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Jurisdição: Funções e Princípios

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TGP | Maria Eduarda Q. Andrade 
 
pág. 1 
 
 
¨ O que é? 
® É uma das funções do Estado. 
 
Substitui a vontade dos titulares de interesses 
em conflitos para, imparcialmente, buscar a 
pacificação dos conflitos que os envolvem. 
 
Sobre a frase acima, podemos extrair: 
 
Caráter substitutivo: O Estado substitui, com 
atividade sua, as atividades daqueles que estão 
envolvidos no conflito trazido à apreciação. 
 
Lide: decorre de pretensão insatisfeita. 
 
Órgão inerte: a parte procura a jurisdição 
quando outras tentativas não tiveram efeito. O 
juiz não pode tomar a iniciativa inicial do 
processo (inércia) – art. 2º, CPC. 
 
Definitividade: os atos jurisdicionais são 
imutáveis, não podem ser revistos ou 
modificados após fazerem coisa julgada 
material, em regra. 
 
¨ Funções do Estado: 
 
jurisdicional + legislativa + administrativa 
 
Princípios inerentes à jurisdição: 
 
1. Investidura: 
 
Quem o exerce deve estar investido de 
jurisdição, tomou posse do cargo por meio de 
 
 
 
 
 
 
 
concurso público de provas e títulos ou foi 
nomeado (parte dos membros de tribunais – 
quinto constitucional, como STF). 
 
2. Aderência ao território: 
 
Os juízes possuem competência nos limites de 
sua Comarca ou subseção judiciária. Trata-se 
da limitação territorial dos juízos – que, em 
primeira instância, pode ser maior do que um 
Município, como é o caso de Presidente 
Prudente, por exemplo. 
 
3. Indelegabilidade: 
 
É vedado a qualquer das funções do Estado 
delegar as suas funções. O juiz não pode deixar 
que outro órgão exerça suas funções. 
 
4. Inevitabilidade: 
 
Impõe que as partes se sujeitem à decisão 
judicial, independentemente de suas vontades. 
 
5. Inafastabilidade 
 
O poder judiciário não pode deixar de atender 
quem venha a juízo deduzir sua pretensão. 
Quando eu tiver uma lesão/ ameaça a algum 
direito, o judiciário deve estar lá para me 
amparar. 
® Pretensão resistida: interesse em buscar 
o judiciário para resolver o conflito. 
 
Se NÃO houver pretensão resistida = não tem 
interesse em agir, não tem interesse no 
processo, de ir ao judiciário. 
 
 
 
 
Jurisdição 
 
TGP | Maria Eduarda Q. Andrade 
 
pág. 2 
 
® Amparo legal: 
 
Art. 5º, XXXV, CF: a lei não excluirá da 
apreciação do Poder Judiciário lesão ou 
ameaça a direito. 
 
® Sobre a lei previdenciária: lei de 
benefício do INSS. Antes de buscar o 
judiciário, deve-se ir ao INSS (1º 
instância). 
¨ Lei 8.213 
® Habeas Data: É uma ação constitucional, 
tem a finalidade de acesso a informação, 
retificação de dados e inserção de uma 
explicação. 
 
Antes de ingressar com a ação de habeas data, 
É preciso procurar o órgão onde estão os 
dados. 
A lei de habeas data diz que antes de procurar 
o judiciário, tente esgotar os recursos 
administrativos. 
 
Habeas Data e a lei previdenciária é exceção 
do princípio da inafastabilidade? Não, ela 
simplesmente prova a pretensão resistida. 
Provar que o órgão resistiu em conceder o 
direito. 
 
Art. 140, CPC: O juiz não se exime de decidir 
sob a alegação de lacuna ou obscuridade do 
ordenamento jurídico 
 
¨ Poderes da jurisdição 
 
Os poderes dos órgãos jurisdicionais podem 
ser de 2 ordens: 
 
® Poderes jurisdicionais: servem para 
conhecimento, execução e proteção a 
um direito. É o que o juiz faz. 
 
® Poderes de polícia: servem para permitir 
que o juiz possa exercer com autoridade 
e eficiência os poderes jurisdicionais. Ex. 
manutenção da ordem e respeito nas 
audiências. 
 
Unidade da jurisdição 
 
® A jurisdição é una e indivisível, o que é 
limitado é a competência. 
 
A função judiciária é uma das funções do 
Estado, é somente uma/una. Repartem-se as 
competências (Cível, penal, trabalhista, 
territorial) mas a função jurisdicional é exercida 
pelo Estado-juiz, assim compreendido como a 
instituição proveniente do Poder Estatal. 
 
Quanto ao objeto da jurisdição: penal e cível. 
 
® As áreas penal e cível não são 
dissociadas. Guardam relação entre si. 
 
Um mesmo acidente de trânsito pode ensejar 
um processo penal (ex. lesão corporal) e um 
processo cível (ex. indenização por danos 
materiais). Estará respondendo 2 processos. 
 
A sentença penal pode ser utilizada na esfera 
cível para que o juízo cível não tenha que 
apreciar o crime/delito. Enquanto o processo 
penal tramita, o processo cível poderá ser 
suspenso pelo prazo de até 1 ano – art. 315, 
CPC. 
 
® Caso o processo penal ainda não tenha 
se iniciado, o juízo cível poderá aguardar 
o inquérito pelo prazo de até 3 meses. 
 
