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RENATO - Esporte como Objeto de Estudo

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ESPORTE COMO OBJETO DE ESTUDO
Atualmente o esporte possui uma grande importância em diversas áreas do conhecimento, resultando assim como objeto de estudos da ciência em seus mais diversificados campos e ganhando um marco que há décadas atras não se obtinha, sua acentuação como escola acadêmica.
Umas das áreas que mais evidencia o esporte como objeto de estudo é a biologia, tendo um propósito de responsabilidade perante sua evolução, entretanto não é um fato predominante a esta área, o esporte está presente na Biomecânica, psicologia, sociologia, entre outras que provocam a reflexão de “por que” e “para quê” se justificam o sentido do esporte, o que é de necessidade extrema da sociedade moderna entender esse evento ou melhor, fenômeno desportivo e suas camadas dentro da sociedade, pois se há décadas atras o esporte era limitado a um grupo predominante, hoje com o crescimento das maquinas após a revolução industrial, o que desencadeou um maior tempo livre para os trabalhadores, o esporte passou a ser procurado por um público mais diversificado e como igual, o esporte também foi se diversificando. 
Embora o desenvolvimento do esporte dentro da sociedade tem seus pontos positivos, o aprofundamento dos estudos teve levamentos questionáveis sobre sua função educativa e do trabalho, surgindo assim questões sobre mão-de-obra infantil, o que traz questões éticas, pedagógicas para compreender o esporte contemporâneo que reflete a mudança em sua própria sociedade. 
CIÊNCIAS HUMANAS E ESPORTE
De todas áreas da ciência o esporte possui um enfoque social de grande importância como objeto de estudo, entretanto quando tratamos o esporte como questão de entendimento para área das ciências humanas, a sua aplicação não é tão presente quando comparamos a outras áreas, mas isso não significa que sua metodologia não tenha uma aproximação com o processo de conhecimento do esporte.
A ciências humanas inspira o conhecimento e a pratica do esporte quando busca atender a determinadas necessidades políticas, econômicas, sociais e culturais do esporte quando com base nos interesses de alguns autores da língua portuguesa sobre fenômenos dos esportes acerca destas causas, como por exemplo o português José Esteves que conciliou poesia e esporte, entre outros nomeados artistas que contribuíram com o enriquecimento do esporte no estudo das ciências humanas.
ESPORTE COMO PROBLEMA ANTROPOLÓGICO
De acordo com Edward Noberck, o estudo sistematizado da antropologia do esporte aconteceu em 1974 devido a criação da associação para o entendimento antropológico do jogo, e posteriormente com o avanço ainda mais do esporte, a antropologia começou a refletir sobre o conhecimento acerca do esporte, tendo como diversos autores que contribuíram para o seu entendimento de cada modalidade presente, por exemplo, Desmond Morris o Futebol é “analisado como uma contrapartida moderna ao padrão primitivo da caça”, outros autores como Issac Akindutire abrange o conhecimento como mais amplo e não apenas a uma modalidade e descreve que o esporte como “expressão cultural de seu país”.
Embora o estudo antropológico do esporte seja recente e menor aprofundado que outras áreas de conhecimento, está área se dedica a um extremo fenômeno presente na nossa contemporaneidade, logo existe uma necessidade de delimitar um objeto de estudo para assim possibilitar reflexões rigorosas e comparativas sobre as representações, valores e normas que o indivíduo estudado produz em suas vivencias esportivas.
DO JOGO AO ESPORTE
Como sabemos, o esporte moderno originou-se na Inglaterra após a revolução industrial tendo como princípio o rendimento e progresso, mas é importante destacar que o esporte como um problema antropológico é situado no homem como causa raiz, independente da história, geografia ou grupo cultural, logo é necessário analisarmos a origem do esporte desde sua origem.
É comum que algumas pessoas pensem que o esporte derivou de atividades realizadas por povos primitivos, entretanto o conceito de esporte está muito além de uma constante atividade física ligado a cultura da época, pois assim como atualmente, o dia-a-dia das pessoas não podem ser denominadas como atividades desportivas ou lúdicas, diante disso não temos uma clareza sobre o que é jogo, esporte e ritual, por exemplo, provas de corrida, salto, luta, jogos com bolas, em certas situações estão mais acentuados em cerimonias sociais religiosas do que ao esporte, sendo os próprios jogos olímpicos terem sidos denominados como sagrados em honra a uma divindade, logo atividade física, jogos e esportes possuem realidades distintas.
Conforme diz Elias, Dunning e Otto Penz o esporte decorre “de uma ótica da estruturação espaço-temporal, uma codificação, uma regulamentação, uma estabilização de sua pratica com o fito de ser disputado em condições idênticas em qualquer parte do mundo” resultando em uma organização, mas que não é suficiente para marcar o que é jogo e o que pode ser considerado esporte.
Segundo Guttmann as características que evidenciam o esporte moderno é igualdade, racionalização, burocratização, quantificação, recordes e sagrado-profano, Nobert Elias defende que “A transformação dos jogos populares assume caráter de um sentido maior na regulamentação e uniformidade”, enquanto para Blanchard e Cheska defende que esporte é uma atividade lucida com esforços físicos e regras próprias, mas contudo quando observamos a evolução do esporte perante suas regras, é possível identificar que regulamentação desportiva visa manter o equilíbrio entre os seus praticantes, ela se adapta a diferença identificadas nos jogos, logo o esporte sobressair como uma atividade cultural que se modifica conforme a necessidade do indivíduo que o pratica. 
DO RITUAL AO JOGO
O jogo é mais que um ponto de partida da cultura e por isso há uma diferenciação entre jogo e ritual, pois se por um lado o jogo pode ser um divertimento, em uma outra ótica o ritual pode ser uma mobilidade que poderá ser vista como um jogo.
Enquanto o jogo possui um “fim” de si próprio, o ritual se estende no tempo como papel de consolidação social, entretanto o ritual somente passará a ser considerado como jogo quando é afetado pelo processo de dessacralização como aconteceu com os jogos olímpicos, que antes eram vistos como sagrados em honra a divindades e hoje é apenas o “espaço físico”.
Por tanto o jogo é produzido por diferentes culturas a partir de rituais e implementações próprias dentro de um processo de dessacralização, permanecendo apenas sua expressão externa, movimento e estética o que provoca uma “datação de emergência do jogo para cada civilização”. 
ESPORTE COMO SÍMBOLO ANTROPOCÊNTRICO
É notório que a Grécia Antiga tem um papel fundamental como iniciação do esporte moderno, mas seu avanço grandioso deu-se a partir da revolução industrial, sendo o esporte fruto da ideia de “record” e tanto o recorde, a vitória, ou a medalha fazem parte da essência do homem que é competir.
O esporte está repleto de símbolos que remetem a objetos da antropologia, sendo uma representação de mitos arcaicos, como imitação de Deuses ao realizar determinadas atividades esportivas que demonstram superioridade físicas, ou pelo o fato de correr que é uma atividade natural humana usado em situações de defesas, caça, fuga e que se transformou em uma tarefa estressante em uma atraente atividade como a Maratona. 
Com o avanço do esporte moderno nasceram a ideia de regulamentação de regras e necessidade de um espaço próprio para as atividades esportivas, o que resultou na diminuição da interferência cultural e causou uma maior influência pelo impulso, a competição, a superação, definindo assim o esporte moderno.