas, intervalos e segmentos encontrados no ECG normal As curvas positivas num ECG sugerem que o vetor elétrico está se aproximando do eletrodo observador. Curvas negativas, por sua vez, indicam que o potencial elétrico está indo para longe do eletrodo observador. As ondas isodifásicas, por fim, são observadas quando a observação se faz de forma perpendicular ao impulso. Formatos assumidos por curvas no eletrocardiograma As derivações correspondem aos sítios de colocação dos eletrodos para captação dos potenciais elétricos. Esses instrumentos cruzam dois planos perpendiculares entre si, o frontal (vertical) e o horizontal. Seis derivações são inseridas no plano frontal, a saber: Derivações unipolares: o aVR: é colocada no braço direito; o aVL: inserida no braço esquerdo; o aVF: a derivação é colocada no pé esquerdo. Derivações bipolares (I, II e III): são formadas pela “junção” de duas derivações unipolares. o DI (aVR para aVL): tem positividade para o lado esquerdo; o DII (aVR para aVF): tem positividade no pé esquerdo, para baixo e para a esquerda; Corresponde a uma boa derivação para analisar a onda P e o complexo QRS no plano frontal (justifica o “DII longo”). Mudança na polaridade dos traçados ventriculares do plano frontal o DIII (aVL para aVF): é positiva para baixo e para a direita. Júlia Figueirêdo – HM V Distribuição das derivações frontais As derivações precordiais, que avaliam o plano horizontal, também contam com seis componentes: V1: localizada no 4º espaço intercostal (EIC) direito; o É a única derivação na qual a onda P se mostra isodifásica (derivação perpendicular ao vetor horizontal). Seu componente positivo é o átrio direito, enquanto o negativo representa a parte esquerda. V2: localizada no 4º EIC esquerdo; o Normalmente apresenta complexo QRS isodifásico. V3: insere-se entre V2 e V4; V4: colocada no 5º EIC esquerdo, na linha hemiclavicular; V5: localiza-se entre V4 e V6; V6: está colocada na linha axilar anterior, no 5º EIC E. o Corresponde a uma boa derivação para analisar o vetor dos ventrículos. Mudança no tamanho e na polaridade dos vetores resultantes dos ventrículos nas diferentes derivações horizontais A posição das derivações, independentemente do plano, deve ser feita corretamente, pois alterações de colocação podem levar a interpretações erradas. PASSO A PASSO DA INTERPRETAÇÃO DO ECG: A interpretação do ECG normal pode ser sistematizada e organizada conforme um roteiro, tendo como elementos principais os seguintes: Determinação do ritmo e da frequência cardíaca; Avaliação do eixo; Análise da onda P; Análise do intervalo PR; Investigação do complexo QRS; Avaliação do segmento ST; Investigação da onda T; Análise do intervalo QT. Cada um desses componentes será discutido nos tópicos a seguir. FREQUÊNCIA CARDÍACA E ESTABELECIMENTO DO RITMO: O cálculo da frequência cardíaca (FC) baseia-se na compreensão dos mecanismos de processamento do papel milimetrado pela máquina do eletrocardiograma. Normalmente, a folha se move numa velocidade de 25mm/seg (cinco quadradões a cada segundo). O cálculo pode ser feito a partir dos limites de quadrados grandes, método menos preciso, mas de realização mais rápida, ou dos quadrados pequenos, uma forma que garante maior acurácia: Cálculo com quadradões: 𝑭𝑪 = 𝟑𝟎𝟎 𝒏. 𝒅𝒆 𝒒𝒖𝒂𝒅𝒓𝒂𝒅𝒐𝒔 𝒈𝒓𝒂𝒏𝒅𝒆𝒔 Júlia Figueirêdo – HM V Cálculo da frequência cardíaca baseado no número de quadradões Cálculo com quadradinhos: 𝑭𝑪 = 𝟏𝟓𝟎𝟎 𝒏. 