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EUTANÁSIA, DISTANÁSIA, ORTOTANÁSIA E SUICÍDIO ASSISTIDO. DEONTOLOGIA E MEDICINA LEGAL 1 1 EUTANÁSIA 2 DISTANÁSIA 3 ORTOTANÁSIA 4 SUICÍDIO ASSISTIDO É o ato intencional de proporcionar a alguém uma morte indolor para aliviar o sofrimento causado por uma doença incurável ou dolorosa. É a prática pela qual se prolonga, através de meios artificiais e desproporcionais, a vida de um enfermo incurável. É a morte natural, sem interferência da ciência, permitindo ao paciente morte digna, sem sofrimento, deixando a evolução e percurso da doença. Ocorre quando uma pessoa, que não consegue concretizar sozinha sua intenção de morrer, solicita o auxílio de um outro indivíduo. Eutanásia?? Distanásia? Ortotanásia? Suicídio assistido? EUTANÁSIA É a conduta pela qual se traz a um paciente em estado terminal, ou portador de enfermidade incurável que esteja em sofrimento constante, uma morte rápida e sem dor. Eutanásia Ativa Quando há assistência ou a participação de terceiro – quando uma pessoa mata intencionalmente o enfermo por meio de artifício que force o cessar das atividades vitais do paciente. Eutanásia Passiva Consiste em não realizar procedimentos de ressuscitação ou de procedimentos que tenham como fim único o prolongamento da vida, como medicamentos voltados para a ressuscitação ou máquinas de suporte vital. Também conhecida como ortotanásia. A eutanásia é um crime previsto em lei como assassinato, no entanto, é verificado no caso do ato ter sido realizado a pedido da vítima e tendo em vista o alívio de um sofrimento latente e inevitável, que reduz a pena para a reclusão de 3 a 6 anos. EUTANÁSIA NO MUNDO A eutanásia é um direito legalmente previsto em alguns países . É importante destacar que é um ato de vontade própria e individual do enfermo, quando em estado de plena consciência. NA HOLANDA NA SUIÇA A Bélgica inocenta médicos que praticam a eutanásia. NA BÉLGICA Foi o primeiro país a permitir a prática dessas intervenções. O paciente deve fazer essa decisão, ainda lúcido e é necessário o parecer de um segundo médico sobre o assunto. Concedeu o direito ao paciente de escolher a morte. “turismo da morte”: pessoas de diversos países vão até o país para realizar esse procedimento. É autorizada para pacientes com doenças terminais que requererem o procedimento "voluntariamente, ponderadamente e repetidamente". 01 02 03 04 05 06 Content Content Content Content Content Content Muitas pessoas não sabem o que siginifica a palavra. A população precisa saber o que é e conhecer o seu direito à ortotanásia. Há direito de escolha? E quando somos nós diante de uma situação no qual deve-se decidir por um ente querido? DISTANÁSIA Prolongamento do processo de morte do paciente Não há melhora da qualidade de vida do indivíduo. Morte dolorosa “Atitude médica que, visando salvar a vida do paciente terminal, submete-o a grande sofrimento. Nesta conduta não se prolonga a vida propriamente dita, mas o processo de morrer." Primeiro, é necessário entender o conceito de morte: Morte é a morte cerebral ou encefálica, ou seja, uma pessoa só é considerada como morta se nenhum tipo de atividade cerebral é constatada. * Resolução nº 1.480/97 CFM Através de tratamento que apenas prolonga a vida biológica do paciente. DISTANÁSIA (Lei nº 10.241/99), conhecida como Lei Mário Covas) Ministério da Saúde editou a portaria nº 675/GM Este documento deixa claro que o paciente pode recusar qualquer procedimento seja ele preventivo ou terapêutico, assim como não ser submetidos a exames não autorizados. Afirma também que o indivíduo tem direito a escolher o lugar de sua morte e se desejar, pode retornar a sua casa para falecer de uma forma que pense ser mais digna e humana. Até que ponto vale submeter ao paciente o prolongamento da vida? "são direitos dos usuários dos serviços de saúde no Estado de São Paulo: XXIII recusar tratamentos dolorosos ou extraordinários para tentar prolongar a vida" ORTOTANÁSIA “Quais devem ser os limites da interferência dos profissionais da saúde, em especial do médico, nas situações de pacientes com doenças terminais? Há o direito à morte digna? E o que representa a morte digna? A finalidade primordial é não promover o adiamento da morte, sem, entretanto, provocá-la. Não ocorre o prolongamento da vida artificialmente, no qual altera o processo natural do morrer. ORTOTANÁSIA E: OS FAMILIARES A maioria dos familiares entrevistados foi a favor da ortotanásia¹. falhas na comunicação médico/família afetam a decisão familiar. não informar adequadamente o prognóstico do paciente. ¹Estudo feito pela Universidade Federal da Paraíba O CÓDIGO PENAL BRASILEIRO A restrição de recursos