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UC10: Realizar procedimentos massoterapêuticos de estímulo ao sistema linfático. Massoterapia – Senac Osasco 1. Elabora plano de atendimento em massoterapia, a partir das indicações do cliente, contemplando massagens de estímulo ao sistema linfático e avaliando suas possíveis contraindicações. 2. Orienta o cliente sobre a massagem de estímulo ao sistema linfático e os cuidados pós-procedimentos, conforme o plano de atendimento. 3. Realiza drenagem linfática corporal manual, aplicando diferentes tipos de manobras de acordo com a localização dos linfonodos e o fluxo do sistema linfático. 4. Realiza drenagem linfática facial manual, respeitando o fluxo do sistema linfático. 5. Acompanha a evolução do cliente durante os procedimentos massoterapêuticos de estímulo ao sistema linfático, verificando os resultados obtidos e considerando a necessidade de alteração do plano de atendimento. DRENAGEM LINFÁTICA – INDICADORES SISTEMA LINFÁTICO 1. Manutenção do equilíbrio hídrico do corpo 2. Desintoxicação 3. Ativação do sistema imunológico 4. Relaxante e analgésico 5. Elimina edemas 6. Auxilia no tratamento da celulite FUNÇÕES BÁSICAS DO SISTEMA LINFÁTICO • Tem sua origem embrionária no mesoderma (folheto germinativo, localizado entre o ectoderma e o endoderma, do qual derivam os tecidos conjuntivos, os músculos e vascular, por exemplo. • É uma via acessória de retorno, transportando proteínas e macromoléculas dos espaços intersticiais que não podem ser removidas por absorção para os capilares sanguíneos. SISTEMA LINFÁTICO • Caminha em paralelo ao sistema circulatório, unindo-se na junção das veias jugular interna e subclávia. • Além de atuar como mecanismo regulador primário para absorção de líquido é o principal sistema de defesa do organismo. • Cérebro, medulas espinhal e óssea não tem vasos linfáticos e linfonodos sendo nutridas por difusão, tais como as cartilagens, epiderme etc. SISTEMA LINFÁTICO 1. Linfa 2. Capilares Linfáticos 3. Vasos Linfáticos 4. Ductos (Troncos) Linfáticos 5. Gânglios Linfáticos 6. Órgãos Linfoides COMPONENTES DO SISTEMA LINFÁTICO • É o líquido proveniente do espaço intersticial, incolor e viscoso, sendo sua composição semelhante à do plasma sanguíneo. • É composta por diversos elementos presentes na circulação sanguínea (lipídeos, sais, carboidratos). • Contém também, um grande número de Leucócitos, os Linfócitos que desempenham um papel imunológico fundamental. LINFA • É um tecido imunológico circulante. • Possui células como linfócitos, granulócitos, eritrócitos, macrófagos, células mortas e fibrinogênio em pequena quantidade. • Os linfócitos são produzidos nos tecidos linfoides (medula óssea, timo, baço, gânglios linfáticos, amígdalas). LINFA LINFA • Encontram-se sempre próximos dos capilares sanguíneos, formando uma vasta rede de captação do líquido intersticial. • Suas células possuem formato de “telha” e filamentos que permitem a entrada de líquido no seu interior. • Não suportam grandes pressões, apesar de terem rápida recuperação (de 6 a 8h). CAPILAR LINFÁTICO • Abrangem desde capilares até vasos maiores. • Semelhantes aos vasos sanguíneos, formam uma extensa rede vascular, sendo sua distribuição similar à das veias sanguíneas, e apresentam-se também em dois planos: superficial e profundo. • São dotados de válvulas para impedir o refluxo da linfa. VASO LINFÁTICO • Conduz a linfa da maior parte do corpo para o sangue. É o tronco comum a todos os vasos linfáticos, exceto os vasos citados acima (ducto linfático direito). • Se estende da segunda vértebra lombar para a base do pescoço. Ele começa no abdome por uma dilatação, a cisterna do quilo, entra no tórax através do hiato aórtico do diafragma e sobe entre a aorta e a veia ázigos. • Termina por desembocar no ângulo formado pela junção da veia subclávia esquerda com a veia jugular interna esquerda. DUCTO TORÁCICO DUCTO LINFÁTICO DIREITO • Esse ducto corre ao longo da borda medial do músculo escaleno anterior na base do pescoço e termina na junção da veia subclávia direita com a veia jugular interna direita. • Seu orifício é guarnecido por duas válvulas semilunares, que evitam a passagem de sangue venoso para o ducto. • Esse ducto conduz a linfa para circulação sanguínea nas seguintes regiões do corpo: lado direito da cabeça, do pescoço e do tórax, do membro superior direito, do pulmão direito, do lado direito do coração e da face diafragmática do fígado. • São pequenos órgãos em forma de feijões localizados ao longo do canal do sistema linfático. • São os