𝒅𝒆 𝒒𝒖𝒂𝒅𝒓𝒂𝒅𝒐𝒔 𝒑𝒆𝒒𝒖𝒆𝒏𝒐𝒔 Cálculo da FC com base nos quadradinhos, útil quando o complexo QRS não se alinha aos quadrados maiores Nota-se que a velocidade do papel pode ser alterada pelo operador, e isso pode levar a mudanças no valor da FC. A determinação do ritmo é realizada a partir da observação de derivações frontais (uni e bipolares), organizadas numa disposição de rosa dos ventos. Rosa dos ventos para análise do ECG A indicação de positividade tem como alvo a ponta da seta e, com base nesse referencial, é possível identificar marcadores para o ritmo sinusal: A onda P deve ser positiva em DI, DII e aVF, e negativa em aVR; O complexo QRS sempre deve ser precedido por uma onda P; O segmento PR deve ser constante. Todas as características acima devem estar presentes num ritmo sinusal. Com base nesses achados e na determinação supracitada da FC, denominam-se taquicardia sinusal para todo traçado com ritmo normal e FC > 100 bpm, e bradicardia sinusal as marcações de ritmo regular e FC < 50 bpm. BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES: Os bloqueios atrioventriculares (BAV) são importantes membros das bradiarritmias, condições com FC < 50bpm com presença concomitante de ritmo não sinusal. Fisiologicamente, os BAV indicam retardo excessivo (> 200 ms) na condução elétrica dos átrios para os ventrículos,podendo manifestar-se em três graus: BAV de 1º grau: há passagem normal dos estímulos, porém com lentidão elevada, marcada por intervalo PR constante e > 200ms (5 quadradinhos). O ritmo se mantém sinusal; BAV de 2º grau: é marcado por maior comprometimento do nó atrioventricular, o que leva a uma interrupção parcial da condução elétrica, com o bloqueio de uma onda P. Essa condição pode dividir-se em: Júlia Figueirêdo – HM V o Mobitz I: o intervalo PR se alarga até o bloqueio da onda P, “avisando” a iminência da interrupção. É menos grave; o Mobitz II: o intervalo PR não se altera em relação ao bloqueio. Apresenta severidade maior que a observada no quadro anterior. Bloqueio atrioventricular total (de 3º grau): há perda total de comunicação entre átrios e ventrículos, que passam a despolarizar de forma independente, com frequência cardíaca diminuída e alterações no QRS. É a condição de bloqueio com maior gravidade. Sua avaliação é realizada, principalmente, por meio da análise do DII longo. O EIXO CARDÍACO: O tipo de eixo cardíaco mais comumente avaliado é o eixo do vetor dos ventrículos no plano frontal, utilizando as derivações uni e bipolares. Na rosa dos ventos, a organização em graus se faz importante. Com base nos tipos possíveis de eixo cardíaco, o círculo trigonométrico pode dividir-se em: Eixo normal: se estende de -30º a +90° Eixo com desvio para a esquerda: varia entre -90º a -30º; Eixo com desvio para a direita: varia entre +90º e +180º; Eixo indeterminado (antes chamado de extremo): compreende o intervalo entre +180º e +90º. A avaliação deve considerar a exclusão de segmentos negativos da seta (parte mais distante da ponta). Círculo trigonométrico e suas divisões, base para a avaliação do eixo cardíaco Para o cálculo do eixo, múltiplas fórmulas podem ser utilizadas, como: Avaliação do QRS em DI e aVF: se esse complexo for positivo em ambas as derivações, o eixo cardíaco é normal (entre 0 e 90º). o DI com QRS negativo e aVF positivo: desvio para a direita; o DI e aVF com QRS negativo: desvio indeterminado; o DI com QRS positivo e aVF negativo: eixo normal, se DII é positivo, e desvio para a esquerda, se DII é negativo. Essa especificação é necessária porque a avaliação de DI e aVF leva a um segmento que contempla tanto áreas normais quanto alteradas. Júlia Figueirêdo – HM V Identificação das classificações do eixo cardíaco Avaliação baseada em DI: caso essa derivação apresente complexo QRS positivo, o próximo passo é avaliar o mesmo componente em DII (se também positivo, o eixo é normal; caso seja negativo, há desvio para a esquerda. Se DI apresentar QRS negativo, a derivação aVF deve ser analisada (se positiva, há desvio para a direita. Caso negativa o eixo é indeterminado). Fluxograma de avaliação do eixo cardíaco por meio da análise de DI Caso o complexo QRS esteja positivo tanto em DI