artificiais não é crime, se eles não apresentarem benefícios efetivo ao enfermo. A indicação ou a contra indicação é uma decisão médica que deverá ser discutida com a família e o paciente. O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA “É permitido ao médico limitar ou suspender procedimentos e tratamentos que prolonguem a vida do doente em fase terminal,de enfermidade grave e incurável, respeitada a vontade da pessoa ou de seu representante legal”. Resolução n. 1.805/2006 9 Desde 2006, o Conselho Federal de Medicina permite que um paciente, através de uma junta médica, interrompa o tratamento de uma doença terminal, prática conhecida como ortotanásia. Paciente em UTI Estágio terminal A bioética ressalta que, na unidade de terapia intensiva, no caso dos pacientes com evolução desfavorável, no qual a manutenção dos sinais vitais se torna apenas o insuportável prolongamento do processo de morte em um quadro clínico grave, irreversível e incurável, é necessário avaliar os limites de suporte de vida. Dispensa-se a utilização de métodos com o propósito de prolongamento da vida, tais como ventilação artificial ou outros procedimentos invasivos. “O doente continuará a receber todos os cuidados necessários para aliviar os sintomas que levam ao sofrimento, assegurada a assistência integral, o conforto físico, psíquico, social e espiritual, inclusive segurando-lhe o direito da alta hospitalar” Resolução n. 1.805/2006 artigo 2 do CFM SUICÍDO ASSISTIDO Não há menção à eutanásia no Código Penal brasileiro, mas, aplica-se ao conceito denominado de homicídio piedoso. É a pratica para abreviar a vida de pacientes que estão em sofrimento insuportável e sem perspectiva de melhora. É intencional e com a ajuda de terceiros. O Código de Ética Médica não cita especificadamente suicídio assistido ou eutanásia em seu texto. Todavia, o art.41 veda ao médico abreviar a vida do paciente, ainda que a pedido deste ou de seu representante legal. Normalmente, ocorre através da automedicação de doses letais ou pela administração de um agente letal por outra pessoa. Países que legalizam: HolandaLuxemburgo e o Canadá. No Brasil, todo tipo de eutanásia é considerado crime OU MORTE ASSISTIDA O paciente, ainda lúcido, com um mínimo de capacidade motora, toma a decisão e deve ser o responsável pelo ato final. Seja tomar um remédio, seja abrir espaço para a via intravenosa. No caso do suicídio assistido, qualquer pessoa que auxilie ou instigue o suicídio no Brasil está cometendo um crime! Eutanásia Distanásia Ortotanásia Suicidío assistido Em resumo: “Facilitar” a morte. Totalmente consciente Tempo de vida inferior a 6 meses Dor insuportável Doença terminal Suicídio assistido: NA PRÁTICA… O caso mais conhecido de ortotanásia é o do papa João Paulo II, que optou em suspender todas as intervenções alternativas para sua sobrevida e decidiu receber simplesmente medicação que aliviasse a sua dor, o seu sofrimento, na sua residência, no Palácio Apostólico, na praça São Pedro, no Vaticano.3 de out. de 2007 O caso Charlie Gard:Eutanásia de Estado ou ortotanásia? ao contrário da vontade dos próprios pais, o Estado inglês decidiu que não se deve mais estender a vida de Charlie. O que você acha? Em um caso como o de Charlie Gard, o Estado tem o direito de tomar esta decisão mesmo sem a autorização dos pais? Ou o fato do hospital oferecer cuidados paliativos após desligar os aparelhos não configuraria uma eutanásia, mas sim o que se conhece na Medicina Legal como “ortotanásia”? A quem pertence a vida? “A morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que morre dentro de nós.” ! REFERÊNCIAS Bruna Cordeiro Bruna Ewald Daniel Peres Izabel Fontana Lais Martins Laura Paes Leticia Cardoso Lucas Maria Tavares Raphaella Schartwz (Eutanásia, distanásia e ortotanásia: revisão integrativa da literatura) https://www.scielosp.org/article/csc/2013.v18n9/2733-2746/#ModalArticles SANTOS, Maria Fernanda Gonçalves dos; BASSITT, Débora Pastore. Terminalidade da vida em terapia intensiva: posicionamento dos familiares sobre ortotanásia. Rev. bras. ter. intensiva, São Paulo , v. 23, n. 4, p. 448-454, Dec. 2011 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2011000400009&lng=en&nrm=iso>. access on 31 Aug. 2020. https://doi.org/10.1590/S0103-507X2011000400009 https://www.scielo.br/pdf/bioet/v26n2/1983-8042-bioet-26-02-0217.pdf https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/42016/quais-as-diferencas-entre-eutanasia-morte-assistida-ortotanasia-e-sedacao-paliativa-patricia-donati-de-almeida https://veja.abril.com.br/blog/letra-de-medico/o-caso-charlie-gard-eutanasia-de-estado-ou-ortotanasia/
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