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FAHESP| IESVAP PRECEPTOR(a): Ana Rachel ALUNO(a): Ilana Maria Maia Santos, 3 Período TIC´S SEMANA 11 Qual o princípio de funcionamento deste aparelho (Gamma Knife)? Para que serve? Parnaíba, 10 de Maio de 2021 Gamma Knife é um aparelho de radiocirurgia estereostática não invasiva sem o uso do bisturi nem incisão, não se faz nenhum corte, não requer anestesia geral, nem apresenta os riscos associados à craniotomia (cirurgia aberta), tais como hemorragia, infecção, vazamentos de fluido cérebro-espinhal ou outras morbidades cirúrgicas. A radiocirurgia Gamma Knife pode ser usada junto ou em substituição à cirurgia tradicional ou à radiação de cérebro total, dependendo do diagnóstico do paciente. ➔ Gamma Knife utiliza até 201 feixes de raios de alta precisão para controlar tanto tumores malignos e benignos como distúrbios vasculares e funcionais no cérebro, sem lesionar tecidos sadios circundantes. A irradiação por raios-X gerados nos aceleradores lineares (LINAC) e a irradiação por feixes de partículas pesadas produzidos nos grandes aceleradores de partículas (cíclotrons). A radiocirurgia no Gamma Knife usualmente envolve múltiplos isocentros com diferentes diâmetros de feixe a fim de se obter um planejamento cuja isodose de prescrição esteja conformada ao contorno irregular da maioria das lesões. A curva de isodose delimita a região que está recebendo a mesma dose de radiação. Na radiocirurgia de um adenoma hipofisário, por exemplo, a prescrição será determinada na curva de isodose que englobe todo e somente o volume tumoral, em detrimento das curvas de isodose cujos volumes excedam ou deixem de envolver o volume tumoral. Em cada isocentro, que é determinado pelas coordenadas x, y e z, há a convergência dos feixes provenientes de até 201 fontes que se acoplam ao capacete-colimador, onde é posicionado o halo estereotáxico. O número de isocentros pode variar na dependência do tamanho, formato e número de lesões. Trata-se de um aparelho dedicado exclusivamente à radiocirurgia. Principios do Gamma Knife: PRECISÃO Entre as características-chave que diferenciam a radiocirurgia Gamma Knife se incluem a definição precisa do alvo, poupando partes normais do cérebro, e a exatidão de subunidades de milímetros do tratamento. O design exclusivo de Gamma Knife permite o tratamento de tumores cerebrais inacessíveis, neuralgia do trigêmeo, vestibular schwannoma, neurinomas do acústico, malformações vasculares, tremor essencial e muitas outras doenças. RIGOR NO FOCO Como o foco dos raios gama emitidos com Gamma Knife é extremamente preciso, limitando a exposição de tecido cerebral normal, os relatos publicados descrevem menos efeitos colaterais em comparação à radioterapia tradicional. Outros estudos documentaram que a dose emitida por Gamma Knife em estruturas normais é 2-3 vezes menor do que com o uso dos demais aparelhos de radiocirurgia. SISTEMA DEDICADO Ao contrário das radioterapias tradicionais que tratam tanto alvos no cérebro como em outras partes do corpo, Gamma Knife é um “sistema dedicado” exclusivamente concebido e otimizado para tratamento de alvos na região craniana. Prático para Pacientes e Cuidadores A maioria dos tratamentos é feita em uma única sessão, permitindo ao paciente ter alta no mesmo dia. Tecnologia Multi-Raios Até 201 feixes de radiação de baixo nível convergem para o alvo com precisão. Comunicação Constante O paciente e a equipe médica conseguem se comunicar o tempo todo durante o procedimento com Gamma Knife. Benefícios: • Paciente não apresenta efeitos colaterais à radio ou quimioterapia; • Dispensa uso de bisturi e a abertura do crânio; • O processo é guiado por imagens de precisão matemática, garantindo mais segurança; • Não há necessidade de internação; • Garante precisão submilimétrica; • O tratamento é ambulatorial a pessoa recebe alta no mesmo dia. Referências: 1-CASTRO, Douglas Guedes de et al. Radiocirurgia nos adenomas hipofisários. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 50, n. 6, p. 996-1004, 2006. 2-FERREIRA, Gizele Cristina et al. VANTAGENS DA RADIOCIRURGIA EM PACIENTES ONCOLÓGICOS: REVISÃO DE LITERATURA. In: VI JORNACITEC-Jornada Científica e Tecnológica. 2017. 3-MORENO, Kátia Rayanne Rodrigues; COSTA, Carla Danielle Dias. RADIOCIRURGIA ESTEREOTÁXICA NO TRATAMENTO DE METÁSTASES CEREBRAIS: UMA REVISÃO NARRATIVA. Revista Eletrônica da Faculdade de Ceres, v. 8, n. 1, p. 18-18, 2019. 4-SALVAJOLI, João Victor; SALVAJOLI, Bernardo Peres. O papel da radioterapia no tratamento do câncer–avanços e desafios. Rev Onco [Internet], v. 13, p. 32-6, 2012.
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