quanto em DII, o eixo cardíaco está normal A avaliação específica do eixo pode ser feita a partir da identificação de ondas isodifásicas em alguma das derivações. Em seguida a essa detecção, identifica-se o vetor perpendicular a derivação supracitada e avalia-se sua positividade. São perpendiculares: DI e aVF; DII e aVL; DIII e aVR. ANÁLISE DA ONDA P: A onda P é melhor investigada nas derivações DII e V1, identificando, como pontos principais, características associadas a sua amplitude e duração. No plano frontal, essa onda não deve ultrapassar 2,5 quadradinhos em ambos os eixos (100ms e 0,25 mV). No plano horizontal, essa estrutura normalmente é isodifásica. Em DII, a amplitude (voltagem) está relacionada ao átrio direito, ao passo que a duração (milissegundos) pode ser associada ao átrio esquerdo. Assim, o aumento do comprimento associado a essa deflexão sugere sobrecarga de átrio esquerdo. Composição da onda P Esse quadro também pode ser identificado pelo sinal de Morris, caracterizado pela presença de fase negativa > um quadradinho em V1. A sobrecarga do átrio direito, por sua vez, é identificada pelo aumento na amplitude da onda P, ultrapassando o já citado limite de 2,5 quadradinhos. Onda P apiculada em quadro de sobrecarga atrial direita Júlia Figueirêdo – HM V Atrasos de duração não são bem percebidos para o átrio direito pois, mesmo com atrasos, a deflexão recai sobre a curva do átrio esquerdo. O INTERVALO PR: Em situações normais, o intervalo PR deve ter duração entre 120 e 200ms, porém diversas patologias podem desencadear alterações nessa velocidade, envolvendo a condução elétrica por vias anômalas. O PR longo, com duração > 200ms, pode ser visto no bloqueio atrioventricular. Outra situação, o PR curto, estendendo-se por menos de 120 ms, ocorrem na Síndrome de Síndrome de Wolff-Parkinson-White. Traçados de ECG com intervalo PR alongado (cima), normal (meio) e curto (baixo) ANÁLISE DO COMPLEXO QRS: De modo geral, o complexo QRS pode ser definido como a representação gráfica da atividade ventricular, sendo que a onda Q é a 1ª deflexão negativa, a onda R, a 1ª deflexão positiva, por sua vez, a onda S corresponde à 1ª deflexão negativa após R. O final desse complexo pode ser indicado por meio do ponto J. A morfologia normal desse complexo conta com algumas particularidades, como: Onda Q: deve ter duração inferior a 40ms (um quadradinho) e sua amplitude não deve ultrapassar 1/3 da altura da onda R; Onda R: sua duração é variável, com amplitude que aumenta gradualmente entre V1 e V6, sendo que, em V3, esse valor deve ser > 3 mm (do contrário, apresenta progressão lenta); Onda S: sua duração deve ser menor que 40 ms, e a amplitude diminui entre V1 e V6. Como um todo, a amplitude do complexo é variável, porém a duração deve ser, idealmente, menor que 110ms. Para que o QRS seja considerado anormal, ele deve se estender por mais de 120ms. Entre 110 e 120ms, há uma zona cinzenta, sendo necessária uma avaliação mais aprofundada. BLOQUEIOS DE RAMO: Os bloqueios de ramo, normalmente acometendo individualmente os segmentos direito ou esquerdo, correspondem a interrupções na condução elétrica pelo feixe de His ou pelas fibras de Purkinje. Quando isso ocorre, a manutenção do potencial se dá célula-a-célula, por tecidos não especializados, o que lentifica a condução para os ventrículos. Assim, nota- se a presença de QRS alargado (> 120ms ou três quadradões). Para diferenciar o lado do bloqueio, é possível utilizar o macete da seta do carro, avaliado em V1. Caso o complexo seja positivo, há sinal de bloqueio do ramo direito (BRD), ao passo que em manifestações negativas, essa interrupção afeta o ramo esquerdo (BRE). Essa associação sempre deve ser realizada após identificação do alargamento em QRS. Júlia Figueirêdo – HM V O BRD também apresenta, dentre