órgãos linfáticos mais numerosos do organismo. Armazenam células brancas (linfócitos) que tem efeito bactericida, ou seja, são células que combatem infecções e doenças. • Quando ocorre uma infecção, podem aumentar de tamanho e ficar doloridos enquanto estão reagindo aos microrganismos invasores. GÂNGLIOS LINFÁTICOS (LINFONODOS) • Eles também liberam os linfócitos para a corrente sanguínea. Possuem estrutura e função muito semelhantes às do baço. • Distribuem-se em cadeias ganglionares (ex: cervicais, axilares, inguinais etc). O termo popular “íngua” refere-se ao aparecimento de um nódulo doloroso. • Os linfonodos tendem a se aglomerar em grupos (axilas, pescoço e virilha). Quando uma parte do corpo fica infeccionada ou inflamada, os linfonodos mais próximos se tornam dilatados e sensíveis. • Existem cerca de 400 gânglios no homem, dos quais 160, encontram-se na região do pescoço. GÂNGLIOS LINFÁTICOS (LINFONODOS) • Apenas 1% da população total de linfócitos é encontrada circulando no sangue. • Na sua maioria, os linfócitos são encontrados nos chamados órgãos linfoides, classificados em primários (ou centrais) e secundários (periféricos) ÓRGÃOS LINFÁTICOS • O timo consiste de dois lobos laterais mantidos em estreito contato por meio de tecido conjuntivo, o qual também forma uma cápsula distinta para o órgão todo. • Ele situa-se parcialmente no tórax e no pescoço, estendendo-se desde a quarta cartilagem costal até o bordo inferior da glândula tireóidea. Os dois lobos geralmente variam em tamanho e forma, o direito geralmente se sobrepõe ao esquerdo. • Considerado um órgão linfático por ser composto por um grande número de linfócitos e por sua única função conhecida que é de produzir linfócitos. Órgão linfático mais desenvolvido no período pré-natal, involui desde o nascimento até a puberdade. ÓRGÃOS LINFÁTICOS – TIMO • É um órgão excluído da circulação linfática porém interposto na circulação sanguínea e cuja drenagem venosa passa, obrigatoriamente, pelo fígado. • Possui grande quantidade de macrófagos que, através da fagocitose, destroem micróbios, restos de tecidos, substâncias estranhas, células do sangue em circulação já desgastadas como eritrócitos, leucócitos e plaquetas. • Dessa forma, o baço “limpa” o sangue, funcionando como um filtro desse fluído tão essencial. O baço também tem participação na resposta imune, reagindo a agentes infecciosos. Inclusive, é considerado por alguns cientistas, um grande nódulo linfático. ÓRGÃOS LINFÁTICOS – BAÇO • A tonsila palatina encontra-se na parede lateral da parte oral da faringe, entre os dois arcos palatinos. Produzem linfócitos. • A tonsila faríngea é uma saliência produzida por tecido linfático encontrada na parede posterior da parte nasal da faringe. Esta, durante a infância, em geral se hipertrofia em uma massa considerável conhecida como adenoide. • Ao contrário dos linfonodos, elas não se localizam no trajeto dos vasos linfáticos, têm por função proteger o organismo da invasão e proliferação dos microorganismos e também produzem linfócitos. ÓRGÃOS LINFÁTICOS – AMÍGDALAS • A dinâmica fisiológica do fluxo linfático está relacionada à do sistema circulatório da seguinte maneira: • Uma artéria fornece sangue para uma determinada região do corpo, distribuindo-o por meio dos capilares. • A filtração ocorre por meio das paredes dos capilares sanguíneos, transportando substânciasnutritivas e hormônios para os tecidos. FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO • Parte do fluido tecidual, que apresenta em sua composição o resultado do metabolismo celular retorna aos capilares sanguíneos por difusão (transporte passivo do meio mais concentrado para o meio menos concentrado), caindo na corrente venosa, denominada de absorção. • Parte deste líquido que não foi reabsorvida pela corrente venosa é absorvida pelo sistema linfático, constituindo assim a linfa. FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO MASSAGEM DRENAGEM SISTEMA CIRCULATÓRIO SISTEMA LINFÁTICO SANGUE (1 segundo) LINFA (24 horas) MANOBRAS DIFERENTES: DEPENDE DA INDICAÇÃO PRINCÍPIOS BÁSICOS: EVACUAÇÃO E CAPTAÇÃO PRESSÃO – DE ACORDO COM A NECESSIDADE (RELAXANTE / REDUTORA) ÚNICA PRESSÃO RESPEITAR O SISTEMA LINFÁTICO DIREÇÃO – VÁRIAS, DE ACORDO COM AS PROPOSTAS DAS MANOBRAS RESPEITAR O SISTEMA LINFÁTICO – CAMINHO DEVE SER SEGUIDO • Aumenta a filtração e a reabsorção de proteínas nos capilares linfáticos. • Beneficia o transporte e a difusão de nutrientes e do oxigênio para os tecidos. • Acentua a eliminação de dejetos celulares e teciduais. • Promove a desintoxicação