® Salienta-se que o período máximo de 
suspensão será de 1 ano. 
 
 
TGP | Maria Eduarda Q. Andrade 
 
pág. 3 
 
E quando o juiz penal fixa um valor de 
indenização? 
 
Havendo o juízo penal fixado quantia mínima 
de indenização para que o réu pague à vítima, 
esta indenização será executada no juízo cível. 
 
As vezes o juiz penal fixa um valor mínimo de 
indenização, que será aplicada no civil. 
 
O processo cível pode emprestar uma prova 
que foi utilizada no processo penal? 
 
Nesse caso tratamos sobre a utilização de 
“prova emprestada”. O juízo cível poderá 
“emprestar” uma prova do juízo criminal, como 
acontece nos crimes de falsidade documental. 
 
Exemplo: exame grafo técnico 
 
® Justiças Especiais (Trabalhista, Eleitoral 
e Militar) e Justiças Comuns (Federal e 
Estadual). 
 
6. Espécies de Jurisdição 
 
Voluntária: quando não há conflito, não há lide. 
Existe uma administração do interesse privado. 
 
Contenciosa: quando há lide, há conflito de 
interesses. 
 
® É serviço público prestado pelo Estado. 
 
Não tem somente a função de solucionar 
conflitos, eis que na jurisdição voluntária o 
Estado atua somente na administração pública 
de interesses privados, não dirimindo conflitos. 
 
Ex. Inventário em que os herdeiros estão de 
acordo com a partilha de bens. 
 
Assim, jurisdição não tem somente a 
concepção contenciosa. 
 
Não é somente dever do Estado, mas também 
prestar a tutela jurisdicional com observância 
do devido processo legal. 
 
Nem sempre a jurisdição foi atribuição do 
Estado. No Direito Processual Romano, cada 
pessoa poderia solucionar seu próprio conflito 
por suas próprias mãos, não havia interferência 
do Estado – autotutela. 
 
® A atividade jurisdicional não pode ser 
demasiadamente longa. Precisa ter 
prazo razoável para ser prestada – 
princípio da razoável duração do 
processo. 
 
® É direito fundamental, de acordo com 
art. 5º da CF – inafastabilidade da 
jurisdição. 
 
® Jurisdição Superior e Jurisdição 
inferior 
 
Diz sobre o princípio do duplo grau de 
jurisdição. 
 
¨ Instância ≠ Entrância 
 
Instancia = subir degrau. Diz ao processo. 
 
Entrância= mais utilizada para as carreiras dos 
juízes. Primeiro juiz substituto, depois entrância 
inicial e entrância final. 
 
E se um juiz substituto (que é de cidade 
pequena, onde há a atuação desse único juiz) 
for impedido? 
 
Deverá vir outro juiz. Desloca o juiz, não o 
processo. 
TGP | Maria Eduarda Q. Andrade 
 
pág. 4 
 
Jurisdição Voluntária 
® Arts. 719 e sgts do CPC. 
O que é? É a administração pública de 
interesses privados. É condição para a validade 
de alguns atos necessários à vida social. O 
judiciário se insere na vida dos jurisdicionados 
a fim de que o interesse da coletividade seja 
preservado. 
O interesse é da coletividade em que 
determinadas situações sejam fiscalizadas, 
validadas pelo Judiciário. 
Trata-se de função administrativa que o 
judiciário desempenha. 
A jurisdição voluntária tem como objetivo: 
® Constituição de situações jurídicas 
novas, não propriamente a atuação do 
direito. 
® Não há caráter substitutivo, mas sim 
intervenção necessária para consecução 
de objetivos desejados, sem exclusão 
das atividades dos interessados. 
® Não há lide. Não há conflito de 
interesses entre pessoas, mas sim um 
negócio com participação do 
magistrado. 
Eventualmente poderá ocorrer alguma 
controvérsia, o que NÃO TORNA o 
procedimento de jurisdição contenciosa,ele 
continua sendo voluntário, mas abrirá o 
contraditório. 
Exemplo: procedimento de interdição em que 
o interditando oferece resistência, abre-se o 
contraditório. 
Mesmo que haja controvérsia e a necessidade 
do exercício do contraditório, não significa que 
deixará de ser uma jurisdição voluntaria. 
® Neste procedimento não há partes, mas 
sim interessados. 
® Não podemos falar que exista processo, 
mas sim procedimento. 
® Não existe a formação de coisa julgada 
material, já que não há lide, não há 
processo. 
Art. 725 do CPC dispõe sobre o que será 
procedimentos de jurisdição voluntaria: 
1. Emancipação; 
2. Sub-rogação; 
3. alienação, arrendamento ou oneração 
de bens de crianças ou adolescentes, de 
órfãos e de interditos; 
4. Alienação, locação e administração da 
coisa comum; 
5. Alienação de quinhão em coisa comum; 
6. Extinção de usufruto, quando não 
decorrer da morte do usufrutuário, do 
termo da sua duração ou da 
consolidação, e de fideicomisso, 
quando decorrer de renúncia ou quando 
ocorrer antes do evento que caracterizar 
a condição resolutória; 
7. Expedição de alvará judicial; 
8. Homologação de auto composição 
extrajudicial, de qualquer natureza ou 
valor. 
É um rol apenas exemplificativo. Pois há outras 
situações como o casamento/ divorcio, 
inventario.

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