suas particularidades, a presença de duas ondas R positivas, que se inserem no traçado com um padrão em orelha de coelho, e um “S empastado” em V6. ECG com V1 em padrão orelha de coelho (V1) e S empastado (em V6), indicando bloqueio de ramo direito Nesses pacientes, o vetor do ventrículo direito torna-se significante, passando a ser representado no eletrocardiograma. O empastamento do S ocorre em decorrência do impacto do segmento bloqueado. Sobreposição dos vetores ventriculares no BRD No BRE, a presença de duas ondas R empalhadas em V5 e V6, assumindo a forma de uma torre de castelo. Presença de V1 com complexo QRS negativo e presença de “torre de castelo” em V6 num ECG com BRE Nessas situações, o complexo QRS apresenta morfologia normal, apenas com alargamento e entalhamento dessas estruturas. SOBRECARGAS VENTRICULARES: As sobrecargasventriculares esquerdas são representadas por complexo QRS com maior amplitude, representando a necessidade de esforço ventricular exacerbado. Para identificar essa condição, podem ser utilizadas as seguintes fórmulas: Sokolow-Lyon: a amplitude da onda S em V1 somada ao maior valor positivo (V5 ou V6) não deve ultrapassar 35mm; Cornell: devem ser somadas a fração positiva da onda R em aVL com a porção negativa de V3. Nessa classificação, os resultados são diferentes conforme o sexo, com ponto de corte de 28mm em homens e 20mm em mulheres. Não é necessário que ambos os critérios estejam positivos para a classificação de sobrecarga ventricular esquerda! O SEGMENTO ST: O segmento ST apresenta, quando normal, um padrão de repouso (linha reta) em relação ao ponto J, com supradesnivelamento máximo de 1,5mm em V2 e V3 ou 1mm nas demais derivações, e variação negativa de até 1mm. Júlia Figueirêdo – HM V Segmento ST normal Alterações podem ser vistas em diversos quadros patológicos, devendo ser integradas a achados clínicos. Algumas etiologias comuns para o supradesnivelamento de ST AVALIAÇÃO DA ONDA T: A onda T corresponde à repolarização ventricular, tendo como característica a assimetria, com ascensão rápida e queda lenta. Normalmente, essa deflexão segue o padrão do complexo QRS, porém em algumas derivações (V1 a V3) é possível observar uma inversão sem comprometimento patológico. Onda T seguindo o sentido de QRS, evidenciando a assimetria entre “subida e descida” DISTÚRBIOS DE POTÁSSIO E AS ONDAS T: Um dos principais usos da onda T como rastreadora de quadros patológicos se dá na hipercalemia, que torna a deflexão simétrica (ascensão e decréscimo regulares com formação apiculada). ECG alterado por hipercalemia, com a presença de onda T apiculada e simétrica Na hipocalemia, por sua vez, ocorre um achatamento de onda T, chegando até a desaparecer. Esse processo pode levar a formação da onda U, pequena deflexão que se insere após a redução de T. Traçado com destaque para a presença de onda U (seta), logo após uma onda T de amplitude baixa INTERVALO QT: O intervalo QT abrange todo o processo de despolarização e repolarização ventricular, tendo como principal ponto de avaliação sua duração, indicando QT longo (> 440ms ou 11 quadradinhos). O valor fisiológico associado a essa extensão se altera conforme o sexo, podendo oscilar entre 350 a 450ms em homens, e 350 a 470ms em mulheres. A investigação desse intervalo se baseia no traçado de uma linha no meio do comprimento entre duas ondas R adjacentes. Se o QT ultrapassar esse limite, há alongamento dessa porção. Júlia Figueirêdo – HM V Avaliação da duração do intervalo QT com base no ponto médio de RR As causas desse quadro podem tanto ser congênitas quanto decorrentes do uso de medicações, como a hidroxicloroquina. O cálculo do intervalo QT baseia-se no QT corrigido, encontrado a partir da fórmula 𝑄𝑇𝑐 = 𝑄𝑇 √𝑅𝑅 .
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