dos meios intersticiais. • Favorece as trocas metabólicas intra e extracelular. • Aumenta a velocidade de transporte da linfa por maior capacidade funcional dos capilares linfáticos. • Aumenta a quantidade de linfa processada reduzindo edemas. • Promove aumento da diurese pelo aumento dos líquidos excretados. • Ativa maior absorção de nutrientes pelo trato gastrintestinal. • Aumenta a motricidade intestinal. • Auxilia a distribuição de hormônios e medicamentos no organismo. • Acentua a defesa imunológica. • Relaxa a musculatura esquelética, favorecendo a eliminação do ácido lático. • Atua sobre o sistema neurovegetativo, promovendo analgesia e relaxamento. EFEITOS FISIOLÓGICOS DA DRENAGEM LINFÁTICA INDICAÇÕES DA DRENAGEM LINFÁTICA • Tecidos edemaciados; • Circulação sanguínea de retorno comprometida; • Edema no período gestacional e tensão pré- menstrual; • Tratamento de pré e pós-cirurgia plástica; • Tratamento pós-lipoaspiração, celulite, cicatrizes hipertróficas e queloidianas. Relativas • Tromboses recentes por risco de embolia; • Flebites, erisipelas e tromboflebites em fase aguda; • Disfunções tireoidianas (hipo ou hipertireoidismo); • Crises de asma brônquica (vagotonia); • Nevos pré-cancerosos; • Período menstrual – menstruação abundante; • Hipo ou hipertensão descontrolada; • Afecções de pele. CONTRAINDICAÇÕES DA DRENAGEM LINFÁTICA Absolutas • Insuficiência cardíaca descompensada; • Insuficiência renal; • Insuficiência hepática; • Inflamações e infecções agudas; • Afecções cutâneas; • Neoplasias – tumores malignos; • Tuberculose; • Edemas sistêmicos de origem cardíaca ou renal; • Hipoproteinemia. CONTRAINDICAÇÕES DA DRENAGEM LINFÁTICA • O edema é o acúmulo anormal de líquido no espaço intersticial. Ele é constituído por uma solução aquosa de sais e proteínas do plasma, cuja exata composição varia com a causa do edema. Quando o líquido se acumula em todo o corpo, caracteriza-se o edema generalizado, espalha-se por todo o corpo, principalmente membros, face e mãos. O edema generalizado pode ocorrer dentro do abdome (ascite) e dentro do pulmão (edema pulmonar ou derrame pleural). Quando ocorre em locais determinados, o edema é localizado. • Existem três tipos: o edema comum, o linfedema e o mixedema. DRENAGEM LINFÁTICA – EDEMA Edema comum • É composto de água e sal, quase sempre é generalizado. Linfedema • É o edema cuja formação deve-se ao acúmulo de linfa. Ele ocorre nos casos em que os canais linfáticos estão obstruídos ou foram destruídos, como nas retiradas de gânglios na cirurgia de câncer do seio. O esvaziamento ganglionar facilita o surgimento do edema no braço. Outro exemplo de linfedema é a elefantíase, que é acompanhada de grande deformação dos membros inferiores. DRENAGEM LINFÁTICA – EDEMA Mixedema • É outro tipo de edema de características especiais por ser duro e com aspecto opaco da pele, ocorrendo nos casos de hipotireoidismo. No mixedema, além da água e sais, há acúmulo de proteínas especiais produzidas no hipotireoidismo. • Qualquer tipo de edema, em qualquer localização, diminui a velocidade de circulação do sangue e, por esse meio mecânico (pressão), prejudica a nutrição e a eficiência dos tecidos. • Clinicamente, o edema pode ser um sinal de doença cardíaca, hepática, renal, desnutrição grave, hipotireoidismo, obstrução venosa e linfática. DRENAGEM LINFÁTICA – EDEMA Edema Idiopático • Ainda de origem desconhecida, apesar de ser muito estudado. Ele ocorre em mulheres jovens de 20 a 50 anos. Geralmente, essas mulheres fazem uso e abuso de diuréticos ou catárticos para constipação intestinal. Quase sempre estão fazendo dieta para emagrecer, usando pouco sal e diuréticos. É um edema que surge rapidamente nos membros e face e sem causa aparente, podendo atingir todo o corpo. DRENAGEM LINFÁTICA – EDEMA • Hoje, pensa-se que a causa desse edema de origem desconhecida seja em razão de um ou vários fatores: • Secreção de hormônios mineralocorticoides que retêm água e sal; • Diminuição da albumina do plasma por dieta inadequada; • Fatores circulatórios locais, com capilares alterados; • Permanência, por longos períodos, na posição de pé (ortostatismo); • Mau funcionamento do retorno venoso e linfático; • Alterações psicológicas que influiriam na atividade hormonal da mulher. • Há algumas drogas que podem causar edema: antidepressivos, anti-hipertensivos, hormônios (corticoides, estrógenos, progesterona, testosterona), anti-inflamatórios não esteroides e uso crônico de diurético. DRENAGEM LINFÁTICA – EDEMA
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